Participante: estou às voltas com um ratinho em minha casa e não estou com vontade matá-lo. Descobri que ele estava comendo a ração dos meus cachorros, ou seja, seria este o motivo para ele nos visitar todas as noites. Então, tirei a ração daquele lugar. Pergunto: isso provocará a ida definitiva deste bicho para o mato que é onde eu acho que ele mora?
Essa ação de ver o rato, dele estar na sua casa, de estar comendo qualquer coisa e de você imaginar que o rato está na sua casa porque tem comida, é tudo ilusão, é criação do seu ego.
O seu ego criou o rato e a ilusão de ele estar lá porque tem comida ao seu alcance, mas nada disso é real. E será o seu ego que criará a realidade do rato ir embora ou não e não ação dele.
Participante: mas eu não sei fazer isso.
Vou explicar como fazer e para tanto entrarei em um novo assunto, em um novo aspecto de nosso estudo.
Ontem eu disse que o ego não poderia ficar somente ligado no mundo interno, ou seja, criar realidades racionais. Seria preciso que no mundo externo houvesse uma movimentação com a participação de outras formas para criar uma ilusão de ação para que o ego criasse uma razão
Aí me perguntaram: mas como ele faz isso? Eu disse que o ego agiria chamando, no universo, outros espíritos com egos programados para serem instrumentos de ações ilusórias com as quais ele precisa interagir. E aí, pela lei da interação, um se juntaria frente ao outro.
A partir daí, podemos entender que o fato do rato estar na sua casa, ou seja, o fato da criação da ilusão de que há um rato se origina num pedido feito pelo seu ego para que o espírito ligado a um ego de rato estivesse lá.
Participante: esse pedido foi feito quando?
Não há tempo, não existe o tempo, então, não há como mensurar.
Participante: pergunto se foi uma programação antes da encarnação ou depois dela...
Pode ter sido antes ou agora.
Participante: e onde fica o livro da vida, a programação anterior nisso que o senhor falou agora?
Ficaria no que sempre ficou. Antes de encarnar você pediu determinada essência de prova. Ela terá que acontecer. Agora, se o instrumento que agirá para a criação desta essência de prova é ilusoriamente percebido como uma girafa ou um rato, isso é outro detalhe. O que preside a criação da ilusão da ação não é a cena, mas a essência dela.