Comunhão com Deus-Textos-2-Convivendo com Deus

Deus é a justiça

Em O Livro dos Espíritos. Kardec quando propõe para análise dos espíritos os valores que ele considera como a totalidade dos atributos de Deus, inclui a informação que o Senhor é justo e bom (pergunta 13). No entanto, o Espírito da Verdade responde da seguinte forma:

“Do vosso ponto de vista sim, porque credes abranger tudo. Sabei, porém, que há coisas que estão acima da inteligência do homem mais inteligente, as quais a vossa linguagem, restrita às vossas ideias e sensações não tem meios de exprimir. A razão, com efeito, vos diz que Deus deve possuir em grau supremo essas perfeições...”

A questão do imaginar Deus como justo é uma das coisas que a inteligência humana acredita ter abrangido a totalidade da informação. No entanto, existem coisas que a razão humana restrita não consegue compreender.

Deus não é justo; Ele é a Justiça...

Ser justo é bem aplicar um código de leis, mas Deus, como está acima de qualquer outra coisa, não usa código de leis para avaliar ninguém. O que Ele usa é a sua própria avaliação. Por isso, o que avalia é a própria Justiça e não algo justo.

Lembra do que aconteceu com aquela jovenzinha que citei? Ali não houve uma ação justa, mas a própria Justiça em ação. É a perfeita avaliação de uma ação anterior daquele ser realizada pela Inteligência Suprema.

 Sendo assim, não existe tribunal superior que um ser possa recorrer para contestar a decisão de Deus. Isso porque o Supremo Avaliador das ações de cada ser universal julgou através da sua Suprema capacidade que aquele deveria ser o carma que ele merecia. Os seres humanos que contestam as avaliações da Inteligência Suprema, até parecem para as razões humanas sábios, com a razão, mas são como Jó, que em seu livro bíblico pergunta: ‘quem pode dizer a Deus que Ele está errado’? Todo ser humanizado se acha neste direito e por isso vive contestando as avaliações da Inteligência Suprema.

O ser universal, humanizado ou não, que acredita que possa acontecer algo que não seja a aplicação da própria Justiça pela Inteligência Suprema é aquele que se lamenta pelo ocorrido. Para estes Krishna tem um recado, que é o mesmo que o sublime senhor passou a Arjuna e está em o Bhagavad Gita: ‘quando se lamenta, você até parece um sábio, mas o verdadeiro sábio não lamenta nem pela morte nem pela vida (capítulo 2 – versículo 11)”.

Ver a ação que ocorre como resultado do Supremo Avaliador gerando a Justiça é a primeira providência de quem quer aproximar-se de Deus. Isso porque quem não possui uma razão que cria consciências a partir disso certamente vai se chocar com a aplicação da Justiça e com isso se afasta de Deus. Aquele que ainda acha que existe uma injustiça ocorrendo não pode comungar com Deus, pois é contrário àquilo que Ele determina como o perfeito carma que merece aquele ser.