O poder da felicidade

Mensagem introdutória

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Introdução

1. Este trabalho

Que a paz de Deus esteja com vocês.

Na semana passada enviei uma mensagem a vocês. Nela falei do trabalho que tínhamos marcado para fazer on-line, um resumo de tudo que estudamos nos últimos quinze anos, e disse também do que pretendemos a partir de agora realizar quando viajarmos e estivermos com vocês pessoalmente. Disse que nestes contatos não iria mais responder questões, perguntas, sobre os ensinamentos, mas que queria e precisava conversar sobre situações de vida onde vocês vivem contrariedades, sofrimentos.

Como disse naquela hora, isso é importante ser feito, pois vocês precisam de um curso para aprenderem a viver. Precisam aprender a viver esta vida porque se dizem seres humanos maduros, crescidos, mas são crianças. São infantis, pois quando o papai, a vida, chega do trabalho e não traz a bala que querem, choram, batem o pé, xingam e sofrem. Ou seja, por causa desta infantilidade, se contrariam por besteiras, por pouca coisa.

Isso é a coisa mais importante que podemos fazer: ajudar vocês a amadurecerem. Orientá-los para que deixem de agir como crianças que querem exigir da vida tudo aquilo que sonham, almejam e desejam.

Porque é importante se aprender a viver maduramente? Porque todos afirmam categoricamente que querem ser felizes. Até acredito que querem ser, mas não sabem ser, não conseguem ser. Porque? Porque são infantis, são imaturos no trato com a vida.

Essa é a importância desse trabalho que realizaremos a partir de agora na nossas viagens. Compreender a vida, compreender a forma como vivem, compreender a imaturidade com a qual vivenciam os acontecimentos da vida e com isso atingir uma maturidade que lhes leve a viver esta vida com felicidade.

Só que, infelizmente, nesse momento não estamos conseguindo viajar, sair para realizar as nossas conversas pessoais, como sempre fizemos. Antes que os imaturos venham com soluções mirabolantes ou com perguntas sobre o porquê não estamos viajando, digo logo: não estamos indo, ponto final. Não há motivos para nada. O que acontece é sempre a realidade e nela não estamos viajando. Ponto final.

Ora, se não estamos conseguindo viajar, se não estamos conseguindo ter o contato direto para realizar estas conversas que podem lhes ajudar a alcançar a maturidade e elas são importante, ao invés de lastimar, sofrer, como vocês fazem com as situações que são contrárias ao que querem, vamos pensar em outra forma de realizar este trabalho. A que encontramos para isso é abrir espaço para que, pelos meios que dispõem para entrar em contato conosco, possam colocar suas contrariedades, seus sofrimentos, os problemas das suas vidas para que possamos, de longe, dar respostas a estas situações de tal forma que lhes ajude a amadurecer.

Aliás, essa solução é muito mais universal do que ir a diversos lugares, pois ela atinge mais diretamente a todos. Além disso, o problema de um, com certeza, é o problema de muitos. Por isso, a resposta dada a um poderá ajudar a muitos.

Então, vamos começar este trabalho nos disponibilizando a orientá-los de longe sobre como viver os momentos onde existem sofrimentos, contrariedades. Como ele será feito? Estaremos abrindo para que, a partir de hoje, façam perguntas para que respondamos.

Vocês me dirão que já fiz isso uma vez, e isso é verdade. Só que naquela época disse que não queria perguntas sobre vida privada, sobre acontecimentos da sua vida. Agora falo ao contrário: eu quero problemas da sua vida, quero acontecimentos onde existe o sofrimento, a contrariedade. Digo isso para que possamos juntos conversar e tentar descobrir uma maneira madura de viver estas situações, ou seja, uma maneira que não inclua sofrimento.

Só tem um detalhe: este trabalho tem algumas restrições. Para explica-las vamos dar um exemplo. Aliás, é um exemplo que aconteceu muitas vezes ao longo dos últimos quinze anos. Uma pessoa me procura e diz: ‘meu namorado, noivo ou marido me abandonou, me largou, acabou a nossa relação. Estou sofrendo muito com isso. Como posso não sofrer neste momento’? Essa é uma questão de vida, é uma situação onde vocês precisam amadurecer para poder passar por ela sem sofrer. Por isso estarei aqui para responder.

Agora, se além da pergunta houver nas mensagens complementos como os seguintes, eu não responderei: ‘ele vai voltar’? ‘Porque ele terminou comigo’? ‘Será que arrumou outra’? Não estou me propondo a dar prognóstico para futuros, nem me predispondo a mostrar os motivos pelos quais este acontecimento ocorreu na sua vida, pois tudo acontece por um só motivo: porque acontece. O que me proponho nestas conversas é a falar com vocês sobre o sofrimento vivido e juntos analisarmos o acontecimento para podermos descobrir, então, uma forma de viver situações análogas sem sofrimento.

2. A real motivação da dor

Isso é o que pretendemos fazer. Mas, já que por hoje eu estou aqui e vocês aí, vamos entender um pouco na prática como este trabalho irá funcionar. Para isso, vamos ficar com este exemplo: meu marido, meu noivo, meu namorado me abandonou, como posso viver isso sem sofrimento?

Para responder uma pergunta no sentido do exemplo que estamos usando, analisando a vida humana para buscar acabar com o sofrimento, precisamos descobrir a origem, a raiz do sofrimento. O que causa o sofrimento se o seu marido, namorado ou noivo lhe abandonar? Qual a causa do sofrimento vivido? Esta é a primeira pergunta que cada um precisa fazer para si, antes de buscar conseguir não sofrer. Isso porque, apesar de aparentemente a dor de ser abandonado ser igual para todos que vivem momentos como este, não é.

O que precisa ficar bem claro é que a dor não existe pelo acontecimento em si, mas por algo que está dentro de você mesmo e que lhe faz sofrer. Como este algo, ou motivação, não é igual em todos, as pessoas sofrem em momentos análogos, mas por motivos diferentes.

Acho que este preâmbulo é importante para quem pretende mandar questões para conversarmos, pois só aqueles que buscarem dentro de si a real motivação do seu sofrimento conseguirão, de minha parte, uma resposta que possa auxiliar verdadeiramente. Aqueles que não fizerem esta busca e me relatarem apenas os acontecimentos, podem sair frustrados por não conseguirem libertar-se do sofrimento. Digo isso porque na resposta a esses últimos poderemos não atingir o verdadeiro ponto que leva ao sofrimento.

Por isso oriento àqueles que vão buscar ajuda: pesquisem dentro de vocês a raiz dos seus sofrimentos. ‘Meu marido me abandonou e vou pedir a Joaquim ajuda para vencer este sofrimento. Só que antes eu preciso ver o que dentro de mim realmente está me fazendo sofrer. Vou pesquisar o real motivo do meu sofrimento’.

Como disse antes, apesar de viverem situações análogas, as pessoas sofrem por motivos diferentes. Aquela que foi abandonada pode estar sofrendo por estar sozinha, porque os seus filhos vão ficar sozinhos, por não tem condições materiais de viver sem o cônjuge, porque não terá mais quem lhe leve para passear, etc. Veja quantas motivações podem estar por trás da dor de uma separação e que é, na verdade, a geradora da dor e não a separação em si.

Claro que agora não vou responder a todas as situações, mas quis fazer esta análise e mostrar o trabalho justamente para que vocês possam trazer o problema dentro da realidade e assim possamos conversar e juntos achar um caminho onde não haja sofrimento.

3. Ame a si mesmo

Há mais uma coisa que preciso falar a vocês nesta mensagem introdutória. Vamos lá...

Vocês correm através de diversos objetivos na vida, mas no fundo o que buscam realmente é a felicidade. Tem gente que acha que a felicidade depende do dinheiro, por isso o busca se escravizando ao trabalho. Outros acham que a felicidade depende de viajar, passear; por isso se escravizam a ter estes momentos na vida. Durante a vida existem diversos motivos aos quais vocês se escravizam, mas não importa ao que você é escravizado, no fundo tudo que faz é para ser feliz, para alcançar a felicidade.

Sendo isso verdade, eu lhes pergunto: vocês vão entregar o seu bem mais precioso, aquilo pelo qual lutam, na mão de outra pessoa? Vocês vão confiar a sua joia mais preciosa aos cuidados de outra pessoa?

Estou lhes fazendo esta pergunta, porque é isso que faz aquele que depende de ter alguém ao seu lado para ser feliz, por exemplo. Ele entrega o bem mais precioso, a sua joia mais cara, na mão de um qualquer, de uma pessoa que como todo ser humano é egoísta por natureza e por isso pensa prioritariamente em si mesmo.

Portanto, se alguém me busca para auxilia-lo a não sofrer, mas expõe genericamente que o seu sofrimento é causado porque foi abandonado, tenho que responder genericamente a essa pessoa dessa forma: nunca entregue a sua felicidade na mão de outro. Nunca dependa de nada nem de ninguém para ser feliz.

Como se faz isso? Como se vive sem depender de nada ou de ninguém para ser feliz? Amando a si mesmo.

Quem ama a si mesmo – a si mesmo e não a um protótipo de si que não é você mesmo, quem é neste momento – se ama do jeito que é e por isso tem o controle total da sua felicidade. Ele não depende de ninguém, não precisa de ninguém para ser feliz. Ele basta para si mesmo. Este, se for abandonado, não sofrerá.

O ser humano precisa amar a tudo que tem, ser feliz com tudo que tem para ser feliz. Aquele que não coloca a sua felicidade à mercê das coisas do mundo consegue ser feliz, tendo ou não o que quer. Portanto, dentro do nosso exemplo, sofre quem é abandonado só aquele que coloca a sua felicidade na mão de outra pessoa ou à mercê dos acontecimentos e objetos da vida.

Tem uma coisa que acho que ninguém até hoje lhe ensinou: a forma madura de viver consiste em aprender a ter o poder sobre a felicidade. Ninguém consegue ser feliz se não tiver em suas mãos o poder de ser feliz.

Retomar este poder é a essência deste trabalho. O que vamos conversar a partir de toda e qualquer situação que me for apresentada por vocês é como deter o poder de ser feliz. É como ter nas suas mãos o poder para ser feliz. Mostraremos como aprender a não depender dos outros nem de nada para ser feliz. Aprender a retirar das mãos dos outros o seu bem mais precioso.

Isso é, em resumo, o que faremos. A partir das colocações, que como disse devem analisar profundamente a raiz do sofrimento, nós conversaremos para traçar um caminho para que retirem o poder sobre a felicidade das mãos de outras pessoas ou coisas e o tenham nas suas mãos.

Acho que o assunto chama a atenção e por isso estamos à disposição. Podem enviar perguntas como da outra vez, que responderemos e as orientações serão disponibilizadas para todos.

Não será necessário se expor. As perguntas podem ser feitas de uma forma anônima, podem ser colocadas de uma forma que outros não tenham ciência. Na resposta também não falaremos o nome de ninguém. Só comentaremos os casos.

Como disse, estou à disposição de vocês. Fiquem à vontade.

Com as graças de Deus, que vocês estejam na paz...