Portanto, o aluno deve ficar satisfeito em ser como o seu professor, e o empregado, em ser como o seu patrão. Se o chefe da família é chamado de Belzebu, então as pessoas dessa família serão xingadas de nomes piores ainda. (Mateus 10, 25)
Estamos falando de um ditado popular humano: você se torna responsável por aquilo que cativa. Todo missionário torna-se um exemplo para aquele que é ajudado.
Participante: um exemplo? O senhor sempre disse que não precisamos nos preocupar em fazer o certo?
Não falo em ser um exemplo de perfeição. O que digo é que o missionário serve como exemplo do grupo que o segue. Por exemplo: se alguém vê algum erro no missionário, certamente acreditará que todos que estão com ele possuem o mesmo.
Isso é algo que um missionário, aquele que se sente tocado em servir ao próximo o ajudando, precisa atentar. Não é apenas o nome dele que está em jogo; todos que caminham junto com ele serão afetados. É isso que Cristo está falando.
Esse aviso é importante porque muitos se colocam numa posição superior ao invés de seguir o mestre ou guru, como já vimos. Esses não imaginam que ao agir assim não estão apenas amealhando uma má visão apenas a si, mas está arrastando muitos junto.
A crítica de alguns sempre carrega consigo uma carga energética, isso sabemos. Sabe para quem vai a carga dessa crítica? Para o responsável, o missionário. Isso acontece porque os outros estão apenas seguindo o missionário.
Esse é o grande carma que vivencia alguém que assume uma missão de ajuda ao próximo: tudo que acontece com a coletividade que o segue é sua responsabilidade pessoal.
Participante: carma pesado, não?
Acha? Eu não. Basta apenas seguir os ensinamentos de Cristo que não haverá o carma!
Mas, mesmo que seja, há algo a se lamentar, se queixar? Claro que não. Se agora durante a vida tem esse trabalho, é sinal que você mesmo o pediu antes da encarnação. Pediu porque tinha certeza que daria conta. Agora seja fiel a si mesmo!
Participante: esse texto está me lembrando de seres que se auto intitulam mestres, orientadores e acabam conduzindo todo um rebanho para alguma coisa que não é reflexo do amor ensinado por Cristo.
Perfeito!
Participante: ele, então, é mais responsável que o rebanho que conduz?
Sim.
Se alguém é acusado por durante o trabalho missionário buscar o bem material (o prazer, a glória, o elogio, etc.) todo grupo que está com ele também é atingido pela crítica. No entanto, apenas ele recebe o carma pela intenção daquele grupo.
Participante: então ele vai ter que voltar para pagar o carma de todos que estavam com ele?
O carma não é pago como se fosse uma conta de bar. Não são itens especificados; pode ser pago como conjunto.
Participante: ele falhou?
Sim, falhou na missão dele. A missão nunca falhará, pois Deus está sempre dando a cada um segundo as suas obras, mas aquele ser que assumiu a missão falhou individualmente.
Participante: fica tudo na contabilidade dele?
Sim e é isso que Cristo quer deixar bem claro nesse texto.
Ser um missionário, assumir um trabalho de socorro a outros seres não é brincadeira. É um trabalho que precisa ser exercido sem individualismo, mas sentindo-se apenas intermediário de Deus. Por isso deve ser realizado sempre dando-se toda glória ao Pai.
Participante: não dá para ser leviano com isso porque há responsabilidades em jogo.
Isso.