Conversando com um espiritualista - volume III

A única forma de se reformar

Agora que fomos aceitos por Deus por meio da fé, temos paz com ele por intermédio de Jesus Cristo, o nosso Senhor. Foi Cristo quem nos trouxe, pela nossa fé, para a graça de Deus; e agora nós continuamos firmes nela. Portanto, nos alegramos na esperança de participar da glória de Deus. E também nos alegramos nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos produzem a paciência, a paciência traz a aprovação de Deus, e esta aprovação cria esperança. (Capítulo 5 – versículos 1 a 4).

Participante: Esperança de que?

De viver na glória de Deus. De viver a vida espiritual pelos valores universais; viver a felicidade universal.

Paulo é bem claro: é preciso passar pela situação de sofrimento com amor universal (incondicional). Desta forma de reagir aos acontecimentos da vida surge a paciência para esperar o retorno ao mundo espiritual.

Agora, se o ser humanizado passa por estas mesmas situações gritando, brigando, exigindo seus direitos, esta postura sentimental não produzirá a paciência necessária. Com isso, cada vez mais brigará e gritará, exigindo sempre mais para satisfazer o individualismo que fundamenta as formações mentais do ego.

A única forma de se reformar é alterar a forma como se vivencia as situações ditas como de sofrimento através do amor incondicional. Esta forma de agir traz a paciência necessária para a espera do retorno à sua plenitude espiritual. Quando não se reage dessa forma, ou seja, exige-se o contentamento ainda durante a carne, não se atinge a bem-aventurança.