O espírito e a vida humana

Gênero de provas

Esse é outro grande detalhe quando se fala da questão da atividade do espírito. Para o ser universal a compreensão da sua atividade naquele momento consiste apenas em conscientizar-se de que está vivendo uma prova e não em buscar compreender a justiça ou o merecimento da provação, ou seja, saber a que gênero ela se prende. Essas questões são irrelevantes.

Não importa se a prova é justa ou injusta: ela foi escolhida pelo próprio ser. Por esse motivo, certamente é merecida.

Além disso, pouco importa qual o gênero ela contempla. A resposta será sempre a mesma: amar universalmente ou individualmente.

Tanto faz o gênero de provações, só há duas respostas possíveis. Por isso, aquele que quer alcançar a Deus não se preocupa em entender o que está acontecendo, mas se ocupa em ver como está amando naquele momento.

Quando falamos que a atividade do espírito é viver uma provação, não dissemos que é vivenciar diferentes provações. Pouco importa a que gênero esteja ligada uma provação, ela é sempre uma prova e nada mais.

Por isso, viver provas não se traduz em múltiplas situações, mas viver sempre o exercício do livre arbítrio de amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo ou amar a si acima de tudo.

Para o ser não existe a prova da ganância, da soberba ou da luxúria. Para ele existe apenas a provação sobre o seu amar: ‘vou amar a tudo ou apenas aquilo que acho certo ou bom amar’?

. Sendo assim, quando se fala na possibilidade de múltiplos gêneros de provas, ainda estamos vivendo ilusões, pois existe apenas uma única provação. Foi por isso, também, que Cristo resumiu todos os mandamentos apenas nestes dois.

Por isso lhe digo que se sua mente cria a possibilidade de existirem múltiplos gêneros de provações para o espírito, não se deixe levar por isso: concentre-se apenas em reconhecer como seu coração está vibrando.