Vida humana

O que será julgado

A elevação espiritual não é medida pelo que cada um faz, mas a forma como se vivencia aquilo que se pratica. É isso que estou querendo passar para vocês neste início de conversa.

Cristo ensina que o Pai julga os seres encarnados pela intencionalidade com que vivem os acontecimentos do mundo. Não é o que você faz, mas o que o motiva a fazer qualquer coisa. Para que você faz alguma coisa é que é o problema. Fazer é o de menos, mas para que fez alguma coisa é o que mede o trabalho da encarnação.

O que lhe motiva na vivência diária dos acontecimentos de sua existência carnal? É ganhar a vida no sentido material? Não há nenhum problema nisso para aqueles que não acreditam que são espíritos. Estes podem servir à humanidade, mas você que sabe que seu reino não é deste mundo, porque o serve? Quem tem a consciência que seu reino não é deste mundo deve viver para servi-lo, não importando o que está vivendo.

Participante: entendendo o que o senhor está dizendo. Freqüento um centro e vejo diversas pessoas lá falando dos ensinamentos e quando chegam fora esquecem tudo o que sabem e vivem apenas o que todos os seres humanos vivem. Isso acontece mesmo com aqueles que exercem funções mediúnicas...

A coisa é ainda pior. Não é só aqui fora que eles vivem presos à intencionalidade humana: lá dentro também... Estas pessoas vão ao centro espírita aprisionadas à intencionalidade e as compreensões humanas e por isso lá dentro só vivem o que a humanidade diz que é para ser vivido.

Quantos médiuns você já não ouviu dizer que eles curaram diversas pessoas. Mas, nem Cristo disse que ele fez isso. Quando uma mulher tocou em sua bata imaginou que o mestre a tinha curado, mas ele disse: foi sua fé quem lhe curou. O médium vai ao centro, trabalha nele e acha que por isso está ganhando a elevação espiritual. Mas, como está vivendo este momento? Preso ao mundo material, ao reino que não é dele.

Quantas pessoas você conhece que vão ao centro apenas buscando a solução de seus males. Ou seja, vão a Deus presos à intenção de se curar e não em estabelecer um vínculo amoroso com o Senhor. Se fossem atentos a esta relação, pouco importava se conseguissem o que queriam ou não, continuariam firmes na sua presença. Mas, como não é esta a intenção deles, se conseguem o que querem deixam de ir porque não precisam mais, e se não conseguem procuram outro local onde obtenha o que quer.

É isso que será julgado quando do desencarne desses seres e não a sua freqüência ao centro.