Atividade mediúnica

Ciúme, soberba e vaidade

“O amor não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso”. (Coríntios I, cap. 13, 04)

Quem ama verdadeiramente não quer para si, por isso não é ciumento. Só tem ciúme quem quer possuir alguma coisa ou pessoa.

No seu trabalho espiritual tem ciúme quando uma pessoa procura outro médium para se tratar? No seu trabalho espiritual sente uma pontada de ciúme quando o dirigente da casa chama outro médium para um trabalho específico? Então, você não executa o seu trabalho mediúnico com amor e por isso ele não serve como instrumento para a sua elevação espiritual.

O amor não é orgulhoso.

Em outras oportunidades já distinguimos o orgulho da soberba. Essa distinção não é feita por vocês e por isso acham que ter orgulho é algo ruim. Isso não é real.

Ter orgulho do que faz é ter a sensação do dever cumprido. Já a soberba é dizer que o que você faz é melhor do que os outros fazem. O orgulho é uma sensação vivida no íntimo, a soberba é uma sensação declarada de superioridade. Por isso, neste trecho, vamos usar a palavra soberba ao invés de orgulho.

Quem ama não é soberbo.

No seu trabalho espiritual se considera melhor médium que outros? Acha que consegue ajudar mais as pessoas do que outros trabalhadores? Acha que possui mais condições de ajudar o próximo que outros médiuns? Por quê? Sendo Deus quem faz tudo, como você pode ser melhor do que o outro?

Quem julga sua participação nos trabalhos mediúnicos melhor do que a de outros não a executa com amor. Dessa forma, não utiliza essa ferramenta de trabalho para a elevação espiritual positivamente.

Quem tem soberba quer ser maior do que o outro. Quem tem vaidade é aquele que está sempre comentando dos resultados da sua participação nos trabalhos mediúnicos de uma casa. Como esse quer demonstrar a sua superioridade, não está amando, pois quem ama jamais quer ser superior a ninguém. É por isso que a o amor não é vaidoso.

Quem ama não fica contando vantagem, não fica se expondo como um pavão enaltecendo a si mesmo. Aquele que vive contando como resolveu, através da sua mediunidade, os problemas dos outros, é um professor da lei hipócrita, como ensinou Cristo:

“Fazem tudo para serem vistos. Vejam como são grandes os trechos das Escrituras Sagradas que eles copiam e amarram na testa e nos braços! E olhem os pingentes grandes das suas capas! Preferem os melhores lugares nas festas e os lugares de honra nas casas de oração. Gostam de ser cumprimentados com respeito nas praças e de ser chamados de mestre”. (Mateus, 23, 05 a 07)

Aliás, todo médium que executa o seu trabalho mediúnico sem amor torna-se um professor da lei hipócrita. Por isso é importante darmos uma olhada nas características destes descritas por Cristo.

O médium que não trabalha com amor, ou seja, que é ciumento, soberbo e vaidoso é aquele que gosta de colocar culpa nas pessoas que atende. Gosta de acusar e criticar as pessoas. Dessa forma enaltece a si mesmo.

O médium não amoroso é aquele que não aponta saídas, que não ajuda as pessoas a carregarem seus fardos, mas só aponta os erros dos outros. Mostrando-os engrandece a sua cultura sobre o que é errado.

Aquele que participa dos trabalhos mediúnicos com o amor verdadeiro por não ser vaidoso sabe que é Deus que executa tudo e não ele. Por isso, suas orientações sempre são voltadas a buscar a solução de seus problemas em Deus e não na matéria. Ele pode até ajudar materialmente as pessoas necessitadas, mas mais do que isso sempre as incita a desenvolverem a fé para poderem merecer receber.

Esses são alguns exemplos da diferença entre o médium amoroso e o professor da lei, aquele que vive o seu trabalho mediúnico sem o amor universal. Um quer servir ao próximo; o outro quer se servir dele para poder brilhar. É por isso que Paulo está dizendo que o amor não é vaidoso, ciumento ou soberbo.