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Impermanência do ser

Segundo ponto: você é você, único, mas não estável. Vamos falar sobre isso.

Um bom trabalho para que pode ser feito para se viver feliz, não importa a razão racional ou emocional que exista, é voltar ao passado. Falo para retornar ao passado, mas não nos atos, nos acontecimentos passados, mas observar quem era você no passado.

Quando você tinha dezoito, vinte, vinte cinco anos, o que pensava da vida? O que você queria dela? O que achava certo, errado, bonito, feito? Tente relembrar essas coisas. Depois que conseguir, observe você hoje. Compare e veja a diferença. Veja como existe uma diferença enorme entre quem era e quem é hoje.

O que isso que esse exercício pode lhe dizer? Quando observa quem já foi e quem é hoje, que conclusão pode chegar? Que amanhã será outra pessoa completamente diferente de quem é hoje. Assim como você não é mais aquela pessoa que era, certamente amanhã será outra.

Porque é dessa forma? Porque o mundo é totalmente impermanente. Tudo muda. Você muda.

Ter essa consciência é outra arma muito poderosa para o Espiritualista pleno. De posse dela, ele compreende que não precisa se apegar a quem é hoje. Mesmo que a mente diga que ele é errado ou certo por ser do jeito que é, o espiritualista não precisa se apegar a esta razão, tentar defende-la, pois amanhã ele será diferente. Por causa disso, para que desgastar-se hoje em defesa de sua ideia?

A ideia de que cada um é um, mas que isso acontece momento a momento de uma forma diferente, ajuda muito àquele que quer aproveitar a encarnação lidar com as emoções e razões criadas pela mente. Na hora que é entendido que se vai mudar amanhã, que se deixará de ser quem é, fica mais fácil viver o hoje. Quando se vivencia a vida com a ideia de que se é de uma determinada forma, não com a de apenas estar assim, automaticamente se toma partido com relação às coisas da vida: se é contra ou a favor do que acontece.

Por causa disso, se luta ou aplaude o ocorrido, se tem a glória consigo mesmo. Pouco importa se é aplauso ou luta contra o momento presente: nenhum dos dois leva a lugar algum, no sentido de ser feliz verdadeiramente. Só quando o ser aprende a viver consigo mesmo do jeito que está naquele momento em harmonia é que consegue a felicidade.

Este é o segundo aspecto para aquele que quer buscar o espiritualismo puro, que quer ser espiritualista, quer trabalhar o seu lado espiritual: aprender que o ser muda constantemente.