“Eis as palavras secretas que Jesus, o Vivo, disse e que Dídimo Judas Tomé, escreveu”.
NOTA: DÍDIMO = gêmeo.
Tomé inicia o seu Evangelho afirmando que Jesus era o Vivo porque ele continuava "vivo" na carne.
A vida e a morte possuem significados diferentes para os que se sabem espíritos e os que ainda se acham “seres humanos”. Para estes, estar vivo significa ter ações materiais, praticar atos. Para os espíritos, estar vivo é viver na glória de Deus.
Não importa que densidade de matéria o espírito ocupe, ele poderá estar vivo se estiver vivendo na glória de Deus, ou seja, dentro do mundo espiritual positivo. Para que isto aconteça é necessário que ele conheça e pratique as Cinco Verdades Universais:
Sou um espírito.
Moro em um mundo espiritual.
Venho a esta densidade de matéria fazer prova.
Minha prova é a utilização do amor universal.
Deus é quem escreve as questões desta prova, pois Ele é a Causa Primária das coisas.
Aquele que compreende estas verdades e as coloca em prática, vive; quem se vê de forma diferente ou responde às questões da prova com outro sentimento, morre.
Tomé afirma que Jesus estava vivo, ou seja, que Ele conhecia e praticava estas Verdades.
Portanto, a primeira afirmação de Tomé é que Jesus nunca teve como base as coisas materiais, ou a vida material, mas sempre viveu para o espírito, para as coisas espirituais.
O Mestre não viveu com sentido de matéria; todos os seus atos e mensagens dirigiram-se à vida espiritual. Por isso Ele estava vivo e continua vivo mesmo depois de seu desencarne.
Todos os espíritos, quando encarnam, vivem apenas para a matéria e, por isso, estão mortos para o mundo espiritual. Isto ocorre porque eles não conhecem nem praticam as Cinco Verdades Universais.
O objetivo de Jesus era, portanto, ensinar estas verdades aos espíritos na carne e, desta forma, trazer a “vida” para todos. Será sob este prisma que iremos analisar os ensinamentos constantes do Evangelho Segundo Tomé, o Dídimo.