Em busca da Felicidade - Prática - Relações trabalhistas

Meditando sobre o desemprego

Já que falei em meditar, vamos fazer um pouco mais do que apenas falar. Vamos meditar sobre a questão do desemprego. Além de lutar para libertar-se da agonia do desemprego, você precisa meditar sobre estar desempregado ou da busca de estar empregado. Vamos lá.

Como eu disse, meditar é pesquisar na mente as verdades que sustentam a realidade. Por isso, pergunto: porque você quer estar empregado? Essa é uma pergunta que ninguém se faz.

A maioria me responderia que é porque precisa de dinheiro. Continue meditando: você come, veste, se limpa com dinheiro? Não. Sendo assim, essa verdade é falsa: você não quer trabalho porque precisa de dinheiro, mas por outros motivos.

Chegamos ao ponto. É preciso continuar a meditação para encontrar o motivo que a mente lhe diz pelo qual é importante ter emprego.

Esse é o trabalho completo da libertação. Não compactuar com a verdade que está à tona, que é a ideia de ter que conseguir um, a agonia de não ter trabalho. Mas, além disso, precisa libertar-se do cria essa ideia, pois se não fizer isso pode até se libertar da agonia, mas amanhã cairá, pois a mente repetirá a proposição.

Portanto, precisa ouvir a sua mente. Ouvir dela o por que precisa ter o dinheiro e consequentemente o emprego.

Estou falando isso porque existem milhares de motivos para se querer um emprego. Uns querem porque se consideram adultos, com qualquer idade que tenham e precisam de um trabalho para sair da casa do papai. Outros procuram por causa de respeito. Acham que só estando empregados serão respeitados, etc. Os motivos são muitos e você precisa conhecer o da sua mente para poder realizar o trabalho de libertação da criação mental.

Não estou falando em negar o motivo que ela tem, mas libertar-se de ter que ter. é libertar-se de ter o dinheiro.

Sei que alguns me diriam que sem dinheiro não comem. Isso é uma criação mental. É preciso se libertar da ideia de que tem que comer. Outros diriam que sem trabalho não têm dinheiro e com isso não teriam uma casa para morar. Isso é verdade da mente. Precisa se libertar da obrigação de ter um teto.

Porque você precisa disso? Vocês me dirão que é porque senão morarão na rua. Está certo, qual o problema disso? Quantos moram na rua? Prendendo-se a ter que ter a casa terá que ter o emprego e se essa ideia lhe domina, sofrerá quando estiver desempregado.

Reparem no trabalho da meditação junto com da busca da felicidade. Saibam que é esse que realmente pode lhes levar a alcança-la. Isso porque é a meditação que irá extinguir aquilo que alimenta a verdade que causa o sofrimento ou o prazer.

É por este motivo que deixei o desemprego para o final de nossas conversas. O desemprego é primeira situação de vida considerada crítica que vemos. Só que ela não tem nada de absurdo. Quantas vezes você ou qualquer pessoa já não esteve desempregado e depois conseguiram um? Isso é vicissitude, característica corriqueira da vida humana. Por ela, um dia tem emprego e no outro não. Depois passa a ter novamente.

Por isso, o que não interessa é saber se tem ou não. Não é para ter que é preciso que se lute, mas sim para enquanto tiver ou não viver o ter ou não sem prazer ou sem dor, ou seja, da melhor maneira possível para si mesmo.

‘Mas, como fazer isso’? Acabei de explicar. ‘Mas como a minha mente vai funcionar, já que cada pessoa é uma’? Isso pouco importa. ‘Quem vai observar e quem será o observado’? Também não importa. Me adiantei um pouco às suas questões para não perdermos tempo depois.

Essas perguntas pouco interessam. O que interessa é que você sabe como se sente quando está desempregado. Se é você quem está sentindo ou se é a mente, isso também não importa, porque não sabe a resposta para isso.

Concentre-se no que pode fazer ao invés de divagar, porque senão ficarão como cachorro correndo atrás do rabo e nada fazem. Essa é a informação de O Livro dos Espíritos para aqueles que querem saber: entram num labirinto de onde não conseguirão sair e enquanto estão presos lá, não fazem o que devem fazer.

Por isso, concentrem-se apenas em reconhecer como está vivendo emocionalmente. Concentre-se em buscar entender porque está vivendo aquilo e aí lute para secar a fonte que lhe dá a emoção.

O resto é vida, acontece, não depende de você.