Carmas humanos - Texto

Ter bens

Esta é a interação com os objetos que pode levar o espírito a aproveitar a ação carmática e conseguir a elevação espiritual. A reforma íntima, ou a reforma interior da sua forma de vivenciar a vida é fazer o que está fazendo, a forma como está se relacionando com eles, sem querer saber se deveria ou não fazer, agir ou não. É simplesmente fazer, sem desejos, paixões, vontades ou padrões de ação.

Você deve comprar os objetos materiais (bens) que deseja ou abster-se desta prática materialista para poder alcançar o bem celeste? Tanto faz. Se comprar ou não sem sofrer ou ter prazer, ou seja, viver com equanimidade cada acontecimento (era isto que tinha que acontecer) terá conseguido alcançar este bem, mesmo dispondo de bens materiais.

Achar que o ser elevado vive na pobreza, que não possui bens materiais, é um padrão ditado pelo ego: cada um tem os elementos necessários para vivenciar as suas ações carmáticas. Se forem necessárias para a prova de vocês as jóias, os carros, as mansões, Deus colocará estes bens ao dispor de quem precisa, e este nada poderá fazer para se livrar destes bens.

Portanto, se adquirir bens não se culpe. No entanto, também não espere que eles façam aquilo que vocês esperam dele. Como disse, eles são instrumentos para criar uma ação carmática e não bens materiais.

 Não acredite que comprou o que esperava comprar: o melhor objeto. Você comprou o objeto que tinha que comprar, aquele que irá sofrer uma determinada impermanência e ela será a sua ação carmática com a qual terá que interagir ligando-se a Deus ao ego.

Se o objeto que vocês adquirirem alterar o seu estado de funcionando para não (quebrar) não quer dizer que ele não prestava, que fizeram uma má compra ou que foram tapeados. Quer dizer que aquela alteração que o objeto sofreu foi emanada por Deus e é a essência de uma nova carmática para vocês vivenciarem.

Aí vocês conseguem viver com as coisas sem sofrer. Vivenciam-nas sem querer mudá-las, mas mudando-as na hora que tiver que mudar e não mudando quando acharem que devem mudar e sem compreender porque mudaram.