Unidade - Capítulo 1

Versículo 47

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Faixa 2

 47. Tu és uma Essência imorredoura, pura por tua própria natureza, não pura por virtude do Sadânga Yoga ou pela eliminação da mente ou pelas instruções do Guru.

Você já é puro, você não se torna puro: é isso que o mestre está nos ensinando.

O espírito já é puro por natureza, por essência... Ele não se transforma em puro, ele já é puro.

Por isso lhe afirmo: não será esse, aquele ou qualquer outro trabalho que lhe vai dar pureza. Todos os seus trabalhos no sentido da elevação espiritual podem lhe ajudar a eliminar a sujeira, mas jamais lhe trarão pureza, porque você já a tem...

É preciso compreender isso muito bem... Sei que muitos, por conta do individualismo que vivem estão gostando de saber que já são puros, pois podem com isso dizer-se melhores. Mas, é preciso compreender que todos são puros, ou seja, quem você gosta e diz que é bom e aqueles que você não gosta e diz que são ruins...

Todos são puros, quer você chame de amigo ou inimigo, de monstro ou anjo. É a esse ponto que nós temos que chegar quando se entra em contato com um ensinamento como este... Não podemos parar naquela ilusão falsa de que somos puros, porque senão o conhecimento vira soberba.

Sabe... Aquele que você chama de monstro, assassino, que bate e machuca os outros, ele é puro, ele é pureza. Aquele que você diz que não presta, que mente, que briga, que lhe acusa de fazer isto ou aquilo, ele é puro.

É isso que nós precisamos viver: viver a pureza do Universo, viver a pureza que é a Realidade Universal, ao invés de ficar vivendo os adjetivos mayas que criamos para as coisas.

Precisamos nos libertar dos mayas para viver a Realidade que é a seguinte: todos os espíritos são puros na sua essência. Não existe monstro, safado, sem vergonha; o que existe são espíritos puros aos quais você dá estes adjetivos...

Sendo assim, eu diria que se neste caso há um "errado", ele é você. Isso porque é você que não lida com as coisas na sua essência, pois está aprisionado ao seu maya. Por causa da prisão à ilusão como real, você vai andando pelo mundo como se fosse o senhor dele dando valor a todas as coisas. Esquece-se apenas que ao dar estes adjetivos às coisas, está retirando delas a essência pura que elas têm.

É isso que você precisa compreender... Ninguém lhe ofende: você dá um valor de ofensa ao que algo puro fez como fruto do amor de Deus. Ninguém lhe bate: você é que se sente machucado, agredido, quando uma pureza age comandada pelo amor de Deus. Ninguém faz bagunça: é você que se sente mal com o amor de Deus que se transformou numa atitude de uma pureza do Universo.

Ter esta sapiência é muito importante para a nossa elevação, porque a partir dela, tudo muda. Primeiro, porque você não tem que fazer mais nada para elevar-se, pois a única coisa que deve fazer é não fazer. Ao invés de agir para consertar as coisas, precisa é aprender a deixar de dar valores ás coisas que acontecem...

Até hoje vocês imaginaram que precisavam agir externamente para promover a reforma íntima, mas eu digo que isso é irreal, pois a reforma íntima é um trabalho interno de destruição de tudo aquilo que você acredita.

Participante: Se o espírito é puro, porque encarnou então?

O espírito é puro na sua essência, mas não vive esta essência: é isso que o mestre diz.

Você é puro em essência, mas, por fora, as verdades que você vive não refletem esta pureza... Por isso precisa reencarnar: para ter a oportunidade de destruir essas verdades e retornar á sua pureza...

Você é puro, mas não vive a pureza que você é: por isso precisa encarnar... Quando viver a essência que você e todos já são, terá alcançado a reforma íntima e aí acabará com a roda de encarnações.