Imperfeições do ser - Textos

Harmonizando-se

Participante: o que o senhor está dizendo é que devemos fazer o que agrada ao outro, mesmo não querendo fazer, para não gerar atrito e sofrimento?

Como disse, o egoísmo sempre se expressa, mas você não o vê em ação. Repare na sua frase. Quando diz que deve fazer algo para que esta atitude gere alguma coisa, está criando um desejo. Se esforça-se para fazer, está procurando ganhar. Faz porque acredita que deveria fazer e com isso sentirá que ganhou quando fizer. Sendo assim, você não está fazendo nada pela sua elevação espiritual, mas apenas pela sua humanidade.

Sua propositura ainda está, então, presa a um egoísmo. Mas, será que o egoísmo de sua frase está apegado ao seu interesse material ou espiritual? Vamos analisar isso...

O que determina o interesse pelo qual o seu egoísmo trabalha não é o que você faz, mas como se relaciona com o que foi feito. Fazer o que agrada ao outro ou fazer o que lhe agrada não tem importância alguma com relação à elevação espiritual. Esta depende da sua resposta ao que acontecer. Se você fizer o que o outro gosta e se enaltecer por ter conseguido evitar o atrito e o sofrimento, ainda está preso a um valor humano, pois a sua vitória será sobre o outro e não sobre o seu lado humano. Se fizer e não achar que fez nada demais, neste momento terá priorizado a sua neutralidade.

A utilização do egoísmo em benefício do interesse pessoal jamais pode passar pela sensação da realização de alguma coisa. Sempre que isso acontecer houve um prazer e não uma neutralidade.

Participante: mas o senhor não disse que devemos usar o egoísmo a favor de nossa neutralidade?

Sim, mas não disse que você tem que fazer o que o outro quer. Quando usei o exemplo do lugar onde um copo é deixado, disse que se quiser você pode pegá-lo e colocar onde quer e mesmo assim harmonizar-se com aquele momento. Ou seja, que você não precisa deixá-lo onde o outro colocou para que haja uma harmonia...

Este é o grande problema quando se fala com humanos: eles sempre pensam em agir externamente e não internamente. A neutralidade precisa ser conseguida internamente, ou seja, na forma como você se relaciona com os atos que participa e não nas próprias ações.

O que é preciso ser feito para se alcançar a elevação espiritual não é praticar atos que atendam aos interesses do próximo, mas sim não usar as armas que você possui, ou seja, suas verdades. Você não precisa colocar o copo onde ele quer, mas sim não deixar o seu conceito que diz o lugar certo para o copo levá-lo a desarmonizar-se com o lugar que ele agora está.

Reforma íntima é você sair da guerra, ou seja, o desejo de impor seus conceitos de certo. Quando faz isso, se harmoniza com o próximo. Quando não defende sua verdade dizendo que o outro está errado, terá alcançado a harmonia. Para isso não é preciso necessariamente agir fisicamente de forma alguma. Pode até fazê-lo, mas não precisa necessariamente fazer.

 Repare que não falei nem em você deixar de ter verdades. Pode tê-las; o que não pode é deixar elas guiarem a sua forma como deve se relacionar com os acontecimentos de sua vida. Você pode acreditar que existe um lugar certo para o copo; o que não pode é esperar que o outro pense da mesma forma. Se fizer isso, com certeza entrará em desarmonia quando o outro colocá-lo no lugar certo dele.

Este ponto é importante porque vocês pensam que para reformar-se precisam mudar alguma coisa. Já que não é preciso mudar os seus atos devem, então, mudar aquilo que pensam. Isso não é real. A mudança que a reforma íntima para a elevação espiritual traz não se apresenta nem pela alteração da forma de agir nem pela de suas verdades, mas pela mudança da forma de reagir aos acontecimentos. Se antes você reagia aos acontecimentos defendendo suas razões, a partir do momento que se reforma não mais as defenderá, mesmo continuando a tê-las.

A reforma íntima tem a ver com o respeito e não com aquilo que você acredita ou faz fisicamente. Respeitando o direito de o outro pensar diferente, mesmo que você tenha valores diferentes, se harmoniza com ele. Quando você respeita o outro consegue a elevação espiritual porque está amando a Deus acima do que acredita e amando ao próximo, já que está respeitando o livre arbítrio dele que o faz achar certo o que ele quiser.

Participante: mas, se o outro não nos respeitar?

O que é o desrespeito ao outro? A defesa do seu direito. Isso é egoísmo puro...

Quando você vive um momento em que se sente desrespeitado pelo outro, na verdade está defendendo um direito seu. Aquela outra pessoa não está lhe desrespeitando, mas defendendo um direito dele que você atacou anteriormente, mesmo que este ataque não tenha sido verbalizado. Vou dar um exemplo para ficar mais claro...

Continuemos com o exemplo do copo. Digamos que você encarou como desrespeito o fato da pessoa colocar o copo em um determinado lugar. Mesmo que você não verbalize a crítica contra o lugar onde está o copo, o simples fato de pensar que ele agiu errado já se constitui um ataque ao direito dele. Não é preciso transformar em palavras a sua desarmonia: se você simplesmente não harmonizar-se com o momento mentalmente, está atacando o outro.

Participante: mas se eu mudar o lugar do copo como o senhor sugeriu não estarei desrespeitando-o?

Não... Para compreender o que estou dizendo precisamos relembrar algo que já comentei.

Vocês acreditam que a vida é a sucessão de minutos que se transformam em dias, horas, meses e anos. Mas, isso não é verdade. A vida dura apenas uma micro fração de tempo que chamamos de presente. Quando um presente acaba ele chama-se passado. O passado não existe, pois é um presente que já se acabou. Quando o presente ainda não chegou, ele se chama futuro e como ainda não está presente, ele também não existe.

A vida é apenas o momento presente. É nela que você tem que promover a sua reforma íntima, ou seja, é durante cada momento presente que deve buscar harmonizar-se com o que está acontecendo.

Sendo assim, no momento que você viu o copo num lugar está vivendo um presente: harmonize-se com o que está acontecendo. No momento em que pensar que deve colocar o copo em outro lugar, estará vivendo outro presente: harmonize-se com esse. Quando movimentar o copo estará em outro momento: harmonize-se com ele...

Isso é a reforma íntima: a vida foi correndo, os momentos se sucedendo e em cada um deles foi se harmonizando com o que está acontecendo.

Se no momento em que viu o copo achou que estava errado, você se desarmonizou. Se no momento em que decidiu mudar o lugar do copo o fez porque acha que ele vai ficar melhor no outro lugar, novamente não se harmonizou. Se no momento em que o colocou no novo lugar achar que agora ele está no lugar certo, desrespeitou o direito do outro e, por isso, não conseguiu a harmonia. Para viver harmonicamente com cada minuto do nosso exemplo, ao ver o copo fora do lugar deve apenas constatar o lugar que ele está naquele lugar; quando decidir mudar o lugar, deve apenas constatar esta vontade; quando o colocar no novo lugar, deve apenas observar que ele está agora em outro lugar.

Esta é a reforma que acontece a cada momento. Apenas mudando o copo de lugar ainda estaria sofrendo, pois ainda viveria com a idéia dele estar num lugar errado. Quando o transferisse de local continuaria a defesa de seus interesses porque estava transferindo-o porquê acha que isso é o certo que deve ser feito. Finalmente continuaria vivendo o prazer de ver o que você queria aconteceu. O mesmo pensamento se aplica à idéia de deixar o copo no lugar.

Entendeu a reforma? Para realizar a reforma íntima a sua preocupação não deve estar concentrada no que é feito pela ação, seja a sua ou a do próximo. A sua única preocupação deve ser evitar os motivos que o leve a vivenciar o prazer ou o pesar. Achar que o copo está fora do lugar o leva ao pesar, portanto não deixe seu conceito servir de parâmetro para avaliar o que está acontecendo. Achar que colocou o copo no lugar certo ou que foi certo deixá-lo onde está lhe leva ao prazer de ter feito o que quer.

Para se reformar, evite ver os acontecimentos desta forma. Ao invés de agir motivadamente, acha apenas por agir. Para isso elimine toda motivação que a mente criar para a ação, mesmo que ela seja a de fazer a reforma íntima.

Para poder se harmonizar com os acontecimentos do mundo é necessário que você esteja livre de qualquer motivação. Se ela existir, o prazer sempre estará presente quando ela for alcançada e o pesar quando não. Por isso Krishna afirma que um dos elementos necessários para se alcançar a evolução espiritual é não ter intencionalidades.

Se você ao me ouvir acredita que o certo é harmonizar-se com o mundo, certamente gerará a intenção de harmonizar-se. Com isso, quando conseguir o que viverá será o prazer de ter feito o que queria e com isso estará desarmonizado. Quando não conseguir, viverá o pesar e a dor da culpa de não fazer o que você acha que deveria ter feito. Novamente não se harmonizou.

Para que a harmonia exista é necessário que você viva todos os momentos da vida sem motivação. É constatar o que está acontecendo simplesmente e não ter um objetivo a ser alcançado a cada momento, mesmo que este objetivo seja colocar em prática aquilo que está ouvindo agora.

Você pode fazer o que quiser: a única coisa que não pode é deixar o que faz estar preso a um querer humano, ou seja, a um desejo de realização de ação. Se você passa a querer usar o egoísmo em favor de sua elevação espiritual, acabou de criar um conceito e quando conseguir praticar esta ação, viverá o prazer e não a equanimidade.

O segredo para colocar o egoísmo a favor da sua elevação espiritual está justamente em não transformar esta busca como uma obrigação, como um dever, algo certo de ser feito. Ela deve ser feita de forma espontânea e não como resultado de uma intenção. Por isso a sua pergunta que originou esta nossa conversa (devo fazer o que o outro quer) não está de acordo com o processo de reforma íntima.

Se você deixa o copo no lugar que ele está motivado em atender os interesses do outro, na verdade está fazendo por causa do seu novo interesse: alcançar a harmonia. Isso de nada adianta, porque ainda está defendo o que agora acha certo.

Participante: há algum tempo o senhor disse que não deveríamos transigir da nossa verdade... Como fica esta questão frente ao que acabou de dizer?

Continuo dizendo a mesma coisa agora. Eu não estou falando que para harmonizar-se você precisa trocar de verdade. Pelo contrário: estou dizendo que não deve transigir dela. Sabendo que existe um lugar certo para aquele copo, não abra mão disso. Agora, por causa disso, não queira que o outro compartilhe a sua verdade.

A sua verdade é sua, a dele é dele: isso é real. Se você abandona sua verdade pela dele não está fazendo nada no tocante a reformar-se, mas apenas trocando de informações. A reforma intima não se constitui em mudar aquilo que se acredita, mas em dar o ao outro o direito de ter as suas próprias verdades, mesmo que elas sejam contrárias às suas.

Esta questão é importante para voltarmos ao aspecto de transformar o que estou dizendo em uma nova verdade. Se você acredita em tudo o que estou falando aqui e transforma isso num certo, com certeza vai exigir que o outro também coloque em prática a busca com a harmonia. Isso o fará desarmonizar-se com ele...

Como disse, todo espírito tem o livre arbítrio, inclusive no tocante a realizar ou não o processo da reforma íntima. Ninguém é obrigado a aproveitar a oportunidade da encarnação. Deus e nenhum ser espiritual cobra que isso seja feito. Como foi dito através do último trecho de O Livro dos Espíritos que vimos, Deus dá inteira responsabilidade ao espírito e por isso não poderia cobrar dele a realização. Se Deus não cobra, será você que irá cobrar?

Aceitando o que estou dizendo, faça a sua reforma, mas não transforme o que está ouvindo numa obrigação. Se fizer isso vai se desarmonizar com aqueles que ou não ouviram ou ao ouvir não aceitaram o que disse ou não estão dispostos a pagar o preço pela execução do trabalho.

Participante: se agirmos desta forma não vamos perder a nossa individualidade?

Acho que não. A individualidade de cada um é marcada pelo conjunto de informações que é tratado como verdadeiro.

Você é o somatório de tudo aquilo que acredita. Se durante o processo de harmonização preserva tudo aquilo que acredita, a sua individualidade não se altera. Agora, se passa a fazer porque o outro quer, neste caso sim, perderá a sua individualidade. Isso porque alterará o seu conjunto de valores, já que estará fazendo o que é característica da individualidade do outro.

Colocando em prática o que estou falando, não se mudará em nada. Continuará sendo o mesmo que é hoje, ou seja, continuará a mesma pessoa, com as mesmas crenças e gostos. O que mudará não será o que você é, mas a forma como se relacionará com as outras individualidades.

Essa questão de mudar-se é outro problema para aquele que pretende aproveitar esta encarnação. Como os seres humanizados só acreditam na ação que se reflita externamente, acha que existem posturas físicas que caracterizam um ser elevado. Engano: a elevação é íntima e não externa.

Vocês acreditam que os seres que alcançam a perfeição são aqueles que se alienam do mundo ou que vivem em oração. De que adianta viver assim se ainda existe critica a quem não vive? Se ainda existe uma desarmonia entre você e o mundo a felicidade que Deus tem prometido ainda não está sendo vivida e com isso a elevação ainda não foi alcançada.

Já contei uma história que se passou com Buda. Um homem foi observá-lo quando ele passou por suas terras. Passou o dia inteiro observando tudo o que ele fazia. Ao retornar o filho lhe perguntou se Sidarta era realmente iluminado. Ele respondeu: ‘não, ele é um homem comum. Enquanto estive com lá comeu, urinou, dormiu e fez tudo o que qualquer homem faz’.

O ser que alcança a iluminação, ou seja, a elevação espiritual vive como qualquer outro e pratica todas as ações que qualquer outro ser humanizado pratica. O que muda nele é o seu mundo interno e não o externo. É por isso que Krishna diz que o homem sábio transita entre as coisas do mundo. Quem alcança a verdadeira sabedoria nesta vida (o não saber) vive como qualquer ser humano e utiliza todas as coisas deste mundo: o que muda nele é a forma de relacionar-se com estas coisas. Antes as usava com apego às suas verdades; agora vive desapegado a elas. Este desapego se caracteriza pela não defesa de suas verdades, pela não crença de que as informações que possui são verdadeiras...

Participante: o problema, então, é apontar o erro dos outros?

A humanidade que você está vivendo está se pronunciando agora ao colocar o outro nesta questão. Reforma íntima é algo que deve ser feito por e em você. Isso não tem nada a ver com o outro...

Sendo isso verdade, o problema nunca não está na forma como você age com o outro, mas sim na forma como age consigo mesmo. O problema para quem quer buscar a elevação espiritual nesta encarnação está em defender os seus interesses e não em atacar o do outro. Por que isso? Porque esta defesa é a utilização do egoísmo.

O egoísmo não tem nada a ver com o outro ou com qualquer elemento deste mundo. Tem a ver com a forma como você age com o seu conjunto de conceitos. Agindo defendendo-o, agiu egoisticamente; se age atacando-o, também está agindo de uma forma egoísta, pois este seu ataque é a defesa de uma nova verdade.

Este aspecto é fundamental para quem harmonizar-se com o mundo. Isso porque a sua ação de reformar-se deve se concentrar em observar a forma como você relaciona-se com suas verdades e não com o que o outro faz. O que ele faz pouco importa: o que interessa é saber como você vai se relacionar com o pensamento que surgir naquele momento. Se defendê-lo, ou seja, disser que ele está certo, agiu egoisticamente; se disser que ele está errado, da mesma forma defendeu uma verdade: a verdade que deve se harmonizar com o mundo.

A neutralidade que demonstra a harmonização se dá quando apenas constata que pensou de um jeito e não quando tem um pensamento neutro com relação ao outro. Você tem todo o direito de pensar que ele está errado: o que não tem é o direito de achar que este pensamento está certo ou errado.

Aquilo que você pensa faz parte do mundo com o qual precisa se harmonizar, pois é o cabeçalho de sua provação. Aliás, na verdade, a sua provação é o fato de pensar desta ou daquela forma e não o que os outros fazem.

Cada vez que alguém pratica uma ação na sua frente, espontaneamente lhe surge um pensamento concordando ou discordando com o que está acontecendo. É neste momento que sua provação começa e não quando a ação foi praticada por outro ou por você. É neste momento que precisa haver a harmonização e ela é alcançada quando se consegue a neutralidade com relação ao que foi pensado. Ou seja: ‘eu pensei isso, mas não sei se este pensamento é certo ou errado’.

Repare que a harmonização que estou falando é muito mais fácil do que vocês estão imaginando. Não se trata de ter que engolir sapos (aceitar o que o outro faz) nem de fazer o que ele quer. Você pode até ter pensamentos de revolta com o que o outro está fazendo: o que não pode é acreditar nesta revolta. O que não pode é aceitar que aquela revolta é real, verdadeira, certa ou errada.

A sua desarmonia não se caracteriza pelo que o outro faz nem pela forma como você reage mentalmente ao que aconteceu, mas sim pela sua relação com o que é pensado. Não agindo de forma neutra com relação ao que o pensamento cria, estará em desarmonia com o momento, mesmo que não critique o outro.

Enfrentar seus pensamentos: esta é a única batalha que o espírito tem durante a encarnação. Ele precisa estar o tempo inteiro atento ao que os pensamentos dizem para não corroborar com eles, pois se assim o fizer, estará agindo egoisticamente.

Há tempos atrás disse que a mente não é egoísta. O egoísmo não está nela, mas em você, no espírito que encarna. Como falei agora pouco, se você está encarnado num mundo de provas e expiações é porque o seu estágio de evolução espiritual se caracteriza pelo fato de querer defender seus interesses, pois acha que sabe, acha que suas informações são verdades absolutas.

Todo pensamento é formado a partir destas verdades. Quando, por exemplo, acredita que existe um lugar certo, dá valor de absoluto a um determinado lugar, o seu pensamento será formado a partir desta informação. Mas, isso não quer dizer que ele é egoísta: ele é apenas uma provação.

A prova consiste-se sempre em usar o não o egoísmo, ou seja, em defender o não o que o pensamento diz. Defendendo-o, acreditando no que ele fala, foi você que agiu egoisticamente e não o próprio pensamento. É por isso que disse que a neutralidade precisa ser conseguida entre você e o que está sendo pensado e não entre você e o que o outro fez.

Esta é a verdadeira harmonia. Ela existe quando você atinge a neutralidade com relação àquilo que o pensamento lhe afirma. Quando o segue, seja elogiando ou criticando o que está acontecendo, viveu egoisticamente e com isso se desarmonizou.

Portanto, saiba de uma coisa: o que você pensa não é certo nem errado. Tudo o que o pensamento lhe afirma que está acontecendo, o que ele diz que é certo ou errado, é bonito ou feio, bom ou mal é apenas o cabeçalho de sua provação. Quando esta informação lhe chega você tem a oportunidade de agir egoisticamente (defendendo o que é pensado) ou de optar em permanecer neutro. Neste caso venceu a batalha desta vida: superou a o egoísmo, pois se libertou de um saber.