2ª Conversa - Relações familiares e relações amorosas

Falando de relacionamentos amorosos

Participante: minha filha diz que quando estou perdendo uma discussão com minha esposa, uso o Pai Joaquim. Neste caso lembro que não tenho que ser professor da lei com as pessoas. Sei que quando estou com familiares próximos é a hora mais difícil de não querer que todos sigam seus ensinamentos. Como não buscar ensiná-los, mas respeitá-los nestes momentos?

Respeitar que eles não gostem de Joaquim. Eu não sou um sábio. Por isso respeite-o.

O que você diz é a mesma coisa que já me falaram hoje a respeito das armas que estamos passando ao longo de muitos anos. Elas serão usadas pela mente contra você, ou seja, irá querer falar para a sua esposa que sabe o certo, porque ouviu de mim.

Isso é uma armada mente. Por isso lhe aconselho a ir se libertando delas também, se essa prova já está fazendo parte da sua existência.

Participante: tive um debate no trabalho sobre amor e me lembrei que em uma de suas palestras foi falado que nós não sabemos o que é o amor e o que mais assemelharia seria o sentimento por um filho que para alguns pais é incondicional. Perguntei que se eles fossem traídos pelas mulheres se continuariam com elas. Responderam que perdoariam, mas não ficariam com elas. Aí perguntei onde estava o amor por elas, se era incondicional.

Exatamente. Isso reforça a minha tese que o amor entre um cônjuge e outro não é incondicional porque é paixão e não amor. Como é paixão vira posse.

Saiba que este perdão seria da boca para fora. Se perdoassem realmente, estariam juntos.

Ainda vamos falar mais profundamente sobre o tema, porque ele está mais ligado a adultério do que a relações amorosas. Por isso vou lhe dar uma resposta mais completa outro dia.

Por hoje digo apenas que a questão da possessão leva à proibição da traição sexual. Eu gostaria de falar disso em outro momento para que abordássemos questões como machismo e outras coisas.

É por isso que este trabalho será longo. No caso da sua pergunta, por exemplo, não podemos responde-la porque precisamos de mais tempo para conversar. Para se falar de adultério é impossível se não falarmos também de machismo, pois senão os conceitos machistas que estão em vocês homens e os feministas, que estão nas mulheres, tirarão a paz ao me ouvir.

Participante: poderia identificar os soldados usados pelo tenente e general nos dois temas abordados hoje?

É tudo o que falamos.

O soldado que lhe ataca é achar que sua mãe tem que ser diferente, de que não deve ser dominadora. É aquele que lhe dá a ideia de que seu pai tem que aceitar a sua homossexualidade. É aquele que lhe dá a ideia de que seu cônjuge é sua posse, tem que fazer o que você quer, lhe satisfazer.

Essas afirmações, essas verdades que normalmente não estão visíveis no pensamento, mas estão por trás dele é que são os soldados. Eu diria que o soldado é a ideia que lhe vem à mente.

Quando disse hoje a uma pessoa que a contrariedade dela era causada pela consciência da mãe não ser aquilo que quer, o soldado dela é o que quer que a mãe seja. É esse o soldado. Ele está preso a um individualismo, a uma paixão, a uma posse, a um desejo, as quatro âncoras. Está ligado a estas coisas.

Só que você não vê a presença dele e por isso disse que o tenente e o general trabalham por trás da realidade. Eles, na verdade, influenciam as ideias. Eles estão presentes na ideia, apesar de não poderem ser vistos.

A ideia é o soldado, mas também a arma que os comandantes usam.

Participante: justamente por viver a maior parte do dia próximo a minha esposa é mais provavelmente que meus carmas surjam na relação com ela? Se sim, o companheirismo seria justamente a ferramenta para que cada um vencesse a sua prova?

Sim, quanto mais tempo de contato, maior a chance de haver embate entre dois seres humanos.

Se você tem o carma de estar ao lado dela bastante tempo, os dois têm compromisso não um com outro, mas de servir um ao outro muito grande.

Participante: de acordo com suas informações para atingir a elevação espiritual o indivíduo deve ficar na passividade. Se for questionado devo ficar calado e não responder?

Não, segundo minhas informações, que não são minhas, mas do Espírito da Verdade, o ser quando alcança a perfeição vive a felicidade de Deus. Esta é, segundo o mentor do espiritismo a característica daquele que consegue a elevação espiritual.

Portanto, a passividade não é a realização, mas trata-se de um caminho para se viver esta felicidade. Se você não for passivo nos acontecimentos desta vida, jamais conseguirá viver esta felicidade.

Se for ativo, irá chocar-se com a atividade do outro e aí não viverá a paz.

Participante: e quando uma pessoa quer se separar de outra e não consegue. Isso é sinal de que a prova não terminou?

É porque ainda não acabou, e pode nem acabar, aquela prova para a qual aquela pessoa é instrumento.

Agora, neste caso, para poder manter a sua paz, se quer se separar e não consegue, o conselho que lhe dou é ir empurrando com a barriga da melhor maneira possível. Entregando-se ao desejo de separar, irá sofrer.