Carmas humanos - Texto

Homossexualidade

Vamos falar agora sobre a homossexualidade como instrumento de ação carmática, ou seja, as compreensões e desejos homossexuais que alguns espíritos vivem quando encarnados.

Este desejo racional e a compreensão de que só gosta de ter relações com indivíduos do mesmo sexo é um carma, pois é uma compreensão racional. Este carma está fundamentado numa possessão meio estranha. Vou explicar isso.

Por mais que nós queiramos ser indivíduos libertos da escravidão do mundo, os padrões e conceitos da humanidade afligem e atingem mesmo aqueles que se consideram livres dele. A homossexualidade ainda é tratada neste planeta pela maioria como algo fora dos padrões e o espírito que vivencia a ação carmática e o carma de ser homossexual, por mais que se diga resolvido, sempre tem dentro de si uma determinada incompreensão sobre o porquê ser deste jeito. Em outras palavras, o que quero dizer é que por mais que se assuma como homossexual, o ser humanizado sempre tem problemas consigo mesmo por conta da sua opção sexual.

A homossexualidade, portanto, é um carma que opera aquilo que chamamos de posse moral. Quando falo isso não estou nem de longe dizendo que a homossexualidade é amoral, mas me refiro à possessão moral neste caso como a idéia do ‘eu sei o que é certo’, ou seja, viver a vida seguindo os padrões impostos pela sociedade humana.

Este tipo de carma acontece através de qualquer tipo de preconceito: preconceito com os pretos, com as mulheres, com os índios, etc. qualquer tipo de preconceito, ou seja, qualquer situação carmática onde o espírito encarnado se sinta alvo de um preconceito, existe aí uma prova para ele que diz respeito aos códigos de normas e padrões da sociedade.

Portanto, quem está vivendo uma encarnação onde o ego o faz homossexual é um espírito que está trabalhando em si a auto aceitação contrária aos padrões morais. É claro que também é uma prova de apego a si mesmo. Na homossexualidade está também em jogo os sentimentos sobre si mesmo, ou seja, amar-se do jeito que é.

Sendo assim para quem está vivendo este tipo de prova, o conselho que posso dar é dizer ‘eu só assim mesmo, e daí’? Este ser deve desligar-se do que a sociedade acha sobre a sua opção sexual. Deve deixar que os outros tenham o preconceito que quiserem ter, ao invés de tentar impor aos outro aquilo que acha certo.

Quem é espiritualista e vive uma condição que seja alvo da de preconceito da sociedade tem que ter a consciência de que ele precisa passar na sua prova e que isso só acontece quando ele não se incomoda com o que a sociedade fala. Sabe, também, que para ser aprovado, não pode se considerar diferente, de forma errada ou certa, dos outros.

Este é o carma da homossexualidade: o espírito aprender a sentir-se normal mesmo sendo diferente. Sentir-se normal, mesmo não estando sob o padrão da sociedade. Todo aquele que vivencia um carma preconceituoso sentindo-se vivendo na anormalidade, não passa na sua provação.

Portanto, ser hetero ou ser homossexual não retira ninguém da normalidade, pois todos estão vivendo a mesma coisa: uma situação carmática.

Participante: existindo uma pessoa que tenha tendência homossexual e não a vivencie, como fica isso?

A questão de vivenciar as claras ou escondido não é o espírito que faz, mas a provação de cada um. Isso porque os atos representam apenas a ação carmática. O carma são apenas as compreensões que se tem quando estão ocorrendo as ações. Portanto, para uma compreensão sobre a superação do carma, não importa ser um homossexual que viva a sua opção abertamente ou de forma velada, mas sim que ele não tenha prazer de ser homossexual ou de sentir-se culpado por conta disso.

Vence o carma aquele que consegue lidar com a ação e com a compreensão que o ego lhe dá quando vivencia tudo isso com equanimidade. Então, tanto faz o que lhe aconteça, seja equânime sempre que vencerá todos os seus carmas.