Choque de realidade

Assistindo a vida

Nestes textos tentei falar do sistema que utilizo comigo mesmo para tentar extinguir o fluxo do sofrimento. Ele se consiste em observar a realidade sem ilusões e tentar retirar dela os devaneios que a mente cria.

Na prática isso é simples de ser feito, quando é feito. Mas, explicá-lo, foi difícil...

Para poder falar dele tive que abordar diversas partes teóricas que são muito difíceis de serem explicadas. Por isso, talvez tenha causado em algumas pessoas mais dúvidas do que já tinham... Quando abordei os assuntos de uma forma diferente e até criei nomes, coisa que não faço comumente, pode ter parecido que estava falando de uma coisa diferente, mas o que faço nesse sistema nada mais é do assistir a vida.

Por isso vou parando por aqui... Assim evito criar mais complexidade, pois o que tinha para ser dito já o foi... No entanto, não quero parar...

Mais importante do que saber que existe uma síndrome de princesa, uma tela e uma projeção, é saber como se faz isso na prática. Por isso vou iniciar uma nova série de textos.

Nesta nova série não pretendo falar de tela ou de projeção, de desejos ou paixões, mas simplesmente tentar aplicar na prática o choque de realidade à diversas circunstâncias da vida.

Convido todos a, mais do que lerem, participarem dela. Para isso, além do questionamentos de dúvidas, seria muito importante se as pessoas expusessem acontecimentos da existência onde é mais difícil retirar o tudo.

Pretendo, a partir de minha observação, fazer como comentários de como se encarar estas realidades sem deixar o sofrimento prosseguir. Mas, além da minha observação, seria muito bom que as pessoas colocassem as suas, pois assim poderíamos ampliar o horizonte deste trabalho.

Estou aberto a qualquer sugestão, mas desde logo afirmo que:

Primeiro: não sei se conheço a forma de encarar todos os acontecimentos;

Segundo: usarei minha forma de agir, mas pode ser que cada um consiga argumentos mais propícios a si para esvaziar o momento;

Terceiro: serei completamente 'frio' nas colocações. Prender-se a lamúrias, a emotividade, não ajuda em nada a esvaziarmos o tudo...

Feito o convite, comecemos então a 'Assistir a Vida'...