O novo acordo - Carta aos Coríntios 2

Paulo muda os seus planos

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É disto que temos orgulho: a nossa consciência nos afirma que a nossa maneira de viver, especialmente em relação a vocês, tem sido dirigida pela franqueza e sinceridade que Deus nos dá e também pelo poder da Sua graça e não por sabedoria humana. Pois escrevemos a vocês somente o que podem ler e entender. E espero que cheguem a entender completamente o que agora entendem só em parte, para que, no dia do Nosso Senhor Jesus, tenham orgulho de nós como nós temos de vocês. (Capítulo 01 – versículo 12 a 14)

Paulo deixa bem claro neste trecho: ele não está dizendo tudo o que aprendeu. Isso porque o povo daquela época não tinha capacidade e conhecimento para compreender tudo. Mesmo o que fala, reza para que seja compreendido, mas tem a certeza de que não será totalmente.

Sendo assim, o que estamos fazendo aqui é simplesmente atualizando o estudo de Paulo para a compreensão de hoje. Ao mesmo tempo, estamos falando de mais coisas que vocês ainda não compreendem.

Apesar de afirmar isso, tem algo que quero deixar bem claro: esta atualização é para os dias de hoje... Este estudo ainda não está completo. Nos ensinamentos de Paulo ainda existem coisas que vocês não tem condições de saber.

Eu estava tão certo de tudo isso que no início resolvi ir visitar vocês para que pudessem ser abençoados mais uma vez. Porque estava pensando em visitá-los de passagem à Macedônia e também na volta, para conseguir ajuda para minha viagem à Judéia. Será que fui imprudente quando decidi fazer isso? Será que faço os meus planos como um egoísta que diz sim, sim e não, não ao mesmo tempo? Em nome de Deus, que é verdadeiro, o que prometi a vocês não foi um sim e um não, ao mesmo tempo. Porque Jesus Cristo, o Filho de Deus, que foi anunciado entre vocês por Silas, Timóteo e por mim mesmo, não é sim e não ao mesmo tempo. Ao contrário, ele é o Sim de Deus porque é o Sim de todas as promessas de Deus. (Capítulo 01 – versículo 15 a 20)

O sim neste texto pode ser entendido como a certeza, a verdade, a razão.

Os ensinamentos de Cristo não são dúbios ou seja, usa-os agora e não os usa depois. Os ensinamentos do mestre são para ser usados sempre. Os ensinamentos de Cristo não podem perder valor jamais. Eles jamais mudarão de certo para errado.

Portanto, não se pode escolher o que ser usado no ensinamento de Cristo: tem que se usar tudo em todos momentos e para todos, inclusive para si mesmo, ou não usar nada.

Por isso dizemos amém, e por meio de Jesus Cristo, para a glória de Deus. Porque é o próprio Deus quem nos dá a certeza a nós e a vocês de estarmos unidos com Cristo. E foi Deus quem nos separou para si mesmo. Como dono, pôs a sua marca em nós e colocou o Espírito Santo em nossos corações, como garantia de tudo o que Ele tem para nós. (Capítulo 01 – versículo 20 a 22)

A missão de cada espírito é dada por Deus e cada um é escolhido pelo próprio Deus e é ligado ao Mestre que o ajuda a cumprir a missão. É isso que está dizendo Paulo.

Portanto, quem não tem missão que não se arvore em querer assumir missões. Pois se não a tiver não conseguirá fazer nada.

Eu chamo a Deus como minha testemunha; Ele conhece meu coração! Foi para evitar aborrecimentos a vocês que resolvi não ir à cidade de Corinto. Não estamos querendo impor o que vocês devem crer, pois estão firmes na fé. Ao contrário, estamos trabalhando com vocês pela felicidade de vocês mesmos. (Capítulo 01 – versículo 23 a 24)

Essa carta de Paulo é uma retratação ou um pedido de paz.

Há uma carta, que não está na Bíblia, que foi muito mal recebida pelo povo de Corintos. O povo não gostou e ficou chateado com Paulo. Por isso o apóstolo diz agora: eu não fui para evitar problemas a vocês.

Isso é uma coisa que precisamos começar a entender bem: se preocupar com os outros.

Sabe, o ser humano costuma desafiar as outras pessoas para fazer o que ele gostaria de fazer. Faz isso, até em nome de um falso amor ao próximo, sem se preocupar com quem vai receber. Ele só pensa em si mesmo, no que quer, no que acha certo, no que imagina ter que fazer...

É preciso começarmos a colocar o amor ao próximo em ação doando a razão. Não devemos querer nos impor aos outros, mesmo que isso seja, humanamente falando, certo ou indicado. Não devemos querer impor a nossa vontade ao próximo jamais...

Se o que imagina certo dizer vai causar mal ao outro, cale a sua boca. Se aquilo que você tem a dizer vai afetar o próximo não faça... Para que fazer? Só para você ter prazer? Que amor é esse?

Muita gente briga com o outro dizendo que faz isso porque ama, porque gosta e porque quer 'endireitar o outro'... Mas, que amor é esse? Que amor é esse que precisa se impor ao outro? Para mim isso não é amor, é posse.

Portanto, o que Paulo fala nesse pedacinho é o que falamos sobre o nome de doação à razão.

Eu resolvi que não me encontraria mais com vocês para entristecê-los. Pois, se eu os entristeço, quem os alegrará? Somente vocês, a quem tenho entristecido! Foi por isso que escrevi aquela carta. É que eu não queria ir e se entristecido pelas próprias pessoas que deveriam me alegrar. Pois tenho a certeza de que quando estou feliz, vocês também estão. (Capítulo 02 – versículo 01 a 03)

Outra coisa importante: a sua felicidade deve nascer da felicidade dos outros. Ela não deve ser plantada em cima de sofrimentos alheios, o que é muito comum.

Por achar-se certo, por imaginar ter a razão, o ser humano briga com o outro e fica feliz porque venceu (teve a razão) e o outro que se dane. Isso é amor?

Não, a sua felicidade não deve nascer da vitória sobre o outro, mas sim da felicidade que for capaz de fazer o outro sentir.

Essa é a felicidade pura: a felicidade sem prazer e sem satisfação.

Escrevi aquela carta muito preocupado e triste e com muitas lagrimas. Porém não escrevi para entristecê-los, mas para que soubessem como amo todos vocês. (Capítulo 02 – versículo 04)

Paulo está falando da carta que não está na Bíblia. Nela ele brigava muito com o povo de Coríntios.

Brigar também pode ser vivenciado com amor, viu?