Senhor da yoga - Cap. 11 - A visão da forma cósmica

Senhor da yoga - Cap. 11 - A visão da forma cósmica

Estudo do capítulo XI do Bhagavad Gita

Senhor da yoga - Cap. 11 - A visão da forma cósmica

Versículos 1 a 7

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Versículos 1 a 7

Arjuna disse:

01. Estas profundíssimas palavras que por compaixão me disseste a respeito do conhecimento do Ser dissipam minhas ilusões.

02. Ó tu, de olhos de lótus, discorreste extensamente sobre a origem e a dissolução dos seres, bem como me explicaste a Tua Glória infinita.

03. Ó Grande Senhor, Tu és exatamente como me disseste. Ó existência suprema, permite-me agora ver a Tua Divina Forma!

04. Se me consideras digno disso, ó Senhor, deixa-me ver a Tua forma. Ó Senhor dos Yogues, mostra-me Teu Ser infinito!

O Bendito Senhor disse:

05. Ó Arjuna, contempla essas centenas e milhares de formas divinas com diversas cores e aspectos.

06. Ó descendente de Bhârata, contempla os adityas, os Rudras, os Vasus, os gêmeos Ashwins e os Maruts (seres celestiais). Olha para essas diferente e maravilhosas figuras, jamais vistas antes!

07. Neste Meu corpo contempla a totalidade cósmica reunida em Mim, conjuntamente com todos os objetos móveis e imóveis, ou qualquer outra coisa que queiras ver mais.

Vamos aproveitar este ensinamento da totalidade cósmica para lembrar algo que Buda ensinou: o não-eu. Cada coisa que existe é composta por diversas tudo que existe, porque, na verdade, Deus é tudo.

Sendo Deus o capim e você, o capim está em você, mesmo que não nunca tenha ingerido este vegetal. De uma forma ou de outra ele está em você. É a partir desta visão que podemos chegar ao que quero falar: é preciso ver Deus nas coisas.

Ver Deus nas coisas é ver o tudo dentro de cada coisa. Este banco tem o universo inteiro dentro dele, pois tudo o que existe no universo é emanação de Deus e ele também. Mesmo as coisas maiores que este tamborete, como os planetas que gravitam no cosmos, estão dentro porque do banco já que é o Senhor que emana tanto este elemento como os planetas.

É preciso ver tudo em tudo, pois desta forma você não verá nada com uma opinião diferente de outra coisa. Quando para você tudo estiver em tudo, não haverá concederá mais privilégios a uma coisa ou a outra. Não tendo privilégio por nada, não terá desejo e não havendo vontade, não haverá intencionalidades.

Portanto, o ser que busca a elevação espiritual precisa conviver com as coisas deste planeta não por elas mesmas, mas vivenciando-as dentro da totalidade cósmica que está dentro de cada coisa com a qual você se relaciona durante a vida carnal e fora dela.

Senhor da yoga - Cap. 11 - A visão da forma cósmica

Versículo 8

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Versículo 8

08. Porém, ó Arjuna, impossível te será ver-Me com estes teus olhos mortais, relativos e condicionados. Dar-te-ei, portanto, o olho divino à reta percepção. Agora observa Meu supremo poder yóguico.

Precisamos ver Deus em tudo, mas você jamais vai vê-Lo nas coisas deste mundo com o olho. Terá que encontrá-lo com o espírito.

Ver com o espírito não é ver formas, mas sim sentir. A visão espiritual é um sentimento. Quando o que é sentido passa para o consciente é que se transforma em figura.

Portanto, para se ver Deus em tudo é preciso que se sinta Deus em tudo.

Senhor da yoga - Cap. 11 - A visão da forma cósmica

Versículos 9 a 55

NOTA: Os versículos de 09 a 55 deste capítulo não foram estudados, pois se tratam de coisas místicas que pouco tem a ver com o processo de elevação espiritual, que é a finalidade deste estudo.