Babilônia
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Esta  conversa realizou-se no dia 11 de setembro de 2001, o mesmo dia do ataque terrorista ao World Trade Center em Nova Iorque. Nela Joaquim de Aruanda analisa o título 'A famosa prostituta' constante no livro bíblico 'Apocalipse'.

Babilônia

Não há motivo para ficar triste

Participante: Você está muito ocupado hoje Joaquim?

Eu não pude ir.

Participante: Por quê?

Porque eu sou velho e tenho esses problemas na perna e não pude ir.

Participante: Ir onde? Buscar os espíritos para levar pro céu?

Isso não preciso fazer: eles vão sozinhos mesmo.

Participante: Ir onde?

Na festa.

Participante: Que festa?

Que está acontecendo hoje no céu.

Participante: Ah, estão recebendo os irmãos de volta ... É por isso que está tendo festa?

Não. É porque soou a última trombeta ...

Participante: Joaquim, assim você assusta a gente. Explica di-reito esta questão.

Está tocando a última trombeta! É sobre isso que vamos conversar hoje.

Participante: ficamos assustados com essas questões porque não entendemos as coisas direito, não entendemos os desígnios de Deus.

Realmente, não entendem os desígnios de Deus, mas tam-bém não confiam Nele. Quando se fala deste assunto, ficam assus-tados, com medo do que possa acontecer. Para quem não confia em Deus ficar assustado é algo normal: ‘Vai que sobra pra mim; vai que Deus está dormindo naquela hora, aí vem para o meu lado’ ... Não é assim que vocês pensam?

Vocês querem perguntar alguma coisa à respeito da afirma-ção que fiz?

Participante: Por quê?

Por que está soando a última trombeta?

Participante: Isso ...

Porque o Mundo de Regeneração já vai começar.

Participante: Mas, você já tinha dito que ele já havia começa-do.

Já havia começado o período de transição entre um mundo e outro. Com os acontecimentos de hoje, posso dizer que esse perí-odo está se encerrando e que a transição está quase concluída.

Participante: Daqui para frente teremos cada vez mais calami-dades?

Não serão calamidades, mas festas como a de hoje no reino espiritual terão muitas!

Participante: É tão difícil fazer as pessoas entenderem que es-tes acontecimentos são festas no céu ...

As pessoas estão tristes pelo que aconteceu hoje, não é mesmo? Mas, me diga, por favor: o que aconteceu lá nos Estados Unidos hoje?

Participante: Para nós ainda é difícil ver a matéria igual a nos-sa sofrer esse tipo de coisa. A gente não acostumou com eventos deste tipo ainda.

Mas, me responda: lá teve morte?

Participante: Teve desencarnes.

Isso pode ter havido, mas morte não houve nenhuma. Todos que participaram daquele evento fazendo o seu desencarne estão vivos. Pode ser que muitos estejam perdidos, andando sobre os escombros sem saber o que aconteceu, mas muitos já saíram de lá e foram embora deste mundo. Aliás, mesmo estes que agora estão perdidos um dia acharão o seu lugar com certeza.

Outro detalhe sobre o acontecimento: não houve qualquer in-justiça: só estava lá quem precisava estar. Não houve um ser uni-versal envolvido naquele episódio que possa dizer que não merecia estar ali. Lá foi feito justiça e não injustiça, pois todos os envolvi-dos participaram do recebimento do seu merecimento carmático.

Sei que vocês podem se chocar com a forma do desencarne que esses seres passaram, mas tenha a certeza que não houve um que não merecesse aquela forma. Dentro delas, uns tiveram o me-recimento de fazer assim “pluft” e acabar e outros ainda por cima ficaram lá sofrendo. Outros ainda estão lá embaixo sofrendo até agora ... Tudo isso acontece movido pela lei do carma, da causa e efeito, do merecimento. Por isso, não ache ruim estes sofrimentos, pois são eles que vão levar o ser de volta ao Pai.

Por estes motivos é que hoje não é dia de tristeza e sim de alegria. A vida existência eterna do espírito é vivida com a intenção de voltar para o Pai, e não continuar no erro, e isso que hoje se viu foi mais uma etapa importante deste retorno. Por isso, vocês não precisam ficar triste com o que aconteceu: foi bom para todos que lá estiveram ...

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Todo poder será atacado

Não precisamos, portanto, ficar triste com os desencarnes, mas e com relação à matéria, precisamos ficar tristes com a des-truição daqueles prédios?

Participante: A mim me incomoda, não sei.

Porque aqueles prédios foram escolhidos para cair?

Participante: Eram um símbolo da ostentação?

Qual era a essência deles? O que eles representavam?

Participante: A vaidade, a ganância ...

E principalmente ...

Participante: Poder.

Isso! Quero aproveitar esta constatação para dar um aviso: daqui até o fim do período de transição entre os dois mundos os poderes todos estarão caindo.

Eu já havia dito que coisas iriam acontecer, não é mesmo? Não existiria lugar melhor para começar esses acontecimentos do que por aqueles que imaginam que detenham o poder sobre todos. Os americanos não acham que podem fazer o quiserem com os povos dos outros países? Pois bem, outros povos fizeram o que quiseram com os americanos. Na verdade não fizeram o que queri-am, mas o que Deus disse que se fizesse com o povo daquele país.

Os poderes, todos aqueles que se acham poderosos, serão extremamente desafiados daqui para frente. Não estou falando só de presidentes e reis, mas também daqueles que na sua vidinha se acham com o poder de mandar nos outros, com o poder de brigar, com o poder de reclamar, com o poder de não fazer nada. Todos esses serão questionados, terão o seu suposto poder enfrentado, porque a primeira coisa que precisa se acabar neste mundo é a ideia de que alguém tem o poder de ser, estar e fazer o que quiser.

O poder tem que ser devolvido a Deus; é isso que o livro Apocalipse, que está na Bíblia, nos afirma.

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A ação carmática

Participante: Para que eles aprendam com essa lição. Se todos fizerem tudo que querem para os outros, os desentendimentos vão virar uma bola de neve e nunca acabarão. Vai ter que haver terroris-mo.

Isso ...

Mas, o que você descreveu o que foi? O método de existên-cia através do que vocês chamam livre arbítrio. Não é assim que funciona quando alguém imagina ter o direito de agir: como quiser: Se alguém mata, o ser humano acha que tem direito de matar tam-bém. Não é assim que funciona essa questão?

Participante: Mas, essa matança que assistimos hoje vai con-tinuar ou é uma coisa que mudará dentro deste novo período?

Vocês têm o livre arbítrio dos sentimentos. Por isso, se não interiorizarem e verem que estão recebendo apenas o que merecem e mudarem sua forma de sentir as coisas do mundo, nada mudará.

Participante: O que os americanos estão dizendo é que não vai ficar por isso mesmo: haverá retaliação.

Sim, haverá mesmo, mas depois novamente haverá retaliação de quem foi alvo dela. É assim que Deus age: usa esse para acabar com aquele e depois usa outro para acabar com esse.

Participante: usa a energia ...

Não; usa o merecimento que o ser teve por usar aquela ener-gia. Compreendeu?

Participante: São instrumentos para seres que merecem rece-ber aquela ação ...

Vamos simplificar. Se eu lhe mato é porque posso fazer isso. Se não pudesse, se nem eu nem você tivéssemos o merecimento de participar deste acontecimento, jamais estaríamos envolvidos nele.

Agora, porque eu mereço ser assassino? Porque tenho ener-gia negativa (emoções) suficiente para me qualificar a viver por carmas este papel no teatro da vida. Porque você merece morrer? Pelo mesmo motivo: porque também tem energia negativa que leva ao merecimento de participar desta forma deste acontecimento.

Deus usa as energias (emoções) de um ser para lhe dar um papel a ser vivenciado durante o processo de encarnação. Estes papéis são vividos contra quem merece, pois também tem uma determinada energia. É assim que esse mundo existe.

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O Brasil e as catástrofes

Participante: O Brasil é um país que tem merecimento para es-sas coisas?

O Brasil é o país que vai governar o mundo. Não é por brin-cadeira ou escolha pessoal que estamos aqui.

O que estamos falando neste momento é o que se chama merecimento. É disso que se fala quando se diz que Deus faz as coisas acontecerem. Quando esquecemos de Deus durante a ocor-rência de acontecimentos como os de hoje, pensamos que morre-ram coitadinhos, que morreram seres que não mereciam.

Participante: Se não ficarmos desesperados as pessoas co-mentam: ‘mas como, você não fica desesperado em situações como essa?’

Por que ficar desesperado? Vocês são espiritualistas, acredi-tam em Deus, creem que possuem um Pai que é o dono do mundo e que são filhos dele; porque, então se desesperarem? Será que só podem ficar felizes na relação com Deus quando Ele faz o que vo-cês querem? Porque não ficar feliz quando Ele faz o que é o melhor para nós, mesmo que individualmente não gostemos do que acon-tece?

Por isso, deixem os outros falarem e mantenham-se em paz ...

Participante: O Brasil é um país privilegiado: não tem vulcões, terremotos ...

O Brasil vai comandar o mundo pela internet. Do computador vocês vão comandar o mundo até o fim do próximo século.

A transição entre o mundo de provas e expiações e o de re-generação só se encerrará quando os seres encarnados se entrega-rem a Deus, mas se entregar mesmo, de corpo e alma. Enquanto acharem que Deus é aquela figura isolada que mora lá no céu, lon-ge, e que vocês são seres humanos capazes de praticar atos, do-minadores, essas coisas vão continuar acontecendo. O que aconte-ceu hoje não foi escrito ontem, mas sim há dois mil anos.

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O apocali´se

Participante: Eu vi na televisão um astrólogo e tarólogo que es-tuda Nostradamus dizer que o que aconteceu hoje já havia sido pre-visto há muitos anos atrás.

Sim. Está tudo no livro Apocalipse, o último da Bíblia, capítu-lo 17, “A Famosa Prostituta”. Vamos ler este trecho para entender o que aconteceu e o que acontecerá daqui para frente?

O Apocalipse é o livro de João, não o apóstolo que também escreveu um evangelho, mas outro. Apocalipse quer dizer ‘a revela-ção’. Portanto, é um livro que faz revelações sobre as coisas.

Antes de começarmos o estudo do que está lá, vou contar um pouco sobre o que está neste livro para vocês entenderem o que vamos ver. O livro Apocalipse começa com a formação do planeta Terra, com o início da vida humana sobre o planeta. Neste princípio, Deus pergunta quem pode quebrar os sete selos que lacrarão as páginas do rolo que contém a história do desenvolvi-mento do planeta. Ou seja, o que o Senhor quer saber é quem pode governar este orbe. Os anjos respondem: o Cordeiro de Deus (Cris-to) pode, pois ele venceu a cruz. Logo depois desta proclamação, Deus entrega a Cristo o comando do planeta.

A primeira coisa que Cristo faz é marcar na testa aqueles que vão trabalhar com ele. São cento e quarenta e quatro mil seres es-colhidos que trabalharão no auxílio aos seres que buscarão sua evolução neste planeta. Eles são divididos em doze grupos de do-ze mil espíritos. A função de cada grupo é a seguinte: oito que to-mam conta das coisas da Terra e dos espíritos na carne, dois que se ocupam das religiões e dois que se ocupam da transmissão dos ensinamentos necessários para a evolução. Estes dois últimos são formados por seres vindos de Orion e do Sol Poente.

Depois desta escolha, Cristo começa, então, a abrir os selos e a ler o que estava escrito no rolo. Cada um dos seis primeiros selos se referem às gerações anteriores que encarnaram neste pla-neta. Somente o que aparece quando o sétimo selo é quebrado é que pertence a geração que vocês estão vivendo neste momento.

Dentro do que estava oculto pelo sétimo selo, existem sete acontecimentos. Eles ocorrem quando uma trombeta toca. Elas são em número de sete.

A sexta trombeta, que é a que nos interessa no momento, traz consigo o acontecimento do retorno de Cristo ao planeta mon-tado num cavalo branco. Aí está sendo falado da encarnação Jesus Cristo, ou seja, da presença do mestre entre os encarnados. Nele o espírito mais puro do nosso orbe, nosso governador geral, prende o diabo por mil anos. Depois disso, o diabo é solto por mais mil anos.

Estes períodos correspondem aos séculos depois da crucifi-cação até o dia de hoje. Nos primeiros mil anos depois do fim da missão Jesus Cristo o diabo esteve preso. Depois, entre o ano mil e o dois mil de nossa era, o diabo esteve solto.

Depois do ano dois mil, os dias que vivemos hoje, a última trombeta, a sétima, toca. Vamos estudar o que acontece quando isso ocorre. Para isso vamos conhecer o texto intitulado ‘A Famosa Prostituta”, que está no capítulo dezessete deste livro. O nome da-do à famosa prostituta é Babilônia.

Vamos conhece-lo finalmente.

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A prostitua e o monstro

“Então, um dos sete anjos que tinham as sete taças veio me dizer: Venha, e eu lhe mostrarei como será castigada a famosa prostituta, aquela grande cidade que está construída perto de muitos rios”. (Versículo 1).

A cidade onde houve os acontecimentos de hoje (Nova Ior-que) é cercada por muitos rios, não?

Sempre se pensou que este texto se referia a Roma. Acha-vam que essa cidade era a famosa prostituta. Só que ela não é construída perto de muitos rios, mas de apenas um. Na verdade, Roma é cercada por sete montes. Portanto, a ideia de que este texto se referia à Roma era irreal. Ele falava da cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, que foi o palco dos acontecimentos de hoje.

Por que essa cidade pode ser chamada de prostituta? Devi-do à sua essência e à sua população.

Essa é uma cidade que vive para a busca material. É uma ci-dade onde o prosperar humanamente é quase como uma lei, uma obrigação. Por isso, todos recorrem a ela para poder fazer dinheiro, para prosperar. Todos recorrem a esta cidade quando querem ficar ricos e ela não rejeita ninguém. Por isso é chamada de Babilônia.

“Os reis da terra cometeram imoralidades com ela, e os povos do mundo ficaram bêbados com o vinho da sua imoralidade”. (Versículo 2)

Não é assim que as coisas acontecem quando se trata de Nova Iorque? Os povos do mundo não ficam embriagados com o dinheiro que sai dela? Não é o dinheiro dela que compra todos os reis do mundo?

Por isso, todos fecham os olhos quando Nova Iorque faz al-guma coisa. Todos a deixam fazer o que quer com outros povos, não é verdade? Os reis do mundo aceitam sua imoralidade em troca de dinheiro; Por isso ela é chamada de prostituta.

Apenas um detalhe: imoralidade é a falta de amor ao próxi-mo. Quando o outro é usado para que haja uma vitória individual. Isso, pelos olhos espirituais, é imoral.

Continue a leitura, por favor ...

“Então, o Espírito de Deus me dominou, e o anjo me levou para o deserto, onde vi uma mulher montada num monstro vermelho”. (Versículo 3)

A mulher é a prostituta, a Babilônia, a cidade de Nova Iorque. Mas, quem será o monstro? Israel ...

Ele não é o parente mais próximo da prostituta? Não é ele quem sustenta a prostituta? Ou seja, não é o dinheiro de Israel, dos judeus, que a cidade de Nova Iorque usa para dominar e subjugar os reis?

Quem manda na terra da prostituta, não são os judeus? Não são eles que têm o dinheiro e comandam a economia dos Estados Unidos? Por isso aqui se diz que a prostituta está montada no monstro.

Mais um detalhe: onde fica Israel? Num deserto ...

Continue ...

“Havia blasfêmias escritas nele. O monstro tinha sete cabeças e dez chifres”. (Versículo 3)

O monstro, como vimos, é Israel. Há blasfêmias escritas ne-le? Sim. Até hoje os judeus não aceitam o Cristo como o Messias, como um mestre da espiritualidade.

Para os novos cristãos, aqueles que pertenciam ao povo de Israel, mas seguiam os ensinamentos de Cristo, o fato da popula-ção ter escolhido crucificar a Cristo e não a Barrabás era uma blas-fêmia. O fato dos judeus não aceitarem que o messias já havia vin-do e que ele era Cristo também era uma blasfêmia.

Portanto, João escreveu, mesmo sem saber, o que acontece-ria com os Estados Unidos e Israel milênios depois. Não é no de-serto que Israel, acobertado pelos americanos, está brigando para conquistar a terras dos outros?

Quanto às cabeças e chifres da besta, veremos logo. Por enquanto, continuemos com a leitura.

“A mulher usava um vestido cor de púrpura e verme-lho vivo e estava coberta de enfeites de ouro, de pe-dras preciosas e pérolas. Na mão ela segurava uma taça cheia de coisas indecentes e imundas, o resul-tado da sua imoralidade”. (Versículo 4)

Quantas coisas imorais há nas mãos da prostituta? Quantas coisas que foram roubadas dos outros? Os americanos constroem fábricas em outros países para pagar menos impostos e ganhar mais explorando os outros. Isso não é imoral?

Quantas coisas indecentes oriundas da ganância, da soberba estão nas mãos dessa prostituta? Quantas coisas obtidas de forma imoral estão naquele país, que aqui é representado pela grande cidade? Tudo que está nas mãos dos poderosos que moram nesta cidade tem o sangue e o suor de pessoas que trabalham quase como escravos para eles.

Explorar o povo e as riquezas de um lugar para obter lucros individuais: não é isso que eles fazem pelo mundo? Então, volto a perguntar: cadê o motivo para ficar triste hoje? Não aconteceu in-justiça alguma. Foi apenas um povo que pagou pela sua ganância ...

Só um detalhe: não estou defendendo que ocorram ataques em qualquer nome. O que estou dizendo é que não houve uma in-justiça. São coisas diferentes ...

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Tudo precisa ser amado

Participante: uma questão. Aqueles que praticaram os atos vie-ram de uma religião mais primitiva, não?

Quem disse isso?

Participante: ou são de uma mais evoluída?

Quem é mais evoluído em matéria de religião?

Participante: os que praticam essa religião não possuem con-ceitos, um comportamento, um pouco mais primitivista?

Vamos imaginar que você é preto e que vive num país onde os que possuem esta cor não são bem vindos. Será que preferiria que isso fosse dito bem claro – preto não pode ir a esse lugar, só pode fazer isso, só pode fazer aquilo, só pode sentar aqui ou acolá – ou será que preferia que ninguém dissesse nada, mas na hora em que sentasse, alguém puxasse a sua cadeira? Ou seja, você prefere um lugar onde as coisas são feitas de forma velada ou onde a ver-dade é escancarada? Acho que é sempre mais fácil saber onde está pisando, não?

Dentro desta mesma linha de raciocínio, acho melhor os ára-bes dizerem que na casa deles as coisas são de determinado jeito do que se fazerem de bonzinhos, mas serem bem piores do que ele. Estou falando daqueles que falam em amor, mas não amam, falam de amor ao próximo, mas acusam os outros chamando-os de primitivos só porque pensam diferente. Acusam os outros de não amarem, mas não veem que quando fazem isso também não estão amando ...

O amor não é o amor que vocês pensam que é. Isso já cansei de falar aqui e vou falar até viver outra vez. Vocês pensam que amar é passar a mão na cabeça de quem se quer, de quem se acha certo, e não falar nada contra, mas isso não é amor. Para amar é preciso ter confiança plena naquilo que se ama.

Os árabes que provocaram este acontecimento tinham certe-za absoluta do que iam fazer e de que sua ação seria um ato de amor a Deus. Tinham confiança no Senhor. Isso mostra o amor por Deus. Agora, os que estão sofrendo, acusando os árabes, será que estão demonstrando amor ao Pai?

Tudo aconteceu porque Deus quis que acontecesse e se Ele é o Amor Supremo, esse acontecimento foi um ato de amor. Só que vocês, que se imaginam religiosamente mais avançados do que eles, ainda acham que porque morreu gente, houve uma injustiça. Não, ninguém morreu ali; estão todos vivos.

A carne vai se transformar em outra coisa; o espírito continua-rá sua existência eterna. Portanto, a única coisa que morreu naquele momento foi um pouco da soberba dos americanos, que se imagi-nam imunes a ataques, que querem ser os maiores, de quererem ser o deus do mundo ...

Participante: Mais uma vez se repete; morreu quem precisava morrer daquele jeito.

Vocês não sabem, mas entre os que hoje desencarnaram há muitos que em outras encarnações não amaram, que viveram o individualismo em suas mais diversas facetas: a soberba, a vaida-de, a ganância. É por não possuírem a capacidade de saber o que está no passado eterno de cada ser que lhes digo que precisam abrir seus horizontes, reformar seus conceitos. Para fazer isso, só há uma visão que pode ser aplicada ao que está acontecendo: tudo vem de Deus e Ele é justo; portanto, não existe injustiça ...

O que vocês precisam entender é que a injustiça só existe por conta da aplicação dos seus valores às coisas universais. Quando se usa outro peso para avaliar as coisas, por exemplo o fato de Deus ser Causa Primária de todas as coisas com Amor Supremo e Justiça Perfeita, toda injustiça acaba. Mais: se repara que quando achamos injustiça estamos dizendo que Deus é injusto ou que existem pessoas superiores a Ele que podem praticar injus-tiças e o Pai não tem força nenhuma para evitar que elas aconte-çam.

Participante: Quando a gente conversa com algumas pessoas, é difícil explicar isso que o senhor acabou de falar, porque teriam que ter toda essa base que nos foi transmitida desde o início, e não dá para falar tudo em quinze minutos de conversa.

Certo, não dá para ajudar os outros, mas dá para ajudar a si mesmo. Se você consegue ver Deus em um momento como esse, veja-O também nas coisas que acontecem com você e que não gosta, que se sente atacada.

Como estava dizendo, é muito fácil analisar acontecimentos na vida dos outros. É preciso que apliquemos o mesmo peso e medida para o que ocorre na nossa vida. Se no acontecimento na existência dos outros é Deus quem faz as coisas acontecerem, quando algo ocorrer na sua vida precisa ser usada a mesma com-preensão. Só que vocês não agem assim, não é mesmo? Querem que os outros pensem desse jeito, mas quando se trata de vocês perderem, aí se esquece o ensinamento rapidamente ...

Estou comentando um grande acontecimento, um que teve repercussão mundial, para que vocês vejam que não há diferença alguma do que acontece particularmente nas suas existências: tudo é prova e por isso precisa ser vivenciado de uma determinada for-ma. De nada adianta reclamarem da forma como o outro vivencia os acontecimentos do mundo se vocês não aprenderem a viver com outro olhar os acontecimentos da sua existência. Enquanto olharem com críticas as coisas que lhes acontece, vão continuar acontecendo coisas que lhe desagrada.

Continue a leitura, por favor ...

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Imoralidades

“Na sua testa estava escrito um nome que tem um significado secreto: ‘A grande Babilônia’, mãe de to-das as prostitutas e de todas as pessoas imorais da Terra”. (Versículo 5)

Imoral não é aquele que dorme com a mulher do outro, mas sim aquele que vai contra a moral de Deus: não ama universalmen-te. Imoral é aquele que quer ganhar individualmente, que quer reali-zar-se com coisas e conquistas materiais. Todos aqueles que não seguem o que ensinou Cristo e os demais mestres são imorais.

Sendo assim posso dizer que a maioria dos que moram na Babilônia são imorais, não é mesmo? Outro detalhe: quantas cida-des no mundo se esforçam para igualarem-se à Nova Iorque como centro do poder financeiro? Além disso, todos no mundo que têm dinheiro, que se acham donos das coisas e das pessoas e imagi-nam que têm poder, o que fazem? Correm para viver lá.

É por isso que neste trecho a cidade que foi alvo dos atenta-dos hoje é chamada de a mãe de todos as prostitutas e de todas as pessoas imorais da Terra.

Continue a leitura ...

“Então vi que a mulher estava embriagada com o sangue do povo de Deus e dos que haviam sido mor-tos porque tinham sido fiéis a Jesus”.

“Quando vi, fiquei muito espantado. E o anjo me perguntou: Porque é que você está tão espantado? Vou lhe contar o significado secreto da mulher e do monstro que carrega, que tem sete cabeças e dez chifres”. (Versículos 6 e 7)

É a partir daqui que vamos saber o que vai acontecer com o mundo depois dos acontecimentos de hoje.

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Previsões bíblicas

“O monstro que você viu estava vivo, mas agora não vive mais. Ele sairá do abismo e será destruído”. (Versículo 8)

A primeira previsão: Israel vai acabar.

‘O monstro que todos acham que está vivo, não está mais’, diz João. Hoje é o começo do fim do país chamado Israel. É o co-meço do fim da raça chamada Israel.

A raça chamada Israel é composta por espíritos que precisa-vam provar o seu amor a Deus, como todos os que estão encarna-dos neste planeta. A prova deles é composta pelos fatos que acon-tecem o povo de Israel. Só que ao invés de amarem universalmente, anseiam por conquistar terras, por terem o poder gerado pelo fator econômico. Com isso, não passam na sua provação.

Os espíritos foram colocados ali para realizarem as suas pro-vas. Se trabalham com amor, ou seja, vivem os acontecimentos que seu povo passa amando a Deus e ao próximo, continuam sua ca-minhada no mundo de regeneração neste planeta; se não trabalha-ram com amor, não terão mais chances de reencarnar. Terão que ser levados para o novo planeta onde aguardarão o início do processo encarnatório.

Portanto, quando a provação acaba para uma plêiade espiri-tual, não precisa mais existir a raça que foi criada para que isso. É por isso que a raça precisa acabar. Aliás, isso já aconteceu diver-sas vezes neste planeta e muitas raças já foram extintas, não é mesmo?

O que estou dizendo não tem nada contra o povo de Israel di-retamente: estou falando de elementos espirituais Também não estou falando em dizimar uma população. O que estou dizendo é que se não há mais necessidade de determinada prova, não há mais necessidade de uma raça. É por isso que a raça de Israel vai acabar.

“Os habitantes da Terra que desde a criação do mundo não têm os seus nomes escritos no livro da vida ficarão espantados quando olharem para o monstro. Ele estava vivo; agora não vive mais, po-rém tornará a aparecer”. (Versículo 8)

Muitos que hoje encarnam naquela raça continuarão vivos, ou seja, continuarão a encarnar neste planeta, mas não naquela raça. Ela se extinguirá porque aquela provação não mais será necessária. Não estou chamando aquele povo de mau, dizendo que merecem a extinção. O que estou falando é que a raça não mais existirá porque não haverá razão espiritual para isso.

Agora, neste trecho há uma citação àqueles que não têm o nome escrito no livro da vida desde o começo. Quem são esses? Aqueles que precisam provar o amor a Deus, aqueles que encarnam para poder conquistar a sua elevação espiritual.

Esses se espantarão daquela raça não mais existir, pois ima-ginam que o suposto poder material que ela possui lhe garantiria a existência. Acham que eles, por causa deste suposto poder, são inatingíveis. Mas, verão que apesar disso, eles sucumbirão.

Continue ...

“Isso exige sabedoria e entendimento: as sete cabe-ças são os sete montes onde a mulher está assenta-da”. (Versículo 9)

É por causa do termo sete montes que as pessoas acham que a Babilônia é Roma, uma cidade que é cercada por sete mon-tes. Só que isso não é real. Como vimos, a Babilônia é a cidade de Nova Iorque, que acabou de ser ferida.

Sendo assim, quem são esses sete montes onde a prostituta se senta?

Participante: Os sete países mais ricos? Aquilo que é conheci-do como G7?

Sim.

Não é por acaso que existe um grupo de países que se auto intitula ‘os sete países mais ricos do mundo’. Eles se imaginam os poderosos, aqueles que são capazes de determinar o futuro da humanidade como um todo. A famosa prostituta, a cidade de Nova Iorque e os Estados Unidos como um todo, não está acima deles?

Esta é a segunda previsão do que acontecerá a partir do soar da última trombeta: com o fim do monstro, Israel, os sete países que compõem o G7 deixarão de ser os mais os mais ricos e perde-rão o seu poder que imaginam absoluto.

Continue...

“Elas também são sete reis: cinco caíram, um está governando, e outro ainda não apareceu. E, quando aparecer, vai durar pouco”. (Versículo 9 e 10)

Ainda aparecerá um rei, um governante, mas este também cairá. Quando isso acontecer, Israel cairá rapidamente.

“E o monstro que já esteve vivo, mas que agora não vive mais, é o oitavo rei que faz parte dos primeiros sete e que vai ser destruído”. (Versículo 11)

Não é assim? Israel pode não pertencer aos sete, mas manda no mundo inteiro. Por que eles mandam no mundo inteiro sem apa-recer? Por que o dinheiro dos sete vem de Israel.

Então, vão cair os sete e o monstro vai antes, porque ele já morreu como João falou. É essa queda do monstro que vai destruir os sete porque o dinheiro não vai mais para aqueles países. Com isso acontecerá o que vocês chamam de caos.

Quem guarda dinheiro não terá mais nada, pois ele perderá o valor. Quem se apoia em objetos materiais nada terá, pois eles per-derão o valor que possuem hoje. Afirmo isso porque mudará a es-sência das coisas materiais e para que isso aconteça, o dinheiro terá que perder todo o seu valor.

Quando o monstro morrer e os sete montes acabarem, as leis não terá mais eficácia. Com isso toda defesa se desmoronará: só vai sobreviverá aquele que tiver amor.

Participante: Há possibilidade de acontecer o que vemos em filmes apocalípticos, olho por olho dente por dente?

Pode e vai acontecer. Agora, isso deve lhe assustar? Não. Entregue-se a Deus que não acontecerá nada com você. É isso que falamos.

Participante: Mas, como instalar um mundo de Regeneração em um mundo assim, onde se matam por água, comida, petróleo.

Será um mundo onde matará quem merece matar e morrerá quem merece morrer.

Vou contar de novo uma história para vocês aprenderem o que estou dizendo. Um moço morreu e ao chegar ao reino dos céus São Pedro disse que ele poderia escolher entre o céu ou o inferno. Bem humano, este homem pediu para ver como era cada um para poder escolher.

Primeiro foi ao inferno. Chegando lá encontrou uma multidão em volta de um caldeirão com uma colher muito comprida. Por cau-sa do tamanho desta colher eles não conseguiam alcançar a própria boca. Por isso brigavam entre si por mais espaço para levar a co-lher à boca.

Depois foi ao céu. Lá chegando viu uma multidão em volta de um caldeirão com uma colher muito comprida cada um para se alimentar. A diferença era que no inferno eles brigavam, mas no céu todos estavam em paz.

Porque isso acontecia se no inferno e no céu a cena era a mesma? Porque no céu, ao invés de se servir, cada um dava comi-da ao outro. Dessa forma, todos se serviam e não precisava haver disputa para poder ter alguma coisa.

Na transição entre os dois mundos aquele que serve ao pró-ximo vai para a Regeneração; já aquele que quer servir a si mesmo não conseguirá o seu intento. Por isso precisará recomeçar o aprendizado em outro planeta.

Todo o poder vai cair nos próximos anos. Todo aquele que acha que detém o poder de ter, fazer, ser cairá, pois no novo mun-do todos compartilharão tudo.

O resultado perfeito da prova do espírito encarnado é entre-gar sua vida nas mãos de Deus. ‘Que seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu e não a minha’: não foi isso que Jesus ensinou? Só que vocês querem fazer as suas vontades ao invés de aceitarem o que o Pai dá. Querem que tudo seja como querem.

Na verdade, apesar de Cristo ter ditado a oração, vocês re-zam na verdade assim: ‘faça a minha vontade aqui na terra e quan-do eu chegar aí no céu espero que o Senhor tenha tudo arrumadi-nho como eu gosto, pois quem manda no universo, quem pode dizer o que é certo ou errado sou eu’. Não é assim que vocês vi-vem? Entregar o poder, se submeter a Deus, isso não querem fazer.

Portanto, a primeira coisa que será quebrada no mundo todo é o poder. O poder de todos que se acham com qualquer poder. Para permanecer neste mundo, cada um que se acha rei de um país chamado ‘eu e minha vida’ entregará o seu tesouro e o seu coman-do a Deus. Quem não entregar, não conseguirá ficar aqui: terá que ir para outro planeta.

Leia mais do texto bíblico, por favor ...

E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, (versículo 12)

No lugar aos sete chifres surgirão dez novos reis em outro lugar. Esse lugar são os países árabes. Neles surgirão dez reis que vão governar materialmente, ter o poder, quando os outros começa-rem a cair.

Mas receberão poder como reis por uma hora, jun-tamente com a besta. Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta. Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os ven-cerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; (versículos de 12 a 14)

Os árabes não lutam contra o cordeiro? Quando subirem ao poder, tiverem poder junto aos outros países do universo, eles irão querer acabar com o cristianismo. Só que ao final, Cristo vencerá, pois ele tem o poder.

Durante o tempo que tiverem poder, uma hora, segundo o texto, eles tentarão acabar com o Cordeiro, mas esse será mais forte. Será neste momento que se iniciará realmente a Regeneração.

Hoje estamos na Transição. Quando Cristo, o amor universal, vencer os reis árabes o mundo de Regeneração terá chegado total-mente

Babilônia

Vivendo o apocalipse

Vencerão os que estão com ele, chamados, e eleitos, e fiéis. (Versículo 14)

Vencerão aqueles que têm o amor, aqueles que são incapa-zes de olhar para o outro e achar que o próximo é um ofensor. Aqueles que não veem erro nos outros, pois sabem que é um filho de Deus como ele. Esses são os escolhidos de Cristo: aqueles que se batem numa face sua dão a outra. Não foi assim que o mestre ensinou?

Vencerão aqueles que não têm preconceitos, aqueles que não acham que estão sempre certos e os outros não. Aqueles que, como Cristo, ama a todos, sem olhar a quem, mesmo que essa pessoa tenha cometido um delito, por mais grave que ele tenha sido. Os que irão vencer são aqueles que aqui estão aqui para fazer a vontade do Pai.

Esse é o Novo Mundo que vai se instalar definitivamente quando os sete grandes e a prostitua morrerem e o Cordeiro vencer os dez reis que vão durar só uma hora, Neste momento, junto com o Cordeiro permanecerão neste mundo todos aqueles que agirem e pensarem como Cristo.

Participante: Nós e nossos filhos vamos pegar a pior fase...

Sim, isso pode acontecer, mas porque o medo? Ao invés de temerem, preparem vocês e seus filhos para viverem as coisas que virão da forma que temos conversado. Quem estiver seguindo o Cordeiro não terá problemas em viver em qualquer mundo, inde-pendente de como ele esteja.

O que vocês esquecem é que existe uma Comunidade que vive como Cristo ensinou e está pronta para acender lamparinas. Eles acenderão as luzes que hoje estão apagadas e com isso ilumi-narão a caminhada de muitos.

Sim, muitas coisas vão mudar para pior, mas só para aqueles que merecem viver situações piores. Para aqueles que não mere-cem existirão acontecimentos que outros irão considerar piores, mas eles mesmos não os viverão desta forma. É isso que não se conscientizam.

O que imaginam é que todos serão pegos pelas ondas da mesma forma, mas isso é irreal. Cada um será atingido de uma maneira diferente: uns poderão estar surfando na onda, por maior que ela seja, enquanto outros estarão tomando caldo, mesmo que haja apenas uma marola. Tudo vai depender da energia (sentimento, emoção) que cada um escolhe face aos acontecimentos do mundo.

Aqueles que estiverem vibrando no que vocês chamam de energia negativa viverão as próximas situações como coisas horrí-veis. E a primeira energia deste tipo que será combatida é a do poder: o imaginário poder de mandar no seu irmão, de querer que as coisas sejam feitas do seu jeito, de achar que tem o direito de recriminar e julgar o outro. Esses vão sofrer muito durante este pe-ríodo, porque esse imaginário poder vai desmoronar à sua frente.

Aquele que você acha que é errado será louvado enquanto você, que se acha o certinho, vai ser apontado no processo apoca-líptico. Isso acontecerá porque aquele que aceita com amor o seu limite, que não se julga, que vive com alegria e felicidade sem preo-cupar-se se está certo ou não, estará ao lado de Deus. Estes serão louvados e nada lhes acontecerá Já aquele que exige sempre, que todo o tempo se imagina o certo, que quer sempre que o outro mude para aquilo que ele crê, este estará ao lado esquerdo de Deus e não será louvado.

Portanto, ou você entrega o seu poder a Deus ou se revolta contra o mundo. Fazendo isso, só posso lhe desejar uma coisa: boa viagem para o próximo planeta onde existirá mundo de provas e expiações.

Cristo ensinou: bem aventurados os pobres de espírito, aque-les que só têm amor dentro de si, pois deles será o Reino dos Céus. Todo aquele que tiver outro sentimento que não o amor terá que permanecer no mundo de provas e expiações, que só existirá em outro planeta que não a Terra. Lá ele continuará querendo domi-nar o mundo e as pessoas e por isso permanecerá em constante conflito com todos.

Podemos continuar no texto bíblico.

E disse-me: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e lín-guas. E os dez chifres que viste na besta são os que odiarão a prostituta, e a colocarão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo. Porque Deus tem posto em seus corações, que cumpram o seu intento, e tenham uma mesma ideia, e que deem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus. E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra. (Versículos 15 a 18)

Cada um agirá como Deus colocar em seu coração para fazer e tudo que Ele colocar, será praticado frente à quem tenha o mere-cimento de receber. Por isso, não acuse Deus das coisas que lhe acontece nem das que pratica. Pare de chorar e agradeça ao Pai por usar a todos como instrumentos de paz e da justiça universal.

Ele faz cada um agir frente a determinada pessoa e de uma forma específica não porque queira, mas porque cada um precisa e merece estar naquele momento agindo e recebendo a ação daquela forma. Este merecimento, em linhas gerais, acontece porque os seres humanizados ainda acham que são Deus, ainda acham que são capazes de gerar atos independentemente, ainda acham de são capazes de ofender e ser ofendido. Ainda se acham capazes de mandar no próximo e governar a vida do outro, capazes de impor regras e normas que os outros são obrigados a seguir; ainda se acham capazes de impor limites que o outro não pode ultrapassar sob pena de ser atacado.

Pior: ainda dizem que agem dessa forma para poder ajudar os outros, pelo bem deles, por amor a eles. Desculpe, mas isso não tem nada a ver com amor, mas com escravidão.

A escravidão existe quando um ser obriga o outro a trabalhar (agir) do jeito que ele quer, a fazer o que ele quer. Escravidão não é apenas uma relação trabalhista, mas em toda relação onde um se considera superior (acha que sabe mais, que detém a verdade) e por isso acha que pode mandar no outro, obrigar o outro a ser, estar e fazer o que ele quer, existe uma escravidão.

Os seres humanizados que agem dessa forma são tão senho-res de escravos que possuem inclusive chibata para aquele que não trabalham como ele quer. Esse instrumento no ser humanizado é a língua. Ela é usada para bater em todo mundo com palavras: falan-do mal, acusando e criticando o outro.

Babilônia

O trabalho da encarnação

Para poder ficar bem claro a questão do que precisa ser feito durante a encarnação, prestem atenção a este texto bíblico. Ele está no livro Gênesis.

Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimá-rias do campo que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não come-reis de toda a árvore do jardim? E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais. Então a serpente disse à mu-lher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vos-sos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal. (Gênesis 3:1-5)

Eis aí o pecado original, o que obrigou a existência da atual sansara (roda de encarnações) em que vivem: imaginarem que pos-suem os olhos abertos e são capazes de separar o bem do mal, tornando-se, então, Deus.

Aqueles que estão encarnados neste planeta comeram do fru-to da árvore proibida. Por isso julgam-se capazes de conhecer o certo e o errado, o bonito e o feio, o justo e o injusto. Ao imaginar que possuem condição de ter este conhecimento, creem que trans-formaram-se em Deus. Por isso querem ser o Deus da sua vida e da vida do outro.

Vocês querem comandar. Para exercer este comando imagi-nam que possuem o poder de julgar, de apontar erros, de castigar. Imaginam-se portadores deste poder porque acreditam que sabem tudo sobre todas as coisas do universo. Grande ilusão: só Deus sabe tudo. Por isso, só Ele tem o poder de julgar, de separar o bem do mal, mas quando o faz, não castiga ninguém, mas faz justi-ça: dá a cada um segundo as suas obras.

Eis aí, portanto, o que traz o ser para a roda de encarnações no planeta Terra: querer ser Deus. Querer promover a justiça funda-mentado nas suas convicções, querer impor o que acha certo, boni-to e limpo. Todos aqueles que se acham certo em qualquer assunto e por isso acham outros errados, são aqueles que se consideram deuses.

Todos que comem que possuem conhecimento, comeram o fruto da árvore proibida. Querem ver se isso não é verdade? Vejam o que a mulher disse no texto bíblico do Gênesis:

E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável pa-ra dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. (Gênesis 3:6)

Como será bom ter o conhecimento! O conhecimento para ser o quê? Para ser Deus.

É isso que quando humanizados vocês buscam: o conheci-mento para ser o deus da vida. Quando buscam descobrir o certo das coisas, estão buscando esse conhecimento para ser o deus e julgar o que é certo ou errado. Só que nunca conseguirão, pois só o Senhor sabe o que é certo ou errado. Por mais que se aprofundem na busca de conhecimentos, jamais conseguirão ter esta capacida-de, pois sempre existirão coisas que não terão capacidade de co-nhecer.

Babilônia

A vida e a morte

Vocês chegaram aqui hoje dizendo que o que aconteceu é er-rado. Quando fizeram isso, não perceberam, mas estavam queren-do ser o deus do que aconteceu lá. Só que nada do que aconteceu lá hoje foi triste ou errado.

Vou repetir o que disse no começo de nossa conversa: hoje estou muito triste porque tenho um problema na perna e não pude dançar na festa que está acontecendo no céu, pois tocou a última trombeta. O Novo Mundo começou! Enquanto vocês estão aqui chorando as vítimas, nós, os seres que vivem libertos da matéria, estamos festejando porque a justiça de Deus foi feita. O que é mais importante: as pessoas ou a justiça de Deus?

Portanto, hoje é um dia de festa para o planeta, pois Deus provou mais uma vez que contra ele prostituta nenhuma pode. Deus provou mais uma vez que não é porque o ser humano tem dinheiro que vai poder comandar as coisas ao seu bel prazer. Deus provou mais uma vez que aqueles que têm fé, aqueles que se entregam com confiança a Ele são capazes de se manter em paz e felicidade, mesmo que desastres e mortes aconteçam.

O terrorista que lançou o avião contra o prédio disse a si: eu não valho nada; vale o que Deus quer e que o Ele quer é que a jus-tiça seja feita com a prostituta. Você quer exemplo maior de fé do que esse? Vocês não tem coragem de tirar um tostão do bolso pra fazer a vontade de Deus, mas aquele ser deu o que vocês acham mais importante: a própria vida.

Participante: Segundo o Evangelho não podemos tirar nossa própria vida. Só que ao mesmo tempo você diz que acontece um fato em que foi feita a vontade de Deus.

Deus não mandou Josué entrar e matar todos de tal cidade? Não foi assim que os judeus conquistaram sua terra? E diziam que fora Deus quem matou todos eles?

 Você conhece os mandamentos ensinados por Cristo? Amar a Deus, amar a si e amar ao próximo. Esses três mandamentos resumem a lei de Deus. Nestas leis onde está dito que não pode matar?

Quem é você para julgar o que aconteceu ali? A única forma de se cumprir os mandamentos neste caso é dizer: se aconteceu é porque Deus deixou acontecer. Se um matou, Deus deixou matar; se um morreu, Deus deixou morrer.

Participante: Não temos direito de tirar a própria vida.

Você participa de encontros da doutrina espírita e lá ouviu muitas vezes que pode se apressar o fim de uma encarnação para não contrair mais dívidas, não é mesmo? Ouviu muitas vezes que pode ser apressado o fim de uma encarnação porque o espírito irá fazer tanta besteira nesta vida ainda que o melhor é pôr termo à provação. Não estou dizendo que concordo com isso, mas você não ouviu essa afirmação muitas vezes?

Participante: sim.

Pois, então, essa morte não foi um ato de amor? Sendo, dei-xar de fazê-la não seria contra a doutrina do amor?

É isso que vocês não entendem: matar pode ser um ato amo-roso. Não entendem porque veem a morte como um momento onde acaba a vida. Somente quando entenderem que ela não existe, que quando acontece não ocorre nenhum fim, mas que o espírito foi simplesmente afastado da carne porque se encerrou um ciclo, po-derão entender o que digo. Enquanto acharem que nos aconteci-mentos de hoje acabou alguma coisa, não vão me entender.

Vocês dizem que é muito difícil entender o que falo, mas não é: basta compreenderem que sempre acontece a vontade de Deus. Não queiram saber por que, para quê, onde, como, quando as coi-sas aconteceram. Quando querem ter esses conhecimento sabe o que querem ser? Deus.

Eu não estou dizendo que os terroristas são santos. Com cer-teza eles mereceram ser assassinos. Sô que aqueles que morreram mereciam ser assassinados. Não existe bala perdida; a bala acha quem tem que morrer assassinado naquele momento.

O assassino dessa vida é aquele que durante a sua existência eterna acumulou muita raiva ou qualquer outro sentimento egoísta. Ele foi alcançando o merecimento de se tornar um assassino aos pouquinhos em cada uma das etapas da sua existência, seja encar-nado ou não. Portanto, ele teve o merecimento de ser assassino, mas, só matou aquele que pelo mesmo motivo mereceu morrer daquela forma naquele momento.

Se você não entender o que acontece como Deus agindo, en-tenderá como ação de um obsessor, um trabalhador do mal. Quem é o obsessor? Aquele que não entrega a justiça nas mãos de Deus. Com isso, você distorce a realidade: passa a existir um culpado e uma vítima ao invés de seres recebendo a justa medida do que plantaram. Para poder viver essa realidade, é preciso entregar a justiça na mão de Deus.

Entregar a justiça nas mãos de Deus é dizer obrigado por acontecer isso agora, pois o que está ocorrendo é justo e amoroso pela Fonte que gerou. Isso é aproveitar a vida, no sentido espiritual. É para isso que vocês vieram, encarnaram.

Babilônia

Entrar no novo mundo

Vocês vieram à carne para pagar o chamado pecado original, que como vimos é o fato de querer ser Deus, de ter o poder de separar o bem do mal. Posso afirmar isso porque essa compreensão surge facilmente com a leitura do capítulo 3 do livro bíblico Gênesis.

Para quem não sabe, a Bíblia é o Livro que orienta os acontecimentos do mundo de Prova e Expiação que acontece no planeta Terra. Este período tem início com a informação do que motivou a necessidade do espírito entrar na roda de encarnações: querer ter o poder de separar o bem do mal, querer ser Deus. Por isso, podemos compreender que o objetivo de viver, encarnar, é acabar com o desejo de ser a origem das coisas e ter o poder de separar o bem do mal. Isso acontece quando o ser encarnado se liberta desta tentação.

No livro Apocalipse, que estamos estudando, existe um capítulo, depois daquele que é chamado ‘A famosa prostituta’, que se chama ‘Nova Jerusalém’. Este capítulo fala da chegada do novo mundo, nova terra, nova cidade sagrada. Mostra o que acontecerá depois que os fatos que conversamos aqui acontecerem.

Nesse capítulo é dito que o trono de Deus estará na Terra e todos os reis da terra se ajoelharão a seus pés e entregarão o seu governo e seus bens. Quem são os reis da Terra? Cada ser humano, vocês. Cada um se acha senhor da sua própria vida e das coisas que nela existem. Portanto, depois que acontecerem as coisas que aqui conversamos, cada ser humano entregará a Deus o comando de tudo durante a sua existência carnal.

Não foi isso que Cristo ensinou? Ele não disse que o ser humanizado precisa se libertar de todos os bens da matéria e conquistar os bens espirituais? Esse ensinamento não quer dizer que você tem que dar as calças que veste, mas sim o pudor que o leva a vesti-la. Deve entregar a Deus o seu desejo de ter um carro, a dependência de tê-lo e não o carro em si. Deve entregar a Deus o seu destino na questão de ter ou não uma casa própria, ao invés de achar que é justo todos ter uma. Na hora que fizer isso não mais dependerá das coisas deste mundo para ser feliz. Com isso, conseguiu libertar-se das coisas materiais e conquistou os bens espirituais. Compreendeu agora o que quero dizer?

A Bíblia conta a história desta conquista, mostra o caminho para que ela aconteça. Narra o caminho do ser humanizado para se livrar do pecado original de querer ser Deus. Para isso cria todo um mundo material, criação simbolizada pela Torre de Babel e o fato de embaralhar as línguas. No final deste caminho este mundo se destrói pelo simbolismo do ataque à famosa prostituta. O extermínio dela é necessário, pois é nas tetas dela que a humanidade mama.

Vocês se dizem espiritualistas, que acreditam haver dentro de si algo além da matéria, mas vivem para o mundo material. Acham que é a comida que lhes alimenta, ainda acham que são os vírus e micróbios que causam doenças, ainda acham que são vocês que fazem as coisas. Na hora que se afastarem das coisas materiais e descobrirem que o que alimenta é o sentimento, na hora que descobrirem que o que causa doenças não são os vírus, mas Deus, e entregarem tudo nas mãos do Pai, aí sim vão adquirir os bens espirituais e poder viver no próximo mundo. É isso que está escrito na Bíblia; é isso que estamos falando; é essa verdade que não está escondida, mas está em todas as escrituras de todas as religiões.

Enquanto não abrirem mão do seu desejo de serem reis, de serem Deus vocês não vão conseguir passar a esse Novo Mundo. Não que Deus vá lhes expulsar daqui: são vocês que não vão querer ficar, pois no novo tempo neste planeta não haverá nada que gostem. Se gostam de fofoca, vão achar um lugar onde estão os fofoqueiros e ficarão fazendo fofoca uns dos outros. Se gostam de mandar, vão querer ficar num lugar onde todos gostam de mandar, e um vai mandar no outro.

Só no momento que alguém mandar em você e sentir os reflexos disso vai querer buscar o arrependimento de ter mandado nos outros. Deus deixa o outro mandar, gritar e brigar para que aprenda. É como se Ele lhe dissesse: ‘você não gosta de fazer isso com o outro? Veja, então, o que ele sente’. Quando você age com amor o outro muda. Enquanto quiser gritar mais alto, o outro não muda.

Ninguém consegue mudar ninguém. Só quando você se muda, o outro muda. Quando você doa amor, recebe amor de volta. Vocês querem consertar o mundo, mas não querem se consertar. Mude primeiro. Mude internamente...

É essa lição que Buda, Krishna, Cristo e os apóstolos e profetas deixaram. O Espírito da Verdade também trouxe a mesma mensagem, mas apesar disso, vocês não entenderam o que eles ensinaram.

Cobram que o outro se mude para ficar igual a vocês. Mudem-se. Na hora que se mudarem, o mundo ao seu redor muda. Na hora que o mundo de cada um mudar, as outras pessoas se mudam e com isso se constrói um mundo novo. Mas, enquanto quiserem consertar o mundo, ele continuará igual, pois as coisas só se mudam com a mudança interna de cada um.

É isso que estamos falando: a mudança precisa começar em você. Não haverá mudança alguma enquanto você cobrar a do outro. Para viver um novo mundo é preciso que você aceite o próximo como ele é. Enquanto você apontar o erro dos outros, eles também vão procurar o seu erro.

Comece a mudança do mundo mudando o seu interior. É dessa mudança que sairá a força que vai mudar esse planeta, que vai mudar as coisas. Quem conseguir essa mudança irá habitar um novo mundo. Quem começar a se mudar e buscar o amor a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo viverá num novo mundo.