7ª Conversa - Diversos temas

Loucura - Relacionando-se em paz

É isso que o guerreiro da paz compreende. Ele entende que não há ninguém doente, mas que cada um pensa diferente. Compreende que precisa, se quer ter a paz, vencer seus inimigos internos. Compreende que para essa vitória tem que abrir mão dos valores que a mente cria para a ação do outro. Esse é o trabalho para se ter paz

Trabalhar pela paz não é algo que deva ser realizado meditando. É um trabalho que você precisa fazer em si mesmo para se libertar dos valores que a mente aplica ao que os outros fazem ou são.

Lembrando do início de nossa conversa, é um trabalho de libertação do general, dos oficiais e dos soldados que insistem em lhe tirar a paz. É um trabalho que precisa se fazer sobre essas coisas para eliminar a raiz do sofrimento que está dentro de si e não no outro.

É este o reconhecimento primário que você precisa ter para esta ou qualquer outra convivência. Para qualquer outro momento onde haja um atrito entre você outra pessoa.

Aquele que quer paz acaba, em si, com aquilo que o leva a entrar em atrito com o outro. Não importa se ele é doente ou saudável. O guerreiro da paz deve estar sempre trabalhando em si.

Com relação àqueles que são classificados como doentes é que eu coloco este adendo. Se há um amor envolvido no relacionamento, se há uma amizade ou uma camaradagem ou qualquer coisa nesse sentido, a doação da razão, a luta contra o seu inimigo interno deveria ser mais acirrada para que o amor continue existindo.

Quem não luta para estar em paz com aquele que pensa diferente vai viver eternamente em guerra. Vai ser flechado por mágoas constantemente e jamais terá paz.