Desgosto da vida - Suicídio

Pergunta 951

Não é, às vezes, meritório o sacrifício da vida, quando aquele que o faz visa salvar a de outrem, ou ser útil aos seus semelhantes?

Isso é sublime, conforme a intenção, e, em tal caso, o sacrifício da vida não constitui suicídio. Mas, Deus se opõe a todo sacrifício inútil e não pode ver de bom agrado, se tem o orgulho a manchá-lo. Só o desinteresse torna meritório o sacrifício e, não raro, quem o faz guarda oculto um pensamento, que lhe diminui o valor aos olhos de Deus.

Expor-se ao perigo, que é o caso do sacrifício com a intenção de auxiliar a outro, é sublime, mas depende da intenção real. Tem muita gente que diz que está querendo ajudar os outros, mas não é bem isso. Antes de qualquer coisa está pensando em si. É o caso daqueles que fazem o bem ao próximo esperando receber algo em troca.

É isso que o Espírito da Verdade está dizendo Quem participa de ações que expõe perigos grandes para ajudar os outros, não deve acreditar que está realmente fazendo o bem. Ele precisa analisar sua própria intenção para participar daquela ação. Se estiver embutido algum objetivo individual, pode ter certeza que é um suicida voluntario.

É por isso que disse que Joana D’Arc, Paulo e outros não foram suicidas: eles não participaram dos acontecimentos das suas vidas pensando em si, em ganhar qualquer coisa nesse ou no outro mundo. Expuseram-se aos riscos apenas para conferir ao próximo uma oportunidade de aprender a amar incondicionalmente.