Senhor da Mente - Textos - Livro I

Versículo 6 - Paixão pelos filhos

Superando o carinho que tens pelos parentes a amigos e renunciando a tudo, anda pelo mundo com um perceber equânime e fixa a tua mente completamente em Mim.

Participante: tem um exemplo de apego no livro “Céu e inferno’. É o caso da senhora Ana B. Ela era uma pessoa muita boa, não se preocupava com o futuro, vivia o presente fazendo caridade sem esperar nada em troca. Ficou doente e no momento da morte fez um esforço para se manter viva, pois seus filhos precisavam dela. Com isso, alterou seu plano encarnatório e ficou mais três meses viva. Conseguiu isso por apego aos filhos.

Não contesto que haja essa história nesse livro, mas há alguns aspectos que precisamos considerar.

Sobre a questão do apego familiar ser algo valoroso, daqui a pouco vamos ver uma história bem interessante nesse livro. Ela fala de um casal de pássaros que se juntaram e constituíram uma família. Espere um pouco, por favor.

Outro detalhe. Há uma pergunta em O Livro dos Espíritos que diz assim: ‘como os mortos encaram o sofrimento dos seus parentes que ficaram’? O Espírito da Verdade responde: ‘de acordo com seu grau de evolução. Os mais evoluídos se preocupam com as oportunidades perdidas pelos encarnados e os menos evoluídos se preocupam com a dor deles’.

O exemplo que está dando é posse. Possuir alguma coisa é achar que é seu, que pode controlar o outro. A possessão é combatida por todos os mestres.

Por esse aspecto (paixão pelos filhos) vocês podem ver que o trabalho do senhor da mente é árduo. É um trabalho constante e polêmico.

Ele é polêmico porque quando falamos da não paixão pelos filhos, apesar de Cristo também ter exercido essa não paixão, as pessoas pensam que somos contra Deus, contra o amor. Isso é irreal. Na verdade, o verdadeiro amor é liberto de paixões.

O trabalho do senhor da mente começa aqui. Começa no controle da emoção mais profunda, que é a que têm pelos seus parentes, amigos, objetos ou qualquer outra coisa que gostem. Aqui começa o trabalho do senhor da mente porque abandonar a posse do inimigo é fácil, quero ver é abandonar a posse do amigo.