Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa

Verdade?

Participante: há um garoto russo que afirma ter vivido em Marte. Pode comentar isso?

Você quer saber se existe alguém que tenha a consciência de ser um extraterrestre vestindo uma carne? Digo que sim, existe. Aliás, não é apenas um, mas diversos.

Quer saber se esse garoto que cita é uma dessas pessoas? Não sei. Pode ser que seja, pode ser que não seja.

Sabe qual é o grande barato da vida? A fé, aquilo no que você acredita.

Não adianta receber comprovações específicas à respeito de um caso. É preciso que você, ser humano, a cada caso exercite a sua fé, a sua confiança e entrega àquilo que está recebendo como informação.

Posso dizer que existem elementos extraterrestres vivendo na carne. Posso dizer que existem elementos extraterrestres vestindo carne com consciência de sua origem. Alguns divulgam essa informação, outros não. Tudo isso existe, é possível. Agora, caso a caso se eu opinar se é verídico ou não, estarei tirando de você um momento de exercício da fé.

Não dá para decidir por você no que acreditar. É preciso acreditar no que acreditar por decisão própria.

Vocês não acreditam que têm o livre arbítrio? Eu digo que não têm, mas vocês acreditam que sim. Pois bem, se acreditam ter, exerça-o: escolha acreditar ou não...

Participante: todas as perguntas que tenho em minha mente esperam respostas de alguém que tenha mais conhecimento, como o senhor, com relação a mim, para me ajudar a balizar e balancear o meu conhecimento e a minha fé, como um pai ajuda seu filho.

Desculpe, mas se um pai ensinasse um filho, não haveria filhos desgarrados. Se um pai ensinasse um filho, não haveria filhos alcoólatras. Pai não ensina filho algum. Aliás, ninguém ensina nada a ninguém: cada um aprende o que quer aprender.

Não posso responder às perguntas da sua mente. O máximo que posso fazer é dar armas para que você as responda. O que posso é transmitir um ensinamento. A partir dele você tem que buscar respostas às suas perguntas. Até porque, se eu respondesse suas perguntas, poderia ser que você ainda duvidasse do que disse.

Sei que por cortesia diria que não duvidaria, mas não acredite nisso. Tem muitos que vêm aqui há anos, mas ainda estão buscando respostas em outros lugares. Não digo que fazem isso para ver se eu estou certo, mas para achar alguém que lhe diga o que fazer.

Só que o ser humano não conseguirá achar ninguém que lhe diga o que fazer nunca, a não ser que ele concorde em fazer o que é indicado. Se não concordar, por mais reconhecida que seja sua fonte, o ser não fará nem acreditará naquilo.

Saiba de uma coisa: vocês só fazem ou acreditam no que querem. Se não acreditarem, jamais farão ou acreditarão naquilo.

Então, se aceitar uma ideia, você consegue acreditar numa coisa; se não aceitar, não acreditará. Posso me gastar de falar, mas se você não aceitar, nada terá.

Portanto, não tente esperar de mim respostas específicas. Tente gerar o seu entendimento sobre o que digo para que possa responder as questões a si mesmo.

Participante: o pensar do espírito é o meio pelo qual o ser opta pelo amor individualista ou universalista?

Não sei. Se não sei o que é o pensar do espírito, como posso dizer o que este pensar pensa?

Humanamente falando essa afirmação, que eu também já usei, está certa, mas o que são as verdades humanas? Verdades relativas. Portanto, a concepção que você trouxe à luz trata-se de uma verdade relativa e não absoluta.

Não queira saber, tenha ideia. Na verdade diga a si mesmo que já ouviu falar que pode ser isso, mas não tenha certeza de nada.

Compreendeu a diferença? É sobre isso que quero falar hoje: uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Uma coisa é o que falo, outra coisa é o que você entende, o que compreende.

É impossível compreender o que digo. A sua compreensão trata-se apenas de uma interpretação do que eu disse.