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O trabalho do espiritualista pleno

A vida é uma encarnação, ou seja, é um campo de provas para o Espírito. Será que este campo de provas se consiste no que você faz ou mesmo naquilo que racionalmente vive a partir de uma razão racional ou razão sentimental? Eu acho que não.

Cada um de vocês que estão presentes aqui hoje, está vivendo com uma emoção diferente o estar aqui. Esta emoção faz o ato estar aqui ser diferente para cada um.

Estar aqui é um ato que aparentemente é igual para todos que estão. Só que como ele é vivido por razões racionais e emocionais diferentes, se transforma em ações diferentes para os que estão vivenciando-os.

Poderia aqui, por exemplo, algumas pessoas que tivessem vindo para ganhar alguma coisa. Outros pela simples vontade de estar aqui. Dependendo da motivação que cada um teve para chegar aqui há uma vivência do estar aqui como uma atividade diferente.

A motivação de vir pode mudar o ato. No entanto, não é só ela que influencia. Quem veio ganhar e não ganhou, não se satisfez com a conversa que teve comigo, ficou feliz; quem não conseguiu o que queria, achou ruim ter vindo. Ou seja, mesmo dentro daqueles que viveram com a mesma intenção, o aqui e agora está sendo diferente.

Como a produção mental, seja racional ou emocional, tanto da intencionalidade quanto ao alcançar as expectativas também é vida, ela é prova. Sendo provação do espírito, não pode ser mudada.

Esta é a diferença. O espiritualista pleno compreende a questão da impossibilidade de se alterar as provas do espírito e por isso não se preocupa em mudar estas coisas materiais. Entende que tudo que vive externamente, bem como, tudo aquilo que a mente cria, seja de emoção ou razão, são provas, oportunidades de trabalho e não algo que deve ser alterado.

Mas, o que é, a partir dessa visão, o trabalho que vocês precisam fazer para o aproveitamento da encarnação? Não se trata de mudar a vida, mudar o que pensa, sente e faz, mas agir em si para manter-se em paz, felicidade e harmonia com tudo o que for criado pela mente. Usando o exemplo do texto que citei, é agir junto a mente quando da pedrada para estar em paz, harmonia e felicidade. Não importa se está recebendo ou dando a pedrada: o espiritualista apenas se ocupa com a sua relação com a formação mental.

Este é o trabalho do espiritualista pleno. Ele não se ocupa com a vida, não se ocupa em mudar a vida; a observa e tenta vive-la de uma forma que as formações mentais não o domine. Ele não quer dominar a vida: vive à parte dela.