Em busca da felicidade - Textos - Parte I-Técnica

O observador da mente

Participante: Vamos trazer o que o senhor acaba de falar para a prática. Tenho que dividir a mim mesmo entre a mente, que cria as coisas, e o observador, aquele que observa o que ela cria? Se sim, este observador está dentro da mente? A minha mente vai observar a ela mesmo? É isso?

Agora você chegou na pergunta que todos querem fazer: quem vai observar a mente? A resposta é uma só: você. Quem é você? Você. É você que precisa observar o que você cria.

Sei que parece complicado, mas na verdade não é. Você sabe muito bem quando está agindo mentalmente e sabe quando as coisas surgem espontaneamente na sua consciência. É o primeiro que observa o segundo.

Em outro estudo falei do pensamento espontâneo e o pensamento no qual você conversa com a mente, que à época chamei, se não me engano, de raciocínio. É disso que estou falando agora novamente. Você é aquele que raciocina, aquele que conversa com a mente.

Mas, me diga uma coisa: quem está querendo saber quem é o observador? Quem está querendo saber como o observador age? É a mente e não você. Por isso reaja à este seu presente da seguinte forma: ‘você quer saber, mente, faça a pergunta. Eu não estou nem aí para a resposta’. Desta forma, a mente fará a pergunta, se essa for a sua vida, mas você não perderá a sua felicidade.

Participante: o senhor fala da mente e de um tal você. Quem é o você?

O observador da mente. Contente-se apenas com esta resposta e não queira saber mais sobre o assunto.

Se continuar sentindo-se instigado a descobrir quem é este você, a mente lhe dirá uma série de coisas e você acreditará. Só que como disse uma pessoa anteriormente, a mente conta mentiras. Sendo assim, qualquer coisa que ela lhe disser não será a verdade.