“Tal como o céu permanece impassível diante de tudo aquilo que o fogo, a água e a terra possam produzir e emanar e fica impassível também diante das nuvens que o vento arrasta, assim convém que o homem permaneça diante de tudo aquilo que é criação do tempo”
Tudo o que a terra, o fogo, a água e o vento parecem produzir...
Os elementos elencados por Krishna são os quatro elementos que compõe o mundo material. Sobre eles, o Sublime Senhor afirma: ‘o céu permanece o mesmo, não importando o que esses elementos criem’. Ou seja, pouco importa para o céu o que os elementos materiais produzem.
Da mesma forma o homem lúcido. Ele deve permanecer preso à consciência de que é um espírito, que sabe que era antes de nascer e assim ficar imune às criações materiais que falam sobre acontecimentos desse mundo.
‘Bateram no meu carro’. Um fato desse não pode afetar o homem lúcido. Ele sabe que precisa estar acima das consequências que isso possa causar a um ser humanizado. Sabe que precisa estar imune a tudo que advenha desse acontecimento.
O que advém de um acontecimento desse tipo? Sentir-se mal, perdedor, atacado, etc. Todas essas criações surgem de um acontecimento desse tipo, mas o homem sábio coloca-se acima delas, pois sabe que o céu não se afeta com as criações dos elementos materiais.
O homem sábio também se coloca acima das criações chamadas boas ou positivas: ‘Oba, meu filho nasceu’: o homem sábio está imune a esse tipo de prazer. “que coisa boa, agora sou mãe, pai... Meu filhinho querido... Agora tenho razão para viver’ são pensamentos que o homem lúcido não se apega.
O ser lúcido está imune a essas criações mentais. Elas não o afeta, sejam positivas ou negativas. Esse é o ensinamento que o mestre diz que aprendeu com o mestre céu.
O céu está lá, não importa o que a terra crie. O céu é o céu e o homem lúcido é a mesma coisa: não importa o que a terra crie, ele é equânime. Está sempre igual, sempre na mesma vibração. Por isso muitas vezes digo que o ser lúcido está acima do bem e do mal.
AS coisas não são boas ou más. São as criações do ego que fragmentam o uno, através da dualização. Essa fragmentação não alcança o ser lúcido, pois é imune a isso.