Colocando o ovo em pé

Colocando o ovo em pé

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Colocando o ovo em pé 01
Colocando o ovo em pé 02

No segundo dia de conversas em Peruíbe, Joaquim disse que para ser feliz é preciso aprender a vida com simplicidade.

Protegendo a felicidade

Protegendo a felicidade

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Protegendo a felicidade - parte 01
Protegendo a felicidade - parte 02

No primeiro dia de conversas em Peruíbe durante a XXI Festa de N. Sra. Joaquim de Aruanda falou da necessidade de proteger a felicidade e como fazer isso. 

Paz para o mundo

Paz para o mundo

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Paz para o mundo - 1ª parte
Paz para o mundo - 2ª parte
Paz para o mundo - 3ª parte

Conversa realidade em Curitiba/PR

Nessa conversa Joaquim de Aruanda fala do trabalho que cada um precisa realizar para levar paz para o mundo. Mais adiante ele volta a falar sobre o mundo e afirma que é a vida de cada um, pois o planeta é o somatório de todos que habitam nele. Sendo assim, levar a paz para o mundo é cada um trabalhar a sua paz interior na lida consigo e com o próximo. 

Reconhecendo os inimigos da felicidade

Reconhecendo os inimigos da felicidade

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Reconhecendo os inimigos da felicidade - 1ª parte
Reconhecendo os inimigos da felicidade - 2ª parte
Reconhecendo os inimigos da felicidade - 3ª parte
Reconhecendo os inimigos da felicidade - 4ª parte

Depois de convocar em Brasília os amigos para participarem de uma revolução anárquica espiritualista, Joaquim de Aruanda diz que é necessário ensinar àqueles que pretendem participar dessa revolução a identificar os alvos e executar a mira perfeitamente para poder eliminar o causador do sofrimento. É isso que faz nessa conversa no Rio de Janeiro.

Texto não disponível 

Problemas no centro

Problemas no centro

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Problemas no centro

Os amigos da Sangha São Carlos pediram ajuda de Joaquim de Aruanda para resolver alguns problemas que estavam acontecendo na gira de umbanda. O amigo espiritual os ajudou priorizando a reforma íntima de cada um nas suas respostas, é claro

Expectativas

É preciso viver sem esperanças

Saiba de uma coisa: é impossível deixar de ter expectativas. A vida humana, como geração da mente, é feita em cima de expectativas. Toda razão se fundamenta em expectativas, com esperanças de que no futuro aquela possibilidade torne-se real.

Portanto, o trabalho não é deixar de tê-la, mas sim aprender a lidar com ela sem se envolver com a esperança de que a probabilidade possa acontecer. Vamos usar o assunto que você trouxe a baila hoje: ‘eu conheço o ensinamento’.

. A presunção do conhecimento traz consigo a expectativa de que saberá lidar com as emoções humanas sem cair na tentação. Isso é normal. Só que como essa razão é vivenciada com a esperança de que acontecerá a prática conhecida, quando ela não acontece, vem o sofrimento.

Aquele que entende a questão da expectativa e da esperança, quando vivencia um momento onde espera que reaja de uma determinada forma e não faz da seguinte forma: ‘está certo, sabia que não devia agir assim, mas agi. E daí’?

Participante: sem acreditar no estereótipo do que é viver que os ensinamentos que a mente cria.

Não é só isso. Volto a repetir: é viver sem a esperança de que colocará em prática o que imagina ter aprendido.

Sem a esperança que conseguirá chegar a algum lugar, que terá algo, que dará certo, que conseguirá. Só vivendo assim estará vivendo o presente no presente pelo presente, que é a única forma de se conseguir a felicidade plena.

Participante: o que o senhor está dizendo é que já estamos prontos, mas por termos a esperança de que faremos, não colocamos em prática os ensinamentos que sabemos.

Isso: sabem, mas por se deixarem levar pela esperança de suprir as expectativas não vivem como sabem que deveriam viver.

Essa questão da esperança é a mesma coisa de outra coisa que já falei quando do estudo de O Livro dos Espíritos. Lá vimos que vicissitude é a alternância das situações da vida. Lembro que disse: a vida é feita de alternâncias e aquele que quer alcançar a evolução espiritual precisa aprender a navegar no meio das ondas, ou seja, sem deixar-se elevar ou rebaixar-se com elas. Isso é o que deveria ser feito, mas vocês, por imaginarem que sabem o ensinamento, querem achatá-las para que existam só no meio, ou seja, querem acabar com as vicissitudes ao invés de aprenderem a surfa-las.

Fazer isso é impossível. Não se pode achatar as ondas: é preciso aprender a ficar no meio quando elas estão no alto ou abaixo. A vida está no alto, mas você está no meio; a vida está no baixo, mas você está no meio. Não se trata de trazer o alto e o baixo da vida para o meio, mas permanecer no centro quando ela está acima ou abaixo.

Participante: agora entendi.

Isso é que é aprender a ser feliz.

Expectativas

Esperança e possibilidade

Voltando ao processo de vitimização, posso dizer que ele é o fato de dar a outro a culpa de alguma coisa, que, na verdade, entre aspas, ‘é sua culpa’. Coloco entre aspas porque num mundo onde cada um recebe segundo as suas obras, não existe culpa: nem sua nem dos outros.

Participante: entendi. É não criar um padrão de resultados...

Não é só não criar um padrão de resultados. É outra coisa. Vamos ver isso.

A expectativa carrega junto com ela uma coisa chamada esperança. A esperança que a vida ocorra do jeito esperado.

Saiba de uma coisa: tudo que não é certeza, que não está no momento presente é só uma esperança de ser. E nada que está no presente é uma realidade, mas apenas uma possibilidade.

Participante: um sonho.

Isso.

Sonhar, desejar, esperar: tudo isso está presente dentro da expectativa para a vida. Mesmo que essas coisas não sejam conscientes, elas estão sempre presentes nas formações mentais que o ego gera. Mesmo que sua razão seja para a prática do ensinamento, ali está presente uma esperança que gera uma possibilidade como se real fosse.

Na verdade verdadeira, apesar de dizermos tudo isso, sabemos que vocês não conseguem viver sem expectativas. Por quê? Porque ela é gerada pela mente. Sendo assim, o trabalho que precisa ser feito não é o de não ter expectativas, mas ao tê-la, não se deixar levar pela esperança de que aquilo seja alcançado.

Participante: agora entendi.

Amanhã você vai pegar um ônibus para voltar para sua casa. Certamente viverá esse momento com a expectativa de chegar. Só que ao invés de ter a esperança de chegar, diga para si: ‘vou pegar, espero chegar, mas não sei se chegarei’. Essa é a postura emocional que pode leva-lo a viver a viagem sem a ansiedade de chegar ou sem a contrariedade, se não chegar.

Participante: então, é lidar com a expectativa sem tê-la e não deixar a ter?

Isso. Lidar com a expectativa sem se deixar levar por ela.

Não pode ser de outro jeito, porque se digo que não deve ter mais expectativa, o que crio?

Participante: outra expectativa...

Expectativas

Expectativa da prática dos ensinamentos

Participante: o senhor falou algo interessante. É isso mesmo...

É isso que vocês precisam compreender: se há um culpado de qualquer sofrimento que você tenha nessa vida é a sua expectativa sobre a vida.

Quem é o culpado pela solidão do outro? Será que é quem estava junto e foi embora? Não, é o querer ter uma companhia, o não querer estar sozinho. Ou seja, a expectativa de ter alguém ao lado.

É isso que precisam tratar, se quiserem ser realmente feliz: a expectativa que têm sobre a vida humana, o que esperam dela.

O tratamento que estou propondo agora serve para tudo nessa vida, inclusive para a prática do ensinamento que imagina ter aprendido. Estou voltando, como exemplo, ao que você falou no início dessa conversa: a prática do ensinamento. A expectativa que você tem sobre colocar em prática o que aprendeu porque leu, porque estudou, é o que lhe faz sofrer e não a não prática em si.

A expectativa de colocar em prática um ensinamento que imagina ter aprendido causa sofrimento, ou seja, faz não colocar em prática o ensinamento.

Participante: entendi o que o senhor disse e com isso vejo mais uma pegadinha da vida com aquele que quer ser feliz. Há momentos em que aparentemente você logrou êxito. Depois a vida fica em banho-maria e logo aparece outro momento semelhante ao primeiro e não existe a prática.

Exatamente isso.

A mente faz dar certa a prática do ensinamento em alguns momentos. Afirma que agora aprendeu e que sabe o que fazer. Você acredita nisso e assim aceita a expectativa de que agora vai agir sempre dentro do que é preconizado. Aí ela não cria a prática. Pronto, você aceita e sofre porque é um ‘burro, não entende nada’, como já me disseram milhares de vezes.

O que lhe fez sofre foi a sua ‘burrice’? Claro que não. Foi a expectativa de que tinha aprendido e que agora iria colocar em prática todas as vezes.

Portanto, é preciso viver a vida sem esperar nada dela. Nem de você, claro, porque você é ela.

Expectativas

O culpado do sofrimento

Participante: acho que esse era o ponto central que precisa esclarecer nessa conversa.

Certo. Então me deixe colocar algo agora.

Você falou em uma coisa muito interessante para aquele que quer aproveitar essa encarnação para alcançar a verdadeira felicidade: ser vítima. Isso é uma questão que vocês devem evitar a qualquer custo: sentir-se vítima de algo ou de alguém.

Primeiro porque isso não traz felicidade para ninguém. Pelo contrário: só traz sofrimento.

Segundo: ninguém é vítima de ninguém. Se pudéssemos dizer que alguém é vítima, teríamos que dizer que o é dele mesmo. É o próprio ser humano que cava o buraco para plantar a semente do sofrimento que nascerá nele mesmo.

Se essa postura leva ao sofrimento, o sentir-se vítima, portanto, também é uma questão espiritual e por isso se torna importante na existência e gera a necessidade de um trabalho. Vamos falar dele.

Cada vez que um ser sente uma contrariedade durante a vivência da existência carnal, pode ter a certeza de que há a criação de um culpado para o que está sendo vivido. Não importa se essa culpa pode ser observada claramente ou não, cada vez que o ser vive uma contrariedade nomeia um algoz para si.

Esse é um aspecto que todo ser humanizado precisa compreender: não há como sofrer sem gerar um culpado pelo sofrimento. É importante essa compreensão, pois enquanto aceitar o sofrimento como causado externamente, jamais será feliz de verdade.

Só que essa culpa é uma falácia: se há um culpado do sofrimento é o próprio ser humanizado.

Participante: você é herança de você mesmo

Isso...

 Você é algoz de si mesmo no sentido de cobrar alguma coisa do mundo: coisas, pessoas e acontecimentos. É nesse sentido que estou falando.

Cada vez que você se contraria com alguma coisa, a sua mente encontrará um culpado pela contrariedade. Aceitando essa culpabilidade, o sofrimento será inevitável, a falta de amor acontecerá. Por isso, aquele que busca a elevação espiritual precisa nesse momento dizer a si mesmo: ‘não, a culpa do sofrer não reside nessa pessoa ou acontecimento, mas em mim mesmo’.

Vou usar o exemplo que mais uso para explicar isso porque acho que ele facilita a compreensão: alguém lhe chamar de feio. Se alguém chama um ser de feio e isso causa alguma contrariedade, com certeza ele viverá esse momento acusando quem proferiu a frase como culpado do seu sofrimento. Acredita que a contrariedade se origina no fato de alguém tê-lo chamado de feio.

Isso é uma inverdade. O que realmente causa a contrariedade não é o que foi falado, mas a expectativa de quem ouviu. Se quem ouviu a frase não quisesse, não esperasse, ser chamado de bonito, jamais se contrariaria com o que o outro falou.

É por isso que afirmo que se há um culpado do sofrimento quando alguém chama outro de feio não é o que foi dito, mas a expectativa, o desejo de ser chamado de bonito. Só que ninguém se lembra disso e trabalha para evitar o sofrer. Ao invés disso, se alguém o chama de feio o ser vai buscar a origem da contrariedade em centenas de fontes ou verdades e não na sua expectativa de vida.

Expectativas

O melhor para mim

Participante: ou seja, é sair da postura de vítima, existe alguém fazendo algo desagradável que está me ferindo. É assumir a postura de que é preciso que eu haja para eliminar o que eu deixei me ferir.

Posso ser bem claro? É preciso ter a consciência de que o melhor para você é libertar-se do peso que a mente dá às coisas desse mundo.

O melhor para você... Precisamos acabar com a hipocrisia que existe a respeito do egoísmo. Buscar o melhor para si mesmo não tem problema algum no tocante à elevação espiritual, não comprova a presença de um egoísmo. Isso só será problema se o melhor para você depender de ter o que não tem, de ser considerado o certo, o melhor. Ou seja, só tem problema se o melhor para você estiver ligado à satisfação das suas posses paixões e desejos. Se não estiver, buscar o melhor para si é o que precisa ser feito.

É preciso acabar com a hipocrisia. Ninguém consegue viver buscando o pior. Ninguém consegue viver perdendo, sentindo-se contrariado. Para que se alcance a verdadeira felicidade é preciso conseguir o melhor para si. A questão é: o que é melhor para você?

Para que o melhor para você seja realmente o melhor, o que ele precisa? Acontecer. O melhor que não acontece não é o melhor, mas a causa do sofrimento, pois se trata de algo que é desejado e não é alcançado.

Ora, se você não tem nenhum controle sobre o que acontece, para que o melhor aconteça, o que é preciso? Que você não espere nada do agora, que não queira que aconteça nada específico, que não seja considerado melhor ou maior do que ninguém. Isso é o melhor pra você.

Portanto, a busca do que é melhor para si não se trata de buscar alguma coisa específica, mas sim em atingir um estado de espírito onde não haja nenhuma expectativa para as coisas do mundo. Só você entendendo e buscando essa postura poderá compreender que ao invés de brigar com as pessoas por se considerar vítimas delas deve eliminar em si o peso de alguma coisa.