O novo acordo - Carta aos Coríntios 2

Os sofrimentos de Paulo como apóstolo

Repito: ninguém pense que estou louco. Se pensam isso, então que me recebam como louco para que assim eu possa sentir um pouco de orgulho. De fato o que estou dizendo não é o que o Senhor me mandou dizer. Sobre esse assunto de orgulho, estou realmente falando como louco. Desde que há muitas pessoas que se orgulham por motivos aparentemente humanos, eu também vou me sentir orgulhoso. Vocês são tão sábios e suportam de boa vontade os loucos! Toleram os que mandam em vocês e os exploram, os que enganam, os que tratam com desprezo e os que lhes dão bofetadas. Tenho até vergonha de confessar que nós fomos tímidos demais para agir assim!

Mas, se alguém se atreve a se orgulhar de alguma coisa – é claro que estou falando como louco – eu também me atrevo. São hebreus? Eu também. São israelitas? Eu também. São descendentes de Abraão? Eu também. São servos de cristo? Mas, eu sou um servo melhor do que eles, embora fale co9mo se fosse louco. Pois tenho trabalhado mais do que eles e tenho estado mais vezes na prisão. Tenho sido surrado muito mais do que eles e muitas vezes quase morri. Cinco vezes os judeus me deram trinta e nove chicotadas. Três vezes fui surrado com vara pelos romanos e uma vez fui apedrejado. Três vezes o navio em que estava viajando afundou e numa delas passei vinte e quatro horas no mar. Nas muitas viagens que fiz, tenho estado em perigo de inundações e de ladrões; em perigos causados pelos meus patrícios judeus e também pelos não judeus. Tenho estado em perigos nas cidades, nos desertos, e em alto mar e em perigos causados por falsos amigos. Tenho tido trabalhos e canseiras. Muitas vezes tenho ficado sem dormir. Tenho sofrido falta de comida, agasalho e roupa. Além de outras coisas, ainda pesa diariamente sobre mim a preocupação que tenho por todas as igrejas. Quando alguém está fraco, eu me sinto fraco também; e, quando alguém cai em pecado, fico muito aflito.

Se tenho que me orgulhar, então me orgulharei daquilo que mostra como sou fraco. O Deus e Pai do Senhor Jesus, o Deus que é bendito para sempre, sabe que não estou mentindo. Quando estive na cidade de Damasco, o governador, que governa em nome do rei Aretas, pôs guardas nos portões da cidade para me prenderem. Porém os meus amigos me fizeram descer num grande cesto por uma abertura da muralha e assim escapei. (Capítulo 11 – versículos 16 a 33)