Tsunami nas Filipinas

O amor ao agente do carma

Ficou clara a realidade do amor ao próximo? Um amor muito mais do que incondicional, mas transcendente ao materialismo. Um amor que vai além das leis, normas, objetivos, padrões materiais, mas que se inspira na realidade espiritual.

Pergunta: Fora da caridade não há salvação, não há elevação espiritual.

A caridade não é dar o prato de comida. Para se fazer a caridade é preciso atentar-se às questões espirituais. Matar o outro, se ele precisa morrer, é uma grande caridade.

Pergunta: Tem espíritos encarregados de fazer estes acontecimentos?

Encarregados de fazer acontecer além da matéria e um encarregado de executar um ato na matéria. Todos comandados por Deus.

Todos os encarregados só agirão na hora que Deus ler no livro da vida que chegou a hora do ser humanizado levar o tiro. É Deus quem decide se o espírito está merecendo ter esta oportunidade de expiação.

Pergunta: Então Judas amava Cristo como este também aos soldados romanos?

Assim como Cristo amava Judas e a todos. “O que vai fazer faça logo”, é o que Cristo diz a Judas ainda durante a santa ceia.

Sim, ele amava Judas e aos soldados, tanto assim que quando os soldados vêm prendê-lo diz para Pedro: “guarde a sua espada! Você pensa que eu não vou beber o cálice do sofrimento que o meu Pai me deu?”.

Pergunta: E a catástrofe que ocorreu na Ásia?

Vamos falar dela dentro deste assunto de hoje, mas é preciso antes se compreender bem o amor ao próximo, senão não entenderemos catástrofe nenhuma. Vamos ainda vai acusar os terroristas que mataram as crianças na Rússia e os que jogaram os aviões no World Trade Center nos Estados Unidos. Eles são agentes carmáticos, não inimigos. Não são terroristas porque tanto no prédio como na escola morreu quem tinha que morrer pelo seu carma. Vou chegar no assunto das tsunamis, mas antes é preciso firmar esta noção de amor ao próximo no sentido de transcender a felicidade material.

Amar ao próximo não é dar a ele o que se quer dar ou o que ele deseja, mas se colocar à disposição de Deus para servir como agente carmático das pessoas, independente até de se gostar da ação que será praticada para servir como agente carmático.

Usei justamente a questão do assassinato no início desta conversa para poder levar o assunto às catástrofes, mas este ensinamento vale para qualquer situação da vida dos seres humanizados. Um casamento, por exemplo. Marido que tem a índole de bagunceiro e mulher que prima pela arrumação, são dois espíritos que se amam muito porque aceitam conviver e ser instrumento do carma um do outro.

Pergunta: As pessoas que lá estavam (nas praias atingidas pelas ondas gigantes) e passaram pela situação tiveram este momento de expressão, ou seja, foi benéfico para eles?

Se o momento foi benéfico, não pode se afirmar apenas por que se passou por ele. O momento se transformará em benéfico ou não pela forma como o espírito reagir a ele e não simplesmente por vivenciá-lo. Se alguém for tragado pela onda e ao despertar do outro lado sair acusando seja lá quem for de ser o responsável pela sua morte, não aproveitou a expiação. Para aproveitar a expiação é preciso que o espírito esteja em estado de graça no momento do desencarne, ou seja, que diga “louvado seja Deus por tudo que me acontece”.

Apenas passar pela situação em si não garante elevação espiritual, mas sim a forma como cada um passa pela situação.

Pergunta: O Cristo sabia que Judas ia traí-lo, pois fazia parte da profecia?

Mais do que fazia parte da profecia antiga, fazia parte da programação cósmica da encarnação Jesus Cristo.

Isso fica bem claro quando, no início do Novo Testamento o mestre diz aos apóstolos: sairemos e andaremos pela Palestina ajudando muita gente. Depois iremos para Jerusalém onde serei crucificado. Em resposta Pedro afirma: rezemos a Deus para que isto não ocorra. Cristo responde: cala a boca Pedro, sai de mim Satanás, você está falando como um ser humano.

Nesta passagem podemos observar que ele sabia de tudo o que ia acontecer e mais, sabia que era necessário passar por aquilo.