Em busca da Felicidade - Prática - Relações trabalhistas

Para pensar em casa

Já estamos encerrando este primeiro dia de conversas sobre a questão prática da busca da felicidade onde começamos a falar sobre a relação trabalhista. Falamos da ação mental no início deste vínculo e abordamos também a questão da segurança no trabalho. Ao final aproveitei a pergunta de uma pessoa e falei sobre a armadilha que a mente cria através da ideia de se gostar de alguém.

Ainda temos muita coisa para conversar sobre a questão trabalhista, mas queria deixar algo para vocês poderem em casa. Já que hoje falei muito na questão de não acreditar nas consciências geradas pela mente porque elas são armadilhas que lhes leva a caírem no prazer ou na dor, pergunto: qual a maior armadilha que a mente pode criar?

‘Eu vou sair de casa de manhã, vou trabalhar o dia inteiro e à noite quando voltar irei fazer isso’. Este é um pensamento comum, que praticamente todos têm. Todos os seres humanos imaginam que ao saírem de casa de manhã para o emprego o retorno é garantido. Quem disse isso?

Quem disse que você voltará para casa esta noite? Quantos saem de casa de manhã e não chegam em casa à noite? É a esse ponto que precisamos descer quando lidamos com a mente.

É preciso questionar qualquer ideia que seja formada pela mente. Não dá para se separar nada, não dá para se lidar com nada que seja criação mental como se fosse certo, fixo ou que inexoravelmente ocorrerá. Se isso acontecer, certamente você estará na beira do precipício. Quantas noites vocês já dormiram felizes da vida por terem um emprego para acordarem no outro dia desempregados?

Portanto, cuidado. É deste precipício que estou falando, que estou querendo lhes afastar. Cair neste precipício é viver o prazer ou a dor como resultado da crença de uma verdade gerada pela mente. É acreditar que tudo está seguro na sua vida, enquanto que na realidade para as cosias deixarem de estar bem basta apenas um segundo.

No segundo seguinte ao que foi vivenciado pode acontecer algo inesperado que transforme tudo que estava bem. Acebe com as coisas boas das quais tanto se sentia seguro. Faz o seu mundo perfeito ruir, desmoronar, acabar. Pior: você não pode fazer nada para evitar o desastre.

Quem quer estar atento à mente, não pode cair na armadilha da segurança, na armadilha de acreditar que o mundo transcorrerá dentro de uma normalidade planejada. ‘Eu saio de casa todo dia para trabalhar e retorno ao meu lar à noite. Isso é sinal de que vou voltar hoje’. Cuidado com este tipo de raciocínio, porque ele pode lhe levar ao sofrimento. ‘Eu trabalho neste emprego há mais de vinte anos. Isso quer dizer que vou me aposentar aqui mesmo’. Pode ser que não ... ‘Sou funcionário público. Isso quer dizer que não corro o risco de ficar desempregado’. Olha que existem casos onde pessoas perdem o emprego público.

A atenção plena na mente deve lhe levar a viver uma vida que não seja cômoda, segura, mas que não lhe exponha a perigos e o maior destes é o sentir-se seguro. Sentir-se seguro com relação a qualquer coisa nesta vida é a arma mais letal que a mente dispõe para fazer os seres humanos viverem tanto o prazer como a dor.