Unidade - Capítulo 1

Versículo 46

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Faixa 1

 46. Tu não és um animal, homem ou mulher, tampouco és conhecimento ou ignorância; como, então, te consideras cheio de venturas ou destituído delas?

Você é um animal?

Participante: A ciência diz que eu sou um animal racional.

O que é ser um animal?

Participante: O que tem animação...

Isso... Como animal é considerado todo o elemento que possuí animação do planeta Terra.

Mas, você não é do planeta terra, pois é em essência um espírito, um ser universal. Você é do Universo: não está preso a parte alguma deste planeta (país, estado ou cidade). Também não está preso a nenhuma casa específica, pois pertence ao Universo. É isso que precisamos compreender...

A partir desta compreensão temos, então, que entender que não existe planeta Terra ou qualquer outro. Se não existem planetas, também não podem existir seres extraterrestres, pois todos os seres são do mesmo lugar: do Universo.

Mais, estando estes seres espalhados pelo Universo – não falo do físico, mas do elemento universal como um todo – todos são espíritos e, portanto, puros...

Sendo isso verdade, ou seja, se você como elemento universal é puro, como quer, então, afirmar que tem ou não ventura? No mundo humano ter ventura é ser “bom”; não ter é ser considerado “ruim”... Mas, como você pode ser “bom” ou “mau” se já é venturoso?

Você já é a pureza... Não pode tornar-se puro, porque já é... É muito difícil explicar isto por palavras, mas mesmo assim, é preciso aprender a conviver com esta realidade para poder abandonar o mundo material.

Veja, se você se prende a idéia da existência de um planeta, terá medo de extraterrestres; prendendo-se a idéia da existência de uma nação, viverá com posse sobre as coisas nacionais. Se você se prende a uma casa, família, vocês está aprisionado a um mundo individualista, um núcleo familiar...

Todos estes apegos lhe fazem aceitar o egoísmo proposto pelo ego como real. Mas, há uma possessão muito pior: a da existência de um “eu” individual...

Se você se prende a idéia de existir como uma individualidade é como se estivesse dentro mar amarrado a uma pedra muito pesada, pois não existe maior oportunidade para a vivência do egoísmo criado pelo ego do que a crença de que existe um “eu” separada do todo. Isto porque todas as outras idéias que tiver serão subordinadas e condicionadas por este “eu”.

Você, para atender os ensinamentos dos mestres, quer deixar de ser terrestre, brasileiro, pai, mãe, filho, irmão, marido ou mulher e ser universal, então se liberte antes do seu “eu”. Isto porque enquanto estiver amarrado ao “eu”, ou seja, ao ego, ao conjunto de verdades que você acredita como real, você será sempre membro de uma pequena partícula do Universo, achando que é está no todo.