Unidade - Capítulo 1

Versículo 22

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Faixa 1

 22. Os sábios declaram que sem dúvida existe apenas uma entidade imutável. Quando abandonas as paixões e resta apenas UM, a variedade desaparece.

Existe apenas a criatura imutável, o espírito...

O ser universal humanizado com todas as suas dualidades que você chama de espírito, não é o ser universal, mas um estado do espírito. Ele e todas as suas criações mentais também não são Reais, mas ilusões que o espírito vivencia como verdades...

A personalidade humana não é, na essência, o espírito, mas é ele utilizando-se de elementos que não são dele. As razões que o ser humanizado vivencia não pertencem ao espírito, mas são elementos que se agregam a ele com o advento, com o nascimento, com a consciência de ser humano...

NOTA: Esta declaração se baseia no estudo “Poluição Adventícia” que foi realizado pelo amigo espiritual a partir de um sutta budista.

É preciso que compreendamos isso profundamente. É preciso que entendamos que a dualidade só existe a partir da sujeira que o espírito vive como real, que ele agrega a si com o advento.

Esta sujeira chama-se paixão e são de dois tipos: paixões positivas (o que ser quer, o que se gosta) ou negativa (o que não se quer, o que não se gosta). Estas paixões geram, então, os desejos, que também existem dentro destas duas tipicidades.

É isso que cria o dualismo do mundo: você gostar de uma coisa e desgostar de outra, querer ou não alguma coisa... O dualismo não Real, porque se trata apenas de uma visão individual das coisas e não de uma Realidade.

O querer ilusório que o ser humanizado vive seja ele positivo ou negativo, é oriundo da sujeira, ou seja, das paixões que surgem por causa do fundamento primário da razão humana: o individualismo ou egoísmo... A existência da paixão positiva ou negativa por qualquer elemento do Universo, seja ele terrestre ou universal, retrata a existência de um amor a si acima daquele dirigido a Deus, ao próximo ou a qualquer coisa...

É o individualismo que gera as paixões que dão origem aos desejos que criam racionalmente a vontade de viver apenas aquilo que se gosta e o medo de se viver o que não gosta.

Nesta rápida análise está a origem das impurezas que o espírito vivencia como realidades e que não o deixa assumir-se dentro da realidade que já é...

Portanto, elevação espiritual não é colocar nada novo (aprender), mas retirar (desaprender) estas impurezas, ou seja, tudo que você define e dá valor neste mundo, sejam estes valores e definições positivos ou negativos...