O novo acordo - Carta aos Coríntios 2

A alegria de Paulo

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Arranjem um lugar para nós em seus corações. Não prejudicamos ninguém, não arruinamos ninguém e não procuramos explorar ninguém. Não digo isso para condená-los, Porque como eu disse antes, vocês são tão estimados por nós, que estamos sempre juntos, tanto para vivermos como para morrermos. Tenho muita confiança em vocês e me orgulho de vocês. No meio de todas as nossas dificuldades, ainda estou muito animado e continuo meu dia cheio de alegria.

Desde que chegamos à região da Macedônia, não descansamos nada. Em todos os lugares houve dificuldades, brigas e medo nos nossos corações. Porém Deus, que anima os que estão desanimados, nos deu coragem com a chegada de Tito. E não foi somente pela chegada dele, mas também pela notícia de como vocês o animaram. Ele contou que vocês estão com saudades de mim e disse que estão muito tristes e prontos para me defender. Por isso agora estou mais feliz ainda.

Não me arrependo de ter escrito aquela carta, ainda que vocês tenham ficado tristes com ela. Quando soube que a carta os deixou tristes por algum tempo. eu poderia ter me arrependido. Mas agora estou contente, não porque vocês ficaram tristes com a minha carta, mas porque essa tristeza fez com que vocês se arrependessem. (Capítulo 07 – versículo 02 a 09)

Deixe-me falar sobre a questão do arrependimento.

O ser, o espírito que vive para Deus, não se arrepende de nada que ele faz. Não importa o que ele fez, não se arrepende do que faz. Por quê? Porque o arrependimento surge da constatação de um erro. Só aquele que tem a convicção de que errou, busca o arrependimento.

Mas veja, ninguém erra... Se tudo o que você faz é guiado por Deus como instrumento do carma dos outros, como pode haver erro? E se não há erro, para que se arrepender?

Você pode mudar o próximo segundo e não o segundo que passou. Você pode começar a agir de forma diferente, mas não mudar o que você já fez.

Portanto, quando paramos e ficamos presos no arrependimento, não fazemos mudanças. Por quê? Porque ficamos presos no passado vivendo a coisa que se achou errado fazer. Neste caso, não vivemos o futuro e, por isso, não conseguimos fazer a mudança.

Por isso o espírito que busca a Deus não se arrepende. Ele pode até constatar que o que fez poderia ter sido feito de forma diferente, mas jamais vai parar no tempo querendo mudar o passado, chorando no presente pelo passado que fez. Ele começa já a programar o futuro vivendo hoje de uma forma diferente.

Aquela tristeza foi usada por Deus, e por isso não os prejudicamos de jeito nenhum. Pois a tristeza que é usada por Deus produz o arrependimento que leva à salvação; e nisso não há motivos para lamentações. (Capítulo 07 – versículo 09 a 10)

Não importa o sentimento que você tenha: Deus vai se utilizar dele para organizar um caminho para a sua elevação espiritual. Não importa se você sofre com alguma coisa, Deus vai aproveitar o seu sofrimento para organizar um caminho para você. Não importa se você não gosta de alguma coisa, Deus vai organizar um caminho para que você supere esse não gostar.

Mas, qual o caminho que pode ser criado a partir do seu não gostar? Expô-lo àquilo que você não gosta.

Deus aproveita o seu não gostar, o seu conceito e cria situações onde esse não gostar é vivenciado. Faz isso para que você não dê trelas a ele, para que você viva a situação que não gosta sem não gostar.

É isso que Paulo está nos ensinando: a tristeza com a qual você vivenciou aquele momento foi utilizada por Deus para a sua felicidade.

Mas a tristeza do mundo produz a morte. Vejam o que Deus fez com a tristeza de vocês: Ele os tornou gente mais séria, e logo vocês quiseram provar a sua inocência. (Capítulo 07 – versículo 10 a 11)

Aquele que vivencia a situação de tristeza ligado a Deus, renasce, como a Fênix, das cinzas. Já aquele que mantém a tristeza no mundo material, ou seja, chora e se lamenta e se acusa, esse morre, pois a tristeza leva à morte.

Olha, eu me arriscaria a dizer assim: o motivo que mais leva à morte física é o excesso de tristeza. Todo homem acaba com o seu corpo físico e chega à morte por excesso de tristeza.

Como ficaram zangados! Que medo vocês tiveram, que saudade de mim, que devoção, que pressa em castigar o culpado. Em tudo isso vocês mostraram que não tem culpa nenhuma.

Portanto, embora eu tenha escrito aquela carta, não foi por causa de quem fez o mal, nem por causa da pessoa que sofreu esse mal. Ao contrário, escrevi para que Deus tornasse bem claro a vocês o grande cuidado que vocês tem por nós. Foi por isso que ficamos animados.

Além desse conforto que recebemos, ficamos mais contentes ainda com a alegria de Tito, pois todos o tem ajudado a sentir-se bem. Eu falei muito bem de vocês a ele, e vocês não me desapontaram. Temos sempre dito a verdade a vocês. Assim também é verdadeiro o elogio que fizemos a Tito à respeito de vocês. E o seu amor cresce cada vez mais quando ele se lembra como todos estavam prontos para obedecer e como receberam com respeito e humildade. (Capítulo 07 – versículo 11 a 15)

Essa é uma característica importante na recepção do ensinamento trazido por um enviado de Deus: a humildade.

Não adianta nada passarmos ensinamentos, se vocês já acharem que sabem a resposta. Se vocês quiserem comparar o que estou dizendo ao que vocês já sabem, de nada adiantará, pois as suas convicções não os deixarão compreender o que estou falando.

Quando se entra num estudo, é preciso declarar-se incompetente, declarar-se ignorante, para poder ouvir sem conceitos o que se fala. À partir do momento que acabou de ouvir, aí pode, se quiser, raciocinar. Mas, se enquanto ouve julga o que está ouvindo, não adianta nada ouvir e isso não serve nada para você.

Participante: na psicologia os estudiosos dizem que é bom que falemos sobre as nossas tristezas e que estudemos sobre elas. Deus nos ajuda por esse meio também?

Sim, Deus ajuda lhe expondo às coisas que são tristes.

Veja, você falou que na psicologia deve falar sobre as suas tristezas e não fugir delas, só que para Deus a palavra não é necessária, Ele age de outra forma: Ele faz você vivenciar as situações de tristeza, lhe faz encarar de frente aquilo que lhe causa tristeza. Ele mostra aquilo que lhe causa tristeza e, ao mesmo tempo, diz: 'meu filho, tenha confiança em mim. Eu sei que você fica triste, mas confie em mim e quando isso acontecer, não mais se sentirá triste'.

Toda tristeza surge quando não se confia em Deus, quando não se tem fé. Na hora que o ser humanizado viver de mãos dadas com Deus, não terá motivos para ficar triste.

Sendo assim, quando Deus nos expõe a tristeza, o que aliás é a mesma coisa que faz o psicólogo (fazer você falar e expor os seus motivos para estar triste), é para lhe mostrar que você não está tendo a fé, não está vivendo com fé, mesmo que diga que tem.

A fé é a entrega com confiança total a Deus. Se eu confio em Deus e me entrego totalmente a Ele, viverei como diz a Bíblia: se Deus é por mim, quem poderá ser contra? Se Deus está comigo, porque vou sofrer? Porque vou me entregar ao sofrimento?

Dessa forma, sim, a psicologia é muito parecida com o trabalho de Deus. Até porque a psicologia é o embrião da espiritologia, da cura do espírito pelo espírito. Só que ao invés de ser um psicólogo fazendo você falar sobre as suas tristezas, existe Deus lhe fazendo vivenciar momentos para lhe mostrar que você não está usando fé. Deus cria as situações de sofrimento não para lhe fazer sofrer, mas para lhe mostrar que não está tendo fé. Ao mesmo tempo, lhe dá uma nova oportunidade de você usá-la.

Seque as suas lágrimas e segura na mão de Deus e caminhe para chegar ao Reino do Céu.