Das penas e gozos futuros

Pergunta 961

Qual o sentimento que domina a maioria dos homens no momento da morte: a dúvida, o temor, ou a esperança?

A dúvida, nos cépticos empedernidos; o temor, nos culpados; a esperança, nos homens de bem.

A dúvida existe no cético, naquele que não acredita na vida depois da vida. Não estamos falando na crença em Deus, mas na existência eterna do espirito. Quem não acredita na existência eterna do espírito, pode até ser um religioso, mas vai ter dúvida na hora do desencarne: ‘para onde vou, o que vai acontecer comigo? Como será o meu futuro depois que me desligar desse corpo’?

Quem acredita na vida pós vida e em Deus, não tem dúvida. Atira-se à morte, quando ela chega, sem dúvidas. Não estou dizendo que procura a morte, mas se atira no momento do desencarne sem dúvidas.

Olha vou dizer uma coisa: mesmo entre os espíritas que acreditam na vida depois da vida, há muitos se atirando na morte com dúvidas. Não tendo certeza do que acontecerá com ele. Tal postura é perigosa para o espírito.

Os pecadores, aqueles que têm consciência de não ter buscado a Deus durante a encarnação encontram a morte com temor. Aliás, Buda já dizia que a maioria dos seres humanizados têm medo da morte porque temem a cobrança do carma, do que praticou espiritualmente durante a encarnação.

Muitas pessoas na hora que são diagnosticados com um câncer, por exemplo, se lembram que não são eternos, que vão morrer um dia. Aí saem correndo para fazer tudo por todos. Isso não tem a menor valia, pois foi motivado pelo medo e não pelo amor.

Há seres que ao levar um tiro ou ter algum mal, no seus últimos momentos pensam: ‘e agora? Não deu tempo de me redimir’. Esses vão sair da vida nessa agonia.

Essas coisas são importante ter em mente para não viverem as mesmas situações. Comecem agora a buscar a redenção.

Para aqueles que acreditaram em Deus, na vida depois da vida e que o que estão vivendo agora é uma provação e não uma vida, não há problemas no desencarne. Para eles não há excepcionalidade alguma nesse momento, porque já vivem como espíritos que são. Por isso, não têm o menor medo da morte.