Conversando com um espiritualista - volume I

O exemplo de São Francisco

Participante: Joaquim nos fala de São Francisco de Assis, de Jesus Cristo e nós, pobres espíritos, fomos educados num sistema totalmente longe da santificação. Isso não é areia demais para o nosso caminhão?

Você já leu a história de São Francisco? Ele também foi educado longe da santidade, talvez mais do que você, pois era rico, senhor de terras e nobre. Foi criado para seguir a tradição da família.

Você já leu a história de Jesus? Ele também não nasceu santo. O problema é que nós só conhecemos o santo depois que alcança a santidade. Por isso não entendemos que ele também teve que vencer suas batalhas para alcançar este estado de espírito.

Dessa forma, se Chico Xavier, Chico de Assis, Jesus, Joana D’Arc, Santa Clara, conseguiram vencer o mundo, como Cristo disse que venceu, você também pode. É tudo uma questão de decisão, ou seja, decidir o que quer para a sua vida.

Decidir com que base vai vivenciar a sua vida, mas principalmente abrir mão de outros caminhos. A partir do momento que decidir buscar uma vida São Francisco, precisa abrir mão do prazer de ser contentado, senão não conseguirá. Esta afirmação pode ser comparada simbolicamente ao ato de São Francisco retirar as roupas caríssimas e colocar o saco de estopa.

No entanto, estamos citando este ato de Francisco de Assis figuradamente: você não precisa abandonar sua casa, suas propriedades nem sua roupa. Agora, deve abandonar todas as suas posses (ter verdade sobre as coisas) e realizar sua santidade.

 Participante: concordo, mas para isso é preciso uma ajuda de cima.

Essa ajuda acontece cada segundo na vida humanizada do espírito. A cada micro fração de tempo existe uma pergunta de Deus que lhe ajuda a viver assim: ‘e agora, você vai amar a quem, a você ou a Mim’?

Cada segundo da sua vida é uma dramatização onde está embutida esta pergunta de Deus. Quando você gosta do que acontece e ama a você mais do que a Deus, tem prazer; quando você não gosta e se ama acima de tudo, sofre; mas, se você ama a Deus acima de todas as coisas, vive sempre em paz: sem prazer ou dor.