Em busca da Felicidade - Prática - Relações trabalhistas

Relação do subordinado com o superior

Quando falamos na relação quando você é superior a outro, dissemos que a obrigação do chefe é mandar. A obrigação de um chefe é mandar, pois ele tem a responsabilidade pelo trabalho.

Ele não está ali para conciliar, para colaborar com os subordinados, para apoiar quem está abaixo. O que a empresa dele quer é que ele comande seus subordinados para que estes façam o que precisa ser feito. Ponto final.

Sim, vocês pensam que o chefe não tem o direito de mandar em vocês. Imaginam que ele precisa ser bonzinho com os subordinados. É isso que a mente humana lhes diz. Para que? Para empurrá-los para a beira do abismo. Porque na hora que o chefe usar de suas prerrogativas ela lhe cobra a dor. Lhe faz se sentir mal, humilhado, preterido.

Você tem que ir para o trabalho e ter a certeza de que seu chefe está lá apenas para manda-lo trabalhar de determinada forma. Ele não está lá para mais nada. Não está ali para lhe dar bom dia, para perguntar se quer um cafezinho nem para conversar sobre o jogo de futebol.

Ele está lá para lhe mandar fazer e por isso ele é o chefe. Além do mais, ele é cobrado pelo seu superior pelo que manda fazer. Isso você não quer saber. Quando o seu chefe ganha bronca porque você não fez o trabalho, não quer nem saber.

Como disse mais de uma vez, nosso intuito não é criar uma forma de agir ou de pensar, mas temos a intenção de lhe mostrar que quando a sua mente disser que o seu chefe é ruim, é mal, porque briga, é preciso que acenda a luz vermelha e diga: ‘estão me empurrando para o abismo. Vou cair, vou sofrer e entrar em todo processo de sofrimento, de depressão. Eu sou isso, sou aquilo; meu chefe é isso ou aquilo’.

Deixando-se levar por estas ideias, ao sentir-se mal a mente cria a ideia de pedir demissão. Ela acontece e você fica desempregado. Neste momento o sofrimento aumenta por estar desempregado. Aí consegue um novo trabalho e cai na mesma história mental e todo ciclo se inicia. No final, diz que o problema são das empresas que lhe contratou, porque elas não sabem escolher os chefes.

Sabe, na verdade, o que estamos fazendo é mostrando a hipocrisia da mente. Você sabe muito bem que a mente vive do seu trabalho. Se você não trabalhar, não há produção. Mesmo sabendo disso, a mente inventa que você tem que ter a hora do cafezinho, da conversa, das comemorações. Diz ainda que no dia que não quiser ir, basta apresentar um atestado médico e tudo estará certo.

Afirma que seu chefe não tem que lhe mandar, não tem que dizer o que deve fazer. Imagina-se livre para poder fazer o que quiser dentro da empresa. Só que se no final do mês não tiver salário, você xinga ela, não?

Quer ver uma coisa interessante. Vocês adoram quando aparece um feriado. Se ele cai num dia onde podem emendar sem ir a empresa mais dois ou três, a coisa fica melhor ainda, não? Mas, se chegar na hora de receber o seu salário a empresa disser que não paga o dia que foi feriado, como fica?

Neste momento você reclama, não? Será que na hora que ganha, reclama? Não, porque a mente quer que tenha a consciência de que precisa trabalhar, de que precisar plantar para poder receber.

É essas hipocrisias que estamos mostrando para que vocês entendam que a mente não usa de lógica para poder prendê-los ao prazer e a dor. Não estou defendendo chefe de nada ou de ninguém, não estou aqui criando uma novo regime de trabalho, nem estou aqui dizendo que a partir de amanhã terá que trabalhar duro. Eu não sei. Você viverá do jeito que tiver que viver.

Estou aqui apenas lhe alertando: a sua mente quer lhe empurrar para o prazer ou para dor. Por isso ela diz que o seu chefe não tem o direito de falar com você do jeito que fala. Que o seu chefe não tem o direito de lhe mandar fazer este volume de trabalho.

Mas, não para por aí. Há um outro argumento que a mente cria muito: o chefe é um incompetente. Subiu porque puxou um saco. Só tenho a dizer que mesmo que fosse o motivo da ascensão dele, teve que trabalhar muito, pois puxar saco é um trabalho muito difícil. Veja como ele é competente: teve toda a competência para puxar o saco.

Não importa como o seu chefe subiu, nem se ele tem competência para ocupar o cargo que tem ou não – aliás, a incompetência que vê no outro é fruto da presunção da sua competência. Repare que a sua mente não está falando dele, mas está lhe levando aos píncaros da glória, está dizendo que você é melhor trabalhador que todos os outros.

‘Eu deveria ser o chefe’, sua mente fala. Isso lhe parece estranho? Acho que não. Todos se acham mais competentes do que o seu chefe.

É isso que precisam entender. A mente jamais lhe dirá que deve ir para o trabalho para trabalhar e ponto final. Ela não dirá que deve ir trabalhar no seu emprego e não viver uma reunião social lá. Ela jamais dirá que o seu chefe tem o direito de lhe mandar. Mais do que o direito, tem a obrigação o dever de fazer isso, pois recebe para fazer este trabalho.

Ela criará logo um monte de situações onde dirá que o chefe não deveria ter falado o que falou que não deveria ter feito o que fez. Mas, ele tem o direito de ser, estar e fazer qualquer coisa e uma das coisas que ele tem o direito de fazer é mandar em você, é coibir as reuniões sociais no ambiente de trabalho.

Eis aí, então, a luz vermelha acendendo. Quando a sua mente reclamar do seu chefe, acenda a luz vermelha e saiba que lá vem dor. Se não fizer isso não estará atento e com isso cairá, sofrerá.