Conversando com um espiritualista - volume I

Encontrando afins

Participante: gostaria de fazer perguntas, mas fazer perguntas é duvidar, é confrontar o que diz ao que aprendemos antes. Mas, não tem outro jeito, preciso dirimir algumas dúvidas. Por exemplo; se não existe uma cidade espiritual, vale dos suicidas e já que tudo isso é criação da mente, como André Luiz, se achando um cara bom, nem acreditava em umbral, nem sentia culpa de nada, foi parar em lugares de tanto sofrimento até ser resgatado? Cito-o, como um dos casos que li.

Fique à vontade: fazer perguntas não é duvidar do que eu falo. É buscar mais elementos para criar uma lógica humana, como no caso da pergunta que me faz agora.

Na sua pergunta você me questiona porque alguém achando determinada coisa acabou vivendo outra. Me pergunta porque se uma pessoa crê em determinada coisa, como foi viver outra? Está falando isso baseado na lógica humana, ou seja, acreditando que tudo que alguém acha vai ser sempre a base para o desenrolar de acontecimentos futuros. Essa lógica não existe.

A mente é o resultado do faça-se de Deus e este não se prende a lógica nenhuma. É por isso que numa idade você gosta de uma comida e em outra não gosta. É por isso que numa hora você acha bom uma coisa e em outra não acha.

A mente humana não tem lógica. Ela é criada por Deus a cada presente com tudo que é necessário, para naquele presente o espírito ter a prova que deveria ter naquele momento. Nada mais que isso.

Então veja, a sua pergunta só existe, e veja como ela é importante, porque você ainda está apegada a uma ideia de que o ser humano pensa sempre preso a uma lógica. Não! Isso não é real. O ser humano não pensa, o pensamento lhe é dado e este pensamento não se submete a lógica nenhuma. É aquilo que é preciso no momento.