Carmas humanos - Texto

Morrer

Aliás, aproveitando a sua pergunta me dirijo a todos e afirmo: o morrer, ou seja, o momento em que o ser humanizado desliga-se do corpo físico é único para cada espírito. Isso é desta forma porque morrer também é um carma. Morrer é uma ação carmática e a forma como cada um passa por este momento de sua existência, ou seja, a compreensão que o ego dá a cada um neste momento, é o carma de cada um.

Sendo assim, não existe morrer. A morte física é ainda uma ação carmática que está vinculada ao gênero de provas pedido pelo espírito antes da encarnação. Por isso, afirmo que a compreensão racional que se tem sobre este acontecimento, seja participando da morte diretamente ou apenas se tendo notícia deste acontecimento na existência de outrem, é o carma de cada um.

Participando do evento morte com sofrimento, há aí uma prova sobre a possessão sentimental ou do objeto material. Aquele que aceita os lamentos gerados pela morte de alguém porque gostava tanto daquele ser, está mostrando a sua possessão sentimental sobre o outro. Para vencê-la, este ser precisa enfrentar a ação carmática mantendo seus sentimentos sobre controle.

‘Aquela pessoa morreu. Eu gostava muito dela, mas ela se foi. O que posso fazer neste momento? Debulhar-me em lágrimas? Isso de nada adianta, já que não vai trazê-la de volta. Portanto, lamento a sua morte, mas vou seguir o meu caminho e deixá-lo seguir o dele’. Este é o pensamento daquele que controla a sua mente para vencer o seu carma no acontecimento morte.

‘Eu morri, mas o que posso fazer com relação a isso? A morte é um acontecimento natural para quem está vivo, pois todos que nascem um dia desencarnam’. Este é o pensamento que leva o ser a desligar-se da consciência material quando desencarna, pois é uma resposta ao lamento criado pela mente quando ela constata que não há mais o corpo material.

Desta forma, tanto a compreensão de estar morto como a consciência de que alguém morreu é um carma.