Tsunami nas Filipinas

Ame a tudo e a todos

Pergunta: Como melhor desenvolver nosso amor ao próximo?

Amando tudo que você faz a ele e amando tudo o que ele faz a você.

O amor ao próximo existirá quando você, mesmo que brigue, mantenha o amor (estar sem raiva, sem ódio), mesmo que xingue, mantenha a paz. Permanecendo equânime você estará conscientemente se sentindo como instrumento de Deus.

Ao amar o que o outro faz, mesmo que a ação deste não fosse de seu desejo, estará se elevando espiritualmente. Quando aprender a viver desta forma será mais requisitado por Deus para servir de instrumento a carma dos outros. É isso que Cristo afirma quando ensina: ninguém acende uma lamparina para esconder debaixo do armário. Assim que você alcançar a evolução espiritual mais espíritos que precisam receber amor na hora da vivência dos seus carmas será levado até você.

Amando constantemente você aprenderá a amar muito mais.

Somente o amor é Realidade. Por isto Paulo nos ensinou:

“Eu poderia falar todas as línguas que se falam na terra e até no céu, mas, se não tivesse amor, as minhas palavras seriam como o barulho do gongo ou o som do sino. Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter toda a fé necessária para tirar as montanhas dos seus lugares; mas, se não tivesse o amor, eu não seria anda. Poderia dar tudo o que tenho e até entregar o meu corpo para ser queimado; mas, seu eu não tivesse o amor, isso não me adiantaria de nada”.

“O amor é paciente e bondoso. O amor não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. Não é grosseiro, nem egoísta. Não se irrita, nem fica magoado. O amor não se alegra quando alguém faz alguma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo (espiritualmente falando). O amor nunca desanima, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência”.

Este amor incondicional (sublime) citado por Paulo é o mesmo que Deus tem pelos Seus filhos. O amor que o Pai tem por cada um dos espíritos é este que transcende a tudo que é bem material, mas que está sempre preocupado com o bem estar e a evolução do ser universal. É este amor que O faz agir sobre as coisas do planeta.

No caso das ondas gigantes que alcançaram a Ásia, quem criou o movimento das placas submarinas, quem criou as ondas que se formaram a partir desse movimento, quem escolheu que lugar seria atingido e também quem teria que estar naquele lugar naquela hora foi Deus. Ninguém estava ali por acaso, coincidência, mas todos foram colocados no lugar e no momento certo e tiveram o efeito que mereciam ter à passagem da onda. Por isso uns se salvaram e outros não.

Então, não há uma catástrofe, uma tragédia ou uma onda gigante, mas há um amor gigante e sublime de Deus pelos seus filhos. Esta é a conclusão que podemos tirar de tudo que estudamos até hoje e que está no ensinamento de todos os mestres da humanidade.

Não há catástrofes, mas Deus dando a cada um de acordo com as suas obras. Deus dando a cada espírito o que ele precisa e merece, não para a sua felicidade carnal, mas para a sua progressão espiritual. Entre os religiosos do mundo carnal é muito famoso o ditado: não vai pelo amor vai pela dor. As catástrofes não são nada mais do que o resultado deste ensinamento. A dor só há para quem quer curtir a felicidade material. Para quem se liga na realidade espiritual o que existe é o amor de Deus em ação. É o Pai dando a cada filho o necessário (a cruz que ele pode carregar) para que ele possa aproveitar a oportunidade e elevar-se espiritualmente. Por isto estes vão pelo amor a Deus.

Desta forma, a primeira coisa que devemos retirar do pensamento durante as catástrofes é a compreensão de que ocorreu uma tragédia ou um acidente (acontecimento por acaso). Estas coisas não existem no universo: tudo é guiado pela ação carmática e realizada por Deus através do mundo espiritual.

Pergunta: Nós encarnados valorizamos a vida carnal porque não nos lembramos a do outro lado que, segundo dizem, é melhor.

Valorizar a vida carnal é importante. No entanto o que devemos fazer é valorizá-la como instrumento espiritual e não pelo bem terrestre.

Não devemos nos apegar a valores que se refletem apenas neste curto período que vocês chamam de vida, mas que é morte. Para o espírito a vida é a eternidade. Quando o ser humanizado valoriza estes pequenos anos que vive na Terra, esquece da eternidade que ainda terá que viver.

Valorizar a vida terrestre, sim, mas valorizá-la como a oportunidade de elevação espiritual.

Ainda existe algo importante para ser falado hoje, que na verdade é o tema de hoje: o amor ao próximo nas catástrofes. Mas, antes é preciso que a compreensão de que não houve acidente nem catástrofe, mas o amor de Deus em ação sendo vivenciado. Por isso, se quiserem perguntar sobre o tema fiquem à vontade.

Pergunta: Um dia reclamei a um espírito que eu tinha nojo dos corruptos. Ele respondeu: dê graças a Deus, pois se não fossem os corruptos não teríamos o trabalho de hoje. Eles terão que renascer na miséria e com isso nos auxiliam no nosso trabalho.

O corrupto é o instrumento de um carma, porque ele roubará de quem precisa e merece ser roubado.

Toda ação humana é um instrumento de Deus. Agora, se o ser humanizado participa da ação de Deus levando benefício próprio, ou seja, tirando prazer do que está acontecendo, o problema é dele. Ele terá que arcar com a justa reação à sua ação. Não a ação de ser corrupto, mas por ter tido prazer ao representar o papel de corrupto durante a vida carnal.

Pergunta: Aí não podemos condenar ninguém.

É, mas não foi isto que o Cristo ensinou?

Tire a trave do seu olho ao invés de querer tirar o cisco dos olhos dos outros; é muito fácil você cumprimentar o seu amigo, quero ver cumprimentar o seu inimigo; se você dever a alguém, antes de ir rezar, faça as pazes senão Deus saberá que está acusando os outros. É isto que Cristo ensinou.

Pergunta: Resumindo. A aparente injustiça existe por causa de nossa visão limitada sobre a Realidade espiritual?

Isto. As injustiças do mundo são criadas apenas na mente do espírito pela personalidade humana. Isso porque só ela pode encontrar injustiça num Universo que é guiado pela Justiça Suprema, Deus.

Por causa desta propriedade elevada ao expoente máximo da Causa Primária do Universo, Ele é justo, ou seja, só acontece a cada um de acordo com as suas próprias obras. Tudo que é injusto é fruto do amor próprio, o amor a si acima de tudo. É o individualismo do ser humanizado que o faz ver injustiça nos acontecimentos do mundo.