Atividade mediúnica
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Atividade mediúnica

A partir dos ensinamentos de Paulo através da Carta aos Coríntios I, Joaquim de Aruanda orienta sobre como exercer uma ativdade mediúnica

Atividade mediúnica

Os dons do Espírito Santo

OBSERVAÇÃO: Todas as citações desse livro foram retiradas da Carta de Paulo ao Coríntios I.

Meus irmãos, quero que vocês saibam a verdade a respeito dos dons do Espírito Santo dá. (Capítulo 12 – versículo 01)

Quais são os dons que o Espírito Santo dá a cada um? São os chamados trabalhos mediúnicos.

Participante: mas sempre ouvi dizer que trabalho mediúnico não é dom, é carma, para resgatar.

Sim, alguns espíritas falam isso, mas para Paulo é um dom.

É sobre isso que vamos falar agora: os dons que o Espírito Santo dá, ou seja, da sua capacidade mediúnica para ajudar a Deus.

Vocês sabem que, quando ainda eram pagãos, eram controlados por ídolos mudos, que sempre os desviavam. Por isso precisam compreender que ninguém que diz 'maldito seja Jesus' pode estar falando pelo poder do Espírito de Deus. (Capítulo 12 – versículo 02 a 03)

Cristo disse a mesma coisa com outras palavras: aquele que fala em meu nome não pode ser contra mim; aquele que ama nunca será contrário a mim.

E que ninguém que dizer Jesus é Senhor a não ser que seja guiado pelo Espírito Santo. (Capítulo 12 – versículo 03)

A não ser que esteja sob a tutela de um trabalho espiritual, dificilmente dirá Jesus é o Senhor, o amor é o Senhor.

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A fonte dos diferentes dons espirituais

Há diferentes tipos de dons espirituais, mas é o mesmo Espírito quem dá esses dons. (Capítulo 12 – versículo 04)

Existem tipos diferentes de trabalho espiritual, mas qualquer um deles é feito a partir de um guia, um mentor. Não existe trabalho espiritual onde não haja como fonte a presença de um mentor desencarnado.

Ficou claro isso? Essa compreensão é importante para que deixemos de imaginar que temos o dom da cura, de escrever ou de visão. O ser humanizado não tem dons. Ele não pode executar trabalhos mediúnicos a não ser que seja guiado por um mentor.

O trabalho é do mentor e não do ser humano.

Participante: todo ser humanizado tem mentor?

Todos têm mentores.

Se houver necessidade, ele desenvolve a mediunidade daquele a quem está ligado. Se não houver, não desenvolve. O que dirá se a mediunidade será desenvolvida é a missão e o carma, a necessidade de vida e não a glória individual. Isso é real.

O importante desse ensinamento de Paulo é ter a compreensão de que não há ser encarnado capaz de executar trabalhos espirituais. O trabalho espiritual é feito pelo mentor. Por isso, quando mando alguém dar um passe o que estou dizendo é: 'sirva de instrumento ao mentor para dar passe naquela pessoa’.

Como já disse, é preciso que isso fique bem claro para acabarmos com aquela história de que um médium é muito bom, o outro mais ou menos e aquele é fraquinho. Não existe isso, pois um médium não faz nada a não ser servir como instrumento para a ação de um espírito fora da carne.

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Ter ou não mediunidade: o que é melhor?

Há maneiras diferentes de servir, mas é o mesmo Senhor que servimos. Há diferentes habilidades para o trabalho, mas é o mesmo Deus quem dá a cada um a habilidade para fazer o seu trabalho. (Capítulo 12 – versículo 05 a 06)

Deus dá a habilidade para cada um fazer um trabalho.

Isso quer dizer, por exemplo, que Deus deu a esse médium a habilidade para fazer o trabalho de incorporação. Isso quer dizer que você ou ela não têm essa habilidade? Não. Todos têm as mesmas habilidades, pois senão Deus seria injusto.

Se você não tem esse trabalho não quer dizer que não tenha a habilidade. Quer dizer que não possui a necessidade carmática dele. Se tivesse, Deus a desenvolveria.

Outra coisa: porque eu me desenvolvo nesse médium e não em outros? Porque ele precisa de mim especificamente e outros não. Deus juntou eu a ele porque os dois temos missão em comum.

Isso não quer dizer que os outros não tenham mentores ligados. Ele está ali, ao lado do ser humanizado. Não incorpora porque a mediunidade está adormecida. Mas, se ela for necessária para a caminhada do espírito, Deus a desenvolverá.

Repare no que falei: Deus desenvolverá. O Pai não cria a capacidade mediúnica no meio da vida de ninguém: ela já vem com o ser antes da encarnação.

Todos têm as habilidades espirituais: em alguns Deus desenvolve; em outros não. Isso quer dizer se você não desenvolveu não é porque é pior que o outro. Quer dizer que não tem necessidade desse trabalho.

Sendo assim, para que invejar a habilidade do outro? Você tem as habilidades que precisa ter, nem mais nem menos. Só não precisa usá-las.

Outra coisa: por ter a habilidade quer dizer que alguém é melhor que você? Não, quer dizer que essa é a missão dele e não sua.

Portanto, ter ou não ter determinadas habilidades mediúnicas não quer dizer que se é melhor ou pior do que ninguém: quer dizer que esse é o caminho de um e aquele é o de outro.

Que cada um trilhe o seu caminho sem ficar com inveja do outro ou se sentindo menor do que aquele.

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Os dons mediúnicos

Para o bem de todos, Deus dá a cada um alguma prova da presença do Espírito Santo. A um o Espírito Santo dá a mensagem de sabedoria... (Capítulo 12 – versículo 07 a 08)

Quando fala sobre ter o dom das mensagens de sabedoria está se referindo àqueles que falam, orientam, dão palestras.

Na verdade não é o palestrante quem faz palestra, mas sim o mentor. Para isso utiliza a boca do palestrante.

Por mais que os palestrantes humanos digam que não estão incorporados, são os seus mentores que estão falando.

… e a outro o mesmo Espírito dá a mensagem de conhecimento. (Capítulo 12 – versículo 08)

Aquele que tem intuições.

Existem médiuns que conseguem, por exemplo, ver a gravidez que ainda não aconteceu. Isso é intuição mediúnica. O conhecimento não é do médium, mas sim do mentor. O médium não vê nada: uma informação é passada através da mente dele.

A um, o mesmo Espírito dá a fé e a outro dá poder para curar. (Capítulo 12 – versículo 09)

Fé aqui no sentido de ensinar ao próximo a louvar a Deus. Esse é um trabalho mediúnico.

Nesse texto temos, anda, a referência ao dom da cura. Paulo afirma que ele é dado pelo Espírito Santo. A partir disso, pergunto: porque muitos batem no peito para dizer 'eu tenho o dom da cura'? Porque fazem isso, se é o Espírito que dá o dom da cura?

Sendo o Espírito Santo que dá o dom da cura, o que um médium precisa fazer para curar? Precisa colocar a mão sobre o corpo do doente, olhar para a pessoa ou estar ao lado dela? Claro que não.

'Senhor, fazei de mim instrumento da Vossa vontade'? É isso que o médium precisa fazer para usar do seu poder mediúnico. Não precisa fazer mais nada além de colocar-se à disposição do Pai.

Se a mão levantar e se dirigir para algum lugar do corpo do consulente, maravilha. Se não levantar e não se dirigir a nenhuma parte específica, não levantou: nada de errado nisso.

A única coisa que o médium precisa saber é que é instrumento para a ação do mentor e colocar-se à disposição para que ele aja.

Um recebe do Espírito Santo poder para fazer milagres, e outro o dom de anunciar a mensagem de Deus. (Capítulo 12 – versículo 10)

Poder de fazer milagres...

O que é fazer milagres? É produzir algo sobrenatural, ou seja, algo que está fora das leis cientificas, da natureza humana.

Portanto, segundo Paulo alguns podem quebrar qualquer lei cientifica. Podem fazer, por exemplo, esse banco levitar. Isso é um milagre: algo que vocês não sabem como se faz.

Eles podem curar doenças, ressuscitar um morto, fazer coisas que estão além da ciência. Está certo isso? Não. O erro não está m afirmar que isso pode ocorrer, mas em dizer que o médium pode fazer. Ele não faz nada, serve de instrumento para que o mentor faça.

Sendo assim, na verdade, é o espírito fora da carne que pode quebrar as leis da física, da química, da biologia, de tudo, e não o ser humano.

Participante: faltou falar do dom de anunciar a mensagem de Deus.

São os evangelizadores.

Outro recebe a capacidade para saber a diferença entre os dons que vêm do Espírito e os que não vêm. (Capítulo 12 – versículo 10)

Esses médiuns são os seguidores sérios de Deus e não simples adoradores.

A uns ele dá a capacidade de falar em línguas estranhas e a outro, a capacidade de explicar o que essas línguas querem dizer. (Capítulo 12 – versículo 10)

Esses dois tipos de mediunidade diminuíram muito nos dias de hoje. Faziam parte da isca para chamar atenção à mensagens de Deus, pois vinha um e falava em aramaico e ninguém entendia. Aí vinha outro e falava que entendia.

Porém é um só e o mesmo Espírito quem faz tudo isso. Ele dá diferentes dons a cada um, conforme quer. (Capítulo 12 – versículo 11)

É um só Espírito quem faz tudo isso. Qual é o nome dele? Seu mentor.

Lembra que estudamos que cada Espírito encarnado tem um companheiro da encarnação e um mento? Pois é esse o responsável pelas atividades espirituais de cada um.

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Um corpo e muitas partes

Porque Cristo é como um corpo que tem muitas partes e essas partes ainda que sejam muitas, formam um só corpo. (Capítulo 12 – versículo 12)

O trabalho espiritual do Universo é um só ainda que dividido em muitas religiões.

Gosto muito de ler livros espírita onde se fala que a falange espírita é melhor que a da umbanda. Isso é uma falácia. Na verdade não existem falanges espirituais diferentes entre si, pois todas são divisões de um só corpo. É isso que precisa ser compreendido.

Todas as chamadas falanges espirituais são divisões de um só corpo. Existe um único corpo, uma única espiritualidade, que trabalha no planeta para ajudar os seres humanos servindo a Cristo como Governador Geral e a Deus.

Portanto, a falange da umbanda faz parte do corpo de Deus, do corpo de Cristo. A falange evangélica, a católica, a espírita, a budista e todas as outras fazem parte do corpo de Deus.

Precisamos acabar com a divisão, pois quem divide o Universo quer fazer o mundo espiritual igual ao material, onde tudo é dividido. Lá não existe isso: é uma coisa só.

Assim, também, todos nós, judeus e não judeus, escravos e livres, fomos batizados num só corpo pelo mesmo espírito. (Capítulo 12 – versículo 13)

Todos os seres humanos pertencem a uma única raça e a uma única religião: Deus.

Não existem religiões separadas, pois cada uma delas faz parte do corpo de Deus. Da mesma forma, não existem raças separadas, pois cada uma delas faz parte do corpo Terra. Não existe o crioulo, o branco ou o amarelo, etc. Todos são terrestres e fazem parte de um só corpo e de uma só raça, a raça humana.

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A origem dos dons religiosos

E a todos nós foi dado de beber do mesmo espírito. (Capítulo 12 – versículo 13)

O ser humano recebe tudo de Deus. Não importa se o mensageiro que traz a ajuda divina seja da umbanda, evangélico, espírita ou católico. Ele vem trazendo de Deus, do único Deus que existe.

Por isso, não podemos dizer que os guerreiros de umbanda são melhores que os padres que trabalham na falange evangélica. Não podemos dizer que os mentores que aparecem na literatura espírita são melhores que os pretos velhos da umbanda. Todos trazem a água para matar a sede do ser humanizado, o liquido que pode auxiliar e que vêm de uma só fonte: Deus.

Ainda falando das multiplicidade de religiões, pergunto: porque alguns seres humanos são mais chegados à umbanda e outros ao catolicismo? Porque, por exemplo, vocês estão aqui e não em uma igreja evangélica? Porque a escolha religiosa é o caminho de cada um, o carma de cada um.

Portanto, você que frequenta a umbanda, não saia dela, mas saiba que ela, a igreja católica e a evangélica, são todas a mesma coisa. Você que frequenta o espiritismo, não saia dele, mas saiba que ele não é melhor do que ninguém, pois todos bebem da mesma fonte.

No inicio dizíamos assim: viemos para ajudar na unificação das igrejas. Por causa disso, vocês pensavam que queríamos acabar com as religiões ou transformá-los em nossos seguidores, mas deixamos bem claro que não é isso.

As pessoas vêm até aqui, pegam o ensinamento e voltam para as suas religiões, pois lá é o lugar delas fazerem a ligação com Deus. Vêm aqui porque precisam entender o Universo como estamos explicando, para aí poderem voltar para lá e deixarem de agir como burros que põe os antolhos e não vêm mais nada do lado.

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As partes do corpo

Porque o corpo não é feito de uma parte só, mas de muitas. Se o pé disser: por que não sou mão, não sou do corpo, nem por isso deixa de ser do corpo. Se o ouvido disser: porque não sou olho, não sou do corpo, nem por isso deixa de ser do corpo. Se o corpo todo fosse olho, como poderíamos ouvir? (Capítulo 12 – versículo 14 a 17)

Não é porque você diz que é evangélico que é filho exclusivo de Deus. Sim, você é, mas o espírita também. Se todos fossem evangélicos, como saberíamos a ciência espiritual? E se todos fossem espíritas, onde estaria a fé?

Cada falange, cada parte do corpo de Deus, tem uma missão. Todas têm uma informação e uma função.

Assim como o olho está no corpo para criar a visão, a falange espírita existe para fazer uma determinada coisa. Assim como o ouvido existe para criar a audição, a falange evangélica existe para fazer algo para Deus. E assim em diante: cada religião possui uma missão a realizar.

Quando todas se juntam, o que se tem? Um corpo perfeito, onde todas as suas funções se unem para o bem maior

Se houver o corpo de Deus sem a falange evangélica, haverá um corpo sem coração. Sem a falange espírita, um corpo sem cérebro. Só quando se une todas as partes é que se tem um corpo perfeito.

Portanto, se não unirmos todas as religiões numa só, teremos corpos mutilados, corpos que não conseguirão exercer determinadas funções. Por isso digo: só o ecumenismo existe como corpo ideal de Deus.

Não estou falando do ecumenismo pregado pelas religiões humanas. Aquele onde cada um acha que está certo e que todos os outras precisam se mudar para o que ele prega. Falo de um ecumenismo onde cada religião compreenda que é uma parte do corpo de Deus que é responsável apenas por uma função dele e não o próprio Deus.

E, se o corpo todo fosse ouvido, como poderíamos sentir cheiro? Assim Deus colocou cada parte diferente do corpo como Ele quis. Se o corpo todo fosse uma parte só, não existiria corpo! Assim há muitas partes, mas um só corpo. (Capítulo 12 – versículo 17 a 20)

Sim, Deus colocou cada parte do corpo como Ele quis.

Quem deu a falange evangélica o seu trabalho? Quem deu à falange espírita o trabalho dela? Quem disse à falange diocesana o que deve fazer? Deus.

Sendo assim, quem somos nós para acusarmos que o trabalho de tal falange está errada? Quem somos nós para dizer que não deveria haver missa? Quem somos nós para dizer que os espíritas deveriam trabalhar de outro jeito?

A crítica às outras religiões surgem do fato de você não entender que todas fazem parte de um só corpo e que cada uma tem a sua função que é dada por Deus.

Portanto o olho não pode dizer à mão: eu não preciso de você. Nem a cabeça pode dizer aos pés: não preciso de vocês. Ao contrário, não podemos ficar sem as partes do corpo que parecem mais fracas. (Capítulo 12 – versículo 21 a 22)

A fé dos evangélicos sem o conhecimento do espiritismo não vale nada, assim como o conhecimento do espírita sem a fé do evangélico, também não vale nada. O modo de vida ensinado por Buda sem a fé do evangélico, não vale nada. O ensinamento de Krishna sem a visão de Kardec sobre o Universo espiritual, não vale nada. É isso que está sendo dito neste trecho.

A vida ideal é a vivida com a fé dos evangélicos, com a cultura dos espíritas, dentro do desapego dos budistas e da falta de intencionalidade de Krishna, vivendo o que o maktub criar com o amor crístico.

Esse é o corpo de Deus com suas múltiplas partes funcionando. Vivenciar com realidades formadas a partir disso leva à vida ideal para quem quer aproveitar a encarnação, pois reúne todo corpo de Deus numa só vida.

E aquelas que achamos menos dignas são justamente a que tratamos com mais cuidado. (Capítulo 12 – versículo 23)

Você é espírita e acha que o evangélico é m pobre coitado porque não tem as informações que você têm? Como está enganado.

Ao invés de ficar criticando-o, achando-o um pobre coitado, ajude-o! Ah, não sabe fazer isso? Eu ensino: ame-o incondicionalmente.

Só que diz que não pode amá-lo porque é um fanático. O critica dizendo que não entende de nada, não sabe de nada. Por isso, ao invés de ajudá-lo, sai de perto.

Por que age assim? Porque se considera que faz parte uma seleta minoria. Acha que por pertencer a sua religião e ter estudado os livros de Kardec sabe tudo do universo espiritual. Por causa do que imagina saber, se considera melhor e se afasta de quem não possui o seu conhecimento. Só que devia ser ao contrário.

Achando que a sua religião é forte e que as outras são fracas, deveria cuidar com muito cuidado do religioso de outras doutrinas. Assim estaria engrandecendo o corpo de Deus e colocando em prática o que a sua doutrina pega.

Participante: como se ama os outros?

Sem críticas, dando a eles o direito de serem diferentes sem que você se sinta superior ou inferior. É desse jeito que se ajuda o próximo.

De modo nenhum se ajuda o outro dizendo que você sabe verdade e que ele precisa ouvir o que tem a ensinar a ele.

Participante: então é não fazer nada?

Ajudar é acima de tudo não criticar. Fazer isso já é fazer alguma coisa. Não se sentir superior já é fazer alguma coisa.

Não estou falando em fazer no sentido de ir ao outro e dizer o que precisa fazer, mas orientar, com amor, para a busca a Deus, não importando a religião.

Enquanto as partes que não são tão bonitas, recebem cuidado especial, as outras mais bonitas não precisam desse cuidado. Assim Deus fez o corpo de tal maneira que as partes menos consideradas recebam mais consideração. (Capítulo 12 – versículo 23 a 24)

Se a falange evangélica fosse fraca, porque seus seguidores não têm o conhecimento que você tem, com certeza os evangélicos receberam de Deus mais consideração.

Está duvidando do que falei? É só lembrar do ensinamento de Cristo: ‘eu vim para os doentes e não para os sãos’.

Se a sua religião é muito boa, Cristo e Deus não estão lá, pois não vão onde têm sãos, mas sim onde têm doentes...

Desse modo não há divisão no corpo, mas todas as partes têm o mesmo interesse umas pelas outras. Se uma parte do corpo sofre, todas as outras sofrem com ela. Se uma é elogiada, todas as outras participam da sua alegria. (Capítulo 12 – versículo 25 a 26)

Para Deus não existe religião melhor do que outra...

Portanto, vocês são o corpo de Cristo e cada um é uma parte desse corpo. Por isso, na Igreja, Deus pôs tudo no lugar certo: em primeiro lugar, os apóstolos; em segundo, os profetas; e, em terceiro, os mestres da Igreja. Em seguida pôs os que fazem milagres; depois os que têm o dom de curar, ou de ajudar, ou de dirigir, ou de falar em línguas estranhas. Nem todos são apóstolos, nem profetas, nem mestres da Igreja. Nem todos têm o dom de fazer milagres, nem de curar doenças, nem de falar línguas estranhas, nem de explicar o que essas línguas querem dizer. Por isso, se esforcem para possuir os melhores dons. (Capítulo 12 – versículo 27 a 31)

Na verdade, Paulo está falando da missão de cada um dentro do trabalho. Aqui só queremos fazer uma ressalva: ninguém é melhor do que o outro.

A escala de valores citada por Paulo não é real: todos são iguais. Todos têm a mesma importância para o trabalho de Deus.

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A importância do amor

Porém, eu vou mostrar a vocês o caminho que é o melhor de todos. (Capítulo 12 – versículo 31)

Pediria que vocês tivessem o máximo de atenção nos próximos capítulos, pois Paulo vai nos falar do melhor caminho para chegar a Deus.

Eu poderia falar todas as línguas que se falam na Terra e até no céu, mas, se não tivesse amor, as minhas palavras seriam como barulho do gongo ou o som do sino. Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter toda fé necessária para tirar as montanhas dos seus lugares; mas, se não tivesse amor, eu não seria nada. (Coríntios I, cap. 13, 01 a 03)

Todo o poder mediúnico que você imagina que tenha, mesmo que seja o de conseguir realizar milagres, sem ser conectado ao amor de nada lhe serve para a elevação espiritual. Pode ter o poder mediúnico de cura, ajudar muitas pessoas, mas se não tiver o amor verdadeiro, a realização da caridade não valeu de nada como elemento para a sua elevação.

Você pode escrever milhares de livros psicografados, mas se não tiver amor, não adiantou de nada. Pode ser o maior doutrinador, mas se não tiver amor, para você aquele trabalho não serviu de nada.

Para o outro o que aconteceu pode ter sido instrumento de elevação, mas para você, todo trabalho mediúnico que não é vivenciado com o amor universal de nada serve. Você foi só instrumento de Deus para levar ao próximo o que precisava e merecia, mas não recebeu nada por ter feito aquilo.

A primeira coisa que um médium deve ter na cabeça é o servir ao próximo e não se servir do próximo. Por isso, quando for dar um passe em alguém, não se preocupe em ser um médium famoso ou em conseguir ajudar a alguém, mas trabalhe para dar o melhor de si para que aquela pessoa receba o que precisa e merece. Esse é o caminho durante o seu trabalho mediúnico que o aproxima de Deus.

Aquele que não exercer o dom que recebe do espírito santo (dom mediúnico) com amor, este trabalho de nada adianta para si mesmo. Vale para o teatrinho da vida, pois leva para outra pessoa o que ela precisava e merecia. Se ela estiver recebendo com amor, vai ganhar, mas se não estiver, também não vai ganhar, pois é a vivência do amor universal que regula o que cada um recebe.

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Mdiunidade com sacrificio

“Poderia dar tudo o que eu tenho e até entregar o meu corpo para ser queimado; mas, se eu não tivesse amor, isso não me adiantaria nada”. (Coríntios I, cap. 13, 03)

Para Deus, de nada adianta o seu sacrifício sem amor.

Não adianta ir a sua casa espírita quando há trabalho, ser o primeiro a chegar e o último a sair, pois se não for por amor e com a intenção de servir ao próximo, não adianta nada ir. Mesmo que para ir se sacrifique, abra mão de outras coisas que precisava ou gostaria de estar fazendo. Se não for com a consciência de servir de instrumento a Deus para dar a quem precisa o que merece, de nada adianta para você.

Tem muitos médiuns que se vangloriam do tempo que disponibilizam para o serviço mediúnico. Enaltecem-se afirmando o quanto são bondosos por priorizar o serviço ao próximo em detrimento de seus anseios individuais. Isso não é amor, mas soberba. Quem faz isso ajuda o outro com seu trabalho, mas não conquista para si a aproximação de Deus.

Lembro-me de uma história que fala de um médico que depois de ser convidado diversas vezes por um médium para consultar gratuitamente os que não tinham dinheiro, acabou aceitando. Mas, com uma ressalva: só atenderia gratuitamente às terças-feiras das oito ao meio dia. Depois de trinta anos atendendo os necessitados dessa forma o médico desencanou. Chegando ao céu foi entrando pela porta principal quando o anjo lhe disse: ‘o senhor não é o médico que atendia os doentes? Pois bem, sua entrada não é por este portão, mas por outro que está mais à esquerda’.

O médico sentiu-se importante e achou que o outro portão era a entrada para aqueles que tinham ajudado os necessitados. Ao chegar ao portão indicado encontrou-o fechado e uma multidão esperando para entrar. O médico, então, pacientemente aguardou. Quando o portão abriu os que aguardavam começaram a entrar. Justamente quando chegou a vez do médico entrar o portão fechou-se.

O médico, então, indignado arguiu um anjo que estava ao lado do portão: ‘eu tenho que entrar por este portão. Na Terra era médico e ajudava muitos necessitados e por isso me disseram que minha entrada é por aqui’. O anjo, então, respondeu a ele: ‘sim, o senhor vai entrar por aqui, mas precisa esperar o portão abrir novamente’.

O médico perguntou: ‘quando isso acontecerá?’ O anjo respondeu: ‘na próxima terça, das oito ao meio dia’.

O sacrifício que cada um faz para ajudar o próximo de nada adianta se não vivenciar esses momentos amando o próximo e a Deus verdadeiramente. Quem se sacrifica vive o seu carma, mas se não tiver amor ao vivenciá-lo, ele não foi vencido. Este terá que vivê-lo novamente nesta ou em novas vidas.

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Paciência e bondade

“O amor é paciente e bondoso”. (Coríntios I, cap. 13, 04)

Aqui Paulo começa a falar como se vive com amor no trabalho espiritual e nos demais acontecimentos da vida carnal. A primeira característica de quem ama é ser paciente. O que é paciência?

Participante: é aguardar o momento exato das coisas acontecerem.

Qual é o contrário da paciência? Pressa.

O amor é paciente, ou seja, não busca: espera receber. Não busca para si, mas aguarda o momento que chegará a hora da sua felicidade. É isso que Paulo está nos ensinando.

O amor é paciente e não tem pressa. Ele não vive afoito em fazer o que quer.

Quem ama não tem pressa na vida: espera o momento certo da coisa acontecer. Não quer fazer a coisa acontecer.

No seu trabalho espiritual você o espera começar ou fica chamando as pessoas para começar logo? No seu trabalho espiritual espera ele acabar ou fica incitando aos outros que terminem porque já deu a hora e você tem mais o que fazer?

No seu trabalho espiritual sabe esperar as pessoas acabarem de contar seus problemas ou fica querendo que parem de falar logo para responder? No seu trabalho espiritual quer atender rapidamente muitos ou tem paciência com a lerdeza de alguns?

Aquele que ama sabe esperar a hora das coisas acontecerem e não exige que ocorram na hora que quer: essa é uma das características de quem está exercendo sua atividade mediúnica com amor e por isso aproveitando a oportunidade para aproximar-se de Deus. Quem realiza o trabalho com pressa de começar, de acabar ou ainda querendo atender a uns rapidamente para poder ouvir mais pessoas, não age com amor. Por isso não aproveita a oportunidade para aproximar-se de Deus.

Quando um ser humanizado diz para outro o que tem que fazer, está com pressa e quer mudar o outro, não vive com amor. Quem ama espera em paz e tranquilo o que o outro vai fazer.

O amor é bondoso.

O que é ser bondoso com o próximo? Será que é satisfazer as vontades ou suprir as carências dele? Não, a bondade vai muito além.

Ser bondoso é saber respeitar a intimidade do outro.

Sendo médium consciente, quando acaba o trabalho você fica comentando o que a entidade falou para alguma pessoa? Então, não é bondoso.

Ser bondoso é compreender as dificuldades dos outros. Quando está incorporado atendendo uma pessoa fica reparando nos erros de português de quem está atendendo? Então, não é bondoso.

Ser bondoso é respeitar o sofrimento do outro. Quando ouve os problemas de alguém fica julgando-os ou minimizando o sofrimento alheio? Então, não é bondoso.

Quem executa o seu trabalho mediúnico com bondade respeita o próximo. Respeita a dor, as dificuldades e a intimidade dos outros. Esse é o bondoso. Já aqueles que se consideram perfeitos e acham que sua opinião é a verdade do mundo, não são bondosos. Por isso o seu trabalho mediúnico de nada vale para a sua elevação espiritual.

O bondoso, aquele que ama realmente, não faz nenhum comentário sobre ninguém, que dirá criticá-lo.

Quantas vezes já vi depois de trabalhos espirituais os médiuns se sentarem em rodas e comentarem sobre o trabalho do dia. Falam sobre os problemas alheios, muitas vezes citando o nome da pessoa que foi atendida. Riem e debocham de pessoas que sofrem por problemas pequenos minimizando suas dores. Riem e debocham de pessoas que não sabem se expressar direito. Isso é desamor.

A mediunidade não é glória, é oportunidade de trabalho para a elevação. Quando ela não é exercida com amor transforma-se num gerador de carmas que nesta ou em outras vidas terá que ser vivenciado.

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Ciúme, soberba e vaidade

“O amor não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso”. (Coríntios I, cap. 13, 04)

Quem ama verdadeiramente não quer para si, por isso não é ciumento. Só tem ciúme quem quer possuir alguma coisa ou pessoa.

No seu trabalho espiritual tem ciúme quando uma pessoa procura outro médium para se tratar? No seu trabalho espiritual sente uma pontada de ciúme quando o dirigente da casa chama outro médium para um trabalho específico? Então, você não executa o seu trabalho mediúnico com amor e por isso ele não serve como instrumento para a sua elevação espiritual.

O amor não é orgulhoso.

Em outras oportunidades já distinguimos o orgulho da soberba. Essa distinção não é feita por vocês e por isso acham que ter orgulho é algo ruim. Isso não é real.

Ter orgulho do que faz é ter a sensação do dever cumprido. Já a soberba é dizer que o que você faz é melhor do que os outros fazem. O orgulho é uma sensação vivida no íntimo, a soberba é uma sensação declarada de superioridade. Por isso, neste trecho, vamos usar a palavra soberba ao invés de orgulho.

Quem ama não é soberbo.

No seu trabalho espiritual se considera melhor médium que outros? Acha que consegue ajudar mais as pessoas do que outros trabalhadores? Acha que possui mais condições de ajudar o próximo que outros médiuns? Por quê? Sendo Deus quem faz tudo, como você pode ser melhor do que o outro?

Quem julga sua participação nos trabalhos mediúnicos melhor do que a de outros não a executa com amor. Dessa forma, não utiliza essa ferramenta de trabalho para a elevação espiritual positivamente.

Quem tem soberba quer ser maior do que o outro. Quem tem vaidade é aquele que está sempre comentando dos resultados da sua participação nos trabalhos mediúnicos de uma casa. Como esse quer demonstrar a sua superioridade, não está amando, pois quem ama jamais quer ser superior a ninguém. É por isso que a o amor não é vaidoso.

Quem ama não fica contando vantagem, não fica se expondo como um pavão enaltecendo a si mesmo. Aquele que vive contando como resolveu, através da sua mediunidade, os problemas dos outros, é um professor da lei hipócrita, como ensinou Cristo:

“Fazem tudo para serem vistos. Vejam como são grandes os trechos das Escrituras Sagradas que eles copiam e amarram na testa e nos braços! E olhem os pingentes grandes das suas capas! Preferem os melhores lugares nas festas e os lugares de honra nas casas de oração. Gostam de ser cumprimentados com respeito nas praças e de ser chamados de mestre”. (Mateus, 23, 05 a 07)

Aliás, todo médium que executa o seu trabalho mediúnico sem amor torna-se um professor da lei hipócrita. Por isso é importante darmos uma olhada nas características destes descritas por Cristo.

O médium que não trabalha com amor, ou seja, que é ciumento, soberbo e vaidoso é aquele que gosta de colocar culpa nas pessoas que atende. Gosta de acusar e criticar as pessoas. Dessa forma enaltece a si mesmo.

O médium não amoroso é aquele que não aponta saídas, que não ajuda as pessoas a carregarem seus fardos, mas só aponta os erros dos outros. Mostrando-os engrandece a sua cultura sobre o que é errado.

Aquele que participa dos trabalhos mediúnicos com o amor verdadeiro por não ser vaidoso sabe que é Deus que executa tudo e não ele. Por isso, suas orientações sempre são voltadas a buscar a solução de seus problemas em Deus e não na matéria. Ele pode até ajudar materialmente as pessoas necessitadas, mas mais do que isso sempre as incita a desenvolverem a fé para poderem merecer receber.

Esses são alguns exemplos da diferença entre o médium amoroso e o professor da lei, aquele que vive o seu trabalho mediúnico sem o amor universal. Um quer servir ao próximo; o outro quer se servir dele para poder brilhar. É por isso que Paulo está dizendo que o amor não é vaidoso, ciumento ou soberbo.

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Egoísmo, irritação, mágoa e grosseria

“Não é grosseiro nem egoísta. Não se irrita e não fica magoado”. (Coríntios I, cap. 13, 05)

Quem ama trata os outros amorosamente e não grosseiramente.

Quantas vezes vemos em centros espíritas médiuns tratando as pessoas que lá vão de forma desrespeitosa. Perdem a paciência quando aquele que está sofrendo não compreende o que está dizendo. Atacam aqueles que não aceitam suas orientações. Desqualificam os que não acreditam no que ele está dizendo.

Esses são médiuns que não participam do trabalho mediúnico com amor universal. Fazem apenas para satisfazer a sua sede de soberba e vaidade.

Aquele que executa sua participação nos trabalhos de uma casa espírita com amor não se irrita com nada que quem o procura faz. Isso porque uma das características do amor universal é a compaixão.

Diferente do que acredita os seres humanizados, ter compaixão não é sofrer com o sofrimento dos outros, mas sim ter a consciência do quanto o outro está sofrendo.

Nos momentos de dor é comum os seres humanizados estarem parcialmente bloqueados. O problema que agora vivem bloqueia a sua capacidade de sofrimento. É por conta dessa consciência que aquele que executa o seu trabalho mediúnico com amor jamais perde a paz, por mais que tenha que repetir a orientação.

Ter consciência do sofrimento do outro e saber que o problema domina o pensamento de quem procura ajuda é uma característica daqueles que participam da sua jornada mediúnica com amor.

Quem ama jamais se magoa.

A mágoa é uma prova da soberba do ser humanizado. Só se magoa aquele que se considera melhor, mais capaz, certo. Esses se magoam porque acham que a descrença ou não compreensão deles é uma afronta à sua cultura.

O médium que se sente magoado porque um consulente não seguiu suas orientações ou porque foi consultar com outro trabalhador não exerce sua atividade mediúnica com amor e por isso não está aproveitando esta oportunidade para aproximar-se de Deus.

Atividade mediúnica

Desânimo

“O amor não se alegra quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo. O amor nunca desanima, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência”. (Coríntios, cap. 13, 06 a 07)

Quantas vezes reparamos no médium um sorriso irônico quando a pessoa necessitada volta com o mesmo problema sem ter feito o que ele orientou anteriormente. Se alegra com a desgraça daqueles que não seguem a sua orientação. Isso o faz sentir-se superior aos outros.

Quantas vezes vemos médiuns lamentarem que uma pessoa nunca mais voltou ao centro para buscar ajuda. Isso comumente acontece quando ela conseguiu resolver seus problemas. Tal fato deveria alegrar o médium, mas não é isso que acontece muitas vezes. Por quê? Porque ele não está agindo com amor.

Na verdade, não está querendo realmente ajudar o próximo, mas sim amealhar seguidores. Para esse médium seria muito bom que a pessoa tivesse sofrimentos constantemente para estar sempre buscando ajuda. Assim, ele teria um séquito grande e com isso viveria a fama, que é realmente o que lhe impulsiona na vivência da sua atividade mediúnica.

Quantas vezes vemos médiuns desanimados no atendimento a determinadas pessoas. Isso acontece geralmente com quem vai diversas vezes ao centro buscar ajuda para o mesmo problema e não consegue resolvê-lo. O desânimo desse médium é a prova que não quer ajudar aquela pessoa, mas realizar algo que possa mostrar a potência mediúnica que imagina possuir.

O trabalhador de uma casa espírita não desanima nunca. Nunca desiste da ajuda a uma pessoa. Busca sempre incutir a fé naquele consulente.

Ter fé é entregar-se com confiança a alguma coisa. Esse é o mote do trabalho do médium que age com amor. Por isso, sempre busca incutir naquela pessoa que a confiança e a entrega a Deus resolve qualquer problema.

Por mais que a pessoa não consiga por conta do seu desespero com o problema que vive, pacientemente o trabalhador que vive sua atividade mediúnica com amor lhe incita a esta entrega lhe dando a esperança que o sofrimento que ela agora vive pode ser minimizado.

Estas são mais algumas características daquele que aproveita a sua atividade mediúnica como caminho para a elevação espiritual.

Atividade mediúnica

Tudo passará, só o amor permanecerá

“O amor é eterno. Há mensagens espirituais, mas elas duração pouco”. (Coríntios I, cap. 13, 08)

Olha que coisa interessante: o amor é eterno.

Há mensagens espirituais, mas elas durarão pouco. Ou seja, há ensinamentos espirituais, mas durarão pouco. Isso porque, como estamos, a releitura dos ensinamentos com aprofundamento no significado do texto levará a descobrir verdades contidas nas mensagens que ainda não tinham vindo a luz.

As mensagens mudarão, mas, o amor será sempre eterno.

A forma de agir com amor é como Paulo descreveu antes: com paciência, sem ciúme, com fé. Esse modo de ser do amor é eterno, ou seja, ninguém ensinará diferente.

Sendo assim, se você quer ir para o caminho de Deus, esqueça todos os ensinamentos religiosos, pois eles são temporários, mas firme-se no amor, pois assim jamais sairá da realidade.

Existem dons de falar línguas estranhas, mas acabarão logo. Há conhecimento, mas terminará também. Pois os nossos dons de conhecimento e nossas mensagens espirituais existem somente em parte. Mas, quando vier o que é perfeito, então o que existe em parte desaparecerá. (Coríntios I, cap. 13, 08 a 10)

O que é perfeito?

Participante: o amor, Deus

Isso, o amor em ação, Deus.

Pois bem, quando isso chegar, tudo o que existe acabará.

Quando eu era criança, a minha maneira de falar, de sentir e de pensar era de criança. Agora que já sou adulto não tenho mais essas maneiras de criança. (Coríntios I, cap. 13, 11)

Pois é. Aproveito a fala de Paulo e pergunto: vocês são adultos espiritualmente falando?

Reforma intima é o processo de amadurecimento espiritual.

O que agora vemos é como uma imagem confusa num espelho, mas depois veremos face a face. (Coríntios I, cap. 13, 12)

O que você vê é a forma. Ela é vista com uma imagem que não é muito nítida, ou seja, é algo que apesar de não compreender assim, não é muito clara.

Agora conheço somente em parte, mas depois conhecerei completamente, assim como sou conhecido por Deus.

Agora, pois, permanece a fé, a esperança e o amor. Porém o maior desses é o amor. (Coríntios I, cap. 13, 12 a 13)

Quando alcançar a evolução espiritual vai compreender melhor o que estou querendo dizer hoje. Mas, por enquanto, que permaneça a esperança de conseguir a elevação, a fé, a confiança e a entrega a Deus e o amor pelo próximo.

Se não consegue entender para que, porque ou como se vive a vida que falo, tenha esperança, fé e amor que um dia compreenderá tudo isso perfeitamente.

Atividade mediúnica

O que deve ser ensinado

É o amor, portanto, o que vocês devem querer. Procurem também ter dons espirituais, especialmente o de anunciar a mensagem de Deus. (Capítulo 14 – versículo 01)

Paulo já falou que poderia ter todos os dons que o Espírito Santo dá, mas se não tivesse amor, seria como se fosse o soar de um gongo. Agora diz que além do amor é preciso que lute para ter os dons para anunciar as mensagens de Deus.

O que será que quer dizer com isso? Que não adianta só amar as pessoas. Além disso é preciso ajudá-las a alcançar a elevação espiritual.

Mas, como se ajuda alguém a alcançar a elevação espiritual? Passando a mensagem de Deus. Qual é essa mensagem? A única coisa importante nessa vida é amar a tudo e a todos. É isso que Paulo está nos dizendo.

O apóstolo afirma que não adianta só amar os outros, é preciso ajudá-los a encontrar o amor também. É por isso que lá atrás Paulo nos falou que devemos ser escravos dos outros, ou seja, que devemos viver para servir ao próximo. Só vivendo assim os ajudamos a encontrar o amor.

O dom espiritual de anunciar a mensagem de Deus citado aqui não é escrever mensagens, de dar passes ou fazer qualquer outra atividade mediúnica: é ajudar o próximo a encontrar o amor.

Quem fala em línguas estranhas fala a Deus e não as pessoas, pois ninguém o entende. Diz verdades secretas pelo poder do Espírito Santo. Porém quem anuncia a mensagem de Deus fala as pessoas, ajudando-as, dando-lhes coragem e conforto. (Capítulo 14 – versículo 02 a 03)

Quem fala só sobre a ciência do espírito não diz nada. Por quê? Porque para as pessoas comuns tais assuntos são incompreensíveis. Além disso, esses assuntos não pode ajudar ninguém a alcançar a elevação espiritual. Só o que pode ajudar alguém nesse sentido é a pratica do amor.

Paulo está nos dizendo que não adianta em um trabalho mediúnico ficar discutindo teorias sobre o mundo espiritual. O que precisa ser feito é auxiliar o próximo a amar. Ensinar a amar as coisas, a amar tudo que existe.

No estudo do Bhagavad Gita disse assim: não há problema em gostar de uma planta, de um pôr do sol ou achar belas as coisas materiais; o problema é achar a beleza nas coisas e não na ação de Deus que fez as coisas.

Participante: então, posso achar bonito o passarinho e a planta desde que entenda que aquilo não nasceu sozinho, mas que é ação de Deus?

Desde que entenda que não é o passarinho que é belo. A ação de Deus que cria o pássaro é que é a beleza.

Porque isso é importante? Achando um determinado passarinho bonito certamente haverá outro que achará feio. Na hora que compreender que a beleza é a ação de Deus m criar o elemento material, todas as coisas, mesmo as que considere bonitas ou feias, serão belas.

É isso que Paulo está ensinando: o importante é o dom de levar a mensagem de Deus, ou seja, de ensinar as pessoas a amar a tudo.

Quem fala em línguas estranhas ajuda somente a si mesmo, mas quem anuncia a mensagem de Deus ajuda a igreja toda. (Capítulo 14 – versículo 04)

O palestrante que dá aula, que revela as coisas do mundo espiritual, na verdade está apenas cumprindo a sua missão, mas não quer dizer que está ajudando aos outros. Está ajudando só a ele e a mais ninguém.

Agora, aquele que ama e ensina o próximo a amar, está sempre ajudando a todos.

Eu gostaria que vocês todos falassem em línguas estranhas, mas gostaria ainda mais que tivessem o dom de anunciar a mensagem de Deus. (Capítulo 14 – versículo 05)

Gostaria que todos soubessem os segredos do Universo, mas mais importante que conhecerem esses segredos, é aprenderem a amar a tudo e a todos.

Não adianta descobrir todo segredo do Universo (como é feita uma energia, onde ela vai, como se multiplica): o que importa realmente é saber a amar.

Porque quem anuncia a mensagem de Deus tem mais valor do que quem fala em línguas estranhas, (Capítulo 14 – versículo 05)

Porque ensinar a amar tem muito mais valor do que qualquer trabalho mediúnico.

Atividade mediúnica

O conhecimento espritual não adianta de nada

...a não ser que haja alguém que possa explicar o que está sendo dito, para que toda igreja possa ser ajudada espiritualmente. Por isso, irmãos, quando eu os visitar, que proveito terão se lhes falar em línguas estranhas? Claro que nenhum, a não ser que leve a vocês alguma revelação de Deus, ou algum conhecimento, ou ainda alguma mensagem inspirada, ou ensinamento.

Por exemplo, além da voz humana, há instrumentos musicais, como a flauta e a harpa. Como poderá alguém saber o que está sendo tocado, se as notas musicais não forem bem claras? Se o homem que toca a corneta não der um som bem claro, quem se preparará para a batalha? Assim, também, como é que os outros vão entender o que vocês estão dizendo se a mensagem por meio de línguas estranhas não é clara? As suas palavras vão sumir no ar! No mundo há muitas línguas diferentes, mas cada uma tem o seu sentido. (Capítulo 14 – versículo 05 a 10)

Existem milhares de ensinamentos sobre o mundo espiritual, mas o ser humano não consegue compreendê-los. Não consegue saber a verdade, o que quer dizer na realidade o que está sendo ensinado ou como é realmente o mundo espiritual. Isso porque a Realidade foge à imaginação humana, ao conhecimento humano. Sendo assim, de que adianta ficar ensinando as pessoas?

Isso é que precisamos compreender: é preciso amar a nós mesmos e a todos. É isso que pode resolver a questão da elevação espiritual.

Porém, se eu não entendo a língua que alguém está falando, então quem fala é estrangeiro para mim, e eu sou estrangeiro para ele. (Capítulo 14 – versículo 11)

Não há irmandade quando alguém é sábio e o outro não sabe nada. A irmandade só se forma com amor; sem amor não se forma irmandade.

Então, já que vocês querem tanto ter os dons do Espírito, procurem acima de tudo ter os dons que fazem a igreja crescer espiritualmente. (Capítulo 14 – versículo 12)

Qual o dom que faz uma igreja crescer espiritualmente? O de ensinar o amor.

Sendo assim, já que você quer ser ajudante de Deus, quer fazer alguma coisa pelo próximo através do trabalho mediúnico, ensine-o a amar. Só isso.

Você só pode ajudar o outro a amar. Não adianta se encher de conhecimentos e passá-los, pois as pessoas, assim como você, só terá a ilusão de saber.

Mas, como se ensina o próximo a amar a tudo e a todos? Mostrando que Deus é o Senhor Supremo, que tudo é Ele, é Emanação Dele e que tudo que é Emanação Dele é amor em ação. Todo o resto de nada adianta.

Portanto, quem fala em línguas estranhas deve orar para ter o dom de explicar o que elas querem dizer. Porque, se eu orar em língua estranha, o meu espírito de fato ora, mas a minha inteligência não toma parte nisso. (Capítulo 14 – versículo 13 a 14)

Se você fala diferente, se tem mais cultura, mais informação do que os outros, reze para também ter o amor.

Peça ajuda a Deus para ter o amor, pois se não o tiver, de nada adianta nada toda a sua cultura. Vai ficar falando e ninguém vai entendê-lo, pois as pessoas não entendem o que você está dizendo.

Que farei então? Vou orar com o meu espírito, mas também orarei com a minha inteligência; vou cantar com o meu espírito, mas também cantarei com a minha inteligência. (Capítulo 14 – versículo 15)

É a questão do pensamento que estamos falando há muito tempo: você precisa tomar conta do seu pensamento, já que não conhece seus sentimentos.

Se você dá graças a Deus somente em espírito, como pode uma pessoa simples, que toma parte na reunião, dizer amém à sua oração de agradecimento? (Capítulo 14 – versículo 16)

Se você não consegue externar em palavras o amor, ninguém vai entender o que está dizendo. Portanto, é preciso que ame a Deus, mas é preciso também que o seu raciocínio, o seu pensamento, esteja sintonizado no amor. E preciso que ele transmita o amor aos outros, para que as pessoas possam compreender o que diz

Sendo assim, é preciso que ame sentimentalmente, mas também é preciso que ame mentalmente os outros. Ou seja, que não tenha pensamentos que digam: 'amo todo mundo mas aquele ali não presta... Está vendo só? Olha a roupa que ele está vestindo'...

 É isso que Paulo está ensinando.

Atividade mediúnica

A cultura e o trabalho mediúnico

Mesmo que a sua oração de agradecimento a Deus seja muito boa, essa pessoa não recebe nenhuma ajuda. Eu agradeço a Deus porque falo em língua estranha muito mais do que vocês. Porém nas reuniões da igreja prefiro dizer cinco palavras que possam ser entendidas, para ensinar também os outros, a dizer milhares de palavras em línguas estranhas. (Capítulo 14 – versículo 17 a 19)

Olha que lição Paulo está nos dando. Ele é um doutor, um mestre para quem foram reveladas muitas coisas. Poderia ensinar toda a técnica espiritual, mas prefere não falar com o povo sobre o ensinamento técnico. Prefere expor o amor em palavras simples ('louvado seja Deus') do que ficar dizendo: 'o espírito tem um perispírito', 'existe reencarnação', etc...

Apesar desse conselho do mestre, hoje em dia se vê tantos nomes imponentes, tanta coisa sendo ensinada, tanta ciência espiritual que as pessoas não compreendem e não guardam sendo transferida. Nós, como seguidores de Paulo, preferimos falar com palavras simples, mas que expressem o amor a tudo e a todos.

E é isso que precisamos começar a ensinar as pessoas: a expressar o seu amor.

Irmãos, não pensem como crianças. Quanto ao mal, sejam crianças, mas no modo de pensar sejam adultos. (Capítulo 14 – versículo 20)

Cristo fala assim: seja pacifico como uma pomba e esperto como uma cobra. É mais ou menos o que Paulo está falando: seja uma criança de índole, mas comece a raciocinar maduramente a vida.

Você não deve raciocinar como criança, ou seja, como um ser que busca sempre só para si. Pensar maduramente, raciocinar maduramente a vida é entender que todo e qualquer ensinamento que receba é para você mesmo aprender e não para julgar os outros.

Na verdade, todo ensinamento que recebe deve lhe ajudar a amar e ensinar aos outros como se ama.

Nas escrituras sagradas está escrito: falarei a este povo, diz o Senhor. Falarei por meio de lábios estrangeiros e de línguas estranhas. Mas assim mesmo o meu povo não me ouvirá. (Capítulo 14 – versículo 21)

Não adianta falar de ciência espiritual porque o povo não ouve. Porque não ouve? Porque o que está sendo dito não faz parte do seu mundo.

Quantas pessoas estão aqui hoje?

Participante: somente duas.

Está vendo só: não adianta falar das coisas espirituais para vocês porque elas não fazem parte do cotidiano de suas vidas.

Quantas vezes já disse que mesmo que não percebam, todos os espaços terrestres estão repletos de espíritos? Mesmo já tendo falado disso, me respondem que aqui só tem duas pessoas. Por que essa resposta? Porque os espíritos que aqui estão não fazem parte da realidade de vocês.

Não adianta dizer que tem um índio sentado ali, um hindu sentado aqui, um boiadeiro acolá, um bêbado no outro canto e que mais adiante tem uma vítima de atropelamento. De nada adianta falar disso, pois esses seres não fazem parte do mundo de vocês.

Por isso digo sempre: vocês não conseguem entender o que estou falando.

Portanto, o dom de falar em línguas estranhas é uma prova para os descrentes e não para os cristãos. (Capítulo 14 – versículo 22)

Outro grande ensinamento de Paulo: os milagres, a ciência espiritual, a técnica mediúnica são assuntos de interesse apenas daqueles que não acreditam em Deus. São interesses daqueles que querem compreender Deus e não ama-Lo.

É preciso que nós, como cristãos que dizemos ser, comecemos a compreender que esses estudos não servem para nada. Se não colocarmos o amor em pratica, de nada adianta todos os dons que tivermos, de nada adianta ouvirmos ensinamentos sobre o espírito ou sobre o Universo. Só quando colocarmos o amor em prática vamos realmente realizar alguma coisa e poder ajudar o próximo.

Atividade mediúnica

Os estudos e as provas

Mas o dom de anunciar a mensagem de Deus é uma prova para os cristãos e não para os descrentes. (Capítulo 14 – versículo 23)

O dom de falar em línguas estranhas, ou seja, de ensinar técnicas espirituais, é uma prova para os cristãos, pois quem é verdadeiramente não se preocupa com técnica espiritual.

Cristo não ensinou nada sobre técnica espiritual. Ensinou a amar. Portanto, quem segue o amor, quem segue Cristo, não tem que se preocupar com profundos conhecimentos sobre o mundo espiritual.

Imaginem a igreja reunida e todos falando em línguas estranhas. Se chegarem algumas pessoas simples ou descrentes, será que não vão dizer que vocês estão loucos? (Capítulo 14 – versículo 23)

Vamos pensar sobre o que Paulo disse. Mas, antes, deixe-me dizer uma coisa: não estou falando mal de ninguém. Quem me conhece já sabe que não falo mal, mas apenas constato situações.

Vamos imaginar um centro espírita. O palestrante está lá na frente falando profundamente sobre O Livro dos Espíritos, sobre as coisas do espírito. Aí entra uma pessoa que nunca tenha estudado esse livro e que não sabe nada sobre o assunto. Essa pessoa não se sintonizará com o templo.

Os templos foram feitos para ensinar o amor e não a técnica espiritual. Não há técnica pela própria técnica, não há ciência pela própria ciência: tudo deve ser usado para se ajudar a amar. Aliás, como ensina o Espírito da Verdade, 'a ciência lhes é dado para o avanço em todos campos', inclusive na moral.

Não adianta falar coisas difíceis se quem está ouvindo não tem condições de saber aquilo. O templo deve servir para ensinar o amor e não para que os médiuns, os palestrantes coloquem a sua suprema cultura em ação.

Mas, se todos anunciarem a mensagem de Deus, e entrar ali algum descrente ou alguém que seja simples, ele vai ouvir o que vocês estão dizendo e se convencer do seu próprio pecado. (Capítulo 14 – versículo 24)

Se você falar do amor, se ensiná-lo a quem entra, não importa se essa pessoa tem cultura espiritual: ao ver o amor que ali existe o simples vai senti-lo nas palavras e leva-lo ao coração. Neste caso, o descrente, ao entrar e ver isso, passa ser crente. Agora, se o descrente chega em um lugar onde ensinam mais coisas para ele descrer, não irá crer em mais nada.

Saibam de uma coisa: sem a fé espírita – confiança e entrega aos ensinamentos de Kardec – quem lê O Livro dos Espíritos diz que aquilo tudo é fantasia. Portanto, se alguém está só ensinando técnica e entra um descrente, alguém que não tem a fé espírita, vai dizer: 'aqui só tem maluco, pois acreditam que existe espírito, encarnação, reencarnação. Vou embora.'

Agora, se as pessoas ali dentro estiverem apenas amando, o descrente vê o amor em ação e se sente bem. Com isso começa a questionar os seus valores, ou melhor, os seus pecados, como foi falado no texto de Paulo.

E ele será julgado pelo que ouvir, os seus pensamentos secretos serão revelados, e ele vai se ajoelhar e adorar a Deus, dizendo: na verdade, Deus está com vocês. (Capítulo 14 – versículo 24 a 25)

'Os seus pensamentos secretos serão revelados'... Precisamos entender isso.

Se uma pessoa é direcionada a um lugar transbordante de amor, Deus direcionará a reunião para que se fale sobre um assunto que ela precisa ouvir, sobre algo que a tem preocupado. Aí, dentro dela surgirá a sensação de ter achado o que estava precisando.

Agora, se numa reunião se está falando da vida do espírito, de coisas cientificas universais, da energia ou do fluido, a pessoa chega e não entende nada. Aí vira as costas e vai embora. Ela pensa: 'o que vou fazer lá de novo? Deixa aquilo para quem é sábio'.

Atividade mediúnica

Encerramento

Tudo o que acabei de dizer só serve para quem está com o coração transbordando de amor, ou seja, para quem está buscando a Deus. Para quem quer sabedoria, ou seja, está preocupado apenas consigo mesmo, com certeza vai gostar mais da reunião onde haja estudos. Só que ficar participando de reuniões desse tipo de nada adianta.

Lembro que uma vez estive em uma casa muito conceituada onde as pessoas falavam apenas em técnicas espirituais. Perguntei se as pessoas sabiam que eram espíritos. Disseram que sim. Perguntei, então, porque precisavam estudar essas coisas.

Será que um espírito precisa vir a um mundo onde se torna incapaz de conhecer as coisas do seu próprio para aprender? Acho que não. Foi por isso que disse àqueles que sabiam ser espíritos e estavam ali estudando as coisas espirituais: ‘vocês vivem se enganando’.

Essa é a síntese do ensinamento de Paulo. Aquele que não se dedica a amar incondicionalmente apenas se engana.

Enfim, encerrando o capítulo, digo que a orientação que Paulo nos deu aqui serve para que cada médium ou cada pessoa que se diz auxiliar de Deus compreenda que o que precisa ser colocado nos templos não é questão técnica, não é ensinamento, mas o amor. É preciso ajudar as pessoas a amarem, ensinar valores que as leve a amar.