Umbanda sem misticismo - texto

Umbanda sem misticismo - texto

Transcrição dos arquivos de áudio do estudo Umbanda sem misticismo

Umbanda sem misticismo - texto

O Deus buscado

Oxalá, meu Pai,

Tende piedade de nós, tem dó

O mundo e grande,

Mas o seu poder ainda é maior.

Salve Oxum,

Salve Yemanjá,

Salve Xangô

Salve Oxossi,

Salve Yansã

Salve o povo da rua

Hoje marcamos de conversar sobre a umbanda não mística, a do novo tempo. Mas, antes de falar dela precisamos buscar compreender outra coisa.

O que é umbanda? Uma religião. Por esse motivo precisamos entender antes o que é uma religião. É por aqui que vamos começar.

O que é uma religião?

Participante: uma forma de se ligar a Deus.

Forma? Religião não e forma, mas instrumento.

As religiões são instrumentos para auxilia na religação com Deus. Está certo isso? Se me respondem sim, pergunto: a que Deus a religião religa?

Estranharam a minha pergunta, mas ela é real. Cada religião possui o seu Des próprio. Mesmo que todas elas chamem essa entidade superior de Deus, a ideia, a concepção que cada religião faz dele é diferente. Isso gera, cria, deuses diferentes. O Deus da igreja católica certamente não é o mesmo da católica. Afirmo isso porque eles são formados por concepções diferentes.

Ora, se isso é verdade, teríamos que discutir cada um dos deuses das religiões. Como isso é inviável para nosso estudo, nesse momento que falamos de religiões pergunto: a que Deus devemos buscar para nos religarmos?

Acho que essa é uma pergunta que vocês deviam se fazer. Nenhum de vocês estão participando pela primeira vez de uma atividade religiosa. Com certeza já frequentaram muitas e em diversas religiões. Tenho a certeza que fizeram isso buscando essa religação com o Pai. Por isso volto a perguntar: a que Deus vocês acham que todas as religiões deveriam se religar? Ao Deus espirita, o evangélico, o católico?

Participante: todas não deveriam levar ao Criador?

Todas deveriam levar a um Deus, que é o Criador, mas a concepção de Deus de cada uma delas é diferente. Por isso temos um Deus para cada uma.

Participante: as religiões são caminhos diferentes para se chegar a Deus.

Concordo com você, mas antes de discutirmos os caminhos de cada uma, o que vamos fazer, pergunto: a qual das concepções de Deus as religiões deveriam levar?

O que estou querendo colocar é o seguinte: eu, como religioso, devo buscar chegar ao Deus concebido pela igreja católica, ou devo buscar o concebido pelo espiritismo ou pelo evangelismo? A que Deus você deve se dedicar?

Participante: mas, não são o mesmo Deus?

Não. Quem o Deus da igreja católica?

Participante: Deus ...

Não, é Cristo. O que ensina a doutrina católica é que Cristo, com a sua ascensão, transformou-se em Deus, tornou-se uma só pessoa com Ele. Portanto, para essa doutrina, Cristo é Deus. Se é assim, a religião católica serve como instrumento para religação a Cristo e não a Deus.

É isso que estou querendo mostrar a vocês antes de qualquer coisa: as religiões que deveriam servir de religação ao Senhor do universo, não importa o nome, criaram deuses e servem de instrumento para religação ao seu Deus e não ao Senhor.

Na umbanda, que é o tema principal de nossa conversa, Deus é Oxalá. No islamismo chama-se Alá. Mesmo dentro dos segmentos cristãos, cada seita possui uma concepção de Deus. Não se pode dizer que o Deus concebido pela religião espírita é o mesmo que o evangélico segue, não é mesmo? Mesmo dentro do evangelismo há duas correntes: a que trabalha com um Deus vivo e a que convive com um Deus morto. Numa o Senhor age, na outra apenas julga a ação dos outros.

É por causa dessas diferenças que no momento em que vamos falar em desmistificar uma religião é preciso entender que apesar de frequentar determinada religião é preciso buscar o Senhor do universo e não o deus da religião.

Umbanda sem misticismo - texto

Seja deusista

Cristo ensina assim: só o Filho conhece o Pai. Isso quer dizer que só o Filho de Deus pode dizer quem é o Pai. Por isso, as religiões formadas por seres humanizados em padrão vibratório diferente de Cristo, tinham que se declararem incompetentes para dizer quem é Deus, para falar em nome Dele. Compreendendo o que Cristo ensina, elas deviam se declarar incompetentes para fazer uma concepção de quem é Deus.

O que quero dizer é que a religião católica reza e busca o deus concebido por ela mesmo. Por isso ela não chega a Deus, ao Senhor do universo. A religião espírita e a evangélica a mesma coisa. Por isso, a primeira coisa que precisamos ter em mente quando vamos desmistificar uma religião é que ela é apenas um caminho para religar ao deus dela. Por isso, não serve para religar com o Criador do universo.

Mas, então, como fazer para se religar ao Deus verdadeiro? Se apenas o Filho sabe quem é o Pai, a busca para se religar ao Criador do universo deveria ser realizada pela ausência de valores a respeito de Deus. Ou seja, as religiões deveriam nos religar ao nada. Elas podem nos ligar ao amor sublime, à justiça perfeita, à causa primária de todas as coisas, pois essas características do Senhor foram ensinadas pelo Filho, mas não deveriam nos ligar a mais nada à respeito de Deus.

Usar uma religião para buscar a Deus é usar caminhos que não leva a nada que seja conhecido, mas que sirva como entrega total e absoluta à força universal, sem conhece-la. Esse deveria ser o trabalho de cada religião para aproximar o ser universal do Pai. Ela deveria servir para religar cada encarnado ao Todo universal e não às particularidades que as religiões defendem.

Só o fato delas se considerarem separadamente umas das outras já divide Deus, o Indivisível. É por isso que a grande marca do novo mundo será o fim das religiões, das religações à concepções de Deus e a criação da verdadeira religião: o deusismo, a religação ao Deus verdadeiro.

Para desmistificar uma religião é preciso antes de tudo alcançar o fim dos evangélicos, dos espíritas, dos católicos, dos islamistas como unidade. Não o fim de cada uma delas, mas o fim da religação com as particularidades do Senhor criadas por cada uma delas. Isso se faz tornando-se antes de tudo deusista ...

Umbanda sem misticismo - texto

O humano não chega a Deus

Participante: mas, o ser humano não está pronto para abandonar a sua doutrina e se juntar numa só religião.

Concordo com você. Por isso Paulo afirma que o ser humano é o inimigo de Deus, já que não está disposto a buscar realmente a Deus.

Agora, me desculpe, mas você não é um ser humano. É um espírito que está humanizado.

Participante: pode ser, mas na realidade o que temos hoje na Terra é uma luta onde o ser humano busca provar que a religião é a perfeita. Isso inclusive tem levado a criação de guerras ...

Perfeito, mas isso faz parte do momento atual: o fim do mundo de provas e expiações.

Participante: tudo bem, mas por esse motivo acho que vamos demorar muito a nos reformamos.

Sabe quanto tempo de leva para reformar alguma coisa? Um segundo. Em um determinado momento estava de um jeito; um segundo depois se está diferente.

O processo que você acha necessário para que haja uma mudança não existe. As coisas mudam de segundo a segundo.

Cada micro fração de tempo é uma vida. Ela começa e acaba quando o presente vai para o passado. É por isso que afirmo que a vida só dura um segundo. O que vocês chamam de vida, a idade, na verdade soma bilhares de vidas.

O problema é que vocês acham que nasceram há cinquenta anos atrás, mas isso é ilusão. O ser humanizado nasce no segundo que começa e morre quando ele acaba, para renascer no próximo. Isso porque só existe o presente: o passado, acabou; o futuro, ainda não chegou.

Isso é o que descreve a espiritualidade como a ausência de tempo do mundo espiritual. A ausência de tempo na espiritualidade é a consciência de que só existe o momento atual e não um correr de presentes.

Só que você falou uma coisa perfeita: o ser humano não está preparado para chegar a Deus por esse caminho. Realmente não está. Sabendo disso, se você quer chegar lá, a primeira coisa que precisa se conscientizar é de que não é um ser humano. É um espírito vivendo uma encarnação. O que chama de ser humano é a sua encarnação e não você mesmo.

Na hora que há essa consciência, é capaz de chegar a Deus. Agora, enquanto se ver como humano, o sistema humano de vida não lhe deixa chegar lá.

Afirmo isso porque o sistema humano de vida é individualista e busca conquistar a fama, ou seja, querer ser considerado sempre o certo. Essa é a base da vida de um ser humano e por isso ele não aceita a submissão a Deus.

Por isso, quando falamos em desmistificar uma religião temos que começar desmistificando a nós mesmos. Pare de se acreditar humano, porque você não é. Quando fizer isso, tudo na sua vida muda. Quando ver a sua existência como uma encarnação, tudo o que tem valor hoje deixará de ter e novos valores aparecerão.

Umbanda sem misticismo - texto

Não se chega a Deus pela razão

Portanto, a religião deveria nos levar a religar ao verdadeiro Deus. Mas, o que será religar-se a Ele? O que é religar-se a Deus?

Participante: é religar-se a algo que não sabemos o que é. Para isso precisamos deixar de acreditar no que acreditamos.

Perfeito. É preciso se libertar de todas as crenças para poder se religar a Deus porque enquanto souber alguma coisa Dele, se religará ao que acha que é Deus.

Se não posso me apegar ao que acho, o que é o que sabemos? O que é o que você sabe sobre alguma coisa?

Participante: é uma concepção ...

Sim, mas é uma concepção que nasce de onde? De onde nascem as suas concepções?

Participante: da criação?

Não. Dois filhos criados do mesmo jeito possuem concepções diferentes sobre diversos assuntos.

Participante: da minha inteligência?

Sim. Como é que você chama a sua inteligência? Razão. Portanto, se não pode se ligar a nada que conheça, a sua ligação não pode ser racional.

Ninguém pode buscar a Deus através da razão. Se fizer isso não encontrará o Senhor do universo, mas apenas a concepção racional que faz do Pai.

Tendo essa consciência, podemos agora ampliar um pouco mais nosso trabalho de desmistificação. Não são apenas as religiões que possuem deuses diferentes, mas cada ser possui um deus próprio. Cada mente humana possui uma concepção racional diferente do que é Deus e por isso cada um tem o seu próprio.

Deixando-se guiar pela sua razão, o ser humano entra, como já foi falado hoje, em conflito. Faz isso porque como quer a fama, ele insiste que o seu Deus é o certo e quer provar isso ao outro destruindo a ideia dele. É isso que explica a existência de diversas correntes dentro da mesma religião. Grupos de pessoas possuem concepções diferentes de Deus e querem provar que elas é que estão certas.

Só que não podemos parar aqui. O que a realidade nos mostra é que mesmo dentro das correntes existem discussões sobre o que é Deus. Isso ocorre porque cada ser humano busca se religar a Deus através da sua razão. Por isso todos acabam se religando ao seu Deus e não ao Senhor do universo.

Umbanda sem misticismo - texto

A religação é feita pelo amor

Acho que facilitei a resposta à pergunta que fiz: como se religar a Deus. Através da razão não é. Como, então?

Participante: pela intuição?

Desculpe, mas a sua intuição passa pela sua razão.

Participante: pela emoção?

O mundo é dividido em racional e emotivo. Se não é pela razão, tem que ser pela emoção. Mas, o que é emoção?

Participante: os sentimentos?

Se a busca deve ser emotiva, se não pode ser pela razão, ela tem que ser realizada pelo coração.

Cristo fala que o problema não é o que sai da boca, mas o que sai pelo coração. Diz isso porque o que sai daí chega a Deus.

Portanto, basicamente, uma religião deveria ser um movimento que objetivasse sintonizar você ao padrão vibracional do Senhor do universo. O padrão vibracional que falo é o sentir. As religiões deveriam ser um trabalho que levasse vocês a sentirem as coisas como Deus sente.

A religião deusista é aquele que não lhe leva a Deus pela razão, mas pelo coração. O que Deus sente?

Participante: amor ...

Perfeito. Portanto, a religião deusista é aquela que não lhe ensina coisas racionais, mas aquela que lhe ajuda a amar. Essa deveria ser a missão de qualquer uma das religiões que existem hoje. Se elas se dizem instrumentos de religação com o Senhor do universo, deveriam se concentrar em ensinar seus fiéis a amarem, a tudo e a todos. É isso que elas fazem?

Participante: não. Ensinam a amar aqueles que são da religião e a não gostarem dos que não são.

Elas não ensinam nem a amar os que são da religião. O que ensinam é a amar a própria religião. Por isso afirmo que servem apenas como religações a si mesmas.

Umbanda sem misticismo - texto

As religiões deveriam ser amorosas

Quem foi Cristo? Segundo João, quem foi Cristo?

Participante: o verbo ...

O que é um verbo? Quem aqui entende de português?

Participante: a ação.

Sim, o verbo é a ação de uma frase.

Portanto, Cristo foi a ação. Que ação ele fez?

Participante: amou ...

Por isso afirmo que Cristo foi a ação do amor.

Pouco me importa o que foi Cristo como homem, o que é como espírito. O importante para quem quer amar é entender que ele foi a ação do amor. Cristo é o amor em ação.

A partir dessa consciência, pergunto: quem deveriam ser os cristãos? Aqueles que seguem uma doutrina cristã? Não. Aquele que amam como Cristo amou. Na verdade não deveriam existir cristãos, mas amorosos.

Quem acha que ser cristão é ser de Cristo racionalmente, seguindo uma ou outra religião, não vê que ainda possui um ídolo, um bezerro de ouro. Cristo jamais aceitou a idolatria a ele mesmo. Sempre disse que fazia a vontade do Pai. Os cristãos, para chegar a Deus deveriam ser deusistas, mas como não sabem o que é Deus, basta serem amorosos.

Não deveriam existir religiões cristãs, mas amorosas. Não deveriam existir religiões islâmicas, hinduístas, espíritas, mas amorosas. Isso porque a função básica de uma religião é ajudar a colocar o verdadeiro amor, o incondicional, aquele que se dirige a todos e a tudo, em prática. Deveria auxiliar seus fiéis a terem a ação amorosa.

Participante: a razão pode ser instrumento do amor?

Jamais. A razão não pode amar. Vamos falar disso agora.

Umbanda sem misticismo - texto

Mais sobre as religiões

Participante: até agora estávamos querendo chegar a Ele através de outros ensinamentos.

Sim, porque até agora foram religiosos de outras religiões.

Participante: não, sempre buscamos o Deus único.

Com certeza, não. Se você segue a doutrina espírita chegará apenas ao deus dessa doutrina.

Participante: não, essa doutrina leva ao Deus único.

Participando da doutrina espírita, claro que você acredita em reencarnação. Será que Deus acredita nisso? Já perguntou a Ele para saber?

Veja como você chegará a um deus diferente do das outras religiões. O Deus católico com certeza não acredita em reencarnação. Só que você acredita que o seu Deus acredita em reencarnação. Por que isso? Porque o seu deus está preso à sua doutrina.

Por isso que o seu apego à uma doutrina religiosa o levará apenas a um deus presumido.

Participante: mas, se os católicos acreditam na passagem onde Cristo encontra Isaac e Abraão, eles têm que acreditar na reencarnação.

Não. Eles creem na ressurreição e não na reencarnação.

Participante: nesse caso houve apenas uma troca de nomes ...

Desculpe, mas se você for buscar conhecer a doutrina, verá que são coisas completamente diferente.

Na verdade o que precisamos para esse trabalho é compreender que cada religião possui uma verdade e diz que a sua é real. É por isso que as duas nunca estão certas.

O diálogo que tivemos é motivado por uma coisa: toda religiosidade é vivida com paixão. É a paixão que lhe leva a dizer que a sua religião possui a verdade.

Vou falar um pouco mais de religião, mas antes deixem-me dizer algo bem claramente. Eu não estou falando mal de qualquer religião, mas da doutrina que foi criada por humanos a partir dos ensinamentos dos mestres.

Cristo, por exemplo, trouxe diversos ensinamentos. Eles são caminhos para o ligar-se a Deus. No entanto, o homem cria uma doutrina cristã, ou seja, um conjunto de princípios que utiliza os ensinamentos, mas que normalmente não possui a mesma intencionalidade dada pelo mestre. Da mesma forma, o Espírito da Verdade trouxe ensinamentos e o homem criou a doutrina espírita.

Ouça isso:

Como especialidade, o Livro dos Espíritos contém a doutrina espírita; como generalidade, prende-se à doutrina espiritualista, uma de cujas fases apresenta. Essa a razão porque traz no cabeçalho do seu título as palavras: Filosofia espiritualista.

Esse texto está na introdução I de O Livro dos Espíritos.

Cada religião é uma especialidade de algo maior, que é o viver para Deus. O espiritismo é uma das etapas do espiritualismo, assim como o cristianismo, o islamismo e o evangelismo. Era assim que Kardec encarava a doutrina espírita. No entanto, se você for a um centro ouvirá que o evangélico não consegue chegar a Deus porque não conhece o processo encarnatório, não dá passe, etc. Mas, o evangélico conhece a Bíblia melhor do que os espíritas. Isso não é ser etapas que compõem um todo?

Portanto, uma coisa é o ensinamento, outra é a doutrina criada a partir dos textos. Quando a doutrina se diz detentora da verdade, parte única do caminho a Deus, se separa do espiritualismo e com isso não mais serve para esse fim. Para de servir para o encontro com Deus e torna-se num caminho encontrar-se com o deus que ela cria.

Participante: quem é o Espírito da Verdade que responde as questões de O Livro dos Espíritos?

Boa pergunta.

Participante: ele não é meio prepotente?

Não, ele fala por autoridade moral, não por prepotência. Se quisermos analisar dessa forma, teremos que dizer que Cristo também era prepotente, pois ele disse que era o único caminho para Deus.

Apesar das palavras deles poderem parecer presunção, não há isso, porque os mestres são acima de tudo amorosos. As palavras que eles proferiram eram ditas com amor no coração. Portanto, não é presunçoso, mas tem ascendência moral para falar.

Voltando à sua primeira pergunta (quem é o Espírito da Verdade), se você observar o livro, verá que nele se encontra palavras de diversos espíritos. Por isso lhe digo que o Espírito da Verdade não é um ser, mas um colegiado de seres. Chamamos esse colegiado de ‘Academia Superior de Ciências Espirituais’. São aqueles seres subordinados a Cristo que receberam a missão de divulgar ensinamentos.

 Participante: e Kardec, é o Consolador prometido?

Não, o consolador é o próprio Espírito da Verdade, essa plêiade espiritual que respondeu às questões de O Livro dos Espíritos. Kardec foi o burocrata da religião espírita. Ele foi a pena que escreveu as respostas trazidas pelo Consolador.