Desgosto da vida - Suicídio

Pergunta 956

Alcançam o fim objetivado aqueles que, não podendo conformar-se com a perda de pessoas que lhes eram caras, se matam na esperança de ir juntar-se lhes?

Muito diverso do que esperam é o resultado que colhem. Em vez de reunirem ao que era objeto de suas afeições, dele se afastam por longo tempo, pois não é possível que Deus recompense um ato de covardia e o insulto que lhe fazem com o duvidarem da sua providencia. Pagarão esse instante de loucura com aflições maiores do que as que pensaram abreviar e não terão, para compensá-las, a satisfação que esperavam.

Já falamos disso quando conversamos sobre aqueles que querem se matar, que acreditam quando o ego está dizendo que está se matando para atingir mais rapidamente o paraíso.

Participante: como é considerado o haraquiri, traço cultural aceito até mesmo uma obrigação?

De acordo com a intencionalidade que aquele espírito participa.

Veja bem. Esse mundo não é um mundo de ação, ou seja, não é um mundo de atos. Por trás de cada ato, há uma intenção. Ela é ditada pelo ego, mas é assumida pelo espirito quando acredita na razão. Por isso passa a ser uma intenção do espírito.

Esse mundo de intenção pode ser vivido de duas formas. A primeira é a intencionalidade individualista. Ela existe quando a sua intenção é movida por uma paixão e um desejo interno. A segunda forma é a intencionalidade espiritualista. Ela existe quando você participa do mundo externo sem acreditar nas intenções que o ego gera. Portanto, sempre será por esses fatores que responderei sobre qualquer acontecimento, não importa o que você me perguntar.

Agora respondendo diretamente, direi que não sei. Aquele que participa desse ato ritualístico com a intenção individualista, vai ter um destino. Aquele que participa com a intenção universalista terá outro.

Participante: mas não podemos confundir? E se a intencionalidade for do subconsciente?

Jamais! Confundir, jamais!

Você sabe bem o que o seu ego está falando. Conhece o impulso externo e sabe muito bem quando se prende ou não à razão.