O novo acordo - Carta aos Coríntios 2
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O novo acordo - Carta aos Coríntios 2

Estudo da carta de Paulo aos Coríntios 2 que está na Bíblia Sagrada

O novo acordo - Carta aos Coríntios 2

Aoresentação

Eu, Paulo, apostolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, escrevo junto com o nosso irmão Timóteo esta carta à Igreja de Deus que está na cidade de Corinto e a todo povo de Deus espalhado por toda região da Acaia.

Que a graça e a paz de Deus, o nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo estejam com vocês. (Capítulo 01 – versículo 01 a 02)

O novo acordo - Carta aos Coríntios 2

Paulo agradece a Deus

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Louvado seja o Deus e Pai do Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai Bondoso, o Deus de quem todos recebem ajuda. Ele nos auxilia em todas as dificuldades para podermos ajudar os quem tem as mesmas dificuldades que nós temos. E nós damos aos outros a mesma ajuda que recebemos de Deus. Porque assim como nos tornamos parte dos sofrimentos de Cristo, assim também, por meio dele participamos da sua grande ajuda. Se sofremos, é para auxiliarmos e salvarmos vocês. Se somos ajudados, então vocês também são e recebem forças para suportar os mesmos sofrimentos que nós suportamos. (Capítulo 01 – versículo 03 a 06)

Vamos falar desse pedacinho onde Paulo fala da exemplificação.

Estávamos conversando outro dia a respeito de Jesus. Dissemos que se ele realmente alcançou a evolução, como alcançou, naquela vida, deveria sempre voltar como espírito puríssimo. Mas, eu disse que isso não é verdade.

O espírito quando vem à carne, mesmo o elevado que vem em missão, precisa vencer o seu ego. Ele nasce como qualquer ser humano e aí vai vivenciar uma vida. Nela precisa vencer o seu ego. Nenhum espírito pode vir à carne pronto. Nenhum espírito pode nascer humano puro, pois se assim fosse, não teria valor o ensinamento que ele passasse.

Pegue a vida de todos aqueles que alcançaram a elevação espiritual e vocês verão que eles tiveram um momento de renascimento, um momento de despertar. Eles não nascem puros.

Estou falando disso porque é o que Paulo diz neste trecho. Não é porque você consegue a evolução espiritual que também vão cessar os aparentes problemas na sua vida. É preciso que aquele que vai auxiliar o próximo tenha vivenciado e vivencie sempre situações que ele não gosta, pois com a vivencia destes momentos de uma forma espiritualista, ele se credencia para ensinar os outros.

Desse modo, a esperança que temos em vocês está firme. Pois sabemos que, assim como vocês formam parte nos nossos sofrimentos, assim também participam da ajuda que Deus dá.

Irmãos, queremos que saibam das dificuldades que tivemos na região da Ásia. O sofrimento que suportamos foi tão grande e tão duro que já não tínhamos esperança de escapar de lá com vida. Nós nos sentimos como condenados à morte. Mas isso aconteceu para nos ensinar a confiar não em nós mesmos e sim em Deus, que ressuscita os mortos. (Capítulo 01 – versículo 07 a 09)

Outro ponto importante que Paulo toca: ele passou por muitos problemas na peregrinação, mas tem a consciência de que isso aconteceu para testar a sua fé.

Todo problema da vida de um ser humano é um teste à sua fé. Quando acontece o que você não gosta ou quando acontece uma situação de perigo, Deus está lhe colocando a prova, ou seja, está lhe colocando numa situação onde você precisará exercer sua fé, a confiança e a entrega a Deus. Por isso, você deve ter a certeza que qualquer coisa que lhe acontecer será para o seu próprio benefício. É isso que Paulo fala.

O teste da fé não deve ser vivenciado com a esperança que Deus lhe salve, mas sim com a entrega confiante a Deus o que lhe faz viver o acontecimento sem o menor medo. Quando você tem fé, não importa o que aconteça, será sempre o ideal para você.

Ele nos salvou e nos salvará desse terrível perigo de morte. E nós temos posto Nele a nossa esperança, na certeza que Ele continuará a nos livrar, enquanto vocês nos ajudam com as suas orações. Assim as muitas orações em nosso favor serão respondidas, Deus nos abençoará e muitos lhe agradecerão as bênçãos que Ele dará. (Capítulo 01 – versículo 10 a 11)

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Paulo muda os seus planos

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É disto que temos orgulho: a nossa consciência nos afirma que a nossa maneira de viver, especialmente em relação a vocês, tem sido dirigida pela franqueza e sinceridade que Deus nos dá e também pelo poder da Sua graça e não por sabedoria humana. Pois escrevemos a vocês somente o que podem ler e entender. E espero que cheguem a entender completamente o que agora entendem só em parte, para que, no dia do Nosso Senhor Jesus, tenham orgulho de nós como nós temos de vocês. (Capítulo 01 – versículo 12 a 14)

Paulo deixa bem claro neste trecho: ele não está dizendo tudo o que aprendeu. Isso porque o povo daquela época não tinha capacidade e conhecimento para compreender tudo. Mesmo o que fala, reza para que seja compreendido, mas tem a certeza de que não será totalmente.

Sendo assim, o que estamos fazendo aqui é simplesmente atualizando o estudo de Paulo para a compreensão de hoje. Ao mesmo tempo, estamos falando de mais coisas que vocês ainda não compreendem.

Apesar de afirmar isso, tem algo que quero deixar bem claro: esta atualização é para os dias de hoje... Este estudo ainda não está completo. Nos ensinamentos de Paulo ainda existem coisas que vocês não tem condições de saber.

Eu estava tão certo de tudo isso que no início resolvi ir visitar vocês para que pudessem ser abençoados mais uma vez. Porque estava pensando em visitá-los de passagem à Macedônia e também na volta, para conseguir ajuda para minha viagem à Judéia. Será que fui imprudente quando decidi fazer isso? Será que faço os meus planos como um egoísta que diz sim, sim e não, não ao mesmo tempo? Em nome de Deus, que é verdadeiro, o que prometi a vocês não foi um sim e um não, ao mesmo tempo. Porque Jesus Cristo, o Filho de Deus, que foi anunciado entre vocês por Silas, Timóteo e por mim mesmo, não é sim e não ao mesmo tempo. Ao contrário, ele é o Sim de Deus porque é o Sim de todas as promessas de Deus. (Capítulo 01 – versículo 15 a 20)

O sim neste texto pode ser entendido como a certeza, a verdade, a razão.

Os ensinamentos de Cristo não são dúbios ou seja, usa-os agora e não os usa depois. Os ensinamentos do mestre são para ser usados sempre. Os ensinamentos de Cristo não podem perder valor jamais. Eles jamais mudarão de certo para errado.

Portanto, não se pode escolher o que ser usado no ensinamento de Cristo: tem que se usar tudo em todos momentos e para todos, inclusive para si mesmo, ou não usar nada.

Por isso dizemos amém, e por meio de Jesus Cristo, para a glória de Deus. Porque é o próprio Deus quem nos dá a certeza a nós e a vocês de estarmos unidos com Cristo. E foi Deus quem nos separou para si mesmo. Como dono, pôs a sua marca em nós e colocou o Espírito Santo em nossos corações, como garantia de tudo o que Ele tem para nós. (Capítulo 01 – versículo 20 a 22)

A missão de cada espírito é dada por Deus e cada um é escolhido pelo próprio Deus e é ligado ao Mestre que o ajuda a cumprir a missão. É isso que está dizendo Paulo.

Portanto, quem não tem missão que não se arvore em querer assumir missões. Pois se não a tiver não conseguirá fazer nada.

Eu chamo a Deus como minha testemunha; Ele conhece meu coração! Foi para evitar aborrecimentos a vocês que resolvi não ir à cidade de Corinto. Não estamos querendo impor o que vocês devem crer, pois estão firmes na fé. Ao contrário, estamos trabalhando com vocês pela felicidade de vocês mesmos. (Capítulo 01 – versículo 23 a 24)

Essa carta de Paulo é uma retratação ou um pedido de paz.

Há uma carta, que não está na Bíblia, que foi muito mal recebida pelo povo de Corintos. O povo não gostou e ficou chateado com Paulo. Por isso o apóstolo diz agora: eu não fui para evitar problemas a vocês.

Isso é uma coisa que precisamos começar a entender bem: se preocupar com os outros.

Sabe, o ser humano costuma desafiar as outras pessoas para fazer o que ele gostaria de fazer. Faz isso, até em nome de um falso amor ao próximo, sem se preocupar com quem vai receber. Ele só pensa em si mesmo, no que quer, no que acha certo, no que imagina ter que fazer...

É preciso começarmos a colocar o amor ao próximo em ação doando a razão. Não devemos querer nos impor aos outros, mesmo que isso seja, humanamente falando, certo ou indicado. Não devemos querer impor a nossa vontade ao próximo jamais...

Se o que imagina certo dizer vai causar mal ao outro, cale a sua boca. Se aquilo que você tem a dizer vai afetar o próximo não faça... Para que fazer? Só para você ter prazer? Que amor é esse?

Muita gente briga com o outro dizendo que faz isso porque ama, porque gosta e porque quer 'endireitar o outro'... Mas, que amor é esse? Que amor é esse que precisa se impor ao outro? Para mim isso não é amor, é posse.

Portanto, o que Paulo fala nesse pedacinho é o que falamos sobre o nome de doação à razão.

Eu resolvi que não me encontraria mais com vocês para entristecê-los. Pois, se eu os entristeço, quem os alegrará? Somente vocês, a quem tenho entristecido! Foi por isso que escrevi aquela carta. É que eu não queria ir e se entristecido pelas próprias pessoas que deveriam me alegrar. Pois tenho a certeza de que quando estou feliz, vocês também estão. (Capítulo 02 – versículo 01 a 03)

Outra coisa importante: a sua felicidade deve nascer da felicidade dos outros. Ela não deve ser plantada em cima de sofrimentos alheios, o que é muito comum.

Por achar-se certo, por imaginar ter a razão, o ser humano briga com o outro e fica feliz porque venceu (teve a razão) e o outro que se dane. Isso é amor?

Não, a sua felicidade não deve nascer da vitória sobre o outro, mas sim da felicidade que for capaz de fazer o outro sentir.

Essa é a felicidade pura: a felicidade sem prazer e sem satisfação.

Escrevi aquela carta muito preocupado e triste e com muitas lagrimas. Porém não escrevi para entristecê-los, mas para que soubessem como amo todos vocês. (Capítulo 02 – versículo 04)

Paulo está falando da carta que não está na Bíblia. Nela ele brigava muito com o povo de Coríntios.

Brigar também pode ser vivenciado com amor, viu?

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O perdão para o arrependido

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Mas, se alguém fez alguma pessoa ficar triste, não fez isso a mim, mas a vocês ou, pelo menos, a algum de vocês. Escrevo assim para não ser muito duro. Basta o castigo que a maioria já deu a ele. Agora devem perdoá-lo e animá-lo para que não fique tão triste a ponto de se desesperar. (Capítulo 02 – versículo 05 a 07)

Vocês tem um ditado no planeta Terra que é muito certo: errar é humano.

Sim, faz parte de humanização do ser errar, mas o erro não deve ser acrescido da crítica, da acusação, da discussão, do julgamento. Quando há a constatação do erro, o que deve responder a isso é o perdão. Ou seja, dizer: 'deixa para lá'.

É preciso começarmos a ficar atentos a isso, pois quando uma pessoa diz 'errei', ao invés de perdoá-lo, os seres humanos caem em cima dele. Criticam e acusam o outro. Quem age assim não está ajudando a ninguém: nem a si nem ao outro.

É na hora que outra pessoa erra que vemos o amor. Isso porque na hora em que ela acerta o que pode ser visto é a bajulação, o elogio, a busca da fama. Só na hora do erro que pode se encontrar o amor, encontrar-se o perdão.

Na hora do acerto não há amor. Há reconhecimento, glória e tudo isso não é amor. O amor só surge na hora do erro através do perdão.

Por isso peço que façam que ele tenha a certeza de que vocês o amam. E foi por isso também que escrevi aquela carta. Eu queria pô-los à prova e saber que estão sempre prontos a obedecer a minha orientação. Quando vocês perdoam alguém, eu também perdoo. Porque quando perdoo, se é que de fato tenho alguma coisa a perdoar, faço isso por causa de vocês na presença de Cristo. Eu o perdoo para que Satanás não se aproveite de nós, pois conhecemos bem os planos dele. (Capítulo 02 – versículo 08 a 11)

Vamos ver esse pedacinho que é importante: eu perdoo para que Satanás não se aproveite do outro. Quem é Satanás?

Participante: eu aprendi que é o nosso próprio eu, o individualismo de cada um.

Os seus sentimentos individualistas.

O perdão é importante porque se eu não lhe perdoar, o que vou fazer? Vou criticar, julgar, condenar... O não perdão lhe leva a defender-se. Para isso é preciso usar o individualismo. O perdão é um ato amoroso, pois ele acaba com o individualismo.

Se eu não lhe perdoo, lhe exponho a uma oportunidade de usar um sentimento individualista. Se eu lhe perdoo, lhe dou a oportunidade de vencer esse sentimento.

Participante: um dia alguém disse 'eu perdoo, mas não esqueço'...

Neste caso não há perdão porque houve a acusação de um erro. Perdoar é não acusar erro.

Perdão não é uma atitude altruísta: 'você me feriu e está errado; eu me magoei e vou lhe perdoar porque sou muito bonzinho'. Neste caso o perdão seria apenas um não castigar e isso não é perdão.

Perdão é dizer: 'você não fez nada errado, esqueça tudo porque eu já esqueci'. Se houver uma acusação, seja ela do que for, ou se gerar uma mágoa, não pode haver perdão. Houve sim uma não punição e isso não adianta de nada.

Participante: significa que no fundo o nosso sentimento é outro e não realmente o perdão?

Isso... É mágoa que é gerada por um individualismo.

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A preocupação de Paulo em Trôade

Quando cheguei à cidade de Tôade para anunciar a boa notícia à respeito de Cristo, vi que o Senhor me havia aberto o caminho para o trabalho ali. Mas eu estava muito preocupado porque não pude encontrar o nosso irmão Tito. Por isso me despedi deles e fui para a região da Macedônia. (Capítulo 02 – versículo 12 a 13)

 

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Vitória por meio de Cristo

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Mas dou graças a Deus porque, unido com Cristo, somos sempre conduzidos por Deus como prisioneiros no desfile vitorioso de Cristo. Como perfume que se espalha por todos os lugares, somos usados por Deus para que Cristo seja conhecido por todas as pessoas. Porque somos como cheiro suave de incenso que Cristo oferece a Deus, cheiro que se espalha entre os que se salvam e os que se perdem. Aos que se perdem é o mau cheiro que mata; mas, para os que se salvam, é perfume muito agradável que dá vida. (Capítulo 02 – versículo 14 a 16)

Quando se está falando do Cristo, está se falando da vida Jesus Cristo. Está se falando das situações de sofrimento.

Paulo, neste trecho, está falando que a vida dele – todo sofrimento que passou como apóstolo – é perfume que se espalha para que se conheça Deus. Daí podemos presumir que a forma como Paulo reage aos acontecimentos da vida é a mesma que Jesus Cristo usava.

Vivenciar a vida Jesus Cristo: é assim que se espalha o ensinamento. Quem apenas conhece a teoria, nada faz ...

Agora, para quem é ser humano viver desse jeito cheira mal. Isso porque, na verdade, o ser humano quer satisfação, quer que a vida aconteça do jeito que ele quer.

Portanto quem tem capacidade para esse trabalho? Nós não somos como muitas pessoas que entregam a mensagem de Deus como se estivessem fazendo um negócio qualquer. Ao contrário, foi Deus quem nos enviou, e por isso falamos com sinceridade na sua presença, como servos de Cristo. (Capítulo 02 – versículo 16 a 17)

Quem é que entrega a mensagem de Deus como se estivesse fazendo um negócio qualquer? Aquela que lhe promete retorno por você seguir a Cristo.

'Se você vier à missa todos os domingos, o seu filho vai ficar quietinho em casa'. Se você vier à missa todos os domingos, o seu marido vai arrumar trabalho'. 'Se você for ao centros todas as quartas feiras, não vai ter mais obsessor'.

Na verdade as pessoas que fazem este tipo de promessa estão negociando com as pessoas em nome de Deus prometendo a elas o que não pode ser prometido. Isso porque Deus não prometeu felicidade carnal, mas espiritual.

É isso que precisamos começar a entender: quem negocia assim – e em outros estudos eu já dei um nome para essas pessoas: cafetão – é como um agiota que empresta a juros dinheiro que não é dele.

Nós não prometemos um futuro tranquilo porque sabemos que só vai acontecer na sua vida o fruto do seu carma. Ao invés de fazer promessas que não posso garantir, prefiro dizer para que você precisa aprender a merecer essas coisas. Por isso, ao invés de prometer, prefiro ensinar a você como merecer receber essas coisas.

Trabalhar no que vocês chamam de mercado negro prometendo para lucro humano por buscar a Deus, eu não posso prometer. Só quem pode lhe prometer alguma coisa é Deus, pois é Ele que dá. Mas, Ele dá de acordo com as suas obras e não com o que eu prometer que Ele vai dar.

Além disso, não se esqueça: Deus conhece a intenção de cada um. É por esta intenção que Ele lhe dará alguma coisa. Se você vai à casa de Deus com a intenção de ganhar, corre o sério risco de perder, pois foi escrito assim: aquele que pouco tiver, até isso lhe será tirado.

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Um novo acordo

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Quando dizemos isso, será que estamos elogiando a nós mesmos? Por acaso como acontece com alguns, precisamos de carta de recomendação para vocês ou de vocês? Vocês mesmo são as nossas cartas escritas em nossos corações, para ser conhecida e lida por todos. (Capítulo 03 – versículo 01 a 02)

Quem fala do amor não precisa comprovar de onde vem e quem é, pois o amor é universal.

Muitas vezes me perguntam qual a minha religião e eu digo que é Deus. Eu não tenho uma religião.

Todo ser humano que vem de Deus não precisa ter uma apresentação. Eu sou espírita, sou católico, sou evangélico porque esse referendo de nada vale, a não ser que se venha referendado por Deus.

O referendo de Deus é exatamente o amor que você é capaz de transmitir aos outros. Se você não é capaz de transmitir amor aos outros, não adianta buscar carta de apresentação em outro lugar, pois só o amor pode lhe apresentar como oriundo de Deus.

Aliás, sem amor, tudo soaria como gongo.

Portanto, ao invés de dizer que é espírita, evangélico, católico ou umbandista diga 'eu sou de Deus' e prove isso amando ao próximo como a si mesmo e ao Pai acima de todas as coisas.

É claro que o próprio Cristo escreveu esta carta e a enviou por meio de nós. Ela não foi escrita com tinta mas com o Espírito de Deus vivo. Ela não está gravada em placas de pedra mas em corações humanos. (Capítulo 03 – versículo 03)

Olha que grande informação de Paulo: as cartas que ele escreveu não foram escritas por ele, mas sim por Cristo. Ou seja, por Deus...

Já estudamos nesta mesma carta que Paulo afirmou que Cristo não faz nada sem que Deus mande Ele fazer. Além disso, Paulo fala que as cartas foram escritas com o Espírito de Deus. Ou seja, tudo foi feito por Deus...

Se passarmos este conhecimento para outras coisas da vida, veremos que Paulo está dizendo que as ações que são praticadas pelos seres encarnados não são feitas por eles, mas por Cristo a mando de Deus. Mais: elas são escritas com o Espírito de Deus ou seja, com amor.

Não importa se você está xingando: você só xingará quem precisa ser xingado. Quem for xingado foi amado. É isso que Paulo está dizendo.

Dizemos isso porque temos confiança em Deus, por meio de Cristo. Não há nada em nós que nos permita afirmar que somos capazes de fazer esse trabalho, pois a capacidade que temos veio de Deus. (Capítulo 03 – versículo 04 a 05)

Olha outra informação interessante... Paulo, um dos apóstolos que mais compreendeu a lição de Cristo, que sacrificou a sua vida nas viagens sendo perseguido e indo para a prisão, se declara completamente incapaz de fazer o trabalho. E diz: eu sou guiado por Deus...

Já o padre, o pastor e outros religiosos que não deram nenhum testemunho neste sentido se acham capaz de fazer. Onde está a humildade de saber que é Deus agindo e a entrega do comando a Deus, ao invés de colocá-lo na sua intenção e na sua ação?

Volto a repetir o que eu sempre digo: não estou criticando religião alguma; não estou criticando ninguém de nenhuma religião. Estou apenas dizendo que aqueles de dentro da religião vivenciam com essa verdade individual as coisas estão contrários ao próprio ensinamento que querem ensinar. É só isso que estou falando.

Se a igreja é apostólica, ela deveria seguir os ensinamentos dos apóstolos, mas não segue. Isso porque o ensinamento do apóstolo Paulo é que ele não executa o trabalho, mas é simplesmente um instrumento de Deus. Mais: que ele se sente incapaz de executar qualquer coisa...

Portanto, aqueles que hoje se declaram como fazedores da obra de Deus (os médiuns, os padres, os pastores) que comecem a colocar nos seus corações que eles são simplesmente instrumentos e não senhores da situação.

Porque é Ele quem nos faz capazes de servir ao novo acordo, que não tem como base a lei escrita, mas o Espírito de Deus. (Capítulo 03 – versículo 06)

A base do novo acordo é o amor...

O novo acordo é o Novo Testamento, é os ensinamentos do Novo Testamento. Este acordo não traz lei alguma. Pelo contrário: Jesus Cristo quebrou todas as leis. Na verdade o que ele traz é o amor.

'Em verdade eu lhes digo que o primeiro mandamento ao qual você tem que se entregar com corpo, alma, espírito, ação e pensamento é amar a Deus sobre todas as coisas. E o segundo é amar ao próximo como a si mesmo’.

A partir disso, a lei não serve para mais nada. A única obrigação que existe é amar...

A lei escrita produz a morte, mas o Espírito de Deus dá a vida. (Capítulo 03 – versículo 06)

Deixe-me falar uma coisa: a lei traz a morte. Ou seja, a lei traz a humanização do ser.

Porque a lei traz a humanização do ser? Porque ela traz o certo e o errado. A lei leva ao julgamento; portanto, ela lhe faz criticar e julgar.

A lei lhe faz dizer que alguma coisa está errada. Por isso é ela que traz o pecado.

É a lei que traz a morte porque se não houver lei eu não vou julgar ninguém. Se eu não julgar ninguém, vou estar amando a todos.

Aí está o primeiro ponto para nós começarmos a chegar no amor que Jesus Cristo ensinou: derrocarmos todas as leis da nossa vida. Só assim poderemos viver num estado de amor entre todos. Só assim poderemos alcançar o amor sublime, o amor puro, o amor verdadeiro entre irmãos espirituais que todos nós somos.

Agora se você ficar preso a leis, coitado daquele que a ferir, não?

Além do mais, a lei não pode levar a Deus porque ela é individual e não genérica. Vou dar um exemplo: a lei diz não mate mas se eu estiver acuado posso matar. Isso é uma individualização da lei. Se a lei é não mate, preferiria morrer a matar... Mas ninguém faz isso, não é?

 Sendo assim, cada um usa a lei à sua vontade e com isso cria o pecado.

A lei de Moisés foi gravada com letras, em placas de pedra, e, quando foi entregue ao povo, apareceu a glória de Deus. O brilho do rosto de Moisés já estava desaparecendo, mas mesmo assim esse brilho era tão grande que o povo de Israel não podia fixar os olhos nele. E, se a lei, que serviu para a morte, veio com tanta glória, imaginem quanto maior ainda será a glória do serviço do Espírito de Deus! O serviço que condenou as pessoas foi glorioso. Então muito mais glorioso ainda é o serviço que as declara inocente. (Capítulo 03 – versículo 07 a 09)

O serviço do Espírito Santo declara que todos são inocentes. Portanto, não há culpados.

Eu só quero lembrar uma palavra de Jesus Cristo quando ele estava se alimentando no templo e os professores da lei disseram que aquilo não podia ser feito: vocês não sabem o que na sagrada escritura quer dizer quando Deus diz que não quer que vocês queimem incenso em louvor a Ele, mas quer que sejam bondosos.

Quando você usa a sua lei (aquilo que você acha) a partir da verdade de que a lei é de Deus para acusar o outro, está queimando incensos a você mesmo, pois na verdade está seguindo o que acha certo. É preciso ser bondoso e a bondade se apresenta através do perdão.

É preciso sempre perdoar o próximo, ou seja, não achá-los culpados...

Porque a glória que antes era tão grande agora não é mais nada em comparação com a gloria atual, que é muito maior. De modo que, se foi glorioso o que durou somente um pouco de tempo, muito mais glorioso é o que dura para sempre. (Capítulo 03 – versículo 10 a 11)

O amor é eterno; o amor é universal, é igual para todos.

O que é amar? É aprender a conviver com os outros, sem acusação, dando a cada um o direito de ser e estar do jeito que quiser, sem que você o obrigue a mudar-se para o que acha que é certo. Isso é amar...

E, porque temos essa esperança, agimos com toda a confiança. Não fazemos como Moisés, que cobriu o rosto com um véu para que o povo de Israel não pudesse ver que o brilho estava desaparecendo. De fato a mente deles estava fechada. E até hoje, quando eles leem os livros do Antigo Testamento, a mente deles está coberta com o mesmo véu. Esse véu só é tirado quando a pessoa se une com Cristo. Até agora, quando eles leem as leis de Moisés, o véu ainda cobre a mente deles. Mas ele pode ser tirado, como dizem as Escrituras Sagradas: o véu de Moisés foi tirado quando ele se voltou para o Senhor. (Capítulo 03 – versículo 12 a 16)

Isso: o véu pode ser tirado quando nos voltamos para o Senhor. Mas, para se voltar para o Senhor é preciso dar as costas a lei, pois ela é a fonte do pecado.

Aqui, a palavra Senhor quer dizer o Espírito de Deus. E onde o Espírito do Senhor está presente, aí há liberdade. (Capítulo 03 – versículo 17)

Deixe-me falar uma coisa sobre isso. Eu gosto muito de falar sobre liberdade porque vocês se consideram livres, mas na verdade não são: são escravos...

Você é escrava de quem?

Participante: não digo de quem, mas do que.

Do que você é escrava?

Participante: da moda, da comida, das minhas próprias leis, as da sociedade.

Lei da sociedade que você assume, pois há leis societárias que você não assume...

Vejam... Vocês gostam tanto de falar em liberdade e não sabem ser livres. São escravos e marionetes do mundo. Acham que se movimentam livremente, mas na verdade seus movimentos são dirigidos pela sociedade em que vive. São dirigidos pelas suas leis que vocês retiram da sociedade que vivem.

Vocês não tem noção do que é essa liberdade que estou falando. É ter a liberdade de perder sem ter medo de ser chamado de bobo; a liberdade de ver o outro passar à sua frente sem ser chamado de idiota; a liberdade de não conseguir o que você quer sem que alguém lhe diga que não sabe nada da vida. É uma liberdade tão grande que você se livra das suas leis e, o mais importante, se livra da escravidão que vive aos outros.

Você torna-se livre de ter que agradar aos outros, de ter que arrumar a casa para poder receber os outros. Liberta-se da escravidão de ter que fazer alguma coisa só para mostrar aos outros que você é uma coisa que eles devem aceitar.

Essa liberdade que estou falando é algo que vocês não imaginam: é a liberdade de viver ao invés de vivenciar a vida escravo de desejos, de vontades, de paixões e de leis.

Isso é um ponto que estou batendo muito porque vocês precisam acordar para a escravidão em que vivem. Se não acordarem para essa escravidão não vão quebrar as amarras que estão presos. Não vão conseguir conviver com as coisas materiais como se elas não fossem necessárias para a vida. Não vão se libertar da escravidão ao filho, da escravidão de um marido a uma mulher, da escravidão de ter que ter um trabalho.

E se você não tiver trabalho, o que vai acontecer? Vai viver na rua, vai ser mendigo... Não tem mendigo que vive ou todos que chegam neste ponto morrem?

É isso que vocês precisam começar a repensar. É preciso descobrir que você não é livre do jeito que acha que é, mas é escravo de padrões.

Para isso, saiba de uma coisa: você se coloca como escravo dos padrões. Isso porque o padrão não pode escravizar: é você que se deixa ser escravizado pelos padrões.

Portanto, todos nós, com o rosto descoberto, refletimos como um espelho a gloria do Senhor. Aquela gloria vem do Senhor, que é o Espírito. Ela nos torna parecidos com o Senhor, e assim a nossa gloria vai ficando cada vez maior. (Capítulo 03 – versículo 18)

Para entender este trecho é só trocar gloria por amor

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Tesouros espirituais em pote de barro

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Assim nunca ficamos desanimados, pois Deus na sua misericórdia nos deu esse trabalho. Temos rejeitado tudo que é feito às escondidas e tudo o que é vergonhoso. Não agimos de má fé nem falsificamos a mensagem de Deus. (Capítulo 04 – versículo 01 a 02)

Quando você houve algo como 'reza um terço para arrumar um emprego', está ouvindo uma falsificação da mensagem de Deus. Não que seja errado rezar o terço; não é isso. Cristo nos disse que nós deveríamos procurar o bem no céu e não na terra. Por isso incitar o pedido de um bem material a ele é falsear com os ensinamentos dele. A falsidade está em se buscar o bem na terra.

Ensinar que deve se confiar em Deus e Cristo para ganhar bens na terra é falsear com os ensinamentos. Isso porque Cristo deixou e todos os Mestres deixaram bem claro: deve se buscar bens no céu.

Sendo assim, devemos incitar as pessoas a rezar o terço para que elas busquem bens no céu ou seja, o apoio, a força para passar pelas suas situações negativas e não para que Deus venha como um super-herói para salvar o ser humano da situação negativa.

Ao contrário, sempre agimos de acordo com a verdade, e é isso que nos recomenda a todos diante de Deus. Porque, se o Evangelho que anunciamos está escondido, está escondido somente para os que estão se perdendo. Eles não creem porque o deus mau deste mundo conservou a mente deles na escuridão. (Capítulo 04 – versículo 02 a 04)

Conservou a mente na escuridão.

O deus mau desse mundo, que é o seu ego, conserva a sua mente na escuridão, ou seja, faz você buscar a qualquer preço o prazer terreno em nome de uma satisfação temporária que de nada vai servir para a sua vida eterna.

É desse ponto que Paulo está falando... Ele chama o ego de deus porque você o idolatra, o serve, apega-=se às suas vontades.

Ele não deixa ver a luz que brilha sobre eles, a luz que vem da boa noticia a respeito da gloria de Cristo, o qual é a verdadeira semelhança de Deus. (Capítulo 04 – versículo 04)

A luz que vem do acordo, dos testamentos, dos evangelhos ou seja, a gloria da outra vida.

O ego não lhe deixa ver a gloria da outra vida para lhe manter preso na escuridão do prazer. Ele não lhe deixa sentir amor universal...

Como ele faz isso? Lhe cobrando ações dentro dos padrões humanos... 'Você não vai reagir não? Vai ser chamado de bobo'...

Este tipo de pensamento é o ego lhe cobrando uma busca do prazer. E ele faz isso para não deixar você sentir a felicidade espiritual, a gloria espiritual.

Pois não anunciamos a nós mesmos; anunciamos Jesus Cristo como senhor e a nós como servos de vocês, por causa de Jesus. O Deus que disse 'da escuridão brilhará a luz' é o mesmo que fez a luz brilhar em nossos corações. E isso para nos trazer a luz do conhecimento da gloria de Deus, que brilha no rosto de Cristo.

Porém, nós que temos esse tesouro espiritual somos como potes de barro comum para poder mostrar que o poder supremo pertence a Deus e não a nós. (Capítulo 04 – versículo 05 a 07)

Vamos entender isso...

A gloria de Deus que resplandece dentro de cada um é o amor. Paulo está nos deixando bem claro que esse amor é de Deus: ele apenas reflete em você. Portanto não é seu...

Sendo assim, nem se orgulhar de ser um espírito amoroso você pode. Não deve se orgulhar porque esse amor que você está botando para, fora não é seu, não foi você que criou, não foi você que fez surgir. Você simplesmente está colocando para fora o que Deus lhe deu.

É como a lua... Nós sabemos que a lua não tem luz própria: ela simplesmente reflete a luz do sol. Se ela se orgulhasse de seu próprio brilho e dissesse 'sol você não precisa iluminar mais porque tomo conta das noites', ela não iluminará mais nada.

Esta comparação é a mesma coisa que você dissesse: 'Deus, não precisa mais me mandar amor porque eu sei amar. Se isso acontecesse, você jamais amaria ninguém, pois o amor que se reflete no ser humano é simplesmente um reflexo do criado por Deus.

Muitas vezes estamos em dificuldades, mas não somos derrotados. Algumas vezes ficamos em dúvida, mas nunca desesperados. Temos muitos inimigos, mas nunca nos falta um amigo. Às vezes somos feridos, mas não destruídos. Levamos sempre nos nossos corpos mortais a morte de Jesus para que também se veja a vida dele nos nossos próprios corpos. Durante a nossa vida estamos sempre em perigo de morte por causa de Jesus, para que se veja a vida dele no nosso corpo mortal. De modo que a morte faz o seu trabalho em nós, e a vida faz o seu trabalho em vocês.

As Escrituras Sagradas dizem: eu cri e por isso falei. Pois assim também nós, que temos o mesmo espírito de fé, falamos porque cremos. Porque sabemos que Deus, que ressuscitou o Senhor Jesus, nos ressuscitará também com ele e nos levará, junto com vocês, à presença Dele. Tudo isso aconteceu para o bem de vocês, a fim de que a graça de Deus atinja cada vez maior número de pessoas, e estas ofereçam mais orações de agradecimento, para a gloria de Deus. (Capítulo 04 – versículo 08 a 14)

Pelas palavras de Paulo podemos compreender que não é preciso esperar Jesus Cristo voltar à Terra para ressuscitar. Se o apóstolo compreende que ele também será ressuscitado por Deus, se servir amorosamente, deixa, então, um recado: não precisa se esperar Jesus Cristo voltar à Terra para haver ressurreição; cada um que viver para Deus será ressuscitado no dia da sua morte.

O novo acordo - Carta aos Coríntios 2

Viver pela fé

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Por isso nunca ficamos desanimados. Ainda que o nosso corpo vá se desgastando, o nosso espírito vai se renovando dia à dia. E essa pequena e passageira aflição que sentimos vai nos trazer uma enorme e eterna gloria, muito maior do que o sofrimento. (Capítulo 04 – versículo 16 a 17)

Paulo nos diz que com o passar do tempo o corpo pode perder em juventude, em flexibilidade, em alegria e beleza, mas o espírito jamais precisa perder a eterna juventude ou o estado de espírito de juventude onde a vida é uma festa. Tudo que acontecer de mudança com o corpo físico não precisa necessariamente se refletir no espírito... Na verdade o que acontece é o contrário: são as mudanças do espírito que acabam se refletindo no corpo físico.

Aquele espírito que se considera, por exemplo, velho, acaba com o corpo físico dele para provar que está certo, que é um velho. Aquele espírito que se considera muito triste, cria doenças no seu corpo físico para justificar a sua tristeza.

É isso que precisamos entender: o corpo não comanda o espírito, mas o espírito comanda o corpo.

Sendo assim, os acontecimentos do corpo são resultados da ação espiritual. Se alguém lhe bater, você não precisará sentir dor, humilhação ou qualquer outra coisa. Isso só ocorrerá se você escolher esses sentimentos. Neste caso, você trará para o corpo físico o resultado desse sentimento que sentiu.

Paulo está abordando este assunto por causa dos sofrimentos que ele passou durante a peregrinação: fome, surras, foi mal tratado. Ele e Cristo passaram por várias provações físicas, mas nem um nem outro se deixou influenciar por isso. Por isso continuaram eternamente jovens e felizes, mesmo pregados na cruz.

Porque nós não fixamos a nossa atenção nas coisas que se veem, mas nas que não se veem. (Capítulo 04 – versículo 18)

O ser espiritual humanizado no caminho da elevação espiritual, segundo Paulo, não fixa a sua atenção nas coisas do mundo, mas sim nas invisíveis. Ele não se preocupa com o que está acontecendo, mas está sempre preocupado em se ligar a Deus para viver aquilo que está acontecendo.

Quem se liga a coisas materiais vê coisas materiais... Quem se liga ao corpo material como realidade, por exemplo, se alguma coisa bater nesse corpo vai sentir dor. Mas aquele que não se liga no corpo, mas no invisível, em Deus, na espiritualidade, no mundo espiritual, não sente essas sensações, essa dor.

Não sente porque, mesmo vendo uma faca entrar no seu corpo, ele sabe que a dor só acontecerá quando ele escolher dor para reagir àquilo.

O que pode ser visto dura apenas um pouco mas o que não pode ser visto dura para sempre. (Capítulo 04 – versículo 18)

As coisas materiais são transitórias e duram pouco tempo, mas as coisas espirituais são eternas e duram para sempre.

Vou dar um exemplo: a fome. A fome é uma coisa material. Ela dura pouco tempo, ou seja, dura até o momento que você comer. Portanto, quem vive com fome, vive ligado no mundo material; já aquele que vive além da matéria (se liga em Deus) e quer permanecer nessa ligação eternamente, não se preocupa com a fome de agora.

Este ser consegue isso porque ele se preocupa com a existência futura, ou seja, com a fome futura. Sendo assim, ele passa por essa fome material preocupado em não gerar motivos para ter fome espiritual, ou seja, preocupado em se nutrir de alimento espiritual e não material.

É isso que Paulo está nos ensinando...

Porque sabemos que, quando for destruída essa barraca que vivemos, que é o nosso corpo aqui na Terra, Deus nos dará uma casa no Céu para morarmos. Foi Ele mesmo que fez essa casa, e ela dura para sempre. O nosso desejo de morar no nosso lar no céu é tão grande, que até gememos. Pois aquele lar será o nosso corpo celeste, e, quando nos vestirmos com ele, não seremos encontrados sem corpo. (Capítulo 05 – versículo 01 a 03)

Deixe-me falar uma coisa que Paulo comenta neste trecho: o nosso desejo de viver na casa celeste.

O ser humano ainda não entendeu que ele vivencia a sua vida guiado por objetivos. Tudo o que você faz na vida tem um porque, um para que, ou seja, um objetivo a ser alcançado.

Além disso, o ser humano ainda não percebeu que não consegue vivenciar dois objetivos ao mesmo tempo. Ele pode ter um objetivo transitório que sirva de instrumento para o objetivo definitivo, mas o transitório nada mais é do que etapa para o definitivo. Sendo assim, o ser humano vive apenas para um objetivo...

Para aquele ser humano que afirma querer alcançar a elevação espiritual, o objetivo de sua existência deve ser morar na sua casa do Reino do céu, na casa que Deus criou. Mas, para que ele possa habitar nesta residência, tem que se desprender da barraca que ele vive hoje: o corpo físico.

Esse desprendimento não se dá com a morte, mas acontece ainda em vida com a não valorização da barraca que habita atualmente. Para morar na casa que Deus fez, o ser humanizado não pode achar que essa barraca á muito boa, que as coisas deste mundo são excelentes. Não deve acreditar que morar numa barraca é sublime, pois quem gosta de morar em barraca não vai conseguir chegar à casa.

É preciso que você que está morando numa barraca provisoriamente. Você é como um flagelado que foi expulso da sua casa e está vivendo temporariamente numa barraca emprestada. Digo isso, porque quem gosta de viver em barracas não volta para casa.

É isso que Paulo fala: aquele que busca elevação espiritual se distingue dos outros apenas nesse aspecto. Ele não se distingue dos outros porque é mais inteligente, mas porque tem mais fé, mais amor, mais desapego do mundo material.

Quem chega lá é porque não mais objetiva viver na barraca. Enquanto houver o objetivo de viver a vida na barraca não se chega na casa. Para chegar em casa basta apenas querer chegar em casa, ou sejas, transformar a chegada em casa em objetivo de vida.

Enquanto vivemos nessa barraca, que é o nosso corpo, gememos aflitos. Não é que queremos ser despidos do nosso corpo terreno; o que desejamos é ser vestido com o corpo celeste para que a vida faça desaparecer o que é mortal. (Capítulo 05 – versículo 04)

Buscar a elevação espiritual não é suicidar-se ou entregar-se a todos os perigos esperando morrer, mas é querer que essa barraca seja vestida com o que é imortal. Viver a vida na carne com o sentido espiritual e não viver a vida na carne com o sentido material.

É Deus quem nos tem preparado para essa mudança e nos deu o seu Espírito como garantia de tudo que Ele tem para nos dar. (Capítulo 05 – versículo 05)

Precisamos entender bem esse pedaço...

Deus nos prepara para a mudança celeste. Para a mudança da barraca para a casa celeste. Como Ele nos prepara para essa mudança?

Barraca é alguma coisa grande? Não, ela sempre é menor que uma casa... Sendo assim, morar em barraca é incomodo. Ela não tem banheiro interno para você ir, se chover molhará dentro e outras coisas que quem já viveu em barracas sabe como incomodam...

São esses incômodos que acontecem com quem mora em barracas que Deus usa para que o ser humanizado prefira ir morar na casa celeste. Deus prepara você para morar na casa celeste mandando a chuva (para você ver o quanto é molhado viver numa barraca), fazendo os seus pés ficarem de fora (para você ver o quanto a barraca é incomoda).

É assim que Deus nos prepara: Ele nos mostra que existe um bem muito maior, um 'lugar' mais cômodo para se viver. Ou seja, Ele nos prepara criando as situações incômodas na vida para que você não goste da barraca e queira a casa.

O problema é que o ser humano vive com frio porque os pés estão do lado de fora, vive molhado porque a água entra, não tem lugar para fazer xixi, mas quer continuar na barraca. Apesar de todo incômodo se apega em morar na barraca. Por quê?

Participante: eu acho que a maioria de nós temos medo do desconhecido e no caso, da morte.

Isso... Preferem continuar apegados à falta de conforto porque não conhecem a outra vida...

Aí vem Paulo e diz: Deus afiança a existência dessa outra vida. Deus afiança que nessa outra vida você poderá alcançar uma casa ampla onde não terá goteira, onde existem cômodos para você dormir, onde terá banheiro interno para fazer as suas necessidades. É isso que Paulo está nos ensinando...

Mas, apesar de Paulo ensinar assim, os seres humanizados religiosos continuam apegados à barraca. Por quê?

Porque não acreditam na palavra de Deus. Não acreditam na fiança que Deus coloca: 'Filho, faça isso, que Eu lhe garanto que você irá morar num castelo ao invés de ficar nessa barraquinha'. Apesar disso ter sido ensinado por todos os mestres, o ser humanizado tem medo de sair da barraquinha para ir para o castelo. Achando que o castelo é de areia, é sonho.

Imagina vocês se Moisés não acreditasse em Deus, como é que ele se aventuraria no deserto por quarenta anos? Foi por acreditar na palavra de Deus, foi por acreditar no acordo proposto por Deus que ele saiu com todos os judeus e viveu quarenta anos no deserto esperando a hora de chegar á terra prometida.

Já vocês, seres humanizados comuns, que até passam por situações de deserto, mas também por situações de mata gostosa durante a vida, não querem caminhar para a terra prometida porque não confiam em Deus.

Participante: Eu assisti na televisão um dia desses uma reportagem sobre uma seita que acredita em discos voadores e a alguns anos atrás, não sei quantos integrantes dessa seita praticaram suicídio coletivo porque foi dito a eles que uma nave viria buscá-los, mas eles só poderiam ir em espírito. Então houve suicídio coletivo. O que o senhor fala disso?

O que eu posso lhe falar é baseado nos ensinamentos. Em Paulo está escrito: não é sair da carne, não é querer abandonar essa barraca para achar por si só, mas é segurar na mão de Deus e viver na barraca enquanto está nela. Durante este tempo deve procurar não se prender à barraca e aguardar a chegada da sua hora para entrar na sua casa no céu.

Portanto, se o caminho é abandonar as coisas materiais, o que deve ser abandonado é a posse e não a existência carnal.

Participante: baseado em estudos nossos mais antigos onde se diz que ninguém desencarna antes da hora, será que essas pessoas que cometeram o suicídio levadas pela ideia de que uma suposta nave viria buscá-las, não foram guiados por uma intuição? Será que alguém foi instrumento de Deus para passar essa mensagem, pois estaria na hora dessas pessoas desencarnarem, já que ninguém desencarna antes da hora?

Ninguém desencarna antes da hora, mas a morte seja ela pelo que for é, resultado do seu sentimento.

Esse povo, na verdade, estava com ganância. Eles fizeram o que fizeram movidos por um desejo: chegar mais rápido na casa celeste.

Todos morreram na hora que deveriam morrer, mas o que os levou a morrer naquela hora foi resultado sentimentos nutridos por eles. Se uniram ali aqueles adoradores de ídolos – sim, porque quem adora a Deus não tenta contra a própria vida – disfarçados de adoradores de Deus que buscavam privilégios para si, vantagens para si. Sendo assim, não conseguiram atingir o Reino do Céu.

Não estou dizendo que sou contra o suicídio: estou dizendo que faço por onde não merecer o suicídio como uma forma de saída. Mas se ele vier, eu o amarei. Agora não vou fazê-lo ou provocá-lo para ganhar alguma coisa.

Participante: dentro dessa leitura Paulo fala que Deus nos deu o Seu Espírito como garantia de tudo que Ele tem para nos dar. O que ele quis dizer com isso?

Nós estudamos na carta aos Corintos 1 que entre os dons que você deveria buscar está o Espírito de Deus. Este Espírito é o amor. Ele é espírito porque é a essência de Deus. Sendo assim, Deus nos deu o Seu amor como garantia de que vai cuidar de nós por toda a eternidade.

Quando falei agora pouco que o ser humanizado não confia em Deus, quis dizer que ele não confia no amor de Deus, no Espírito de Deus. Ele não confia que Deus o ama porque querer dizer a Deus o que é lhe amar.

Deus ama incondicionalmente os seus filhos e os seres humanizados querem colocar condição para se sentirem amados por Deus. É isso que Paulo está nos ensinando.

Talvez seja isso que falta todos se lembrarem nos momentos de sofrimento. Na hora que você está passando por uma situação que não gosta, lembre-se que Deus lhe ama. Lembre-se que Deus está lhe mostrando como é ruim viver nessa barraca para que você queira morar na casa que ele lhe preparou. Lembre-se que se Deus não mostrar como é incômodo morar numa barraca, ou seja, se fizer a barraca linda, limpa e confortável, você não vai querer ir para casa.

Deus sela o acordo de que você morará numa casa celeste com o amor que Ele tem a você.

Deus está amando seus filhos sempre. Acho que é isso que falta na humanidade: compreender que Deus ama a todos os seus filhos e que Ele jamais permitiria que um pessoa ou qualquer coisa no Universo fizesse mal ao seu filho.

Se a coisa aconteceu, ou seja, se Deus fez, não pode ser má: ela é amor. É Deus lhe amando, lhe mostrando o quanto é incomodo essa barraca em que você vive.

Assim estamos sempre muito animados. Sabemos que, enquanto vivemos na casa desse corpo, estamos longe do lar do Senhor. Porque vivemos pela fé e não pelo que vemos. Estamos muito animados e gostaríamos de deixar de viver nesse corpo para irmos viver com o Senhor. Porém, acima de tudo, o que queremos é agradar o Senhor, seja vivendo no nosso corpo aqui, seja vivendo lá com o Senhor. (Capítulo 05 – versículo 06 a 09)

Portanto, não adianta querer sair da carne. O que você tem que aprender é viver agradando a Deus estando na carne ou não.

Como é que se vive agradando a Deus?

Participante: amando...

Amando a quem?

Participante: a Ele acima de tudo...

E a quem mais?

Participante: ao próximo como a si mesmo...

E como é amar ao próximo como a si mesmo? Servindo ao próximo...

Aí está a essência da elevação espiritual. Por isso Paulo diz: nós vivemos felizes, apesar de não ter uma casa para morar, de não ter uma família para criar, de não ter um emprego, de ser cuspido, de lhe jogarem pedra, de ser preso e apanhar. Nós vivemos felizes, porque vivemos para agradar a Deus e para isso vivemos para servir ao próximo.

Para alcançar a elevação espiritual não se deve viver apenas para aquele que quer lhe ouvir, mas principalmente para quem quer lhe atirar pedras. Deve se servir a esse e deixá-lo atirar pedras em você sem retrucar com pedras. Servir ao próximo é deixar ele lhe cuspir no rosto e você não cuspir de volta. Servir ao próximo é deixar ele gritar e você não gritar de volta. É isso que Paulo está nos ensinando...

Paulo vivia feliz porque não se ligava na pedra que vinha, mas estava ligado em Deus. Ele não estava ligado no cuspi, mas estava ligado em Deus. Se gritassem com ele, o grito não era ouvido, pois estava ouvindo a Deus. É isso que Paulo nos ensina bem claro...

Este ensinamento é importante porque Paulo foi o apostolo que mais compreendeu os ensinamentos de Cristo. Por isso é aquele que melhor pode orientar sobre o amor. A orientação de Paulo sobre o amor, sobre viver com amor é: viva preocupado em servir a Deus... Quem vive preocupado em estar ligado a Deus, serve ao próximo, não importando o que o outro faça.

Quando começou os estudos das cartas de Paulo disse que Paulo é polêmico e agora vocês começam a compreender. Se no dia de hoje você falar que se tem que servir ao próximo servindo de alvo para ele, escutando sem responder, recebendo ofensas sem ofender, vai ser considerado como alguém com falta de cultura.

Nos dias de hoje quem faz isso é um bobo, pois a humanidade está cada dia mais competitiva. A cada dia o ser humanizado é compelido a buscar e ganhar em cima dos outros. É compelido a se servir do outro ao invés de servi-lo ...

 Mas, veja: não estou falando que isso é errado. Isso faz parte da evolução do planeta, faz parte da época em que vivem como instrumento de elevação de vocês. Como estamos no fim dos tempos, a mudança da situação da encarnação no planeta, essa cobrança tem que ser mais forte. É o que sempre digo: vocês querem ganhar diploma de pós graduação fazendo prova de primário; isso não pode. A prova tem que ser no mesmo nível que você está.

Portanto, se você está vivendo uma etapa final, uma etapa de juízo final, a tentação tem que ser mais forte. É por isso que a humanidade está assim.

Sendo assim, não critique quem não faz, mas se você quer ir para a casa que Deus fez para você, faça a sua parte...

Porque todos nós temos que nos apresentar diante de Cristo, para sermos julgados por ele. E cada um vai receber o que merece de acordo com o que fez de bom ou de mal na sua vida aqui na Terra. (Capítulo 05 – versículo 10)

Vamos só traduzir o bom e o mal daquilo que fez na Terra. O bom e o que fez pelos outros; o mal o que fez para si mesmo, objetivando o seu prazer individual.

O novo acordo - Carta aos Coríntios 2

Amizade com Deus por meio de Cristo

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Sabemos o que quer dizer temer ao Senhor e por isso procuramos levar as pessoas à verdade. (Capítulo 05 – versículo 11)

O que quer dizer temer a Deus?

Participante: agora eu entendo que é saber que Ele vai nos dar de acordo com a nossa justa medida.

Ele vai lhe dar de acordo com a sua necessidade e não de acordo com os seus desejos. Sendo assim, se para a sua elevação espiritual você precisa perder o emprego, Ele lhe dará o desemprego. Se Ele, para a sua elevação espiritual, compreender que você precisa mudar de cidade ou de país, fará isso. Se para a sua elevação espiritual Ele compreender que você precisa ser assaltada, fará isso. Ele faz o que precisa ser feito e não o que você quer.

 O ser humano, como ainda tem desejos, tem querer e sonha que tudo isso deve ser acontecer, deve ter medo de Deus, deve temer ao Senhor, pois quanto mais forte o ser humano desejar uma coisa, mais Deus vai ter que agir contra isso. Ele age assim não por maldade, mas para provar ao ser humanizado que não adianta só desejar: é preciso trabalhar para Deus para receber qualquer coisa.

É isso que Paulo já havia compreendido há dois mil anos.

Deus nos conhece completamente, e espero que em seus corações vocês nos conheçam também. Não estamos querendo nos recomendar outra vez a vocês. Ao contrário, queremos dar motivos para terem orgulho de nós a fim de que possam responder aos que se sentem orgulhosos por causa da aparência e não pelo caráter. Pois, se estamos loucos, é em favor de Deus; e, se temos juízo, é em favor de vocês. Porque somos dominados pelo amor que Cristo tem por nós, pois reconhecemos que um homem morreu por todos, o que quer dizer que todos tomaram parte na sua morte. (Capítulo 05 – versículo 11 a 14)

Um homem morreu por todos nós... Jesus Cristo não morreu e nos deixou uma carta em banco dizendo: 'você pode pecar à vontade que eu já paguei a conta'. Não é isso...

Cristo ter morrido pela humanidade quer dizer que ao morrer daquele jeito ele mostrou o caminho para se alcançar a elevação espiritual. Passando e vivendo uma vida crística, passando pelas situações da vida com a consciência crística como ele passou, você alcança a elevação espiritual. É isso que Paulo nos fala quando diz que um homem morreu para nos salvar.

Na verdade um homem viveu aquela vida que culminou naquele desencarne para nos mostrar qual é o caminho para a elevação espiritual.

Ele morreu por todos para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que morreu e ressuscitou para o bem deles. (Capítulo 05 – versículo 15)

Jesus Cristo nunca viveu para si. Viveu para os outros, para nós, para nos ensinar... Nos ensinar o que? A não vivermos para nós, ou seja, para que não condicionemos a nossa felicidade. Para que não esperemos que aconteça aquilo que queremos para sermos felizes...

Este é o primeiro aspecto que podemos comentar sobre a morte de Jesus cristo. Mas há um outro...

Cristo morreu para nos ensinar o caminho, não é isso? Morreu daquele jeito para nos ensinar o caminho. Sendo assim, que culpa tem Pilatos? Que culpa tem Herodes? Que culpa tem os lanceiros que bateram nele? Que culpa tem Judas ao ser o instrumento da situação que levou Cristo à cruz?

Nenhuma... Não há culpa nenhuma na ação desses elementos... A culpabilidade deles só existem para aqueles que ao invés de aprenderem com Cristo, ainda querem não viver a mesma vida que Jesus Cristo viveu. Por isso acham culpados lá e aqui.

Vou repetir uma frase que eu digo sempre: no Universo não existem culpados de nada. Se há um culpado, esse chama-se Deus; se há uma culpa, a culpa é amar demais os seus filhos.

Participante: pode se dizer que a gente é culpado pelos sentimentos?

Não, não há culpa nem pelos sentimentos.

Veja, eu posso só ter raiva?

Participante: pode.

Não... Vamos entender isso...

Sempre que tenho raiva, nutro essa paixão por alguém ou alguma coisa. Apenas ter raiva ninguém tem. Seu eu tenho raiva, tenho raiva de uma pessoa, de você, etc.

Se eu tenho raiva de você é porque Deus já direcionou a minha raiva a você que precisava e merecia recebê-la. Portanto, tive raiva e Deus disse: tenha raiva daquela pessoa. Fez isso porque você merecia recebê-la. Se isso é verdade, eu não sou culpado de ter raiva de você. A culpa é sua, pois foi você quem mereceu.

Mas, você também não é culpada, pois você não fez nada para receber raiva. Culpado é Deus que direcionou a minha raiva para você. Mas, por que Ele fez isso? Tudo é prova... Deus direcionou a minha raiva para que você ao recebê-la pudesse exercer o seu livre arbítrio: servir a Ele ou servir a você mesmo e nesse último caso, me acusar de ter raiva de você.

Ele não fez isso para lhe machucar, mas por amor. Receber esta raiva é uma chance de realizar a elevação espiritual. Quando alguém lhe tiver raiva, é uma chance que Deus está lhe dando. Na verdade Ele está dizendo assim: 'aproveite este momento. Sinta-se amada, sirva ao próximo'...

Este momento é uma oportunidade de ouro para você se elevar.

Participante: quando eu sentir raiva ou quando eu receber?

Quando você receber a raiva.

Participante: e quando eu sentir?

Quando sentir, você pode também aproveitar para se elevar. Para isso, logo depois de senti-la, deve calá-la ao invés de ficar pensando:' eu não gosto mesmo daquela pessoa, ela não vale nada mesmo, ela é uma safada'.

Você pode cortar a raiva dizendo: 'gritei naquela hora, briguei e tive raiva. Agora acabou aquela hora e não quero mais ser instrumento de Deus para isso'.

Participante: ainda existe a culpa por sentir a raiva

Na verdade, ao você escolher a raiva sentimentalmente, não é culpada, pois o que fez foi apenas seguir uma crença diferente. Isso não é erro. Isso pode quando muito ser uma má utilização do livre arbítrio e não culpa.

Má utilização do livre arbítrio: você escolher o sentimento de raiva.

Por isso daqui em diante não vamos usar mais regras humanas quando julgarmos alguém. E se antes julgamos Cristo assim, agora não faremos mais isso. Quando alguém está unido com Cristo, é uma nova pessoa; acabou-se o que é velho, e o que é novo já veio. (Capítulo 05 – versículo 16 a 17)

O que é julgar Cristo por regras humanas? É dizer assim: 'Cristo, você se esqueceu de mim! Você me deixou ficar desempregado... deixou o ladrão entrar em minha casa... deixou matarem meu filho'!

Quando você pensa assim, está julgando Cristo com regras humanas. Isso porque a regra humana diz que você nunca deveria ser assaltada, que é melhor empregado que qualquer outro e que por isso não merecia ser mandado embora. Os seus valores humanos que são utilizados para julgar Cristo.

Melhor seria não julgar, mas se quer fazer isso, você precisa julgar Cristo e Deus pelas regras universais. Nelas está escrito que na hora em que você está desempregado existe uma grande chance para você despossuir coisas materiais. Portanto, louvado seja Deus que lhe deu essa oportunidade de amar a sua situação de desempregado e com isso conquistar o Reino do Céu.

É isso que Paulo está nos ensinando. O ser humano julga a espiritualidade pelas regras humanas ou seja, julga a espiritualidade pelo condicionamento ao qual está submetido. Ele espera que seja atendido seus desejos.

Tudo isso é feito por Deus. Que, por meio de Cristo. nos transforma de inimigos a amigos Dele. (Capítulo 05 – versículo 18)

Tudo é feito por Deus e por intermédio do Cristo e com o que Ele faz, nos transforma de inimigos em amigo de Dele.

Quando Deus nos dá através do Cristo a situação negativa, nos dá uma oportunidade de deixarmos de ser inimigos de Deus. Ou seja, aquele que grita contra Deus, que se lamuria, que sofre deve se transformar em amigo de Dele. Para isso é preciso louvar todas as situações.

E Deus nos dá a tarefa de fazer que os outros sejam também amigos Dele. A nossa mensagem é esta: Deus não leva em conta os pecados dos seres humanos e, por meio de Cristo, Ele está fazendo que eles sejam os seus amigos. (Capítulo 05 – versículo 18 a 19)

Deus não leva em conta os seus pecados... Interessante...

Sendo assim, quando você não se utiliza do amor, quando não serve aos outros você se torna inimigo de Deus, mas Ele não é seu inimigo. Ele não lhe dá a próxima situação negativa como castigo, como um inimigo que pune o outro, mas lhe dá sim uma nova oportunidade de elevação.

Tudo que acontece na sua vida não é o castigo de Deus mas é o amor Dele que diz assim: 'meu filho eu sei que você é muito criancinha. Da última vez você errou, mas agora vou lhe dar uma nova chance. Você deve fazer como Cristo disse: perdoar sete vezes setenta...

E Deus nos mandou entregar a mensagem sobre a maneira como Ele faz com que eles se tornem seus amigos.

Portanto, estamos aqui falando em nome de Cristo, como se o próprio Deus estivesse pedindo por meio de nós: em nome de Cristo, deixem que Deus os transformem de inimigos em amigos Dele. Em Cristo não havia pecado. Mas Deus colocou sobre Cristo a culpa dos nossos pecados para que nós, em união com ele, tenhamos a vida santa que Deus quer.

Portanto, nós, como companheiros no serviço de Deus, pedimos o seguinte: não deixe que se perca a graça de Deus que vocês já receberam. Escutem o que Deus diz: 'Quando chegou o tempo de mostrar a minha bondade, Eu atendi o seu pedido e o socorri quando chegou o dia da salvação. Escutem! Esse é o tempo em que Deus mostra a sua bondade! Hoje é o dia de ser salvo!'. (Capítulo 05 – versículo 19 a 21, Capítulo 06 – versículo 01 a 02)

Todo dia, toda hora, todo o momento é o dia de você ser salvo. Todo momento é uma chance, uma oportunidade para cada um ser salvo.

Temos que deixar de levar a vida em cima das ondas e começar a aprender a mergulhar no mar. Passamos por cima da vida porque estamos sempre presos no futuro, sempre esperando chegar o amanhã para realizar a elevação espiritual. Mas Deus nos deu o hoje, o agora, esse momento para fazer...

Esse é o momento que você tem para realizá-la, seja ele qual for. Esse é o momento para buscar a sua elevação espiritual.

Por favor, pare de fazer com a busca a Deus a mesma coisa que se faz com regime: começo na segunda feira... Não dá certo, nem o regime você consegue começar na segunda feira...

Não queremos que alguém encontre defeito no nosso trabalho e por isso procuramos não atrapalhar ninguém. Ao contrário, mostramos em tudo que somos servos de Deus, suportando com muita paciência as aflições, as necessidades e as dificuldades. Temos sido surrados, presos e maltratados nas agitações populares. Temos trabalhado demais, temos ficado sem dormir e sem comer. Por meio da nossa pureza, conhecimento, paciência e delicadeza, mostramos que somos servos de Deus. Temos mostrado isso por meio do Espírito Santo, do nosso amor verdadeiro, da mensagem da verdade e do poder de Deus. Para atacarmos e para nos defendermos, usamos como arma aquilo que é certo diante de Deus e das pessoas. (Capítulo 06 – versículo 03 a 07)

O que é certo diante de Deus e das pessoas?

Participante: o amor

Então, vamos dizer em palavras de hoje o que Paulo falou. Paulo nunca foi santo. Aquele que recebia calado certas coisas, brigava com as pessoas por outras. Isso pode ser comprovado com a leitura da carta aos Coríntios 1: ela é cheia de brigas.

O que eu chamo de brigar é dizer que o que vocês estão fazendo está errado...

Só que Paulo faz tudo por amor. Mesmo quando brigava com os outros, usava o amor como intenção e não a crítica com a intenção de defender seu ponto de vista, para provar que ele estava certo.

Recebemos honras e desonras, insultos e elogios. Somos tratados como mentirosos, mas dizemos a verdade; como desconhecidos, embora estejamos bem conhecidos de todos; como se estivéssemos mortos, mas como vocês estão vendo continuamos vivos. Às vezes temos sido castigados, mas não estamos mortos. Às vezes somos entristecidos, mas continuamos sempre alegres. Parecemos pobres, mas enriquecemos muitos. Parece que não temos nada, porém de fato possuímos tudo.

Queridos amigos da cidade de Corintos, temos falado francamente e abrimos nossos corações a vocês. Não temos fechado os nossos corações; vocês é que tem fechado os corações para nós. Falo com vocês como se fossem meus filhos. Mostrem o mesmo sentimento que temos para com vocês e abram os seus corações. (Capítulo 06 – versículo 08 a 13)

O novo acordo - Carta aos Coríntios 2

Conselho contra a influência dos pagãos

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Quem é o pagão?

Participante: quem não é batizado

Mas seria só isso mesmo? Vamos usar este termo no sentido de quem não acredita nas religiões e, por conseguinte, em Deus.

Pergunto: acreditar em Deus é por si só importante? Deus quer que você O idolatre? Que você O cubra de elogios? Que você O reconheça? Ele quer posição e status, é isso? Claro que não... Então, o que Deus quer? Que você ame universalmente.

Ora, se Deus quer que você ame universalmente e pagão é aquele que não faz isso, posso dizer que pagão é o individualista, é aquele que vive para si mesmo. Não importa se o ser humano acredita mentalmente em Deus ou não, se não vive para Deus, ele é pagão. Se ele não vive com amor universal, ele é pagão.

É a mesma coisa da diferença que estabelecemos espiritualismo e materialismo. Espiritualista não é só aquele que acredita haver em si algo mais do que a carne. Espiritualista é aquele que vive para o espírito, que vive para a vida espiritual, que vive para Deus. Já aquele que acredita em reencarnação e no mundo espiritual, que acredita em Deus, no Espírito Santo e em Maria, mas não vive em comunhão e para a espiritualidade, é materialista, pois vive para o mundo material.

Não se juntem aos descrentes para trabalharem com eles. Como é que o certo e o errado podem ser companheiros? Como podem viver juntas a luz e a escuridão? (Capítulo 06 – versículo 14)

Vamos entender o que Paulo diz.

Definimos pagão como aquele que vive para si. Agora Paulo diz: não se juntem com os pagãos para o trabalho. Que trabalho? Trabalho espiritual, para a sua profissão de fé.

Na vida carnal, por mais que você se eleve, não vai conseguir toda a elevação: ainda ficarão restos do seu ego. Sendo assim, posso dizer que a sua vida, desde o momento em que você inicia a busca da elevação espiritual até o desencarne, será uma constante luta contra o seu individualismo. Agora, se você se expõe a um individualista, a tentação de ceder aos seus impulsos individualistas torna-se bem maior.

Jesus Cristo conseguiu vencer o diabo no deserto, mas nós ainda não temos a elevação de Cristo. Por isso é preferível para o trabalho da elevação espiritual, não me ligar com um individualista, não buscar junto com eles. Fazendo isso, vou redobrar a dificuldade do meu trabalho...

Por isso Paulo fala: como pode o certo conviver com o errado? Ou seja, como pode aquele que está buscando elevação espiritual conseguir realizar o seu trabalho convivendo com um individualista? Só conseguirá realizar se ele tiver uma determinação muito sólida, se estiver bem avançado na elevação espiritual.

Não estou falando de deixar de conviver socialmente com os pagãos, mas na busca espiritual: nos momentos que você se dedica a conhecer e praticar... Expondo-se a eles neste momento, você pode reascender a sua chama individualista e alterar a interpretação que se dá aos ensinamentos.

Sei que vocês têm ansiedade de levar aos outros o que aprendem. Acham que se a luz entrar na escuridão, essa acaba. Mas, precisamos entender que a nossa luz é muito fraca, pois ainda estamos no caminho da evolução. Pode ser que a escuridão acabe amortecendo a luz.

É isso que Paulo está ensinando.

Participante: isso me lembra uma das divisões das igrejas evangélicas em que os adeptos, eles se fecham na comunidade daquela igreja e não convivem com os outros. Eu conheço muita gente assim. Eles se afastam das pessoas que não são da mesma religião. Isso não acaba de certo modo criando um outro tipo de individualismo? A pessoa se fechar dentro do grupo?

Não estou dizendo para você não conviver diuturnamente com outras pessoas, mas evitá-las apenas no seu trabalho espiritual.

Participante: não entendi.

Então vou explicar.

O que é o trabalho espiritual? O que é o seu trabalho espiritual?

Participante: não sei. Pelo o que o senhor está falando aí, é a minha forma de cultuar a Deus.

Certo, a sua forma de cultuar a Deus. Qual é a sua forma de cultuar a Deus?

Participante: eu não tenho uma forma especifica.

Mas deveria ter, pois a elevação espiritual é um culto a Deus.

Qual é o culto a Deus que nós estamos ensinando? Eliminar todos os desejos, todos as paixões e todas as intencionalidades. Esse é o caminho da evolução espiritual que os Mestres nos ensinaram e que nós estamos conversando.

A partir disso, qual é o seu trabalho? Qual é o seu culto a Deus ? Prestar atenção aos seus pensamentos para eliminar deles todo resquício de individualismo, todos os conceitos, todas as paixões, todos os desejos e todas as intenções.

Esse é o seu trabalho espiritual. Não é ir à missa, vir aqui, ir ao centro ou ao culto. O trabalho da busca espiritual, da ligação a Deus deve ser exercida a cada segundo através do orai e vigiai: estar de mãos dadas com Deus e vigiar o seu pensamento para que ele não largue essa mão...

É nesse momento que você não deve se ligar a um individualista. Ou seja, não discuta o que está acontecendo com um individualista.

Participante: ainda não estou entendendo...

Então vamos entender. Porque que esse maço de cigarro caiu no chão?

Participante: porque o senhor jogou.

Estou falando de acordo com o ensinamento de tirar todo desejo, toda intenção, todo conceito... Porque esse maço caiu no chão? Porque caiu...

Essa é a realidade. Aquele cigarro caiu no chão porque caiu. Se eu soltei, se caiu por acaso ou de propósito, se a mão é minha ou se não é, não interessa. Para se viver com Deus temos que saber apenas que ele caiu no chão... Esse é o meu culto a Deus: lutar contra o meu pensamento para ele não me dizer mais nada do que isso.

Agora, se eu discutir com um individualista porque isso caiu no chão, ele vai dizer caiu porque a mão abriu, porque alguém jogou, etc. Ou seja, ele vai me passar influências do que acha e essas podem me conduzir pelo mesmo caminho, ou seja, pode me fazer acreditar nelas como verdades.

Participante: a gente para evoluir não tem que viver em sociedade e por isso não podemos nos isolar? O senhor está dizendo que eu tenho que me isolar.

Não, não estou dizendo que você tenha que se isolar; estou dizendo que você não tem que discutir o que acha das coisas com um individualista. Faça o seu trabalho espiritual, busque se libertar das intenções e conceitos, mas não debata com o outro a sua opinião...

Participante: mas eu não vou estar perdendo uma chance de estar passando para ele o que eu acredito?

Passar para ele o que você acredita é uma coisa; querer saber a opinião dele sobre um acontecimento é outra.

Participante: mas se ele não der a opinião dele não vou ter como conversar com ele.

Você sabe a opinião dele. Seja qual for a opinião do pagão ela é calcada no materialismo: alguém teve culpa, alguém teve uma intenção. Então, para que perguntar?

Você precisa viver em coletividade, mas não adianta ficar debatendo as suas conclusões inerentes ao trabalho da elevação espiritual com aquele que só tem conclusão material. Perguntando ao pagão sobre o que aconteceu agora pouco, ele via disser que o maço caiu no chão. Nesse momento, você não deve lutar para provar para ele que simplesmente caiu. Você deve lutar é contra si mesmo para não acreditar no que ele está dizendo...

Eu não falo em se isolar; falo em viver em coletividade, mas não fazer o seu trabalho espiritual em acordo com o outro. Isso porque o outro é individualista e vai lhe tentar para que você utilize o restinho de individualismo que está no seu ego...

É a tentação que Jesus Cristo passou no deserto: ajoelhe-se frente a mim que eu te darei todas as coisas materiais. A isso Cristo respondeu: nem só de pão vive o homem, irmão.

Como podem Cristo e o diabo estarem de acordo? O que é que um cristão e um descrente tem em comum? Que relação pode haver entre o templo de Deus e os ídolos pagãos? (Capítulo 06 – versículo 15)

O que um cristão e um descrente tem em comum? O que pretende da vida um cristão?

Participante: seguir os passos de Cristo.

Qual o ensinamento de Cristo? Amar ao próximo como a si mesmo, ou seja, servir ao outro. O que o descrente quer?

Participante: é o que o senhor já falou. A pessoa pode ser até um descrente, não acreditar em Deus e amar o próximo. Eu já vi muita gente assim.

Mas aí ele não é descrente. Cristão é quem vive com amor, mesmo que não acredite em Cristo. Quem vive com amor, é um cristão, pois está fazendo o que Cristo quer. Ele pode rejeitar o título, mas é.

O descrente é o que não acredita no amor. É aquele que vive para si, por si e para ganhar sempre. Esse é um descrente, mesmo que acredite em Cristo.

Cristão é aquele que não vive para si, mesmo que não acredite no Cristo. Pode ser chamado de cristão porque cumpre o mandamento de Cristo: vive para servir ao próximo e ama a Deus sobre todas as coisas.

O problema é nos apegarmos à palavras: cristão é aquele que acredita em Cristo.... Não, Cristo não é Cristo. Cristo é o amor em ação. Por isso cristão é aquele que acredita no amor em ação e descrente é aquele que não acredita no amor e por isso vive para se servir e não para servir ao próximo.

Pois nós somos o templo do Deus vivo. Como o próprio Deus já disse: 'Eu vou morar e viver com ele. Serei o Deus deles e eles serão o meu povo'. E o Senhor disse ainda: 'vocês precisam deixá-los e separar-se deles. Não toquem em nada que seja impuro, e então eu os aceitarei. Eu serei o pai de vocês, e vocês serão meus filhos e minhas filhas, disse o Senhor todo poderoso. (Capítulo 06 – versículo 16 a 18)

Só para complementar o que já falamos, impuro é aquilo que é ganho como resultado de um desejo. Ele é impuro porque não foi recebido com amor, mas como fruto de um desejo. Por haver o desejo, aquela coisa, se tornou impura.

Meus queridos amigos, todas essas promessas são para nós. Purifiquemos a nós mesmos de tudo o que torna impuro o nosso corpo ou a nossa alma. E, temendo a Deus, dediquemo-nos completamente a Ele. (Capítulo 07 – versículo 01)

O novo acordo - Carta aos Coríntios 2

A alegria de Paulo

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Arranjem um lugar para nós em seus corações. Não prejudicamos ninguém, não arruinamos ninguém e não procuramos explorar ninguém. Não digo isso para condená-los, Porque como eu disse antes, vocês são tão estimados por nós, que estamos sempre juntos, tanto para vivermos como para morrermos. Tenho muita confiança em vocês e me orgulho de vocês. No meio de todas as nossas dificuldades, ainda estou muito animado e continuo meu dia cheio de alegria.

Desde que chegamos à região da Macedônia, não descansamos nada. Em todos os lugares houve dificuldades, brigas e medo nos nossos corações. Porém Deus, que anima os que estão desanimados, nos deu coragem com a chegada de Tito. E não foi somente pela chegada dele, mas também pela notícia de como vocês o animaram. Ele contou que vocês estão com saudades de mim e disse que estão muito tristes e prontos para me defender. Por isso agora estou mais feliz ainda.

Não me arrependo de ter escrito aquela carta, ainda que vocês tenham ficado tristes com ela. Quando soube que a carta os deixou tristes por algum tempo. eu poderia ter me arrependido. Mas agora estou contente, não porque vocês ficaram tristes com a minha carta, mas porque essa tristeza fez com que vocês se arrependessem. (Capítulo 07 – versículo 02 a 09)

Deixe-me falar sobre a questão do arrependimento.

O ser, o espírito que vive para Deus, não se arrepende de nada que ele faz. Não importa o que ele fez, não se arrepende do que faz. Por quê? Porque o arrependimento surge da constatação de um erro. Só aquele que tem a convicção de que errou, busca o arrependimento.

Mas veja, ninguém erra... Se tudo o que você faz é guiado por Deus como instrumento do carma dos outros, como pode haver erro? E se não há erro, para que se arrepender?

Você pode mudar o próximo segundo e não o segundo que passou. Você pode começar a agir de forma diferente, mas não mudar o que você já fez.

Portanto, quando paramos e ficamos presos no arrependimento, não fazemos mudanças. Por quê? Porque ficamos presos no passado vivendo a coisa que se achou errado fazer. Neste caso, não vivemos o futuro e, por isso, não conseguimos fazer a mudança.

Por isso o espírito que busca a Deus não se arrepende. Ele pode até constatar que o que fez poderia ter sido feito de forma diferente, mas jamais vai parar no tempo querendo mudar o passado, chorando no presente pelo passado que fez. Ele começa já a programar o futuro vivendo hoje de uma forma diferente.

Aquela tristeza foi usada por Deus, e por isso não os prejudicamos de jeito nenhum. Pois a tristeza que é usada por Deus produz o arrependimento que leva à salvação; e nisso não há motivos para lamentações. (Capítulo 07 – versículo 09 a 10)

Não importa o sentimento que você tenha: Deus vai se utilizar dele para organizar um caminho para a sua elevação espiritual. Não importa se você sofre com alguma coisa, Deus vai aproveitar o seu sofrimento para organizar um caminho para você. Não importa se você não gosta de alguma coisa, Deus vai organizar um caminho para que você supere esse não gostar.

Mas, qual o caminho que pode ser criado a partir do seu não gostar? Expô-lo àquilo que você não gosta.

Deus aproveita o seu não gostar, o seu conceito e cria situações onde esse não gostar é vivenciado. Faz isso para que você não dê trelas a ele, para que você viva a situação que não gosta sem não gostar.

É isso que Paulo está nos ensinando: a tristeza com a qual você vivenciou aquele momento foi utilizada por Deus para a sua felicidade.

Mas a tristeza do mundo produz a morte. Vejam o que Deus fez com a tristeza de vocês: Ele os tornou gente mais séria, e logo vocês quiseram provar a sua inocência. (Capítulo 07 – versículo 10 a 11)

Aquele que vivencia a situação de tristeza ligado a Deus, renasce, como a Fênix, das cinzas. Já aquele que mantém a tristeza no mundo material, ou seja, chora e se lamenta e se acusa, esse morre, pois a tristeza leva à morte.

Olha, eu me arriscaria a dizer assim: o motivo que mais leva à morte física é o excesso de tristeza. Todo homem acaba com o seu corpo físico e chega à morte por excesso de tristeza.

Como ficaram zangados! Que medo vocês tiveram, que saudade de mim, que devoção, que pressa em castigar o culpado. Em tudo isso vocês mostraram que não tem culpa nenhuma.

Portanto, embora eu tenha escrito aquela carta, não foi por causa de quem fez o mal, nem por causa da pessoa que sofreu esse mal. Ao contrário, escrevi para que Deus tornasse bem claro a vocês o grande cuidado que vocês tem por nós. Foi por isso que ficamos animados.

Além desse conforto que recebemos, ficamos mais contentes ainda com a alegria de Tito, pois todos o tem ajudado a sentir-se bem. Eu falei muito bem de vocês a ele, e vocês não me desapontaram. Temos sempre dito a verdade a vocês. Assim também é verdadeiro o elogio que fizemos a Tito à respeito de vocês. E o seu amor cresce cada vez mais quando ele se lembra como todos estavam prontos para obedecer e como receberam com respeito e humildade. (Capítulo 07 – versículo 11 a 15)

Essa é uma característica importante na recepção do ensinamento trazido por um enviado de Deus: a humildade.

Não adianta nada passarmos ensinamentos, se vocês já acharem que sabem a resposta. Se vocês quiserem comparar o que estou dizendo ao que vocês já sabem, de nada adiantará, pois as suas convicções não os deixarão compreender o que estou falando.

Quando se entra num estudo, é preciso declarar-se incompetente, declarar-se ignorante, para poder ouvir sem conceitos o que se fala. À partir do momento que acabou de ouvir, aí pode, se quiser, raciocinar. Mas, se enquanto ouve julga o que está ouvindo, não adianta nada ouvir e isso não serve nada para você.

Participante: na psicologia os estudiosos dizem que é bom que falemos sobre as nossas tristezas e que estudemos sobre elas. Deus nos ajuda por esse meio também?

Sim, Deus ajuda lhe expondo às coisas que são tristes.

Veja, você falou que na psicologia deve falar sobre as suas tristezas e não fugir delas, só que para Deus a palavra não é necessária, Ele age de outra forma: Ele faz você vivenciar as situações de tristeza, lhe faz encarar de frente aquilo que lhe causa tristeza. Ele mostra aquilo que lhe causa tristeza e, ao mesmo tempo, diz: 'meu filho, tenha confiança em mim. Eu sei que você fica triste, mas confie em mim e quando isso acontecer, não mais se sentirá triste'.

Toda tristeza surge quando não se confia em Deus, quando não se tem fé. Na hora que o ser humanizado viver de mãos dadas com Deus, não terá motivos para ficar triste.

Sendo assim, quando Deus nos expõe a tristeza, o que aliás é a mesma coisa que faz o psicólogo (fazer você falar e expor os seus motivos para estar triste), é para lhe mostrar que você não está tendo a fé, não está vivendo com fé, mesmo que diga que tem.

A fé é a entrega com confiança total a Deus. Se eu confio em Deus e me entrego totalmente a Ele, viverei como diz a Bíblia: se Deus é por mim, quem poderá ser contra? Se Deus está comigo, porque vou sofrer? Porque vou me entregar ao sofrimento?

Dessa forma, sim, a psicologia é muito parecida com o trabalho de Deus. Até porque a psicologia é o embrião da espiritologia, da cura do espírito pelo espírito. Só que ao invés de ser um psicólogo fazendo você falar sobre as suas tristezas, existe Deus lhe fazendo vivenciar momentos para lhe mostrar que você não está usando fé. Deus cria as situações de sofrimento não para lhe fazer sofrer, mas para lhe mostrar que não está tendo fé. Ao mesmo tempo, lhe dá uma nova oportunidade de você usá-la.

Seque as suas lágrimas e segura na mão de Deus e caminhe para chegar ao Reino do Céu.

O novo acordo - Carta aos Coríntios 2

Dar com generosidade

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Irmãos, queremos que vocês saibam o que a graça de Deus tem feito nas igrejas na região da Macedônia. Os irmãos dali tem sido muito provados pelas dificuldades. Mas a alegria deles foi tanta, que, embora sendo muito pobres, deram as suas ofertas com grande generosidade. (Capítulo 08 – versículo 01 a 02)

Vamos falar sobre o tema deste trecho porque ele é fundamental no ensino à elevação espiritual. O que é dar com generosidade? Dar todo mundo sabe, é tirar de si e dar ao outro, transferir de você para outro, mas o que será dar com generosidade?

Dar com generosidade é dar sem sentir a falta, sem acusar perda. Dar, é servir ao outro, mas dar com generosidade só existe quando você não se vangloria e não sofre pelo que fez.

As pessoas que estão me ouvindo agora não sabem, mas tem três pessoas aqui: um incorporado, um lendo e outro tomando conta do computador. Por causa destas funções, eles não estão conseguindo prestar atenção no que estou dizendo. Eles estão se doando para que os outros possam usufruir desse estudo. Mas, mais do que isso: eles estão se doando com generosidade, uma vez que não estão reclamando de não poderem prestar atenção, não estão pedindo para mudar a situação. Eles se resignam a esperar para ouvir depois a gravação. Isso é dar com generosidade.

Agora, se eles fizessem sua parte brigando com Deus e o mundo porque estão perdendo a oportunidade de ouvir esse estudo agora, não teria valor o ato de dar deles. Não é só dar: de nada adianta para a elevação espiritual aquele que se vangloria ao dar; também de nada adianta aquele que acusa a falta do que está dando. Isso não tem valor para a elevação espiritual.

A doação precisa ser carregada de generosidade, ou seja, precisa ser complementada com o não sofrimento por dar. Este não sofrimento por dar acontece quando há a ausência do sentimento de perda. Isso é generosidade; isso é servir ao próximo.

Se eu dou para o outro e sinto a perda ou me vanglorio do que fiz, estou me servindo do outro e não servindo a ele. Ficou claro isso?

Estou perguntando se ficou claro porque isso é um ponto fundamental para a elevação espiritual. Muitos dizem que fora da caridade não há salvação, mas fazem a caridade com sentimento de perda ou com vangloriando-se. Neste caso, o dar não adiantou nada. Claro que vai servir ao outro, mas para quem praticou a doação não serve em nada. Para a elevação espiritual dele não terá valor esse ato.

Afirmo a vocês que fizeram tudo o que podiam e até mais ainda. E, com toda boa vontade, pediram que os deixássemos participar na ajuda para o povo de Deus na Judéia e eles insistiram nisso. E fizeram muito mais do que esperávamos. Primeiro, eles se deram a si mesmos ao Senhor e depois, pela vontade de Deus, a nós também. De modo que pedimos a Tito, que começou esse trabalho, que continuasse e ajudasse vocês a completar esse serviço especial de amor. Em tudo vocês mostram que têm mais do que os outros: na fé, na palavra, no conhecimento, na vontade que têm de ajudar os outros e no amor por nós. E nesse serviço de amor queremos também que façam mais do que os outros.

Não estou querendo mandar em vocês. Quero apenas que conheçam o entusiasmo dos outros para que vejam se o amor de vocês é verdadeiro. Porque vocês já conhecem o grande amor do nosso Senhor Jesus Cristo: ele era rico, mas se tornou pobre por causa de vocês a fim de que vocês se tornassem ricos por meio da pobreza dele.

Essa é a minha opinião sobre o assunto: é melhor para vocês que terminem agora o que começaram no ano passado. No princípio vocês foram os primeiros não só a ajudar, mas também a querer ajudar. Portanto, continuem e completem o trabalho. Façam isso com o mesmo entusiasmo que tiveram no princípio, dando de acordo com o que têm. Porque se alguém quer dar, Deus aceita a oferta conforme o que a pessoa tem. Deus não pede o que a pessoa não tem. (Capítulo 08 – versículo 03 a 12)

Esse é outro ponto muito importante.

Fora da caridade não há salvação, mas a caridade não pode lhe afetar. Você, para servir ao próximo e realizar seu trabalho da elevação espiritual, não pode dispor de mais do que tem. Isso seria ilegal e Deus jamais pediria isso. Portanto, ajudar ao próximo é fazê-lo dentro da justa medida que você pode.

Agora, é claro que temos que reavaliar as nossas necessidades. Alguns, por exemplo, podem dizer que precisam dos quatro televisores que têm em casa, mas isso não é justo. Você só precisa de uma porque só pode ver uma de cada vez.

É isso que Paulo está nos ensinando: você precisa julgar-se, ver o que é o seu mínimo e não tirar além disso; mas, também não deve aumentar o mínimo, pois Deus não pede nada que você não possa dar.

Mas, já que o assunto o assunto é doação, a partir do que vimos, podemos estudar dois pontos.

Primeiro: Deus não pede nada do que você possa dar. Isso vale para as coisas da sua vida material, mas também para o trabalho espiritual. Deus não pede nada que você não possa dar de esforço para o trabalho espiritual.

Sendo assim, toda situação que Deus coloca na sua vida, toda a exposição ao sofrimento, como conversamos agora a pouco, só ocorre dentro daquilo que Ele sabe que você pode vencer. Jamais Ele lhe pedirá o que você não tem, ou seja, jamais vai lhe expor a uma situação onde Ele tenha certeza que você não tem capacidade de suplantar o sofrimento. Deus só vai lhe expor àquela situação que Ele sabe que você tem capacidade de reverter o sofrimento.

É isso que precisamos compreender. É a história que diz que Deus não dá a cruz maior do que você pode carregar.

Só que quando vem o sofrimento, você não reúne as suas forças para vencer. Ao contrário, diz que Deus se excedeu, que você não tem capacidade para vencer aquela prova. Isso não existe; isso não é verídico; isso é inverdade. Se isso acontecesse, teria havido uma injustiça e, nesse caso, Ele não seria mais Deus...

Segundo: a caridade não pode ser estipulada. Para fazer caridade você não precisa dar comida para duzentos mendigos. Se puder dar para um ou para dois, dê; se não puder dar para nenhum não dê. O que não pode ser feito é estipular valores para caridade.

Quando você ou qualquer um estipula o que precisa ser dado para que aquele ato seja considerado caridoso, está sendo feito o que Deus não faz: colocar um fardo pesado demais nas costas de quem não pode carregar.

Não estou querendo aliviar os outros e pôr o peso sobre vocês. Desde que vocês têm bastante agora, é justo que ajudem os que estão necessitados. Então, quando vocês precisarem, e eles tiverem bastantes, aí eles poderão ajudá-los. Assim são tratados igualmente. Como dizem as Escrituras Sagradas: 'Ao que muito pegou, nada sobrou; ao que pegou pouco, nada faltou'. (Capítulo 08 – versículo 13 a 15)

O novo acordo - Carta aos Coríntios 2

Tito e seus companheiros

Agradeço muito a Deus porque pôs no coração de Tito o mesmo desejo que nós temos de ajudar vocês. Ele aceitou o nosso pedido. E, mais ainda, querendo ajudar, resolveu ir com toda boa vontade encontrar-se com vocês. Junto com ele estamos mandando o irmão que é muito respeitado em todas as igrejas pelo seu trabalho de anunciar a boa notícia do Evangelho. Além disso esse irmão foi escolhido e indicado pelas igrejas para viajar conosco. Foi escolhido a fim de nos ajudar neste serviço de amor, para a glória do Senhor, e também para mostrar que de fato queremos ajudar.

Assim queremos evitar que outros nos critiquem por causa dessa grande oferta que estamos recolhendo. O nosso desejo é fazer o que é certo, não somente diante do Senhor, mas também diante das pessoas.

Com eles, estamos mandando outro irmão, que muitas vezes pusemos à prova, e por isso sabemos que está sempre pronto para ajudar. E, agora que ele tem tanta confiança em vocês, está com muito mais vontade ainda de auxiliar. A respeito de Tito, afirmo que ele é meu companheiro e trabalha comigo para ajudá-los. E, quanto aos outros irmãos que vão com ele, são representantes das igrejas e honram a Cristo. Por isso, para que as outras igrejas fiquem sabendo, mostrem a esses irmãos que vocês os amam e que temos razão de elogiar vocês. (Capítulo 08 – versículo 16 a 24)

O novo acordo - Carta aos Coríntios 2

Oferta para os cristãos da judéia

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Agradeço muito a Deus porque pôs no coração de Tito o mesmo desejo que nós temos de ajudar vocês. Ele aceitou o nosso pedido. E, mais ainda, querendo ajudar, resolveu ir com toda boa vontade encontrar-se com vocês. Junto com ele estamos mandando o irmão que é muito respeitado em todas as igrejas pelo seu trabalho de anunciar a boa notícia do Evangelho. Além disso esse irmão foi escolhido e indicado pelas igrejas para viajar conosco. Foi escolhido a fim de nos ajudar neste serviço de amor, para a glória do Senhor, e também para mostrar que de fato queremos ajudar.

Assim queremos evitar que outros nos critiquem por causa dessa grande oferta que estamos recolhendo. O nosso desejo é fazer o que é certo, não somente diante do Senhor, mas também diante das pessoas.

Com eles, estamos mandando outro irmão, que muitas vezes pusemos à prova, e por isso sabemos que está sempre pronto para ajudar. E, agora que ele tem tanta confiança em vocês, está com muito mais vontade ainda de auxiliar. A respeito de Tito, afirmo que ele é meu companheiro e trabalha comigo para ajudá-los. E, quanto aos outros irmãos que vão com ele, são representantes das igrejas e honram a Cristo. Por isso, para que as outras igrejas fiquem sabendo, mostrem a esses irmãos que vocês os amam e que temos razão de elogiar vocês. (Capítulo 08 – versículo 16 a 24)

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Autoridade de Paulo como apóstolo

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Eu mesmo, Paulo, que tenho dito que sou manso e humilde quando estou perto de vocês, mas atrevido quando estou longe, faço um apelo: peço, pelo carinho e bondade de Cristo, que quando eu for ai, não me forcem a ser atrevido. Porque tenho certeza que posso agir com atrevimento contra os que afirmam que fazemos as coisas por motivos humanos. É claro que somos humanos, mas não lutamos por motivos humanos. As armas que usamos na nossa luta não são do mundo, porém são armas poderosas de Deus para destruir fortalezas. (Capítulo 10 – versículo 01 a 04)

Paulo está dizendo que é um ser humano, mas não vive e luta com armas humanas. Qual é a arma do ser humano?

Participante: os conceitos desse ser.

Sim, com os desejos...

O desejo é uma arma com a qual o ser humano luta contra os outros. Mas, Paulo diz que é claro que você é um ser humano, ou seja, que tem desejos, mas não deve utilizar dessa arma...

Assim sendo, Paulo diz: você não deve apegar-se aos seus desejos, pois se assim o fizer lutará contra os outros seres humanos atacando-os com eles... Ao invés disso, viva com a o amor, lute com os outros com esta arma de Deus...

Amar é não viver apegado aos seus desejos, as suas vontades, aos seus quereres, ao seu está certo, ao seu está errado. Quem vive apegado a estas coisas, ou seja, julga o mundo a partir destes valores, vive de uma forma humana. O espírito mesmo na carne, ou seja, humanizado, se ele viver com amor, estará usando a arma de Deus.

Se isso é verdade, o que determina, então, se você está humanizado ou não, não é a própria carne, mas sim a forma como vive e que arma utiliza para viver. Aí está a diferença entre o ser humanizado e o ser espiritual. Se está na carne ou fora dela, não faz a menor diferença...

O espírito pode estar na carne e não estar humanizado, assim como pode estar fora dela e estar humanizado, pois estar humanizado é viver apegado aos seus desejos.

Participante: o que Paulo quis dizer com atrevimento, ele ser atrevido? Foi pela forma dura que tratou os outros na carta anterior?

Atrevimento é discordar de alguém, é apontar suas falhas e Paulo agiu assim ...

Agora é o que ele disse também: se vocês merecerem, eu vou ser atrevido, pois assim estarei sendo agente do carma de vocês. Por isso ele pede: não deem motivos a Deus para que Ele me faça atrevido quando eu for aí.

Destruímos os argumentos falsos e também todo orgulho humano que não deixa as pessoas conhecerem a Deus. Dominamos todo pensamento humano e o fazemos obedecer a Cristo. E, depois que vocês provarem a sua lealdade, estaremos prontos para castigar qualquer ato de deslealdade. (Capítulo 10 – versículo 04 a 06)

Grande ensinamento de Paulo: para ajudar o próximo no trabalho da elevação espiritual é ensiná-lo a dominar o seu próprio pensamento. Não adianta transmitir nenhum ensinamento, sem que se ensine antes a dominar o pensamento. Para se ajudar o outro na elevação espiritual é preciso mostrá-lo que o mundo é o que pensa ser e que se não mudar o que pensa ser, de nada adianta querer se elevar.

A elevação espiritual caracteriza-se pela mudança da forma de pensar. Ao invés de viver a partir de verdades e realidade humanizadas, o espírito precisa lutar para ter o seu pensamento de Cristo, a consciência crística, ou seja, ver as coisas do mundo como Cristo via...

De nada adianta se ir para a frente do altar ou para a frente congá e falar palavras belas. O que é preciso é ficar frente a frente com o seu pensamento e mudá-lo.

Quando o pensamento julga alguém e me diz que aquela pessoa é isso, eu digo ao pensamento: não é ... Com isso, estou mudando o meu pensamento. Quando digo que ela não fez isso ou não é aquilo, estou mudando a forma de pensar sobre aquela pessoa.

Portanto, para ajudá-lo tenho que, quando ele comenta comigo sobre outra pessoa, dizer que ela não é o que ele está dizendo que é ... Esta é a forma como você pode ajudar alguém a se elevar.

Sei que muitos querem ir além, querem passar frases de efeitos, mas isso não ajuda nada. Se você diz, por exemplo, que todas as pessoas do mundo são amigos dele, isso de nada adianta. Os conceitos ainda continuarão presentes e ele continuará julgando o mundo separando-os entre amigos e inimigos. Com isso, você ficará desacreditado e não poderá mais ajudá-lo.

É por isso que quando ensinamos usamos os exemplos mais terra a terra. Com isso queremos entrar mesmo na realidade da sua vida, pois sem isso, de nada adianta filosofar.

Vocês julgam as coisas pela aparência. Se alguém tem certeza de que pertence a Cristo, então pense de novo a respeito disso, pois nós também pertencemos a Cristo tanto quanto essa pessoa. (Capítulo 10 – versículo 07.)

Olha que belo ensinamento: você julga as pessoas pela aparência, mas todos pertencem a Cristo.

Sabe aquele assaltante que você diz que não vale nada, que é um safado? Sabe aquele maconheiro que você diz que não vale nada, que é um safado? Ele pertence a Cristo!

É preciso lembrar que todos os espíritos são filhos de Deus e quando encarnam no planeta Terra subordinam-se a Cristo. Sendo assim, aquele que você diz que não vale nada, é filho de Deus e está com Cristo.

Você é que diz que ele não vale nada, que ele não presta, que é arrogante... Acontece que tudo isso que você fala a respeito dele, está calcado na aparência, naquilo que você acha que está vendo... Na verdade, o que você fala das outras pessoas, é o que acha que está vendo, mas ela não é aquilo...

Participante: somos corpo, mente e espírito. Sendo corpo, somos química também e dessa forma sofremos influencias químicas como, por exemplo, alterações hormonais e outras. O equilíbrio do corpo, mente e espírito é difícil. Existe uma formula?

Existe: cair na realidade... O que é cair na realidade? Você não é corpo...

Aquele que se deixa se dominar pelo corpo, não compreende que não é corpo. Não existe corpo, mente e alma: existe o espírito que está ligado a um corpo.

Em outra palestra já acabamos com a ideia de de que encarnar é estar dentro da carne. O espírito, na verdade, não está dentro da carne. Ele está ligado à carne. Mas, ela jamais pode influenciar o espírito, pois não é inteligente. Só o espírito é inteligente, é capaz de raciocinar, capaz de escolher.

Portanto, o que você falou é exatamente ao contrário: você é que tem que acabar com influência da disfunção hormonal e não se deixar levar por ela. Agora, com relação a mente que você colocou na sua pergunta, lhe digo mente e espírito são sinônimos.

Se você quer dividir o ser humanizado em partes eu diria que existe o espírito e o ser humano. O ser humanizado não é você: ele é a junção da carne, do espírito e do ego. Esses são os três elementos que compõem o ser humano...

Apenas só mais um detalhe: você é independente do ego (mente) e da carne. Tanto assim que o ego morre, a carne se desfaz e você continua vivo.

Participante: mas vivemos vinte e quatro horas na carne; não consigo controlar o espírito.

Na verdade você não consegue controlar o espírito, porque você é o espírito. Você controla as coisas materiais... Só que exerce este controle no sentido material e não no espiritual. Aí está a diferença.

Você controla a casa, os filhos – ou pelo menos acha que controla, não é? Só que exerce este controle de uma forma material, ou seja, controla objetivando atender seus desejos. O controle espiritual não é isso... Quem controla as coisas espiritualmente falando controla a influência que os desejos e paixões pelas coisas sobre a mente, sobre os pensamentos. Essa é a diferença. Isso pode ser alcançado...

Agora, querer conseguir isso da noite para o dia, ninguém consegue. Esse controle é uma questão de treinamento. É preciso uma luta constante contra a sua humanização, ou seja, contra os seus desejos, contra as suas vontades, contra os seus quereres, contra o seu gostar, contra o seu não gostar, para poder começar a se libertar da carne.

Só depois disso conseguirá não se ver mais como carne. Enquanto for humanizada vai achar que é a carne e aí não tem nada que possa resolver.

Participante: mas eu sofro... Posso eu alcançar a mansidão do espírito? Não ficamos contidos demais e dessa forma não fazemos doenças?

A doença vai nascer enquanto você tiver o querer... Você está falando em resignação (queria isso e não aconteceu, queria que não acontecesse, mas aconteceu) e isso dá doença.

Resignar-se com o que acontece não resolve. O que estou falando é não querer nada. Quando você não quiser nada, não vai acontecer nada que não queira... Só aí vai entrará na mansidão do espírito.

O espírito é manso, mas quando se humaniza, por causa da busca do bem material, começa a trocar valores, começa a ter desejos para achar o prazer e com isso perde sua humanização...

Eu não estou envergonhado, ainda que tenha me orgulhado demais da autoridade que o Senhor nos tem dado. Essa autoridade é para fazer vocês crescerem espiritualmente e não para os destruir. Não quero dar a impressão que estou querendo assustar vocês com as minhas cartas. Alguém vai dizer: as cartas de Paulo são severas e fortes, mas, quando ele está conosco, é tímido e é um fracasso quando fala. Porém essa pessoa deve saber que não há diferença entre o que escrevemos nas cartas, quando estamos longe, e o que fazemos, quando estamos ai com vocês. (Capítulo 10 – versículo 08 a 12)

Paulo diz que o povo de Coríntios sente a diferença entre aquele que eles veem e as cartas que recebem. Acham as cartas que vem de Paulo mais agressivas... Mas, Paulo diz que ele é igual quando escreve e quando está presente. Sendo assim, onde está a diferença? Está em quem leu, na interpretação de quem leu.

Veja, você lê a letra fria sem a sensação, sem o sentimento. Por isso, vai escolher um sentimento para agregar ao que lê. Isso não ocorre só na carta escrita, mas também quando o outro fala.

É preciso compreendermos que tudo o que você ouve, é o você ouve e não é o que foi falado. Quando se ouve alguma coisa, existe uma interpretação do que se é ouvido. Nesta interpretação, você escolhe um sentimento para interpretar o que é ouvido.

Por exemplo. Ao ouvir alguma coisa, você acha que a pessoa está lhe agredindo, mas ela não está. Você acha que a pessoa está lhe ofendendo, mas não está. Agressão e ofensa são sentimentos que você colocou ao que ouviu e com isso gerou estas interpretações ao som.

Por isso, lhes digo uma coisa: podemos começar a mudança interna selando os nossos ouvidos, não querendo ouvir o que estamos ouvindo. Para isso é preciso declarar expressamente que você não sabe a intenção com que o outro falou.

Isso é fundamental para a evolução espiritual. Por quê? Porque quando você coloca uma intenção no que ouve se prepara para uma reação. Sentindo-se humilhado, vai querer humilhar o outro, mas na maioria das vezes o outro não fez nada disso: foi você que viu isso e não a pessoa que fez.

Esse é o ensinamento de Paulo: não julgue ninguém pelo o que você ouve, pelo o que vê, pelo o que acha, pois o seu julgamento é viciado e está baseado pelos seus pré-conceitos...

É claro que não nos atrevemos a nos igualar ou nos comparar com aqueles que pensam que são importantes. Como são ignorantes! Medem a si mesmos pelas medidas que eles próprios fizeram. Quanto a nós, porém, o nosso orgulho não irá além do que deve. Estará dentro dos limites que Deus nos tem dado, e isso inclui o nosso trabalho entre vocês. Desde que vocês estão dentro daqueles limites, não fomos além deles quando chegamos até aí levando a boa nova a respeito de Cristo. Assim não nos orgulhamos do trabalho que os outros têm feito em lugares que estão além dos limites que Deus nos deu. Ao contrário, esperamos que a fé que vocês têm possa crescer. E que nós possamos fazer trabalho ainda maior entre vocês, sempre dentro dos limites que Deus nos tem dado. Então, poderemos anunciar o evangelho em outras regiões além daquela onde vocês moram. E assim não teremos que nos orgulhar no trabalho já feito por outra pessoa.

Como dizem as Escrituras Sagradas: quem quiser se orgulhar, que se orgulhe daquilo que o Senhor faz. Porque alguém só é aprovado quando o Senhor o aprova, e não quando é aprovado por si mesmo. (Capítulo 10 – versículo 12 a 18)

Não se vanglorie daquilo que Deus faz ... O que é vangloriar-se daquilo que Deus faz? É achar que você fez, pois não cai uma folha da arvore sem que o Pai a faça cair... Portanto, não se vanglorie nem de ter tirado uma folha da arvore sequer, pois você não pode tirar uma folha de uma árvore sem que o Pai a faça cair. Não foi a sua mão que tirou; foi Deus quem tirou.

Isso é para acabar com eu estou certo, eu sei e o outro não sabe nada, ninguém sabe nada, só eu presto. Ah eu fiz isso e eu sou muito gostosão... não é, Deus fez. É preciso nós entrarmos na realidade e a realidade é essa, ninguém faz nada. Não cai uma folha da árvore sem que o Pai a faça cair.

Eu disse lá no início quando começamos a estudar Paulo. Paulo foi polemico porque ele foi o que melhor compreendeu os ensinamentos de Cristo e até hoje os ensinamentos de Cristo vem sendo deturpados, vem lhe dando o poder de agir quando Cristo disse que você não consegue fazer nem um fio de cabelo ficar branco e Paulo tem essa consciência plena de que ele não faz nada.

O novo acordo - Carta aos Coríntios 2

Paulo e os falsos apóstolos

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Eu mesmo, Paulo, que tenho dito que sou manso e humilde quando estou perto de vocês, mas atrevido quando estou longe, faço um apelo: peço, pelo carinho e bondade de Cristo, que quando eu for ai, não me forcem a ser atrevido. Porque tenho certeza que posso agir com atrevimento contra os que afirmam que fazemos as coisas por motivos humanos. É claro que somos humanos, mas não lutamos por motivos humanos. As armas que usamos na nossa luta não são do mundo, porém são armas poderosas de Deus para destruir fortalezas. (Capítulo 10 – versículo 01 a 04)

Paulo está dizendo que é um ser humano, mas não vive e luta com armas humanas. Qual é a arma do ser humano?

Participante: os conceitos desse ser.

Sim, com os desejos...

O desejo é uma arma com a qual o ser humano luta contra os outros. Mas, Paulo diz que é claro que você é um ser humano, ou seja, que tem desejos, mas não deve utilizar dessa arma...

Assim sendo, Paulo diz: você não deve apegar-se aos seus desejos, pois se assim o fizer lutará contra os outros seres humanos atacando-os com eles... Ao invés disso, viva com a o amor, lute com os outros com esta arma de Deus...

Amar é não viver apegado aos seus desejos, as suas vontades, aos seus quereres, ao seu está certo, ao seu está errado. Quem vive apegado a estas coisas, ou seja, julga o mundo a partir destes valores, vive de uma forma humana. O espírito mesmo na carne, ou seja, humanizado, se ele viver com amor, estará usando a arma de Deus.

Se isso é verdade, o que determina, então, se você está humanizado ou não, não é a própria carne, mas sim a forma como vive e que arma utiliza para viver. Aí está a diferença entre o ser humanizado e o ser espiritual. Se está na carne ou fora dela, não faz a menor diferença...

O espírito pode estar na carne e não estar humanizado, assim como pode estar fora dela e estar humanizado, pois estar humanizado é viver apegado aos seus desejos.

Participante: o que Paulo quis dizer com atrevimento, ele ser atrevido? Foi pela forma dura que tratou os outros na carta anterior?

Atrevimento é discordar de alguém, é apontar suas falhas e Paulo agiu assim ...

Agora é o que ele disse também: se vocês merecerem, eu vou ser atrevido, pois assim estarei sendo agente do carma de vocês. Por isso ele pede: não deem motivos a Deus para que Ele me faça atrevido quando eu for aí.

Destruímos os argumentos falsos e também todo orgulho humano que não deixa as pessoas conhecerem a Deus. Dominamos todo pensamento humano e o fazemos obedecer a Cristo. E, depois que vocês provarem a sua lealdade, estaremos prontos para castigar qualquer ato de deslealdade. (Capítulo 10 – versículo 04 a 06)

Grande ensinamento de Paulo: para ajudar o próximo no trabalho da elevação espiritual é ensiná-lo a dominar o seu próprio pensamento. Não adianta transmitir nenhum ensinamento, sem que se ensine antes a dominar o pensamento. Para se ajudar o outro na elevação espiritual é preciso mostrá-lo que o mundo é o que pensa ser e que se não mudar o que pensa ser, de nada adianta querer se elevar.

A elevação espiritual caracteriza-se pela mudança da forma de pensar. Ao invés de viver a partir de verdades e realidade humanizadas, o espírito precisa lutar para ter o seu pensamento de Cristo, a consciência crística, ou seja, ver as coisas do mundo como Cristo via...

De nada adianta se ir para a frente do altar ou para a frente congá e falar palavras belas. O que é preciso é ficar frente a frente com o seu pensamento e mudá-lo.

Quando o pensamento julga alguém e me diz que aquela pessoa é isso, eu digo ao pensamento: não é ... Com isso, estou mudando o meu pensamento. Quando digo que ela não fez isso ou não é aquilo, estou mudando a forma de pensar sobre aquela pessoa.

Portanto, para ajudá-lo tenho que, quando ele comenta comigo sobre outra pessoa, dizer que ela não é o que ele está dizendo que é ... Esta é a forma como você pode ajudar alguém a se elevar.

Sei que muitos querem ir além, querem passar frases de efeitos, mas isso não ajuda nada. Se você diz, por exemplo, que todas as pessoas do mundo são amigos dele, isso de nada adianta. Os conceitos ainda continuarão presentes e ele continuará julgando o mundo separando-os entre amigos e inimigos. Com isso, você ficará desacreditado e não poderá mais ajudá-lo.

É por isso que quando ensinamos usamos os exemplos mais terra a terra. Com isso queremos entrar mesmo na realidade da sua vida, pois sem isso, de nada adianta filosofar.

Vocês julgam as coisas pela aparência. Se alguém tem certeza de que pertence a Cristo, então pense de novo a respeito disso, pois nós também pertencemos a Cristo tanto quanto essa pessoa. (Capítulo 10 – versículo 07.)

Olha que belo ensinamento: você julga as pessoas pela aparência, mas todos pertencem a Cristo.

Sabe aquele assaltante que você diz que não vale nada, que é um safado? Sabe aquele maconheiro que você diz que não vale nada, que é um safado? Ele pertence a Cristo!

É preciso lembrar que todos os espíritos são filhos de Deus e quando encarnam no planeta Terra subordinam-se a Cristo. Sendo assim, aquele que você diz que não vale nada, é filho de Deus e está com Cristo.

Você é que diz que ele não vale nada, que ele não presta, que é arrogante... Acontece que tudo isso que você fala a respeito dele, está calcado na aparência, naquilo que você acha que está vendo... Na verdade, o que você fala das outras pessoas, é o que acha que está vendo, mas ela não é aquilo...

Participante: somos corpo, mente e espírito. Sendo corpo, somos química também e dessa forma sofremos influencias químicas como, por exemplo, alterações hormonais e outras. O equilíbrio do corpo, mente e espírito é difícil. Existe uma formula?

Existe: cair na realidade... O que é cair na realidade? Você não é corpo...

Aquele que se deixa se dominar pelo corpo, não compreende que não é corpo. Não existe corpo, mente e alma: existe o espírito que está ligado a um corpo.

Em outra palestra já acabamos com a ideia de de que encarnar é estar dentro da carne. O espírito, na verdade, não está dentro da carne. Ele está ligado à carne. Mas, ela jamais pode influenciar o espírito, pois não é inteligente. Só o espírito é inteligente, é capaz de raciocinar, capaz de escolher.

Portanto, o que você falou é exatamente ao contrário: você é que tem que acabar com influência da disfunção hormonal e não se deixar levar por ela. Agora, com relação a mente que você colocou na sua pergunta, lhe digo mente e espírito são sinônimos.

Se você quer dividir o ser humanizado em partes eu diria que existe o espírito e o ser humano. O ser humanizado não é você: ele é a junção da carne, do espírito e do ego. Esses são os três elementos que compõem o ser humano...

Apenas só mais um detalhe: você é independente do ego (mente) e da carne. Tanto assim que o ego morre, a carne se desfaz e você continua vivo.

Participante: mas vivemos vinte e quatro horas na carne; não consigo controlar o espírito.

Na verdade você não consegue controlar o espírito, porque você é o espírito. Você controla as coisas materiais... Só que exerce este controle no sentido material e não no espiritual. Aí está a diferença.

Você controla a casa, os filhos – ou pelo menos acha que controla, não é? Só que exerce este controle de uma forma material, ou seja, controla objetivando atender seus desejos. O controle espiritual não é isso... Quem controla as coisas espiritualmente falando controla a influência que os desejos e paixões pelas coisas sobre a mente, sobre os pensamentos. Essa é a diferença. Isso pode ser alcançado...

Agora, querer conseguir isso da noite para o dia, ninguém consegue. Esse controle é uma questão de treinamento. É preciso uma luta constante contra a sua humanização, ou seja, contra os seus desejos, contra as suas vontades, contra os seus quereres, contra o seu gostar, contra o seu não gostar, para poder começar a se libertar da carne.

Só depois disso conseguirá não se ver mais como carne. Enquanto for humanizada vai achar que é a carne e aí não tem nada que possa resolver.

Participante: mas eu sofro... Posso eu alcançar a mansidão do espírito? Não ficamos contidos demais e dessa forma não fazemos doenças?

A doença vai nascer enquanto você tiver o querer... Você está falando em resignação (queria isso e não aconteceu, queria que não acontecesse, mas aconteceu) e isso dá doença.

Resignar-se com o que acontece não resolve. O que estou falando é não querer nada. Quando você não quiser nada, não vai acontecer nada que não queira... Só aí vai entrará na mansidão do espírito.

O espírito é manso, mas quando se humaniza, por causa da busca do bem material, começa a trocar valores, começa a ter desejos para achar o prazer e com isso perde sua humanização...

Eu não estou envergonhado, ainda que tenha me orgulhado demais da autoridade que o Senhor nos tem dado. Essa autoridade é para fazer vocês crescerem espiritualmente e não para os destruir. Não quero dar a impressão que estou querendo assustar vocês com as minhas cartas. Alguém vai dizer: as cartas de Paulo são severas e fortes, mas, quando ele está conosco, é tímido e é um fracasso quando fala. Porém essa pessoa deve saber que não há diferença entre o que escrevemos nas cartas, quando estamos longe, e o que fazemos, quando estamos ai com vocês. (Capítulo 10 – versículo 08 a 12)

Paulo diz que o povo de Coríntios sente a diferença entre aquele que eles veem e as cartas que recebem. Acham as cartas que vem de Paulo mais agressivas... Mas, Paulo diz que ele é igual quando escreve e quando está presente. Sendo assim, onde está a diferença? Está em quem leu, na interpretação de quem leu.

Veja, você lê a letra fria sem a sensação, sem o sentimento. Por isso, vai escolher um sentimento para agregar ao que lê. Isso não ocorre só na carta escrita, mas também quando o outro fala.

É preciso compreendermos que tudo o que você ouve, é o você ouve e não é o que foi falado. Quando se ouve alguma coisa, existe uma interpretação do que se é ouvido. Nesta interpretação, você escolhe um sentimento para interpretar o que é ouvido.

Por exemplo. Ao ouvir alguma coisa, você acha que a pessoa está lhe agredindo, mas ela não está. Você acha que a pessoa está lhe ofendendo, mas não está. Agressão e ofensa são sentimentos que você colocou ao que ouviu e com isso gerou estas interpretações ao som.

Por isso, lhes digo uma coisa: podemos começar a mudança interna selando os nossos ouvidos, não querendo ouvir o que estamos ouvindo. Para isso é preciso declarar expressamente que você não sabe a intenção com que o outro falou.

Isso é fundamental para a evolução espiritual. Por quê? Porque quando você coloca uma intenção no que ouve se prepara para uma reação. Sentindo-se humilhado, vai querer humilhar o outro, mas na maioria das vezes o outro não fez nada disso: foi você que viu isso e não a pessoa que fez.

Esse é o ensinamento de Paulo: não julgue ninguém pelo o que você ouve, pelo o que vê, pelo o que acha, pois o seu julgamento é viciado e está baseado pelos seus pré-conceitos...

É claro que não nos atrevemos a nos igualar ou nos comparar com aqueles que pensam que são importantes. Como são ignorantes! Medem a si mesmos pelas medidas que eles próprios fizeram. Quanto a nós, porém, o nosso orgulho não irá além do que deve. Estará dentro dos limites que Deus nos tem dado, e isso inclui o nosso trabalho entre vocês. Desde que vocês estão dentro daqueles limites, não fomos além deles quando chegamos até aí levando a boa nova a respeito de Cristo. Assim não nos orgulhamos do trabalho que os outros têm feito em lugares que estão além dos limites que Deus nos deu. Ao contrário, esperamos que a fé que vocês têm possa crescer. E que nós possamos fazer trabalho ainda maior entre vocês, sempre dentro dos limites que Deus nos tem dado. Então, poderemos anunciar o evangelho em outras regiões além daquela onde vocês moram. E assim não teremos que nos orgulhar no trabalho já feito por outra pessoa.

Como dizem as Escrituras Sagradas: quem quiser se orgulhar, que se orgulhe daquilo que o Senhor faz. Porque alguém só é aprovado quando o Senhor o aprova, e não quando é aprovado por si mesmo. (Capítulo 10 – versículo 12 a 18)

Não se vanglorie daquilo que Deus faz ... O que é vangloriar-se daquilo que Deus faz? É achar que você fez, pois não cai uma folha da arvore sem que o Pai a faça cair... Portanto, não se vanglorie nem de ter tirado uma folha da arvore sequer, pois você não pode tirar uma folha de uma árvore sem que o Pai a faça cair. Não foi a sua mão que tirou; foi Deus quem tirou.

Isso é para acabar com eu estou certo, eu sei e o outro não sabe nada, ninguém sabe nada, só eu presto. Ah eu fiz isso e eu sou muito gostosão... não é, Deus fez. É preciso nós entrarmos na realidade e a realidade é essa, ninguém faz nada. Não cai uma folha da árvore sem que o Pai a faça cair.

Eu disse lá no início quando começamos a estudar Paulo. Paulo foi polemico porque ele foi o que melhor compreendeu os ensinamentos de Cristo e até hoje os ensinamentos de Cristo vem sendo deturpados, vem lhe dando o poder de agir quando Cristo disse que você não consegue fazer nem um fio de cabelo ficar branco e Paulo tem essa consciência plena de que ele não faz nada.

O novo acordo - Carta aos Coríntios 2

Os sofrimentos de Paulo como apóstolo

Repito: ninguém pense que estou louco. Se pensam isso, então que me recebam como louco para que assim eu possa sentir um pouco de orgulho. De fato o que estou dizendo não é o que o Senhor me mandou dizer. Sobre esse assunto de orgulho, estou realmente falando como louco. Desde que há muitas pessoas que se orgulham por motivos aparentemente humanos, eu também vou me sentir orgulhoso. Vocês são tão sábios e suportam de boa vontade os loucos! Toleram os que mandam em vocês e os exploram, os que enganam, os que tratam com desprezo e os que lhes dão bofetadas. Tenho até vergonha de confessar que nós fomos tímidos demais para agir assim!

Mas, se alguém se atreve a se orgulhar de alguma coisa – é claro que estou falando como louco – eu também me atrevo. São hebreus? Eu também. São israelitas? Eu também. São descendentes de Abraão? Eu também. São servos de cristo? Mas, eu sou um servo melhor do que eles, embora fale co9mo se fosse louco. Pois tenho trabalhado mais do que eles e tenho estado mais vezes na prisão. Tenho sido surrado muito mais do que eles e muitas vezes quase morri. Cinco vezes os judeus me deram trinta e nove chicotadas. Três vezes fui surrado com vara pelos romanos e uma vez fui apedrejado. Três vezes o navio em que estava viajando afundou e numa delas passei vinte e quatro horas no mar. Nas muitas viagens que fiz, tenho estado em perigo de inundações e de ladrões; em perigos causados pelos meus patrícios judeus e também pelos não judeus. Tenho estado em perigos nas cidades, nos desertos, e em alto mar e em perigos causados por falsos amigos. Tenho tido trabalhos e canseiras. Muitas vezes tenho ficado sem dormir. Tenho sofrido falta de comida, agasalho e roupa. Além de outras coisas, ainda pesa diariamente sobre mim a preocupação que tenho por todas as igrejas. Quando alguém está fraco, eu me sinto fraco também; e, quando alguém cai em pecado, fico muito aflito.

Se tenho que me orgulhar, então me orgulharei daquilo que mostra como sou fraco. O Deus e Pai do Senhor Jesus, o Deus que é bendito para sempre, sabe que não estou mentindo. Quando estive na cidade de Damasco, o governador, que governa em nome do rei Aretas, pôs guardas nos portões da cidade para me prenderem. Porém os meus amigos me fizeram descer num grande cesto por uma abertura da muralha e assim escapei. (Capítulo 11 – versículos 16 a 33)

O novo acordo - Carta aos Coríntios 2

As visões e revelações de Paulo

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Eu preciso me orgulhar, embora isso não me adianta nada. Porém agora eu vou falar a respeito das visões e revelações que o Senhor tem me dado. Conheço certo cristão que a quatorze anos vou levado de repente até o mais alto Céu. Eu não sei se isso de fato aconteceu ou se ele teve uma visão; somente Deus sabe. Repito: sei que esse homem foi levado de repente ao paraíso. Não sei se isso de fato aconteceu ou se foi uma visão; somente Deus sabe. E ali ele ouviu coisas que não podem ser explicadas por meio de palavras humanas. (Capítulo 12 – versículos 1 a 4)

Paulo está falando dele mesmo. A quatorze anos na estrada para Damasco ele tinha recebido a visão do Cristo e essa visão, como ele fala, o levou ao mais alto Céu.

O que é o mais alto Céu? Como eu posso dividir a escala de Céu? O mais alto grau de conhecimento que é vivenciado por aqueles que estão no mais alto grau de elevação espiritual. A mais alta compreensão sobre a realidade da vida. É por causa desta visão que o conferiu este conhecimento que Paulo diz que ele é melhor apóstolo que os outros. Segundo o que ele diz, por ter tido a compreensão perfeita, se tornou melhor que os outros que só ficaram ouvindo Jesus Cristo na carne.

Paulo foi levado para fora da carne e lá tudo lhe foi revelado e aí ele teve a mais alta compreensão sobre a vida carnal. No entanto, ele mesmo diz que essa mais alta compreensão sobre a vida carnal não pode ser explicada em palavras terrestres. O que ele compreendeu não tem significado para vocês, até porque não há palavras para dizer o que ele viu. Por isso posso afirmar que vocês não tem ideia do que ele viu e do que aprendeu.

É como Krishna diz: o que você imaginar sobre o mundo espiritual nada mais é que imaginação sua. É só o que você imagina que seja e não a realidade.

É por causa disso que estou há cinco anos dizendo: pare de raciocinar sobre as coisas do mundo espiritual. Vocês querem entender o mundo espiritual, mas não têm a menor capacidade de entende-lo.

Elevação espiritual não é uma questão de conhecimento, mas uma questão de sentimento. Ninguém evolui na mente; evolui no coração ... O que você raciocina não vem para o coração, mas sai dele. É isso que Paulo está nos ensinando.

Vamos parar de tentar compreender o que é ensinado e vamos começar a colocar em prática sem tentar entender para que, porque, como, quando, onde. Simplesmente viver: é isso que pode lhe salvar.

Num trabalho que fizemos acabamos nossa conversa dizendo: jogue tudo que você sabe sobre o mundo espiritual fora, inclusive o que eu falei hoje e saia e vá viver, vá amar ... Amar e viver são sinônimos.

Ficar parado tentando compreender o mundo espiritual não lhe leva a lugar algum, pois ninguém consegue entende-lo. Do mesmo jeito, ficar parado tentando compreender a vida, também é perda de tempo, pois ninguém consegue entende-la. Quem fica parado tentando a aprender a viver e não vive, morre e não aprende nada.

Apenas viva ... Largue tudo, abandone tudo e apenas viva. Abandone sua casa, sua família, sem sair de dentro dela, suas posses, seu trabalho, sem abrir mão dele, e viva. Isso é ser livre. Isso é liberdade completa.

No entanto, apesar de dizerem que querem ser livres, vocês são escravos. São escravos da família, da casa, do trabalho e dos outros. Vive para os outros e quer compreender essa relação ... Saiba que não há relação a ser compreendida, não há nada a ser entendido.

No início da carta aos Corintos 1, Paulo diz assim: Deus não deixa o homem conhecê-lo pela sua lógica. Você só pode conhecer Deus pela lógica Dele. E, como Deus só tem uma lógica, o amor, você precisa vive-lo para compreender o mundo espiritual ou a vida.

Enquanto nossa lógica for palavras, enquanto for raciocínio, enquanto for imagens não conseguiremos chegar a Deus porque estaremos criando um Deus lógico. É por isso que vocês não conseguem chegar ao Pai.

Esse é o ensinamento de Paulo. Nenhum espírito vai poder lhe dizer o que você quer saber porque não há palavras nesse mundo que possa explicar. Somente a sua vivencia, somente alcançando o mais elevado Céu é que você poderá ver. Ninguém pode traduzir em palavras o que é o Reino do Céu.

Portanto, eu me orgulhei desse homem. Mas não me orgulharei de mim mesmo, a não ser das coisas que mostram como sou fraco. Se eu quiser me orgulhar, isso não seria loucura, porque estaria dizendo a verdade. Porém eu não me orgulharei, porque não quero que ninguém pense a meu respeito mais do que tem visto e ouvido de mim.

Mas, para que eu não ficasse orgulhoso demais por causa das coisas maravilhosas que vi, foi me dada uma doença dolorosa, como se fosse um espinho na carne. Ela veio como um mensageiro de satanás para me esbofetear e evitar que eu ficasse orgulhoso. (Capítulo 12 – versículos 5 a 7)

Vamos conversar sobre isso. Paulo conheceu as verdades do mundo. Paulo se elevou espiritualmente. No entanto, este feito não garante a Paulo uma vida estabilizada no alto. Não garante a ele uma vida sem problemas, sem perigos, sem acusações, sem sofrimentos.

Nós temos a ilusão de que viver na vida espiritual é viver num lugar onde tudo o que vocês querem vai acontecer. Imaginam que isso garanta que terão uma vida onde só acontecerá aquilo que vocês gostam, aquilo que querem para si. Ilusão ...

O mundo espiritual não é feito de nuvenzinhas onde vocês vão ficar tocando harpa ... O mundo espiritual é feito de trabalho. Saiba que você vai trabalhar o resto da eternidade. Para que Paulo não se esquecesse dessa realidade e para que se lembrasse sempre do viu e ouviu lá em cima é que lhe foi dada a dor física.

Paulo tinha artrite, mas assim mesmo andava quilômetros e quilômetros, assim mesmo fazia viagens subindo montanhas. Ele continuava a sua peregrinação porque sabia que se parasse, perderia tudo o que tinha conseguido.

A partir deste exemplo do apóstolo, posso dizer àquele que sonha com a elevação espiritual como instrumento do fim de seus sofrimentos que é necessário acordar. É preciso dizer que o mundo espiritual que encontrará não será totalmente auspicioso dentro dos padrões dele.

Na verdade é o ser quem precisa mudar a forma de viver para que sua vida se mude. É ele quem precisa mudar a forma de encarar a vida: deixar de ceder às tentações, de criar ilusões, de possuir as coisas.

É isso que Paulo está nos ensinando e aliás Cristo também já havia nos ensinado quando disse: ninguém acende uma lamparina para colocar embaixo do armário. Acende-se para colocar num lugar bem alto e, assim, poder iluminar tudo. Ou seja, o ser elevado vai passar por situações negativas, pois agindo dentro delas de uma forma positiva, ensinará ao próximo como viver.

 

Três vezes orei ao Senhor e lhe pedi que tirasse isso de mim. Então Ele me respondeu: a minha graça é o suficiente para você, pois o meu poder é mais forte quando você está fraco. (Capítulo 12 – versículos 8 e 9)

Paulo, que conseguiu a elevação, rezou a Deus pedindo que tirasse aquela doença. Sabe o que Deus disse? Minha Graça é maior.

Ame a sua doença porque a sua doença é a Minha Graça. Você está doente? O Meu Amor pode ser tirar a dor da doença. Você está desenganado? O Meu Amor pode suplantar a expectativa da morte. Você está sem emprego? O Meu Amor pode suplantar a sua preocupação. No entanto, o ser humanizado não quer se virar de frente para Deus, não quer se virar para a Graça de Deus. Ele quer entender de onde veio a doença, de onde veio a dor, qual o remédio que vai realizar a curar a doença.

O ser humanizado não quer a Graça de Deus, mas quer saber... Ele não se vira para Deus; fica de costas para Deus. Ao ficar deste jeito, simplesmente se esquece da Graça de Deus e só vive a doença.

Nada pode lhe trazer doença a não ser a Graça de Deus. Não há micróbio, verme, músculo, sangue ou órgão que possa ficar doente. Nenhum fator externo pode causar doença no seu corpo. A única coisa que pode fazer isso é Deus e quando Ele fizer, estará lhe perguntando: em que você está se ligando mais; na doença ou na minha Graça?

Sempre será isso, sempre será isso, sempre será isso.

 

Portanto, eu me sinto mais alegre ainda por estar orgulhoso pelas minhas fraquezas, para assim ter a proteção do poder de Cristo em mim. Alegro-me com essas fraquezas, insultos, necessidades, perseguições e dificuldades por causa de Cristo. Porque quando estou fraco, aí sim estou forte. (Capítulo 12 – versículos 9 e 10)

Paulo se alegra pelas situações negativas da vida dele. E vocês, o que fazem?

Quando vem a doença o que vocês fazem? Choram. Quando vem o perigo o que vocês fazem? Se borram de medo. Quando acontece uma coisa que você não gosta, o que você faz? Faz carinha feia e bate o pé: não gostei disso!

Paulo está passando um ensinamento imenso: eu fico feliz com a minha fraqueza porque a ela é sinal de força. A fraqueza de Paulo é sinal da existência do amor de Deus dentro de dele, pois como ensinou Cristo, bem aventurado será você quando for perseguido. Se não for perseguido, jamais será bem aventurado. Por isso, no momento em que você está fraco, no momento em que não é o forte, o dominador e não tem o poder das coisas, está sendo bem aventurado.

É isso que Paulo está nos ensinando. Agora, não se trata de sair e começar a se auto flagelar, mas compreender que é na sua fraqueza, nos seus momentos de sofrimento, que você tem que tirar a força para viver a vida.

Viver a vida quando ela está de acordo com o que gosta, qualquer criança vive; eu quero ver você aprender a viver a vida quando está passando por situações que você não quer. É nestes momentos que você vai poder provar para Deus que cresceu, que não é mais uma criancinha que precisa ser tratada com mimo.

É muito fácil viver só quando tudo está de acordo com o que você quer. Quero ver viver quando não gosta. Nestes momentos há uma prova de inteligência, uma prova de sabedoria, uma prova de maturidade espiritual.

Saber ultrapassar os momentos que não gosta sem perder a felicidade: isso é uma grande prova.

 Participante: quando estamos fracos nos sensibilizamos demais e nesse momento não conseguimos tirar forças para a vida. Depois da fragilidade, tudo bem, mas durante a fraqueza não conseguimos.

Porque isso?

O que você falou é a realidade mas porque não consegue retirar? Porque está de costas para Deus e de frente para o que você quer.

Deixe-me dar um exemplo: eu perdi um emprego, eu perdi um namorado, eu perdi um filho, etc. Quando vivencia isso você está de frente para a sua ausência de emprego, para a sua ausência de namorado, para a ausência do filho que morreu.

O que é estar de frente para o mundo material? É estar vivendo a situação que está acontecendo. Você só vivencia o ocorrido e não para de pensar naquilo. ‘E agora o que vai ser de mim, estou sem emprego e como é que vou comer amanhã? E quando acabar o dinheiro? E se eu não arrumar emprego’?

Isso é estar de frente para a coisa material. Vire-se de costas para isso: não olhe e não se preocupe com amanhã. Ao invés de viver o que está acontecendo, vire-se para Deus e diga: ‘Louvado Seja o Pai, Senhor dai-me forças para passar pela minha situação’. Quando fizer isso, tudo sumirá da sua cabeça.

Só que na hora dos acontecimentos que você chama de ruins, a última coisa que se lembra de usar é a fé. Se esquece de usar a confiança em Deus. Usando-a, viveria de acordo com o ensinamento de Salomão: se Deus é a meu favor, quem pode ser contra?

O problema é que vocês são crianças e ao invés de agir ficam batendo o pé: eu queria, eu queria e mamãe não me deu... Não é assim que criança vive? Sofre, chora e vai para o canto emburrado

O que você está vivendo vai passar, pois todo momento negativo, de sofrimento, um dia acaba. O problema é que vocês estendem ele e vivem estes momentos tempo demais. Vivendo assim, não há felicidade nem fé que resista.

Eu ouvi uma coisa bem interessante. O tempo não é retilíneo; ele é circular. Ele vira e mexe volta para o mesmo lugar; não continua correndo de forma reta. Hoje você está em cima e amanhã está em baixo e depois está em cima novamente ... É como as estações do ano, que sempre retornam quando acaba o ciclo.

Por isso afirmo que é preciso viver todas as estações para poder se ter de volta uma determinada. O problema é que vocês querem viver apenas a primavera. É preciso começar a entender que a primavera só vem depois do inverno. Portanto, viva o inverno na expectativa da primavera ao invés de querer transformar esta estação em primavera.

Esse é o ensinamento. É isso que Deus mandou através dos Mestres o tempo inteiro. Cristo não veio fazer outra coisa a não ser ensinar cada um a passar pelos invernos da sua vida. Todo ensinamento deste mestre e de todos os outros foram trazidos para lhe ensinar a viver o seu inverno, a viver o momento chamado de negativo com fé, amor, igualdade, felicidade e harmonia.

Participante: qual seria o exercício ideal para superar as nossas fraquezas? Eu sei que devemos confiar em Deus, mas qual o melhor exercício? Ler a Palavra? Buscar excessivamente a Deus talvez no silêncio ou atividade física?

Participante: Joaquim outro dia me pediu para falar sobre isso. Tive momentos difíceis há um ano atrás quando minha filha saiu de casa e eu estava dentro dessa fragilidade colocada por você e cada vez aquilo interiorizava mais em mim. Foi só tristeza, tristeza, tristeza, até que orientada por Joaquim eu comecei a mudar o pensamento. Cada pensamento de tristeza, de amargura, de traição que vinha em mim eu cortava e passava a pensar em momentos alegres e em coisas boas. Não foi de um dia para o outro, levou alguns meses, mas devagarzinho eu consegui sair.

Qual o exercício que deve fazer para virar-se para Deus? Atenção plena nos seus pensamentos para destruir a negatividade deles. Só isso.

É começar a viver com consciência do que você está pensando e quando o pensamento de sofrimento formar-se, dizer: ‘pare pensamento; eu não vou ser seu escravo; eu não preciso desse sofrimento’. Depois que se desligar dele, pense em momentos felizes e alegres que já viveu para poder sair daquele circuito sofredor.

Esse é o trabalho. A vida não é atividade física, mas sim mental. Todo trabalho da elevação espiritual é realizado junto à mente: destruir o pensamento atual para atingir a Deus, a realidade e a verdade.

Esse é o trabalho a ser feito e pode ser feito por qualquer um, a qualquer momento. Basta não se ligar para que o mente cria; basta se revoltar contra o sofrimento.

O problema é que a maioria dos seres humanizados gosta de sofrer. Por isso dá azas à imaginação e fica por muito tempo curtindo um sofrimento doido esperando que alguém o pegue e coloque no colo.

Como disse, são crianças. O ser maduro espiritualmente não age assim. O maduro espiritualmente diz: ‘não, para que eu vou perder tempo sofrendo, amanhã tudo vai ficar bem’!

Sofrer é só perda de tempo, é só jogar tempo fora. Portanto, como você acha que tem tutano, não fique preso nessa porcaria de sofrimento, que ele irá embora.

Esse é o caminho que pode lhe ajudar a se elevar. É o amadurecimento espiritual. Este amadurecimento passa pela compreensão de que não há mal que nunca acabe e bem que sempre dure.

Participante: um empurrãozinho inicial poderia ser cada um, dentro da sua crença procurar uma forma de energização. O espírita tomar um passe, o católico ir à igreja ... Isso seria um primeiro empurrão para a primeira conscientização e daí então continuar com esse trabalho de pensamento. O que o senhor acha?

É interessante você ir, mas com fé em Deus.

Vá com a entrega a Deus e não esperando obter algum resultado. Se for dentro desta segunda opção, não resolve nada. É bom ir com fé.

O novo acordo - Carta aos Coríntios 2

A preocupação de Paulo pela igreja de Corinto

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Eu estou agindo como um louco, mas foram vocês que me obrigaram a isso. Vocês é que deviam falar bem de mim. Porque, ainda que eu não tenha nenhum valor, de jeito nenhum sou inferior a esses tais super-apóstolos de vocês. As coisas que provam que de fato sou apóstolo foram feitas com toda paciência entre vocês. Foram sinais, maravilhas e milagres. Em que é que vocês foram tratados pior do que as outras igrejas? A única diferença é que não os aborreci pedindo ajuda. Por favor perdoem essa ofensa.

Essa é a terceira vez que estou pronto para visitá-los e não vou exigir nada de vocês. Não quero o dinheiro de vocês e sim vocês mesmos. Pois são os pais que devem dar dinheiro para os filhos, e não os filhos para os pais. (Capítulo 12 – versículo 11 a 14)

O verdadeiro apostolo de Cristo não quer as coisas materiais do ser humano porque ele sabe que ele tem uma missão de Deus.

O grande exemplo de Paulo é que este apóstolo foi o primeiro a sair viajando para pregar os ensinamentos. Os outros apóstolos ficaram todos parados, mas Paulo saiu levando a palavra de Cristo. Só que antes de viajar, a primeira coisa que ele fez foi arrumar uma tenda dele para ele trabalhar. Portanto, ele viaja para pregar o evangelho, mas durante o dia exercia um trabalho para se sustentar.

Apesar deste exemplo ainda têm muitos que querem pregar o evangelho às custas dos outros. Dizem que por exercerem a função de apóstolo não podem trabalhar, que são coitadinhos, pois não têm condições de se sustentarem. Por isso acham que todos têm que os sustentar e fazer as coisas para ele. Na verdade quem age assim não quer levar a palavra de Deus, mas sim uma boa vida. É isso que Paulo está ensinando neste trecho.

 

Ficarei contente em gastar tudo o que tenho e até a mim mesmo para ajudá-los também. Será que vocês me amarão menos só porque eu os amo tanto?

Portanto, vocês vão concordar que eu não fui uma carga para vocês. Porém alguém vai dizer que eu os enganei e os tapeei com mentiras. Por acaso explorei vocês por meio de alguém que lhes mandei? Pedi a Tito que fosse visitá-los e mandei com ele outro irmão na fé. Por acaso Tito os explorou? Não é verdade que nós dois temos agido do mesmo modo e com o mesmo espírito?

Talvez pensem que estamos querendo nos defender diante de vocês. De jeito nenhum! Falamos como Cristo nos mandaria falar, na presença de Deus. E tudo o que fazemos, queridos amigos, é para ajudar vocês. Tenho medo de quando chegar aí, eu os encontre diferentes do que gostaria que fossem e me achem diferente do que gostariam que eu fosse. Temo também que vai encontrar brigas e ciúmes, ódio e egoísmo, insultos, falatórios, orgulho e desordens. Receio ainda que na minha próxima visita o meu Deus me humilhe diante de vocês e que eu tenha que chorar por causa de muitos que, no passado, pecaram e não se arrependeram das coisas imorais que fizeram, dos pecados sexuais e de outros vícios. (Capítulo 12 – versículos 15 a 21)

Vamos só relembrar o que já falamos no estudo da carta aos Romanos: pecado sexual não se trata de fazer sexo em nenhuma posição nem dormir com a mulher do outro. Pecado sexual é entrar numa relação sexual com o interesse de você ter prazer.

Esse é o pecado sexual porque nascemos para servir aos outros. Por isso, até nesse momento o ser humanizado tem que se entregar a essa relação para servir ao próximo. Isso não quer dizer que ele não possa ter o prazer sexual: se ele tiver prazer, ótimo. O que estou dizendo é que não deve colocar o seu prazer na frente do prazer do próximo.

Portanto, relação imoral é toda relação fora da moral de Deus. Toda relação onde o ser humanizado utiliza o individualismo e não o amor universal, o serviço ao próximo. Ficou claro?

Estou falando novamente deste assunto para não colocarmos conceitos na questão da imoralidade sexual que Paulo fala. A única imoralidade sexual é você buscar o seu prazer sempre e isso diz respeito não só a atividade sexual, mas a qualquer situação da vida.

Participante: acredito que o apóstolo Paulo e todas as ditas autoridades nos ensinamentos espirituais conseguem facilmente desprender-se da matéria e seguir a espiritualidade porque simplesmente negaram o mundo e a matéria, mas, Pai Joaquim, se não fazemos isso, reencarnaremos sempre?

Deixe eu falar uma coisa. O apóstolo Paulo e todos esses ditas autoridades não nasceram apóstolo Paulo nem autoridades.

Leia a história de Paulo. Ele mandou apedrejar os seguidores de Cristo. Paulo era um ser humano comum como qualquer um de nós antes de assumir o apostolado.

Leia a história dos santos: Santo Augustinho, São Francisco de Assis e outros. São Francisco, por exemplo, era rico e tinha escravos na sua casa. Leia a história de Chico Xavier, que é uma autoridade mais recente. Ele era dono do centro e brigava com os médiuns que não trabalhavam direito.

Precisamos entender que só conhecemos os santos depois que eles alcançam a santidade, mas antes ele foram seres humanos e venceram a sua humanidade. Isso é importante de se ter em mente, para fugirmos da ideia de que eles sempre foram santos. Não, eles tiveram que vencer a humanidade para viver uma santidade.

Agora, eles não são melhores que ninguém. Sendo assim, se eles venceram, todo mundo pode vencer a sua humanidade. Não vencendo, vocês terão que ficar encarnando; se vencerem, libertam-se do círculo de encarnações.

Todos que estão encarnados precisam vencer a humanidade porque o objetivo da encarnação é esse. Um dia, todos os espíritos que estão encarnando neste mundo terão que vencer o seu lado humano. Por isso, repito o que tenho dito sempre: até pela lógica humana, não fazer a reforma íntima, não vencer o ego nessa vida é besteira e burrice.

O ego é sua identidade atual, a sua humanidade. É ele que vive a vida humana. Vencer a humanidade é vencer o que o ego vive. Sem esta vitória, não há como se evoluir. Pior: não vai nem ter mais oportunidades de elevação. Vou explicar isso.

Você hoje é mãe da sua filha. Vamos supor que numa próxima encarnação você tenha que viver como filha daquele espírito que hoje é sua filha. De posse do ego que você tem hoje, que se sente mãe do outro espírito, você não poderia viver esta situação. Se não eliminar do ego essas verdades nesta encarnação, terá que eliminá-las depois da vida humana, quando sair da carne.

Eliminar estas verdades para poder reencarnar é obrigatório. Você só vai poder vir para uma nova encarnação quando libertar-se das verdades do ego dessa encarnação. Portanto, obrigatoriamente terá que fazer o trabalho da libertação das verdades. Acontece que se esta ação for executada depois do desencarne não conta para a elevação espiritual, ou seja, se o ser se libertar dos conceitos que estão no ego apenas depois do desencarne, isso não contará para a elevação espiritual.

É por causa disso que pergunto: será que, sabendo disso, não é mais lógico tentar enquanto está encarnado fazer esta libertação? Se terá que fazer este trabalho antes de encarnar e não ganhará nada por ele, não seria mais lógico fazê-lo logo agora e receber os frutos desta atividade?

Por isso disse anteriormente: até pela própria lógica humana, pela lógica daqueles que querem ganhar sempre, é ilógico nós não fazermos agora o trabalho de libertação da mente humana.

Só um último detalhe. Elevação espiritual não pode ser igual a regime: dizer que começa segunda feira. Elevação espiritual não pode ser como religiosidade: é exercida apenas no dia que há cultos. Elevação espiritual é algo que se busca o tempo inteiro.

A cada segundo precisamos estar objetivando fazer a nossa reforma intima. A cada segundo precisamos estar com a atenção voltada para defender-se da influência do ego. Se você fizer isso, com certeza não vai precisar se libertar do ego depois da morte nem vai precisar construir um novo ego para uma nova encarnação.