As reformas da reforma

Perdendo a felicidade por conta da criação mental

Esta é a vida de vocês. São dirigidos pela mente através dos conceitos que ela cria sobre as pessoas e é pelos comandos que ela dá que vocês se comunicam com o mundo. Não sabem o quanto podem estar perdendo de felicidade por conta desta submissão ao que a mente cria. Vou contar uma história que mostra bem esta questão.

Um homem estava precisando de um martelo para realizar um trabalho em casa, mas não tinha. Por isso decidiu pedir o do seu vizinho emprestado. Saiu de casa e se dirigiu até a casa do lado. Durante o caminho foi pensando...

‘Eu vou chegar à casa do meu vizinho e lhe pedirei o martelo. Ele vai dizer que não pode me emprestar agora porque está usando-o. Então vou dizer a ele que também estou precisando muito, que vou usá-lo por pouco tempo e que entrego logo. O meu vizinho vai novamente insistir que não pode emprestar agora porque está precisando também. Eu vou argumentar que o meu trabalho é importante e que preciso acabá-lo neste momento. Eu vou insistir e ele vai continuar argumentando que não pode emprestar. Eu vou ficar sem o martelo e não vou conseguir fazer o que preciso. Que droga’...

Desenvolvendo este raciocínio o homem chegou à casa do seu vizinho e bateu à porta. O vizinho, que estava descansando no sofá, abriu a porta com um largo sorriso e disse: ‘bom dia’... A pessoa que foi pedir o martelo, comandada por tudo o que foi pensando ao longo do caminho respondeu com muita raiva: ‘fica com o seu martelo que eu não quero mais’...

Reparem: o vizinho o atendeu com um sorriso, pronto para ajudar o amigo, mas não pode porque este, durante a caminhada, convenceu-se de que o vizinho não ia emprestar o martelo. Ele poderia ter pegado o martelo, já que o vizinho não o estava usando, e acabar o seu serviço tranquilamente, mas não o fez, porque aceitou tudo o que a sua mente criou e que não correspondia à realidade.

Pré-concebido. O ser humano vivencia a vida através de pré-concepções.

O espírito vive sem nenhuma concepção de nada. Ele não conhece nada: simplesmente vive cada segundo de uma vez sem ligá-lo ao passado ou ao futuro.