Renovação da fé
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Renovação da fé

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Joaquim fala do que é necessário para renovar a fé (confiança e entrega a Deus) necessária para a elevação espiritual.

Renovação da fé

Jesus

O novo tempo no planeta já chegou, já começou. Hoje ele está nas mãos de Nossa Senhora. A Mãe Santíssima é que presidirá a renovação do planeta e da fé. Como pertencentes ao exército Dela, então, precisamos falar dessa renovação da fé.

Para falarmos ela vamos entender um ensinamento de Jesus.

Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém chega ao Pai se não for através de mim.

Alguém já ouviu essas palavras? Quem disse?

Participante: Jesus.

Pergunto: quem é Jesus?

Jesus é um espírito elevado, um santo, um filho de Deus. Não é isso? Para vocês sim, mas será que é isso mesmo? Vamos ver.

Como ele pode ter sido um espírito elevado, se o ser espiritual não tem nome, cor, sexo, religião, raça, idade? O espírito é eterno, é amórfico.

Ora se o ser universal não tem nada disso, volto a perguntar: quem foi Jesus? Vou responder.

Jesus foi o nome de uma vida de um espírito.

Aqueles que acreditam na reencarnação sabem que hoje vivem com um nome, mas em outras já viveram com nomes diferentes. Sabem que o nome pelo qual são reconhecidos numa vida não os designa, mas sim a encarnação que estão vivendo. É a partir dessa crença que devem acreditar com relação a Jesus.

Jesus foi o nome de uma encarnação de um espírito. Mas, há mais coisas que precisamos falar sobre isso.

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O verbo

Quem João diz no seu evangelho que foi Jesus, ou seja, a encarnação de um espírito elevado? O Verbo.

A partir disso afirmo que essa encarnação de um espírito elevado foi o Verbo que veio a carne. Mas, o que é o verbo? A ação da frase.

Portanto, a encarnação Jesus de um ser elevado foi uma ação. Ação de quê? Do amor.

A Boa Notícia do reino dos céus é que a vida humana (encarnação) deve ser fundamentada no amor a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Mas, como viver uma vida dessa forma? Vivendo como o Verbo, a ação do amor, viveu.

A encarnação Jesus foi a ação do amor, o Verbo. Aquele espírito elevado que vivenciou aquela encarnação foi o único que vivenciou o amor incondicional na prática.

Eu sou a caminho, a verdade e a vida. Ninguém chega a Deus a não ser por mim.

Quando o mestre ensina isso não está dizendo que para se chegar a Deus é preciso ser cristão. O que está falando é que para se chegar ao reino dos céus é preciso viver uma vida como ele viveu. É isso que ele quer dizer ao afirmar que é o caminho: se não se colocar o amor incondicional em prática durante a encarnação não se chega ao Pai.

Não se pode chegar a Deus por outro caminho que não seja a prática do amor: viver como Jesus viveu. Aquele que não consegue isso não chega ao Pai, pois a prática do amor (o Verbo) é o caminho, a verdade e a vida.

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Os instrumentos para conjugar o verbo

Eu sou a caminho, a verdade e a vida. Ninguém chega a Deus a não ser por mim.

Só vivendo como Jesus se chega a Deus. Mas, o que será viver como Jesus? Será que é abandonar tudo o que se tem (emprego, casa, família) e sair andando pelo mundo?

Entender perfeitamente como Jesus viveu é importante para descobrirmos o caminho para o reino do céu, para saber como chegar a Deus. A importância dessa compreensão existe porque esse é o objetivo da vida de todos os espíritos encarnados no planeta Terra.

Todos vieram aqui para buscar o reencontro com Deus, a unificação, a elevação. Ninguém vem aqui para ser bonito ou feio, rico ou pobre, famoso ou não famoso, para ser doutor ou analfabeto. Para ser qualquer outra coisa além de caminhar no sentido de aproximar-se do Pai.

Todos estão vivos para caminhar para Deus. Se esse é o motivo de estar vivo e a vida humana a base para esse caminhar, posso dizer que as coisas que acontecem durante a encarnação são instrumentos para esse fim. Se você é doutor é porque precisava disso para chegar a Deus, mas se é analfabeto, é porque não precisa disso para essa aproximação.

Todos podem chegar a Deus durante a encarnação. Para isso dispõem daquilo que precisa: tudo o que acontece na existência, Ninguém precisa de nada diferente do que tem para fazer o trabalho da vida.

Se você é feio, é sinal de que a sua feiura é a sua necessidade para chegar ao Pai. Por isso, ao buscar a beleza estará rejeitando a feiura que o Pai. Desse jeito estará caminhando por um caminho que levará a um lugar diferente.

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Atire a primeira pedra quem nunca tiver pecado

Como viveu Jesus? Vamos começar sobre isso usando os ensinamentos que foram trazidos no Novo Testamento. .

Vocês viram na televisão alguém que tenha quebrado a lei? Alguém que tenha feito coisas que são contrárias às leis estabelecidas? Como você considerou essa pessoa?

Participante: culpado.

Por isso o condenou, não?

Sim.

Pois bem, como Jesus viveu quando teve o conhecimento de alguém foi acusado de estar violando uma lei? Alguém sabe?

Participante: está falando de Madalena?

Não, de outra mulher.

Estou falando da mulher adultera que foi pega em flagrante delito. O que ele fez quando ela lhe foi apresentada? Acusou, criticou? Não, ele perguntou aos que a acusavam: quem vai atirar a primeira pedra?

Nessa história bíblica uma mulher foi pega praticando sexo com outro homem que não seu marido. Os professores do templo levaram-na para Jesus e perguntaram: ‘nossa lei manda apedrejá-la. O que o senhor nos orienta a fazer’?

Sem interromper o que estava escrevendo no chão Jesus responde: ‘quem não tem pecado que atire a primeira pedra’. Quem nunca transgrediu uma lei que atire a primeira pedra.

O que aconteceu então? Ninguém condenou a mulher.

Viver como Jesus é viver sem condenar ninguém por nada. Quem condena alguém por alguma coisa, mesmo que seja pego em flagrante delito, não está conjugando o Verbo e por isso não está no caminho para a aproximação de Deus.

Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém chega ao Pai a não ser através de mim.

Ninguém chega ao Pai a não ser através do deixar de condenar mesmo aqueles que notadamente quebram os códigos de lei, individuais ou societários. Essa é a verdade.

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Todos podem fazer

Não adianta dizer que Jesus fez isso porque era um espírito superior e que nós somos inferiores. Se não somos superiores, precisamos chegar lá.

A vida humana é um instrumento para nos fazer caminhar na direção de alcançar a perfeição. Ou seja, a vida humana tem como objetivo fundamental a prática do amor universal, como o espírito que viveu a encarnação Jesus teve. Portanto, não justifica apenas dizer que somos inferiores e não tentar mudar.

Para isso é preciso colocar o amor em ação. Não ser o espírito, mas viver o Jesus: o Verbo, o amor em ação. E a ação do amor exige que não se julgue nem condene ninguém de nada.

Viver como Jesus acontecerá quando ao ser exigido que você dê uma condenação ou uma pena para uma pessoa, dizer: quem não tem pecado que atire a primeira pedra. Enquanto condenar alguém, for o primeiro a atirar a pedra, não se aproximará de Deus, como Jesus se aproximou.

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A crucificação

A partir do que falamos vocês podem me perguntar: ‘então, alguém pode tirar a vida de outro e não posso condená-lo por isso’? Jesus a essa questão? Sim. Vamos ver o que a vida Jesus fez em um momento como esse.

A vida Jesus deu a resposta a essa questão quando vivenciou o perdão que foi conferido a Barrabás, o assassino, ao invés dela recebe-lo.

Para colocar o amor em ação e assim se aproximar de Deus o ser universal precisa, mesmo quando inocente, aceitar as suas crucificações, a condenação que os outros dão a ele.

Deixe-me explicar uma coisa. Jesus andou sobre a água, multiplicou os peixes, transformou água em vinho. Será que quem era capaz de fazer essas coisas não conseguiria fugir da cadeia e escapar da sua crucificação? Claro que sim.

Até Pedro foi salvo por uma legião de anjos, porque não Jesus? Por causa do papel da crucificação naquela existência caminho.

Aliás, falando em salvar-se, até Pilatos pergunta a ele: se é filho de Deus, porque Ele não manda uma legião de espíritos para salvá-lo? Resposta de Jesus: porque meu reino não é desse mundo. Se fosse, me salvariam.

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O Deus de quem ama

Portanto, Jesus aceitou sua condenação e execução porque seu reino não é desse mundo. Com isso nos mostrou que não viemos aqui para viver como um ser humano, preservando a vida carnal, mas para praticar o amor universal mesmo quando a existência está em risco.

Amar é entregar a sua própria vida em troca da salvação de um bandido, se for preciso. Quem ama pode fazer isso porque tem certeza que tem um Pai que gosta dele, que cuida dele, e jamais vai deixa-lo passar por um sofrimento que não seja necessário para a evolução do ser.

Quem ama tem a certeza que ninguém vai conseguir tirar a sua vida sem que o Senhor permita. E se permitir é porque aquilo é o melhor para ele.

Deus faz tudo acontecer, seja considerado bom ou mal: essa é a realidade que vive aquele que ama.

Aliás, é a verdade do universo. Se não for, o deus em que vocês acreditam, aquele que é capaz de ver alguém tirar a vida de uma pessoa sem que possa fazer nada para defende-la, é muito fraco, pois se sujeita ao que o homem quer.

Deus comanda todas as coisas do universo. Jesus diz isso também: vocês não podem fazer um fio do cabelo de vocês ficar branco.

Dizia mais: faço as coisas em nome do meu Pai. Quando Lázaro, amigo de Jesus, foi declarado morto o espírito elevado disse: ele não morreu; está desse jeito para que a glória de Deus se faça através de mim.

Realmente Lázaro não havia morrido. Estava desligado do corpo para que no momento que Jesus se aproximasse o Pai o religasse e assim demonstrasse que essa encarnação foi a prática do amor.

Quem desligou Lázaro? Quem o ligou? Deus. O Senhor pode tudo. Não cai uma folha da árvore sem o que o Pai faça cair.

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Quem ama não precisa se defender

Viver como Jesus colocando o amor em ação, portanto, é saber que não acontece nada que não seja feito por Deus. É saber que tudo que acontece na existência do ser humano é feito pelo Pai através do seu faça-se. Ou se tem essa crença ou se imagina que Jesus está errado, pois ele disse isso.

Essa compreensão é importante para poder amar. Enquanto o ser achar que os outros são capazes de agir livremente, acreditará que precisa se defender dele. Essa defesa é feita atacando primeiro.

Colocar o amor em ação é não ver nada errado. Sim, não existe nada errado nesse mundo porque é Deus que faz tudo acontecer.

Não existe ninguém culpado de nada, pois ninguém faz o mal. Todos agem sob a ordem de Deus e por isso é perfeito.

Ninguém age de uma forma porque não gosta de mim nem para me punir ou machucar. Tudo que todos fazem é justo porque a fonte, Deus, é a Justiça Perfeita. Por isso aquele que vive amando sabe que só recebe o que merece.

Como Ele, a Fonte de tudo, também é o Amor Sublime, o que as pessoas fazem são atos amorosos por mais que o ser encarnado ache que há raiva, inveja ou outras emoções. Por isso aquele que vive uma encarnação idêntica à Jesus, sabe que o que acontece não é fruto de uma emoção negativa nem para prejudica-lo ou feri-lo. Sabe que tudo é fruto do amor de Deus dando ao ser encarnado uma chance para colocar o Verbo em ação e com isso elevar-se espiritualmente.

É isso que é uma vida humana amando e foi assim que Jesus viveu.

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Quem ama não sofre

Jesus não sofreu na cruz, nem podia. Ele sabia que a sua encarnação teria aquele fim. Será que é possível provar isso? Vamos ver.

 Quase ao final da última ceia Jesus fala para Judas: amigo, faça logo o que tem para fazer. Ele sabia que Judas o iria trair e no que resultaria essa traição. Apesar disso o mandou ir logo e fazer. Falou assim porque sabia da necessidade da sua encarnação ter o fim que teve.

Sim a encarnação Jesus precisava acabar na cruz. Se tivesse morrido velho deitado na cama, hoje não seria mais lembrado. Aliás, ele foi o único rabino de Israel que foi crucificado. Nenhum outro foi.

Eu sou o cainho, a verdade e a vida. Ninguém chega ao Pai a não ser por mim.

Ninguém chega ao Pai sem passar por suas situações de sofrimento como Jesus passou. Ele vivenciou os momentos negativos de sua existência sem xingar a Deus, sem reclamar do mundo: ‘que coisa horrível, que miséria, Deus esqueceu de mim’. Não, só se chega a Deus passando por essas situações dizendo: ‘glorifica o seu nome em mim, Pai’. Foi isso que ensinou Jesus.

Ele estava conversando com os discípulos e falou da sua futura crucificação. Ao fazer isso disse: ‘que posso dizer sobre isso? Sinto uma grande aflição nesse momento, mas o que vou fazer? Será que vou dizer, Pai afasta de mim esse cálice? Não posso dizer isso porque sei que vim aqui para viver o que está acontecendo. Por isso digo: Pai glorifica seu nome em mim’. Nesse momento se ouve uma voz vindo do céu diz: já glorifiquei, filho, segue a sua caminhada.

É assim que precisamos viver se quisermos ter uma vida que seja caminho para a aproximação do Pai. Aquele que se lamenta, chora, briga com Deus na hora que acontece o que não quer, não ama verdadeiramente. Só aquele que nesses momentos pede ao Pai para glorificar o nome Dele em si e que sabe que nasceu para viver aquilo, ama universalmente.

Isso é o caminho, a verdade e a luz; isso faz chegar a Deus. Enquanto o ser passar por uma situação de sofrimento chorando, acusando o outro, brigando contra Deus (‘eu sou um pobre coitado’) não consegue chegar a Ele.

Saiba que o Pai não colocou ninguém nesse mundo para ser infeliz, apesar de muitos imaginarem que sim. Ele colocou todos para aprenderem a glorificar o nome do Pai a qualquer momento, mesmo que esteja vivendo situações de sofrimento de carência.

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O amor e a lei

Eu sou o caminho a verdade e a vida. Ninguém chega ao Pai a não ser através de mim.

Um homem estava cego. Jesus molhou os seus dedos com saliva e esfregou no olho do homem. Ele voltou a enxergar.

Conhece essa história? Ela é importante para quem quer viver uma vida que seja o Verbo porque é por causa disso que o mestre é condenado a cruz. Jesus não foi condenado por ter curado a cegueira de um homem, mas por realizar esse milagre em um sábado.

Os sábados para os judeus, pátria de Jesus, é o dia da semana no qual não se pode fazer nada. Nem comer. O judeu precisa guardar o sábado, ou seja, ficar deitado na cama, para glorificar a Deus.

Só que Jesus fez cura nesse dia. Além disso, em outra oportunidade, ele e seus discípulos se alimentaram também nesse dia.

Sabendo da lei, porque Jesus agiu assim nessas duas oportunidades? O que quis ensinar com isso? Que não é preciso seguir lei alguma, pois ele não as seguiu? É isso?

Sim ele quebrou uma lei. Aliás, quebrou outras mais. Como estudando a vida dele para saber como viver igual, pergunto: o meio de chegar a Deus é quebrando a lei? Claro que não. Vamos entender isso.

Aqui há muita gente sábia, por isso queria fazer uma pergunta: quais são as leis de Deus?

Participante 1: os dez mandamentos.

Se as dez leis de Moisés é o todo do código divino, para que o espírito elevado veio a terra. As leis já haviam sido transmitidas. Não havia necessidade de viver uma encarnação Jesus.

Jesus disse o seguinte quando perguntado sobre a lei: ‘da lei não se tira uma vírgula nem um ponto da lei. Eu não vim para alterar a lei, mas para trazer o real sentido dela’.

O real sentido da lei que Jesus trouxe é: ame o outro como ama a si mesmo que assim jamais fará o que a lei proíbe.

É preciso compreender que só deixar de fazer alguma coisa para cumprir uma lei não adianta de nada. É preciso deixar de fazer por amor ao próximo e por si mesmo.

Seu eu quiser matar alguém, mas não fizer porque é proibido pela lei, nada importa no sentido de aproximar-se de Deus. Apenas por querer já feri a lei do amor e com isso me afastei Dele. .

É por causa desse novo sentido que Jesus quebrou a lei, sem quebra-la na verdade. Por amor ele curou o cego, por amor alimentou a si e aos seus discípulos num sábado. Ao fazer isso deixou bem claro que não se deve seguir a lei por obrigação e que por amor pode-se inclusive não se submeter a leis.

Paulo diz que a lei foi dada enquanto éramos crianças. Agora que somos adultos podemos compreender o significado da lei. Esse significado é o seguinte: ame que mesmo que aparentemente esteja quebrando a lei, jamais estará mesmo. .

É por causa disso que quando os fariseus questionaram o que Jesus fez ele disse: vocês não sabem o que Deus quis dizer nas sagradas escrituras quando fala que não quer que queime incensos em seu louvor, mas que sejam bondosos verdadeiramente.

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O amor e a intencionalidade

E você, queima incensos ou é bondoso verdadeiramente? Segue a lei irrestritamente ou ama incondicionalmente?

‘Olha Deus, como sou bonzinho: nunca matei ninguém, mas queria matar muita gente. Olha como sou bonzinho: nunca roubei nada de ninguém, mas desejei tudo o que eles têm’. Isso é querer se mostrar para Deus, acender incensos a Ele.

Quando o ser humanizado deseja uma coisa do outro está colocando uma energia negativa tão grande que era melhor aquele lhe dar aquilo logo. Com certeza o seu desejo pelo que ele tem negativa o que é desejado.

É isso que precisamos entender para poder viver com a mesma emoção que Jesus viveu. Não adianta só não fazer: é preciso que não queiramos fazer. É preciso não nutrir emoções ligadas a fazer aquilo.

Enquanto o ser quiser matar alguém e não cometer o assassinato, não melhorou nenhum um pouco no sentido da aproximação de Deus. Para chegar ao Pai é preciso apenas intencionar viver o amor e não desejar nada.

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O amor e o gosto dos outros

O ser, para aproximar-se de Deus, tem que amar o próximo do jeito que ele for, sem julgar, condenar ou aplicar qualquer penalidade a ele. Mas, deve ainda não querer mudá-lo para sentir-se feliz.

Todos viemos a esse planeta para mudar nosso jeito de ser. No entanto, vivemos querendo mudar a todos e a tudo.

Aquela pessoa ali está vestindo uma blusa verde. Se outra pessoa não gostar dessa cor, dirá ou pensará, não tem diferença entre uma e outra coisa no tocante a aproximar-se de Deus, que ela não sabe escolher cor. Se tiver intimidade a criticará e fará força para que troque a blusa.

Vai fazer isso só porque ela não gosta de verde. Agora, se o outro gosta, isso não interessa.

Verde é uma cor do planeta. Como tudo que existe aqui é gerado por Deus. Sendo assim, como posso um simples ser pode dizer que uma cor é boa, bonita, e outra não? Se fizer isso com certeza estará ofendendo o Criador.

Aliás, amando a tudo, independente de gostar ou não, foi que Jesus viveu, não?

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Convivendo com o inimigo

Eu sou o caminho a verdade e a vida. Ninguém chega a Deus a não ser através de mim.

Tem alguém que você não gosta?

Participante: não.

Digamos que há uma pessoa que você não gosta. Pergunto: você iria a casa dela? Alguém aqui iria a casa do inimigo?

Estou falando em ir de peito aberto, com boa vontade, sem qualquer intenção e não para observar a casa dela e achar erros para poder criticar depois. Alguém iria?

Acho que não. Mas, Jesus foi jantar com as prostituas e os cobradores de impostos, pessoas de má fama, os inimigos do povo de então. Quando os fariseus e os seus próprios apóstolos cobraram dele essa ida, Jesus respondeu: ‘eu não vim para os sãos, mas para os doentes’.

Sabe o que é viver com amor? É saber que na vida deve conviver com os doentes e não os sãos. Veio para conviver com amor com o seu inimigo, com as pessoas que pensam e gostam diferente, e não com o amigo. Isso é ser cristão.

Você veio para fazer o que não gosta de fazer, pois isso é o seu inimigo, o doente. Enquanto escolher algo para fazer porque gosta e deixar de fazer outras porque não gosta, nem deixar os outros fazerem pelo mesmo motivo, não chega a Deus, porque o caminho para chegar é conviver com os doentes e não com os sãos.

Enquanto você afastar o inimigo da sua vida, não conseguirá viver uma encarnação Jesus, uma vida com amor.

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jesus e Paulo

Estamos falando da vida de Jesus e analisando a sua vivência como caminho para chegar a Deus. Só que há um detalhe: Jesus era judeu, descendente de David e Abraão. Era esperado por aquele povo para ser o Messias, o Salvador, um rei que os libertaria do império romano. Por causa disso, muito do que viveu estava ligado às tradições desse povo.

Jesus não nasceu para o povo ocidental. Muito do que ele viveu não consegue ser entendido pelo povo oriental por causa dessa descendência. Por isso, precisamos ouvir outra fonte que estivesse mais próximo desse povo.

O responsável para trazer o cristianismo para esse povo, raça a qual vocês pertencem, o jeito Jesus de viver foi Paulo, o Saulo. Ele era judeu, mas viveu muito com os povos romanos e por isso suas cartas tem mais empatia com o mundo ocidental.

Saulo é aquele que era professor da lei, que matava os cristãos no início do cristianismo e depois se converteu para os ensinamentos de Jesus. Essa conversão, segundo a Bíblia, ocorreu no mais alto céu, o que garante a fidelidade ao que foi ensinado por Jesus.

Por esse motivo as palavras de Paulo para vocês, os ocidentais, tem muita importância. Por isso peço que ouçam esse trecho da Carta aos Coríntios I com atenção.

Eu poderia falar todas as línguas que se fala na Terra e até no céu, mas, se não tivesse amor, minhas palavras soariam como o barulho de um gongo ou o som do sino. Poderia ter o dom de anunciar as mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, conhecer todos os segredos e ter toda a fé necessária para tirar as montanhas dos seus lugares; mas, se não tiver amor eu não seria nada. Poderia dar tudo o que tenho e até entregar meu corpo para ser queimado, mas, se eu não tivesse amor, isso não adiantaria nada.

O amor é paciente e bondoso. O amor não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Não é grosseiro nem egoísta. Não se irrita, nem fica magoado. O amor não se alegra quando alguém faz alguma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo. O amor nunca desanima, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência.

O amor é eterno. Há mensagens espirituais, mas durarão pouco. Existem dons de falar em línguas estrangeiras, mas acabarão logo. Há conhecimento, mas terminará também. Pois os nossos dons de conhecimento e as mensagens espirituais existem somente em parte. Mas, quando vier o que é perfeito, então o que existe em parte desaparecerá.

Quando eu era criança, a minha maneira de falar, de sentir e de pensar era de criança. Agora já sou adulto, não tenho mais essas maneiras de criança. O que agora vemos é como uma imagem confusa num espelho, mas depois veremos face a face. Agora conheço somente em parte, mas depois conhecerei completamente, assim como sou conhecido por Deus.

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor. Porém o maior desses é o amor.

(Carta aos Coríntios 1 – Capítulo 13 – 1 a 13)

Deu para compreender o que é viver amando? Vamos conversar tópico por tópico desse texto para nos aprofundarmos nisso.

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Falar

Eu poderia falar todas as línguas que se fala na Terra e até no céu, mas, se não tivesse amor, minhas palavras soariam como o barulho de um gongo ou o som do sino.

Não importa o que você fala, não importa quanta cultura e saber exista nas suas palavras, se ao falar não houver o amor, se não fizer a sua vida igual a de Jesus, o que for falado soará como algo estridente, incômodo de ser ouvido.

Gosto muito de ouvir as pessoas que têm o hábito de corrigir os outros. Eles demonstram, no entender deles, uma grande cultura, um grande saber. Até dizem que ensinam os outros por amor, mas isso não está presente naquela orientação.

Que amor é esse que leva a brigar e acusar o outro de alguma coisa. Quem ama não acusa ninguém por nenhum motivo. Quem ama não aponta erro de forma alguma.

Quem ama pode até orientar o outro, mas faz isso sem ataca-lo de forma alguma. Diz o que acha, mas dá ao próximo o direito de aceitar ou não a orientação.

Renovação da fé

Transmitir os ensinamentos

Poderia ter o dom de anunciar as mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, conhecer todos os segredos e ter toda a fé necessária para tirar as montanhas dos seus lugares; mas, se não tiver amor eu não seria nada.

De nada adianta pegar a Bíblia e sair ensinado o que foi ensinado pelos mestres. Se durante a pregação não houver amor por todos e por tudo, não se consegue ajudar ninguém a aproximar-se de Deus.

De nada adianta acusar a mulher ou homem que comete o adultério porque a Bíblia diz que é errado adulterar. Se isso acontecer o errado é quem está acusando, pois não está vivendo a pregação com amor.

Da mesma forma de nada dar o mais sábio conselho a alguém, se ainda se acha o que a pessoa faz errado ou pior. Conselho todos podem dar, mas precisam respeitar o direito do próximo ouvi-lo ou não.

De nada adianta se ter fé, entrega com confiança a Deus, se não amarmos a nós e a o próximo. A fé em Deus sem o amor ao próximo algo vazio, pois Deus é o próprio amor.

Só mais um detalhe. No caso desse ensinamento, as montanhas que minha fé pode retirar são os chamados problemas. De nada adianta se aconselhar os outros e com isso conseguir retirar os problemas da sua existência, se esse aconselho não for feito com amor: respeito à opinião alheia.

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Doação

Poderia dar tudo o que tenho e até entregar meu corpo para ser queimado, mas, se eu não tivesse amor, isso não adiantaria nada.

Não adianta se humilhar, ser submisso aos outros e dizer que com isso está seguindo os ensinamentos de Jesus. Se não houver amor por tudo e por todos, isso não tem o menor valor.

De nada adianta dar roupas para os pobres, cestas básicas. Esses atos caridosos perdem completamente o sentido se não forem acompanhados de amor ao próximo que está ajudando e a todos.

De nada adianta estender uma mão a quem precisa e ao mesmo tempo criticar quem não estende? Pode até ajudar aquele, mas a falta de amor incondicional a todos retira qualquer condição do aproveitamento da encarnação para se aproximar de Deus. Para isso é preciso dar sem criticar quem não dá.

Muitos dão a comida como obrigação ou para garantir o seu terreno no céu. Como não há amor, respeito ao outro, quando o ajudado vira as costas o chama de vagabundo, diz que deveria arrumar um emprego, ir trabalhar. Onde está a caridade num ato desse?

De nada adiantou o prato de comida doado. Aquele momento que por muitos é tratado como benevolente na verdade foi uma ação egoísta, pois não teve amor.

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paciência e bondade

O amor é paciente e bondoso.

Como já vimos, a presença do amor faz o ser aguentar tudo dos outros, sem crítica e sem chamar ninguém de errado. Aquele que ama e vive esse amor como estamos falando não é submisso. , mas amoroso. Ele não perde a razão para os outros: a doa.

Renovação da fé

Tomar conta da vida dos outros

O amor não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso.

Pois é, como tomamos conta da vida dos outros, não é mesmo? Como criticamos aqueles que não estão dentro da moda, ou melhor, dentro do que achamos que é moda.

Achamos que temos a obrigação de criticar todos aqueles que não tem o mesmo gosto que nós. Nos sentimos obrigados a isso porque achamos que o nosso é um bom gosto.

’Olha como ele é desarrumado, nem passa a roupa. ‘Olha aquele, vem para a casa espírita de short, que horror’. E não é só ateus que vivem assim. Muitos vão ao centro espírita ou a igreja e rezam o tempo inteiro, mas o olho está observando e analisando os outros para poder ‘comentar’ (acusar) as vestimentas dos outros.

Adianta ir a esses lugares? Claro que não. O templo é um local de religação com Deus, ou seja, um lugar onde devemos ir cônscios da necessidade do amor a todos.

Aquele que quer se aproximar de Deus precisa amar o tempo inteiro. Para isso precisa respeitar a liberdade dos outros terem suas próprias opiniões e gostos. Quem respeita isso, não acusa ninguém de nada.

Amar é não agredir ninguém, mas dar a cada um o direito de fazer o que quer. Isso é amor.

Para poder se alcançar esse respeito é preciso, como já comentamos, ter a consciência de que ninguém vai fazer qualquer coisa contra você. Mas, se mesmo consciente disso ainda sentir-se ferido por algum motivo, ter a consciência de que aquilo aconteceu porque era preciso e necessário.

Isso é amar. Isso é viver uma vida Jesus, como ele viveu.

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Judas

Um parêntese.

Já falamos por diversas vezes que ninguém faz nada contra outro e que todos estão sempre certos na sua concepção das coisas. Já que estamos vendo a Bíblia seria justo nos lembrarmos de um ser que até hoje é taxado como um traidor, um anti Cristo: Judas. Se ninguém faz nada de mal a outro, será que Judas traiu Jesus?

Não, Judas não foi um traidor. Ele foi o maior apóstolo de Jesus. Como já falei o que seria da missão Jesus Cristo se ele não tivesse morrido na cruz? O que seria da mensagem dele sobre a necessidade de vencer o sofrimento com o amor a Deus sem que tivesse aquele fim?

Muitos foram os apóstolos e discípulos de Jesus, mas o único que aceitou uma missão que o levou a ser criticado até hoje pelos encarnados por fazer o que precisava ser feito foi Judas. Pedro, aquele sobre quem Jesus fincou sua igreja, fugiu, não assumiu a missão e ainda por cima negou Jesus três vezes.

Judas não precisava das 30 moedas, porque era rico, mas aceitou passar por aquela situação porque amava Deus, Jesus e a todos nós, seus irmãos. Por esse amor, ele aceitou participar da dramatização que chamamos de traição de Jesus. Então, mesmo que fosse uma traição, o amor com o qual foi vivenciado o momento tornou-o amoroso.

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Não se irrita nem fica magoado

Não se irrita, nem fica magoado. O amor não se alegra quando alguém faz alguma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo.

Sim, o amor não se alegra quando alguém faz alguma coisa errada, mas isso não significa que ele fica triste. O amor nunca se entristece.

De nada adianta ficar triste por que alguém fez alguma coisa errada. De nada adianta se irritar, brigar, gritar, ameaçar, ficar magoado com aquela pessoa. Quem tem essa reação com quem faz algo errado não ama. Por não amar também está fazendo uma coisa errada.

Moça, sem nenhuma crítica, posso fazer uma pergunta a você que está sempre querendo dizer o que é certo?

Participante: pode.

Já conseguiu mudar alguém nessa vida? Quantas vezes já não tentou ensinar o certo as pessoas, quantas vezes conseguiu que elas mudassem o que pensavam?

Quantas vezes vocês já não aconselharam pessoas? ‘Não vai por esse caminho, pois é perigoso e não lhe levará a um resultado bom’. Falou isso com a melhor das boas vontades, mas mesmo assim as pessoas continuaram indo pelo caminho que estavam. Pois é, será que depois de tantos anos tentando mudar as pessoas ainda não entendeu que ninguém muda ninguém?

De nada adianta brigar com as pessoas para mudá-las, porque não vão conseguir nada. Por isso, ame a pessoa, seja qual for o caminho que ela esteja. Seja bondoso, não seja ciumento, raivoso, não tenha vaidade. É isso.

É preciso se conscientizar que não podemos exigir que as pessoas façam o que nós queremos, pois achamos que apenas o que acreditamos como certo é certo.

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Certo é o que cada um acha certo

É certo roubar?

Participantes: não.

Pergunte ao ladrão se não é. Ele terá mil razões para provar que está certo, que se deve roubar.

Ele dirá que não teve chance de estudar, que tem uma família grande que precisa sustentar, que a situação do país não o deixa encontrar emprego. Enfim, vai provar que precisar arrumar dinheiro de algum jeito e que só tem esse caminho para isso.

Por isso temos que dizer que roubar, pelo menos para o ladrão, é certo. E se para ele é certo, aquele que vive uma encarnação Jesus, que ama a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, precisa respeitar o direito dele roubar.

Não estou falando que o ladrão quando roubar ficará impune. Ele deverá sofrer todo o peso da lei. Mas o que ele não precisa nem merece é a sua crítica por roubar.

Adianta você ir lá e dizer para ele que não é? Claro que não. Ele dirá que você pensa assim porque tem emprego, porque teve chance de estudar.

Isso é que é ter uma vida Jesus, uma encarnação Jesus. Uma vida com amor é dar ao outro o direito dele estar sempre certo, mesmo que você tenha todos os argumentos para dizer que ele está errado.

Renovação da fé

O amor nunca desanima, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência.

Viver como Jesus é estar entregue na mão de Deus. Não qualquer entrega, mas sim uma entrega com confiança plena e irrestrita. Foi assim que Jesus viveu. Só que nós vivemos apenas confiando em nós mesmos, nos entregamos só a nós.

“Essa história de confiar em Deus é coisa de quem é fanático. Não posso confiar em Deus. Preciso comprar uma tranca para a porta, colocar cerca elétrica para poder me proteger’. Pois é, você coloca tudo isso e o ladrão entra mesmo assim, não. Adiantou confiar na segurança que o mundo oferece?

Até hoje não é na verdade do mundo que vocês se fundamentam? Não é na segurança que o mundo oferece (sistemas de segurança, cinto de segurança, emprego que paga melhor salário) que vocês confiam para serem felizes?

Deu certo? Acho que não, muitos estão sendo vítima da violência por aí diariamente, não? Com isso sofrem.

Tentem entregarem-se na mão de Deus. Quem sabe conseguem ter mais segurança e paz do que sente hoje? Se o caminho que viveram até hoje não deu certo, tentem alguma coisa nova, por mais absurda que pareça. Pode ser que dê certo.

O que Paulo nos diz nesse trecho é que o amor aceita tudo com fé, com entrega e confiança absoluta em Deus. Experimente amar, quem sabe consiga a felicidade que tanto procura.

É por causa dessa entrega que aquele que ama não acusa ninguém. Por confiar no Pai sabe que precisava passar por aquilo. Por causa da entrega com confiança não critica ou acusa os outros.

Que adianta rezar cinquenta ave-marias, cem pais nossos e mais duzentas outras orações se depois acha que precisa colocar uma tranca na porta porque apesar de toda essa ração ainda se sente desprotegido?

Renovação da fé

É necessário ter fé para ser Jesus

Alguém aqui já conseguiu perdoar 70 vezes sete? Mas, vocês se dizem cristão e Jesus disse que deviam fazer isso. Porque não fizeram? Porque não têm fé.

Alguém aqui já conseguiu dar a outra face quando agredido? Porque não, se dizem que estão buscando a Deus e Jesus ensinou que esse é o caminho? Porque não têm fé em Deus, mas nas coisas materiais. Confiam e se entregam a elas para serem felizes.

Alguém já viu uma pessoa rezar pedindo saúde? Muitas pessoas que se dizem cristãs fazem isso, não? Sempre rezam pedindo alguma coisa: dinheiro, emprego, um prato de comida.

O que é um emprego? Um bem material? Será que Jesus não disse que o aminho que leva ao Pai passa por juntar bens no céu, onde a traça não come, e não na Terra, onde tudo se deteriora? Como, então as pessoas podem rezar pedindo isso? Como, então as pessoas que afirmam acreditar em Jesus podem rezar pedindo essas coisas?

Porque cristãos rezam para Jesus pedindo bem aqui na Terra? Para serem felizes aqui e agora. Será que não ouviram o espírito puro dizer que a felicidade não é vivida nesse mundo? Será que não ouviram ele falar que o espírito é eterno e que por isso ainda vão viver muito tempo. Porque a pressa de ganhar agora, porque a pressa de ser feliz agora, mesmo à custa da infelicidade dos outros?

Se o ser encarnado que diz querer aproveitar a encarnação e aproximar-se não tem emprego hoje, está tendo uma oportunidade de abrir mão de algo material e conseguir uma felicidade que durará por toda eternidade. Aliás, esse um trabalho importante para os espíritos, pois no mundo espiritual onde viverá a eternidade não há elementos materiais para produzir satisfação e felicidade.

Por isso, agradeça a Deus o seu desemprego, a sua ausência de saúde, dinheiro, prato de comida, família, etc. Agradeça o fato de estar tendo uma oportunidade especial para poder se preparar para o futuro. É isso que Jesus ensina, foi isso que ele viveu.

Quem ama, ao invés de rezar pedindo um emprego ou qualquer outro bem material, pede a Deus forças para não se deixar levar pela tentação do bem material. Pede ajuda do Pai para se manter em paz, mesmo nos momentos de carências.

Só que tudo isso só será conseguido se houvera fé, entrega com confiança irrestrita no Pai. Enquanto a fé for humana, ou seja, a confiança de que terá seus desejos materiais atendidos, a felicidade não existirá.

Renovação da fé

Felicidade

Não adianta querer ser feliz nessa ou com essa vida.

A felicidade daquele que ama não deve vir da Terra, das coisas da terra. Deve vir das coisas de Deus: ‘nem só de pão vive o homem, mas também da palavra de Deus’, ensinou Jesus.

Deixe-me dizer uma coisa importante. Sei que muitos já ouviram dizer que devemos amar a Deus. No entanto, poucos ouviram que a recíproca é verdadeira: devemos nos sentir amado por Deus.

O ser humanizado se concentra apenas em amar a Deus, mas como não trabalha a sensação de estar sendo amado pelo Pai, não consegue ser feliz. Quem consegue ser feliz com alguém que o castiga o tempo inteiro Quem consegue ser feliz convivendo com alguém que dá sofrimento, torturas, carências, desordem? Ninguém não é mesmo.

Daí a necessidade de se entender o Amor Absoluto e a Justiça Perfeita de Deus, que já conversamos. Só passando a compreensão do momento pela lente dessas propriedades do Pai é possível alcançar a consciência de estar sendo amado pelo Senhor. Nesse momento a possibilidade de viver a felicidade está garantida.

O desempregado só será feliz verdadeiramente no dia que aceitar que aquele desemprego naquele momento é fruto da Justiça Perfeita com Amor sublime. Nesse momento ele consegue viver a busca de um novo emprego em paz e harmonia com a sua vida. Consegue sentir-se feliz porque sabe que o desemprego é Deus o amando.

Enquanto não colocar esses filtros na compreensão da vida, continuará rezando pedindo o emprego. Como o tempo do desemprego não muda por causa da oração, passará por todo esse tempo em agonia, desespero, sofrimento.

Veja, não estou falando em sentar em um canto, cruzar os braços e morrer de fome ou esperar alguém bater na sua porta para oferecer o emprego. O que estou dizendo é: saia, procure o seu emprego, mas não lamente o seu desemprego.

Se entregue na mão de Deus e deixe Ele decidir o momento em que será empregado. Aceite o tempo de Deus. Faça a sua parte, procurar o emprego, mas deixe o Senhor decidir qual o momento em que será empregado novamente.

Vivendo assim, quando sair para procurar não se lamente se não conseguir. Apenas compreenda que dentro da sua necessidade ainda não é a hora.

Não acuse ao entrevistador de não ter ido com a sua cara, pois quem decidiu a sua não contratação foi Deus. Também não culpe o Pai, porque Ele não deixou de lhe empregar porque não quis, mas sim porque você precisava desse desemprego.

Não desperdice esse momento dizendo que é um azarado, despreparado ou que ninguém lhe dá valor. Aproveite a oportunidade que o Pai está lhe dando e exerça a fé, a confiança de que quando for a hora o seu emprego aparecerá.

É isso que estou ensinando.

Renovação da fé

resignação

Não estou falando em resignação: sentir-se obrigado a sofrer o sofrimento até o fim. O que estou falando é em ação.

Estou falando em agir com amor nas coisas que acontece na vida. Isso se faz através da fé, entrega com confiança absoluta, que leva a convicção que o Pai julgou que aquele acontecimento necessário.

Isso é o que Jesus fez. Ele não se sentou no canto e lamentou o seu destino. Ao contrário: trabalhou o tempo inteiro na divulgação da Boa Nova, mesmo sabendo que aquele caminho o levava a cruz.

Tanto é assim que logo após ter convidado os pescadores e lhe seguir, na primeira conversa que teve deixou bem claro: nós vamos sair, pregar e depois iremos a Jerusalém onde serei crucificado. Pedro retruca: oremos a Deus para que isso não aconteça. Jesus então responde: cala Pedro, estás falando igual a um ser humano.

É isso. Jesus não era humano, não reagia como humanos. Por isso, todos aqueles que querem ser humanos não devem se prender a reagir como humanos.

No momento em que foi preso, olha que blasfêmia, não brigou com os guardas, não reagiu a sua prisão. Aliás, quando nesse momento Pedro, sempre ele, sacou a espada para defender Jesus e chegou a cortar a orelha de um dos soldados, o mestre disse: pare, você acha que eu não vou beber até a última gota do cálice que meu Pai preparou para mim?

Estão começando a entender o que é viver uma vida Jesus? Estão começando a compreender a renovação da fé que Maria pede aos espíritos encarnados que vão viver no novo mundo que já começou?

Renovação da fé

Ensinamentos religiosos

Há mensagens espirituais, mas durarão pouco.

Continuamos vendo a mensagem de Paulo sobre o amor.

Existem ensinamentos religiosos: isso: isso não é novidade para ninguém. A igreja católica, a evangélica e o espiritismo ensinam sobre o que estamos conversando. Mas, Paulo afirma que esses ensinamentos durarão pouco. Porque será?

Porque as religiões tratam os ensinamentos como se fossem leis. Cobram, exigem que seus seguidores sigam os preceitos religiosos. O próprio Papa condenou o recente descoberto evangelho de Judas por apego aos ensinamentos religiosos. Vamos entender essa questão.

As religiões dizem, por exemplo, que é preciso amar os outros. Falam, mas não cumprem. São as primeiras acusarem os seguidores da outra. Que amor é esse que exige que todos se submetam a uma doutrina religiosa para serem amados?

Ensinam que todos são filhos do mesmo Pai. Apesar disso dizem que deus é seguidor das doutrinas deles e não das dos outros. Por isso, esse deus só ama os que seguem as leis que elas pregam.

Ensinam que Jesus disse que não os seres humanizados não devem se prender as coisas da Terra. No entanto, prometem milagres que alteram a vida material trazendo mais benefícios para essa vida. Prometem mundos e fundos para quem os segue.

Pregam a humildade, mas constroem palácios para si. Ainda justificam a necessidade desses palácios dizendo que é para poder amar as pessoas que precisam. Ai de vocês professores da lei, fariseus e hipócritas!

Concordo com Paulo, as mensagens espirituais das religiões durarão pouco. Por quê? Porque elas não são transmitidas para ajudar os outros a serem amorosos, mas para gerar obrigações e transformar seus seguidores em submissos a elas.

As doutrinas das religiões não transmitem os ensinamentos como um caminho para quem quer se aproximar de Deus e o consequente respeito a quem pensa diferente. Elas criam normas de conduta e obrigações para os seus seguidores.

Só que Paulo, o apóstolo que é o guia de todas as religiões do mundo oriental, nos diz: Jesus trouxe a verdadeira liberdade. Digam, onde está essa liberdade que Jesus trouxe nas religiões que só criam regras e normas e obrigam seus fiéis a segui-las?

Se a sua religião é cristã oriental, a sua doutrina foi construída por Paulo e por isso deve oferecer essa liberdade. Por isso, ao ensinar o que Jesus falou, ela não pode construir um certo e um errado e gerar a obrigação de fazer o certo sob a pena de ir para o inferno ou para o umbral.

Se uma religião está transmitindo o que o Verbo, o amor em ação ensinou, como pode se deixar de lado o respeito às diferenças? Como pode acusar ou criticar alguém quando Jesus disse: se seu olho lhe faz pecar, arranque-o e jogue fora. É melhor você entrar no reino dos céus sem um olho do que ir para o inferno com os dois.

Diga uma coisa: como alguém que se diz mensageiro de Jesus pode ensinar que deve se acusar um ladrão se o próprio mestre não acusou a mulher que dormiu com outro homem e perdoou o bandido que estava na cruz ao seu lado? Como pode uma doutrina estabelecer obrigações e criar penalidades, como dar o título de herege a quem não a segue, se o próprio Jesus ensinou: mesmo aquele que disser ao seu irmão que ele bobo este em perigo.

Como pode haver uma religião que prometa um emprego se o mentor dela ensinou que deve se amealhar bens no céu e não na terra. Como pode haver uma religião que crie a figura de amigos e inimigos dela e de seus seguidores se o seu mentor ensinou: foi dito que devem amar seus amigos, mas eu lhes digo que devem amar os seus inimigos e orarem pelos que perseguem vocês.

É por isso que as mensagens espirituais vão durar pouco e o amor será eterno: elas segregam enquanto o amor junta.

Renovação da fé

O conhecimento é parcial

Existem dons de falar em línguas estrangeiras, mas acabarão logo. Há conhecimento, mas terminará também. Pois os nossos dons de conhecimento e as mensagens espirituais existem somente em parte.

Sim o conhecimento que a humanidade adquiriu sobre as coisas espirituais só existe em parte, não é mesmo? Ninguém consegue conhecer perfeitamente todas as verdades do universo. Ou como se diz: há mais mistérios entre o céu e a Terra do que a vã filosofia possa imaginar.

Mas, deixe-me perguntar uma coisa: qual a parte do conhecimento um ser humanizado conhece? Aquele que interessa a cada um individualmente. O ser humanizado só conhece aquilo que pode lhe trazer algum benefício. A parte do ensinamento que não interessa, que pode fazer o ser humanizado perder alguma coisa, é esquecida, declarada não conhecida, inexistente.

Quando alguém acha que pode conseguir um benefício (ser considerado certo) com um ensinamento, faz questão de sempre lembra-lo aos outros. Agora, quando o ensinamento pode causar algum prejuízo (demonstrar o mão amor de quem está o transmitindo, por exemplo) o ensinamento não existe, é falho, é errado.

Quantas vezes vocês já não ouviram alguém falar que não deve se confiar na Bíblia porque ela foi escrita por seres humanos, porque foi adulterada posteriormente. Pois bem, essas mesmas pessoas, quando lhes interessa, quando podem ganhar alguma coisa com isso, citam textos dela. Para mim isso se chama hipocrisia; e para você?

Renovação da fé

A volta de Jesus

Mas, quando vier o que é perfeito, então o que existe em parte desaparecerá.

Perfeição é alguma coisa interessante. Muitos acham que existe uma, mas isso é irreal. Existem muitas perfeições.

Porque isso? Porque tudo depende do com que comparamos aquilo que somos ou fazemos. Comparando o que fazemos dentro do limite que conhecemos, somos perfeitos. Mas, se compararmos o que fazemos com outros que são mais instruídos nesse assunto, veremos que ainda falta alguma coisa para nos considerarmos perfeitos. Portanto, somos perfeitos e não somos, dependendo do com que nos comparamos.

No universo o Perfeito Absoluto, ou seja, que está acima de tudo e todos é Deus. Já para os outros, a perfeição é alcançada a cada momento, ou seja, a cada vez que conseguem existir apenas para aproximar-se da perfeição.

Dentro desse raciocínio posso dizer que o espírito que viveu a encarnação Jesus era perfeito, alcançou a perfeição, pois viveu uma existência liberto do sofrimento. Foi um espírito que não julgou, que não acusou, que não se lastimou. Ele viveu uma encarnação onde pode aproximar-se mais de Deus.

Sendo assim, posso entender que quando Paulo está falando da volta do que é perfeito, está falando da encarnação Jesus, do Verbo, da ação do amor. No dia que o amor universal, que hoje existe em parte, voltar ao planeta, a interpretação dos ensinamentos pelas religiões, acabará. Ou seja, as religiões acabarão. É isso que Paulo está falando ao povo de Coríntios e a todos os ocidentais.

Sim, com a volta de Jesus as religiões acabarão. Sim, ele voltará. Mas, isso não acontecerá como vocês pensam. Não esperem a volta como espírito, como ser humano.

Jesus voltará como sempre foi: o amor. É o amor incondicional, o amor a todos e a tudo como foi ensinado pelo mestre que voltará. Para a sua volta depende apenas da conversão dos espíritos aqui encarnados.

Com a volta do amor acabarão as religiões, as mensagens espirituais. Tudo acabará, tudo se transformará. Isso acontecerá porque o amor irá substituir o individualismo sobre o planeta.

A volta do amor ao planeta. Imaginem: os seres humanizados vivendo sem acusar, sem crucificar, sem caluniar, sem querer obrigar os outros a fazer o que ele acha certo. Esse é um planeta onde existe o amor, um planeta onde Jesus mora, um novo mundo.

Fora disso não há mais nada porque ‘eu sou a verdade e a vida’. A verdade absoluta.

Renovação da fé

Verdade

Quando eu era criança, a minha maneira de falar, de sentir e de pensar era de criança. Agora já sou adulto, não tenho mais essas maneiras de criança. O que agora vemos é como uma imagem confusa num espelho, mas depois veremos face a face. Agora conheço somente em parte, mas depois conhecerei completamente, assim como sou conhecido por Deus.

Se tivermos cinquenta pessoas conversando sobre um assunto, quantas verdades teremos?

Participante: cinquenta.

Não, cinquenta e uma.

Haverá a verdade de cada uma das cinquenta pessoas, que são diferentes, e a verdade absoluta, a verdadeira. Essa última existe porque ninguém nunca está com a verdade real.

Existem dois tipos de verdades: a absoluta e a relativa. Verdade absoluta, ou universal, é aquela que durante todos os séculos jamais sofreu alteração e que é única para todos os seres viventes.

Vocês conhecem alguma verdade assim? Conhecem alguma verdade que nunca sofreu alteração e que todos os seres do universo não questionam? Claro que não. É por isso que Jesus e Paulo, afirmam que a verdade verdadeira ainda não pode ser revelada aos espíritos que encarnam aqui nesse planeta.

 Isso quer dizer que não existe verdade alguma sobre o planeta? É claro que existem, mas elas não são absolutas, mas sim relativas. Verdade relativa é aquela que é verdadeira durante algum tempo, mas depois deixa de ser. É aquela que é aceita apenas por um grupo de pessoas e não por outras.

Essas são as verdades que existem no planeta. É a verdade que os seres humanizados conhecem. É por isso que Paulo afirma que agora vê tudo confuso e em parte, mas quando o amor voltar poderá, enfim, conhecer profundamente as coisas.

Renovação da fé

Coisas velhas do baú de coisas novas

Estamos usando de coisas velhas, de ensinamentos conhecidos há mais de dois mil anos, para poder falar coisas novas, coisas que vocês não conheciam. Com isso estamos fazendo o que Jesus ensinou: sábio é aquele que tira coisas novas do seu baú de coisas velhas.

Muitos dizem que isso não deve se fazer, que não se pode dar interpretações diferentes das que existem, sob pena de heresia. Mas, o problema não é falar de coisas novas ou velhas, mas sim em não ser fiel ao Verbo, ao amor.

Os seres humanizados usaram os ensinamentos dos mestres de uma forma diferente da que eles preconizavam, como já vimos. Por isso é importante se contestar as interpretações existentes. Não contestar fundamentado na verdade relativa de cada um, mas sendo fiel a intencionalidade do mestre.

O problema não é interpretar os ensinamentos, mas ao fazer isso, ao analisar as coisas velhas do baú, dar a elas a interpretação que querem, aquela que ajude aquele espírito encarnado a ganhar dos outros.

. É preciso usar os ensinamentos antigos dentro da sua concepção original, dentro do sentido que quem o proferiu usou. Por isso, a única fonte que serve para interpretar era o sentido da existência Jesus: colocar o amor em prática, amar.

Sendo assim, qualquer interpretação que não transmita uma forma de amar, que seja fundamentada na convivência com respeito ao próximo, mesmo que ele lhe desrespeite, não cumpre o ensinamento de Jesus.

Renovação da fé

Ecumenismo

Que queria contar um segredo para vocês, se não sabem, é claro: Jesus não tinha religião. Alguém sabia disso. Ele seguia a Bíblia, mas não tinha religião.

O amor não tem religião. Para ele existe apenas uma coisa: Deus.

Ora, se o amor não tem religião, mas apenas Deus, onde o Pai estiver estará também o amor. A reunião dos locais onde Deus está se chama ecumenismo.

Na verdade ecumenismo não é a reunião dos mestres, mas de seus ensinamentos. Sem o ensinamento de todos os mestres misturados não se aproxima de Deus, não se ama e vive em felicidade.

Enquanto acharmos que algum enviado de Deus é o certo e os outros errados, não chegamos a Deus. É preciso respeitar todos eles, não classificar os seus ensinamentos como certos ou errados, para poder se amar.

Até porque, os ensinamentos de todos eles podem ter textos diferenciados, mas possuem apenas um objetivo: ajudar o ser universal a vencer os apegos às coisas desse mundo e com isso poder vivenciar uma encarnação Jesus.

Renovação da fé

Reencarnação ou ressurreição

Já que estamos falando de ecumenismo, gostaria de fazer uma pergunta: porque não se consegue juntar todas as religiões numa só?

Participante: por causa da diversidade de compreensões.

Exato.

Só que entre a diferença de compreensões existe uma que causa a maior separação. Por isso pergunto: o que mais fasta os seguidores das diversas religiões? A reencarnação.

Há religiões que aceitam o ensinamento da reencarnação, o espírito viver múltiplas vidas carnais e entre elas ficar no mundo espírito levando uma existência ativa. Já outras falam do descanso eterno onde em algum momento haverá a ressurreição do corpo. Para esses últimos, no dia do juízo final a alma, ou espírito, voltará a viver na própria carne.

Essa é a questão mais difícil de ser resolvida, porque parece antagônica, mas não é. Essa questão pode ser resolvida, aliás, já foi.

Vamos ouvir o que Paulo falou sobre esse assunto.

Se a nossa mensagem é que Cristo ressuscitou, como é que alguns de vocês dizem que os mortos não vão ressuscitar? Se não há ressurreição dos mortos, então quer dizer que Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, não temos nada para anunciar, e vocês não têm nada para crer. E mais ainda: nesse caso estaríamos mentindo contra Deus, porque temos afirmado que Ele ressuscitou Cristo. E, se é verdade que os mortos não ressuscitam, então Deus não ressuscitou Cristo. Porque, se os mortos não ressuscitam, Cristo também não ressuscitou. (Carta de Paulo aos Coríntios I, capítulo 15, versículos 12 a 16)

Eis aí o ensinamento do apóstolo do cristianismo: aqueles que não acreditam na ressurreição estão contrários ao que foi ensinado.

Portanto, segundo Paulo, a ressurreição existe e todos aqueles que acreditam na mensagem de Cristo precisam crer nela para não se tornarem mentirosos.

Mas, resta uma questão. Sabidamente o corpo humano se deteriora. Não há um que tenha permanecido intacto para que no dia do juízo a alma ou ser universal possa ocupa-lo novamente. Como crer nisso, então?

Paulo nos explica.

Renovação da fé

Os corpos do espírito

Como vimos, a crença na não existência da ressurreição está fora de questão. Ela existe, ponto. O que precisamos, então, é compreendê-la. Isso Paulo nos dá.

Antes apenas, queria lembrar: o que o não espírita diz que é ressurreição? Voltar a viver no próprio corpo. Agora podemos ir adiante.

.

Mas, alguém perguntará: de que maneira os mortos ressuscitam? Que tipo de corpo terão? Seu tolo! Quando você semeia uma semente na terra, ela só brota se morrer. E o que está semeado é apenas uma semente, talvez um grão de trigo ou outra semente qualquer e não o corpo já formado da planta que vai crescer. Deus dá a essa semente o corpo que Ele quer e dá a cada semente um corpo próprio.

E a carne dos seres vivos não é toda do mesmo tipo: os seres humanos têm um tipo de carne; os animais, outro; os pássaros, outro; e os peixes, ainda outro. (Carta de Paulo aos Coríntios I, capítulo 15 – versículos 35 a 39)

Eis aí o ensinamento que começa a jogar luz na questão da ressurreição: existem diversos tipos de carne. O ser humano tem um tipo, mas há outros. Há carnes de animais, pássaros e peixes. Mas, também há ainda outro. É o que Paulo ensina mais adiante.

Há também corpos do céu e corpos da Terra. (Carta aos Coríntios I, capítulo 15 – versículo 40)

Existem corpos do céu e corpos da terra. Podem ser chamados de carnes, apesar de serem de tipos diferentes.

Existe um tipo de beleza que pertence aos corpos celestes e há outro que pertence aos terrestres. O sol tem o seu próprio brilho; a lua outro brilho; as estrelas têm um brilho diferente. E mesmo as estrelas têm diferentes tipos de brilho. (Carta aos Coríntios I – capítulo 15 – versículos 40 e 41)

Paulo está deixando bem claro: as coisas do céu físico são diferentes das da terra. Porque, então, as espirituais não podem ser diferentes das terrestres? Porque o espírito não pode ter um corpo aqui na Terra e outro no mundo espiritual?

Antes de continuar ouvindo Paulo não resisto a uma observação. E mesmo as estrelas têm diferentes tipos de brilho: alguém está entrevendo aqui nessa frase a afirmação da existência de uma escala evolutiva entre os espíritos, que só foi anunciada mais de mil anos depois pelo Espírito da Verdade?

Voltamos a Paulo e aos corpos do espírito.

Pois será assim quando os mortos ressuscitarem. Quando o corpo é enterrado, é um corpo mortal; mas, quando ressuscitar, será imortal. Quando ele é enterrado, é feio e fraco; mas, quando ressuscitar, será bonito e forte. Quando é enterrado, pe corpo material; mas, quando ressuscitar, será corpo espiritual. (Carta de Paulo aos Coríntios I, capítulo 15, versículo 42 a 44)

Reparem bem no texto. O que Paulo está falando? Que viver a ressurreição é voltar a existir em um corpo que é diferente daquele que foi enterrado. O Espírito da Verdade também disse a Kardec que existia um corpo material e outro espiritual. Esse último ele chamou de períspirito.

93. O Espírito, propriamente dito, nenhuma cobertura tem, ou, como pretendem alguns, está sempre envolto numa substância qualquer? Envolve-o uma substância, vaporosa para os teus olhos, mas ainda bastante grosseira para nós; assaz vaporosa, entretanto, para poder elevar-se na atmosfera e transportar-se aonde queira.

COMENTÁRIO DE KARDEC:

Envolvendo o gérmen de um fruto, há o perisperma; do mesmo modo, uma substância que, por comparação, se pode chamar de períspirito, serve de envoltório ao Espírito propriamente dito.

(O Livro dos Espíritos).

Até o objeto de comparação é o mesmo para provar a existência do corpo espiritual: uma semente.

Renovação da fé

Para amar é preciso abandonar as verdades

Diante do que vimos, afirmo que não há diferença alguma entre o espiritismo e a doutrina ensinada pelo apóstolo do cristianismo. Os dois afirmam que com a morte o espírito deixará de viver em um corpo material e voltará a existir em um espiritual, o períspirito.

Portanto, a ressurreição existe. Só que não se trata de voltar a viver na carne, pois ela se transforma e deixa de existir como tal. O espírito depois da morte volta a viver em outra carne, que é espiritual: o períspirito.

Isso demonstra também que não há diferença entre os ensinamentos da doutrina espírita e a cristã nesse aspecto. As crenças de ambas existem e são a mesma coisa.

Por isso, se o espírita diz que não existe ressurreição, está vivendo apenas sua verdade relativa e a não a universal. Da mesma forma se o cristão diz que não há reencarnação, que o ser não continua vivo depois da morte, está apenas vivendo sua verdade como se fosse absoluta. Mas, o pior mesmo é que nenhum dos dois está de acordo com os ensinamentos que formam a sua religião.

Por causa do egoísmo natural do ser humanizado a crença na diferença entre os ensinamentos fará um tentar provar ao outro que está certo. Com isso o amor entre todos vai embora. Por isso, só o ecumenismo pode servir como caminho para a vivência de uma encarnação Jesus.

Só que para haver o ecumenismo não pode se viver fundamentado em verdades relativas. Se não se pode conhecer a verdade universal e não se pode viver com a relativa, o que fazer? Abandonar a concepção de que conhece alguma coisa que seja verdadeiro.

Só quando o ser humanizado deixar de acreditar que conhece a verdade verdadeira poderá amar o próximo como a si mesmo e a Deus sobre todas as coisas.

Na verdade, tudo que o Espírito da Verdade ensinou através de Kardec Jesus já havia dito. Não havia necessidade de se falar mais nada. Mas, foi preciso porque os seres humanizados não tiveram ouvidos de ouvir. Criaram verdades relativas e disseram que elas eram absolutas.

A partir de tudo isso, chego a uma conclusão: o ecumenismo não existe porque os seres humanizados não querem, não têm interesse em ter uma só verdade. Sem a multiplicidade de verdade como eles vão continuar brigando entre si para poderem subordiná-los às suas verdades?

Renovação da fé

A reencarnação e Nicodemos

Participante: acho que a questão da reencarnação se concentra no que Jesus falou para Nicodemos.

Vamos conversar sobre isso?

Havia um homem chamado Nicodemos, líder dos judeus, líder do partido dos fariseus. Uma noite ele foi visitar Jesus e disse: nós sabemos que o senhor é um mestre enviado por Deus, pois ninguém pode fazer esses milagres se Deus não estiver com ele.

Jesus respondeu: eu afirmo ao senhor que ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo?

Como pode um homem velho nascer de novo? – perguntou Nicodemos. Será que pode voltar para a barriga da sua mãe e nascer outra vez?

Jesus disse: eu afirmo que ninguém pode entrar no Reino de Deus se não nascer da água e do Espírito. A pessoa nasce fisicamente de pais humanos, mas nasce espiritualmente do Espírito de Deus. Por isso não se admire de eu dizer que todos vocês precisam nascer de novo.

Repare: Nicodemos não pergunta a Jesus sobre se há ou não reencarnação. O que ele quer saber é como é que um homem velho pode entrar na barriga de uma mulher para renascer. Ele não está buscando confirmação da existência da reencarnação porque já sabia da sua existência. Parte dos povo judeu, os fariseus, acreditavam nesse processo.

Ao invés de dizer a Nicodemos como se nasce novamente, Jesus responde: quem não nascer de novo não verá o Reino do Céu.

Ele não confirmou a reencarnação porque os dois já conheciam essa realidade. Jesus quis deixar bem claro a Nicodemos que ela é uma oportunidade de evolução.

A reencarnação por si só não leva a evolução. Ele é um instrumento que Deus criou para que os espíritos evoluam. Para poder se aproveitar desse instrumento é preciso que o ser encarnado faça alguma algo.

O que precisa ser feito para aproveitar a encarnação Jesus ensinou também a Nicodemos: renascer da água e do Espírito. Ou seja, para aproveitar a encarnação é preciso morrer para o velho e nascer um novo que esteja alicerçado na água (purificação) e no espírito (o amor).

Aí está a resposta de Jesus a Nicodemos. Ao invés de perder tempo confirmando alguma coisa que os dois já sabiam, ele aproveita e ensina ao líder dos fariseus o que é importante no processo de viver dentro de uma carne.

Fica, então, também para nós o ensinamentos: só reencarnar não adianta. É necessário que durante a existência carnal o espírito se purifique vivenciando apenas o amor universal.

Como amar, como vivenciar o amor? Renascendo em vida, tornando-se um novo ser. Um ser que não reaja as coisas do mundo como hoje reage (brigando, criticando, acusando) e vivencie tudo com o respeito ao outro, aquele que leva a não criticar, não acusar jamais o outro de errado.

Renovação da fé

Fazer novas todas as coisas

No livro bíblico Apocalipse, que encerra os ensinamentos cristãos, Jesus diz assim: Eu faço novas todas as coisas.

Jesus não faz coisa novas, o amor não faz coisa novas. Isso quer dizer que o amar não leva à mudança das coisas da vida. O amor faz nova as coisas que já existem, ou seja, transforma o que já existe

Quem pretende viver uma encarnação Jesus precisa entender que por amar sua vida não será diferente do que é hoje. As coisas classificadas como sofredoras, como negativas, continuarão existindo. O que o fato de amar fará é criar novas visões, entendimentos, consciências, verdades, para as coisas que já existem. Só que para amar, como vimos, é preciso que cada um individualmente renasça, passe a viver de uma forma diferente as coisas velhas.

A reforma do mundo não acontecerá pela mudança dos outros, mas pela reforma íntima de cada um. A reforma de cada um não levará, por exemplo, ao fim dos assassinatos no novo mundo. Não, eles continuarão existindo.

Continuará existindo crueldade, fofoca, calúnia como hoje existe. Só que os seres humanizados já reformados não verão nesses acontecimentos uma ação do mal, maligna. Viverão esses acontecimentos como uma ação Deus dando a cada um o que precisa e merece.

É isso que é o nascer novamente que Jesus fala para Nicodemos.

Sabe o que Buda disse a esse respeito? É preciso perder tudo o que é você, para encontrar tudo o que é. É preciso que o ser encarnado perca tudo o que acha sobre as coisas desse e de outro mundo, que é o que forma você, para voltar a ser o filho de Deus.

Muito parecido com o ensinamento de Cristo, não? Será que é coincidência?

Renovação da fé

Porque não agora?

Essa é a grande mensagem que queria deixar hoje que, aliás, é a mensagem de Jesus a qual Maria usa no pedido da renovação da fé que faz.

Não importa se há ressurreição ou encarnação. O que importa é aproveitar a vida que está sendo vivida agora.

Digamos que você acredite em encarnação. Pois bem, está em uma delas. O que vai fazer? Acho que a única coisa inteligente a fazer é aproveitar essa oportunidade.

Fatalmente um dia você terá que nascer de novo em uma vida. Em uma vida qualquer terá que promover a sua mudança, a sua reforma. Porque não dessa vez, porque não agora? .

A crença no processo de múltiplas vidas normalmente leva o ser humanizado a se acomodar e deixar a reforma para outras vidas. Não há glória nenhuma nisso; fazer isso é se atrasar.

A existência atual é a oportunidade que vocês têm para renascer, para colocar o amor na prática. Agora não existe outra, porque a nova encarnação não está pronta. Por isso, haja agora.

Além disso, se deixar para amanhã, o ser está perdendo hoje uma oportunidade. Jogando fora tudo o que foi construído por Deus e pelos espíritos para o seu benefício.

A discussão de quem quer aproximar-se de Deus não deveria ser se existe reencarnação ou ressurreição. Deveria ser para se libertar de tudo o que não o deixa colocar o amor em prática.

Renovação da fé

Desculpas para não amar

Essa é a grande síntese do tema renovação da fé pedida por Maria. O ser humanizado precisa entender que tem essa vida para colocar o amor incondicional na prática ao invés de perdê-la arranjando desculpas para não amar.

‘Nos dias de hoje é muito difícil se fazer o que o senhor diz, pois precisamos trabalhar para comer’. No tempo de Jesus também se tinha que trabalhar para comer e ele amou mesmo assim.

‘Ah, mas nos dias de é preciso trabalhar muito mais que antigamente para poder comprar carro e casa própria’. Mas, quem disse que é preciso ter carro? Quem disse que ter ou não carro vai afetar a sua eternidade espiritual?

‘Não dá para me dedicar a elevação espiritual porque tenho que trabalhar mais para ganhar mais dinheiro para poder sustentar minha família e morar num lugar bom’. Quem disse que você tem que morar bem. Aliás, o que é morar bem?

Sabe o que Cristo falou sobre essas suas preocupações? Vamos ver:

Por isso eu digo a vocês: não se preocupem com a comida e com a bebida que precisam para viverem nem com a roupa que precisam para vestirem. Afinal, será que a vida não é mais importante do que a comida? E será que o corpo não é mais importante do que as roupas? Vejamos passarinhos que voam por aí: eles não semeiam, não colhem, nem ajuntam em depósitos. No entanto, o Pai que está no céu dá de comer a eles. Será que vocês não valem muito mais do que os passarinhos? Nenhum de vocês pode viver alguns anos a mais por se preocupar com isso. (Evangelho de Mateus, capítulo 6 – versículo 25 a 27)

A preocupação e ocupação única do ser encarnado deve ser de aproveitar a oportunidade que está tendo e evoluir colocando o amor em prática. Essa é única finalidade para vocês terem nascido e continuarem vivos hoje.

Eu sou o caminho a verdade e a vida. Ninguém chega a Deus a não ser por mim.

Você vieram para conjugar o Verbo nas suas vidas, para amar. Esse é o caminho.

Renovação da fé

Discussões fúteis

Dentro da renovação da fé que Maria pede ela quer que os seres encarnados se concentrem na busca de amar ao próximo como a si mesmo e a Deus acima de todas as coisas. Para isso é preciso acabar com a discussão sobre coisas materiais.

O que interessa a virgindade de Nossa Senhora, a busca do Jesus histórico, conhecer a vida do mestre e saber por quais locais passou. Essas coisas são para quem precisa de comprovação material.

Quem precisa de comprovação material para crer, não merece ser chamado de Filho de Deus, porque o Pai está nos céus não na Terra.

Essa é a grande mensagem que está contida no ensinamento eu sou a verdade, o caminho e a vida. Só a prática do amor é o caminho para Deus. Por isso, qualquer outra discussão é fútil.

Só amar pode garantir sucesso nessa encarnação. Não será a subordinação aos preceitos de uma religião e nem muito menos o conhecimento adquirido sobre as coisas desse mundo que levará o ser a aproximar-se de Deus. O que o fará viver atingir a perfeição e assim viver a felicidade que o Pai tem prometido é a quantidade de amor que for colocada em prática na vivência da experiência carnal que poderá levar o ser a aproximar-se de Deus.

Renovação da fé

O conhecimento sobre Deus

Moisés viu uma árvore de onde saia um brilho e uma fumaça. Estranhando perguntou quem estava ali. Era Deus, que respondeu: sou eu. Moisés, então perguntou: quem é você. Deus respondeu: eu sou eu, sou quem sou.

A partir dessa passagem do Antigo Testamento encontramos a última coisa que precisamos reformar: a crença sobre o que é Deus. Todos nós temos uma crença sobre Deus, mas ninguém realmente O conhece. Como ensina Cristo: só o filho sabe quem é o Pai.

Nenhuma religião, nenhum ser humanizado, por mais culto ou elevado que possa parecer, sabe quem é Deus. Só aquele que consegue viver o amor incondicional sabe quem é o Pai. E esse saber não pode ser transmitido por palavras, pois Deus é imaterial.

Ele é quem é. Portanto, nem isso deve ser ocupação ou preocupação de quem quer aproximar-se do Pai.

Para que o ser se aconchegue em Deus não precisa acreditar Nele e nem saber quem Ele é. A única coisa que precisa fazer é entrega-se a Ele com confiança irrestrita.

Por isso, mesmo aquele que não acredita em Deus ou quem nada saiba sobre ele, desde que coloque o amor em prática, transformando a sua existência no Verbo, estará com Ele. Com isso viverá a felicidade que Ele tem prometido.

Renovação da fé

Caminho, verdade e vida

Eu sou o caminho a verdade e a vida. Ninguém chega a Deus a não ser através de mim.

A renovação da fé necessária para a evolução, para viver no novo mundo, consiste, portanto, no abandono do saber qualquer coisa. Só quem nada sabe é capaz de respeitar o direito do outro ter as suas convicções. Esse respeito é o amor ao próximo.

Para se ter esse respeito é imprescindível se fazer nova cada coisa velha que se conheça; Para isso dou um conselho: em cada situação da sua existência pergunte a si mesmo como Jesus agiria naquela situação? Garanto que a resposta virá.

Só quem fizer essa pergunta a si conseguirá viver a felicidade que Deus tem prometido. Quem não fizer a si essa pergunta, não conseguirá. Não adianta comprar terrenos no céu em troca da caridade, fazer promessas, orar: só amar pode lhe fazer feliz.

Com as graças de Deus.