Desgosto da vida - Suicídio

Pergunta 946

E do suicídio cujo fim é fugir, aquele que o comete, às misérias e às decepções deste mundo?

Pobres Espíritos, que não têm a coragem de suportar as misérias da existência! Deus ajuda aos que sofrem e não aos que carecem de energia e de coragem. As tribulações da vida são provas ou expiações. Felizes os que as suportam sem se queixar, porque serão recompensados! Aí, porém, daqueles que esperam a salvação do que sua impiedade, chamam acaso, ou fortuna! O acaso, ou a fortuna, para me servir da linguagem deles, podem, com efeito, favorece-los por um momento, mas para lhes fazer sentir mais tarde, cruelmente, a vacuidade dessas palavras.

Pelo que vimos até agora, é considerado um suicida voluntario aquele que não sabe conviver com as situações da sua vida utilizando o amor e a fé. Aquele que sabe e vive com esses elementos, mesmo que pratique um ato de auto ferir-se, não é considerado um suicida voluntário e por isso não merece reprimenda.

Estamos frisando muito esse aspecto para que vocês compreendam como viver. O objetivo dessas conversas não é que vocês compreendam o suicídio, mas que entendam que a cada momento da vida, independente do que estiver acontecendo, podem ser um suicida.

É, tem isso também. Matar-se não é só enfiar uma bala na cabeça. Existem muitos momentos da vida onde vocês se suicidam. Quais momentos? Quando não vivem dentro da moral espiritual: o amor a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Isso se chama suicídio moral. Já vamos falar.

Participante: por que às vezes nos sentimos tristes por não estarmos vivenciando a felicidade incondicional? Parece que a gente se mata aos poucos com essas tristezas.

Esse é o suicídio moral que vamos falar daqui a pouco.

Por que você se sente triste? Porque que quer. Porque acredita na razão do ego que afirma que deve ficar triste. É o ego que cria a tristeza. Você a aceita.

Portanto, você não fica triste, aceita a tristeza que o ego lhe dá.