Escolha das provas

O Livre arbítrio do espírito

258 – Quando na erraticidade antes de começar nova existência corporal, tem o Espírito consciência e previsão do que lhe sucederá no curso da vida terrena?

Ou seja, antes de nascer, o espírito sabe o que vai acontecer na sua vida carnal?

“Ele próprio escolhe o gênero de provas por que há de passar e nisso consiste o seu livre-arbítrio.”

Leiam novamente: “ele próprio escolhe o gênero de provas por que há de passar e nisso consiste o seu livre-arbítrio.”

Se isso é verdade, e é porque trata-se de um ensinamento de um mestre da humanidade, o Espírito da Verdade, quer dizer que o espírito escolhe e sabe antes da encarnação, antes de nascer, a vida que terá. Aí está dito mais: esse é o livre arbítrio do espírito.

Eis a informação da existência da liberdade que Deus dá a cada um de escolher as perguntas das provas que irá se submeter quando encarnado. Você diz ‘Deus, que quero provar que me libertei da posse’. Ele, então monta uma historinha, um enredo de vida, onde esteja presente a possessão para que você possa provar a sua libertação dessa forma de viver. Você diz, ‘Deus, quero provar que me libertar da arrogância’. Ele, então, gera uma história onde estará presente a sua arrogância para que possa provar que se libertou dela.

É isso que é o livre arbítrio do espírito. Ele pede provas e a partir do que pede, a sua existência carnal é desenhada.

Nada acontece por acaso. O ser não vive a vida aqui, ele a gera antes de encarnar. Tudo o que vivenciará durante a encarnação vai sendo criado antes. Depois que encarna, só vivencia o que foi prescrito.

Vamos deixar bem claro: você nasceu numa família pobre porque pediu para nascer nela e nessas condições; se hoje em dia não possui casa própria, é porque pediu para não ter; se está passando por necessidades físicas, fome, é porque pediu antes de encarna para não ter comida quando tivesse a idade que tem hoje.

Tudo que vive hoje, que viveu ontem e que viverá amanhã é fruto do seu livre arbítrio antes de encarnar. E olha que esse livre arbítrio não é tão livre assim. Muitas vezes o espírito pede, mas deu não concede.

Se deixar pelo ser que irá fazer provas, os habitantes do planeta iriam nascer miseráveis, sem braço, sem perna, sem visão, sem audição. O espírito tem vontade de acabar logo com suas provas, por isso pede bastante oportunidades durante a encarnação. Só que Deus corta a maioria. Através de espíritos superiores (mentores), o Pai conversa com o ser que vai encarnar e diz: ‘Filho, você não vai aguentar isso, não vai dar conta’.

Por isso disse que esse livre arbítrio não é tão livre assim. O espírito pede, mas Deus nivela os pedidos dentro da capacidade de realização que Ele sabe e conhece de cada um. Só depois disso tudo é que o ser encarna. Apesar de tudo a que se dispôs antes de encarnar, o ser na carne dificilmente consegue realizar o que se comprometeu.

Essa é a realidade do mundo: o espírito pede seus gêneros de provações, Deus gera as histórias para que elas existam e aí o espírito encarna e vai viver uma vida humana onde estará presente tudo o que ele pediu utilizando-se do seu livre arbítrio. Todo o livro da vida (acontecimentos), a personalidade (o mundo mental), o corpo físico e todas as coisas que o ser convive durante a encarnação é decorrente do pedido que fez antes de nascer.

Isso estamos dizendo há algum tempo, mas o estudo dessa passagem é importante para que compreendam que não estamos inventando essa informação. O que falamos é fruto de uma informação do Espírito da Verdade.

Por isso já disse: não posso criar nada, não posso falar nada que não tenha uma base escrita. Posso falar na existência de um livro da vida e do fato dele ser escrito pelo ser porque existe uma informação que a vida é planejada antes da encarnação. Se não houvesse essa informação, não poderia dizer isso.

Mas, ainda não acabaram as surpresas desse capítulo. Vamos continuar estudando. Prestem muita atenção no que ainda vamos ver, pois poderão verificar que o que falo já estava ensinado.