Reforma íntima - Textos - Volume 10

Evolução dos espíritos

Deus cria as formas espírito vazias de conhecimentos.

Dentro da Justiça Suprema que caracteriza a ação de Deus, não poderia Ele favorecer um em detrimento de outro e, por isso, quando cria os espíritos não repassa a eles os conhecimentos necessários para sua evolução.

Para alcançá-los devem os espíritos, utilizando-se da propriedade inteligência de que são dotados se interessarem em obter os conhecimentos necessários para a sua evolução.

Assim, na coletividade de seus irmãos, ou plano espiritual, o espírito estuda buscando adquirir maiores conhecimentos para serem utilizados como base para sua inteligência.

Entretanto, deve o espírito provar que realmente assimilou as lições passadas por seus mestres espirituais. Para isso, Deus criou um processo de verificação de conhecimentos.

Fazendo o espírito incorporar-se a uma forma em matéria mais densa do que ele e interrompendo, durante este período, o fluxo das lembranças adquiridas no aprendizado, Deus procura verificar se realmente o espírito assimilou as lições.

Ao processo de incorporar-se a uma matéria mais densa dá-se o nome de encarnação e à interrupção do fluxo de lembranças de “véu do esquecimento”.

Alguns espíritos, entretanto, durante este processo de verificação do aprendizado são reprovados, ou seja, não conseguem provar o seu amor a Deus acima de todas as coisas. Isto os obriga a novas incorporações na matéria mais densa para novos testes. A este processo chamamos de reencarnação.

Portanto, a encarnação e a reencarnação são processos de elevação espiritual. Esta é conseguida quando o espírito consegue promover a sua “reforma íntima” durante esses processos.

Como “íntimo” do espírito entendemos a sua propriedade inteligência e os raciocínios e sentimentos oriundos dela. Portanto, a encarnação e reencarnação são processos de “purificação espiritual” onde o espírito deve mudar a sua forma de “ver” e “sentir” o mundo.

Dissemos anteriormente que o resultado positivo de uma encarnação é provar o seu amor a Deus acima de todas as coisas. Podemos, então, compreender que todo espírito ao encarnar possui algo contrário a isto e que precisa mudar a sua “forma de pensar e sentir”. Este algo contrário que precisa ser reformulado é o “individualismo” ou o amor a si mesmo acima de todas as coisas.

A vida espiritual, portanto, é um eterno aprendizado onde o ser deverá aprender o amor a Deus sobre todas as coisas. Durante este aprendizado ele terá que fazer provações na matéria mais densa sem a presença da memória espiritual para que possa demonstrar o quanto interiorizou deste amor.