Conhece a ti mesmo

Os trabalhos da reforma

Aí estão, portanto, os quatro ‘trabalhos’ para quem quer promover a reforma íntima. Aí está em rápidas palavras a reforma íntima, o renascimento que leva ao reino do céu, a libertação dos apegos. Aí está o equilíbrio que Lao-Tsé ensina e o não sofrimento que Buda diz que pode ser vivenciado.

Tudo o que todos os mestres ensinaram é alcançado quando você consegue se conscientizar do que deve fazer durante a encarnação: liberta-se do que já existe no seu ego e não o deixar formar novas verdades. Só assim você pode curtir a vida, ou seja, vivenciar os acontecimentos da vida com um estado de espírito de felicidade incondicional.

Viva a felicidade que existe, não a construa. Não crie felicidade, viva a que já está dentro de você. Quando você vivencia esta felicidade honra a palavra empenhada com Deus e com os mentores na hora da encarnação.

 Veja bem. Quando você acabou de criar o seu ego e ele foi aprovado por Deus, garanto que estava em lágrimas aos pés do Criador agradecendo a oportunidade e dizendo para Ele: ‘Senhor conte comigo. Eu já vi o que os seres humanizados, o que os espíritos que se deixam levar pelo ego fazem. Eu não vou fazer igual’.

Aí nasce para não fazer igual àqueles que você observou, mas acaba agindo igualzinho e com isso não honra a palavra empenhada ao Pai.

Participante: o caminho para libertação seria viver sem sentir nenhuma emoção? Fazer o que tiver que fazer sem se envolver com os frutos do trabalho?

Sim, o caminho para libertação é não se viver as emoções e realidades criadas pelo ego. Mesmo que seus atos aparentem que esteja vivendo as emoções ditadas pelo ego, interiormente não os viva. Ou seja, mesmo que seus atos aparentem um nervosismo, não se sinta nervoso internamente.

Nestas duas formas de se participar de um acontecimento do mundo carnal está a distinção entre viver e vivenciar. Viver é participar do ato racional e emocionalmente; vivenciar é observar o ato sem acreditar nos valores e nas emoções que o ego cria.